Histórias

Família na Enfermagem

Uma coisa que não comentei durante meus posts é sobre minha família. Apesar de ter um começo totalmente diferente dos outros, tenho familiares que seguem a essa profissão há anos. Tenho espelhado uma parte dessa minha vida pelas histórias contadas pela minha tia, instrumentadora cirúrgica de um outro hospital. Desde pequeno ouvia suas histórias, de como começou e o porque decidiu trabalhar nesta área. Durante anos mudaram diversas coisas, entre elas os próprios procedimentos, dito.

Tenho uma prima que é técnica de enfermagem, e trabalha em uma clínica. Também compartilha um pouco das experiências lá, onde ela trabalha. Acho muito legal termos alguém em comum na própria família, pois é gostoso sempre tirar as dúvidas, ver o que tem de diferente em cada ambiente de trabalho.

Sempre tive curiosidade em saber como se trabalhava em centro cirúrgico. Somente vi isso quando fiz meu estágio. Mas a realidade é outra quando você está trabalhando. Minha tia comenta que é um lugar maravilhoso, e a única dificuldade é decorar sempre todos os nomes dos instrumentais. São diversos, diferentes, mas somente com a prática você saberá distinguir pequenas diferenças.

Entendo que lá apesar de ser uma área fechada, é um setor livre de contaminação. Saber lidar com coisas extremamente estéreis, é uma tarefa delicada. Mas acho que se algum dia pudesse cobrir um setor desse, iria com maior alegria.

Apesar de eu estar trabalhando alguns anos nesta profissão, ainda não me ocorreu a prestar uma faculdade. Não só pelo fato do tempo (hoje em dia trabalho em dois lugares). Tenho muita vontade de prestar curso superior. Mas se eu me formasse enfermeiro hoje, não serviria para ficar só nos papéis. Gosto muito de botar a mão na massa, e se tivesse que mudar meu setor, tentaria para ir a um setor de pronto socorro, ambulâncias e até mesmo no centro cirúrgico. Mas amo a UTI.

Tenho vontade de ser um enfermeiro intensivista. Mas quero ser aquele enfermeiro qe presta a real assistência ao paciente, estando sempre em beira leito, não somente evoluindo, mas mexendo em tudo relacionado ao paciente. Se puder ajudar no banho no leito, ajudaria, a fazer os curativos, procedimentos médicos. Gosto muito de estar na “mão de obra”. Vejo muito enfermeiro na burocracia e em serviços adminsitrativos, ou seja, fica somente sentado preenchendo papéis.

Realmente não é pra mim. Sei muito bem que isso não se aplica a todos. Vejo enfermeiros que realmente ajudam. Mas vai do caráter da pessoa e da sua função ali prestado.

Mas sempre tenho contato com meus familiares da área. Gostamos de estar nos atualizando, trocando informações. É uma coisa que parece fluir bem para gente.

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Christiane Ribeiro
Técnico de Enfermagem Intensivista (há 14 anos), atuante em UTI Adulto: Geral, Cardiológica, COVID-19. Além de ser profissional de enfermagem, sou ilustradora digital, e nos tempos livres dedico à ilustrações da saúde para estudantes e profissionais, e também sou uma influenciadora digital na enfermagem.
https://enfermagemilustrada.com

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