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Jaleco é Bonito mas não está na moda! Saiba Por que!

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Com o objetivo de prevenir a contaminação por agentes infecciosos, é recomendado aos profissionais da saúde que adotem medidas de biossegurança, principalmente aos que trabalham em áreas insalubres, com risco variável. Portanto, devem ser usados somente em ambientes de trabalho como hospitais, laboratórios, clínicas, etc.

O jaleco pode ser encarado como fonte de contaminação e como um equipamento de proteção individual na prevenção das infecções.

A contaminação da pele e das roupas por respingos e por toque é praticamente inevitável em hospitais e ambulatórios, assim como em consultórios. Desta forma, os jalecos dos profissionais da área de saúde, passam a ser o primeiro sítio de contato em termos de indumentária com a pele, líquidos e secreções dos pacientes. É importante também que os profissionais da saúde estejam conscientizados sobre a utilização de técnicas assépticas e o estabelecimento de normas, condutas e procedimentos que garantam ao profissional e ao paciente um tratamento sem risco de contaminação.

O jaleco é um EPI (Equipamento de Proteção Individual) como qualquer outro e usá-lo em lugares inapropriados traz desconforto aos outros – reclamaríamos da mesma maneira se fosse um pedreiro com um capacete cheio de pó ou um açougueiro com avental sujo sangue a se servir em um restaurante, por exemplo.

Assim como a contaminação pode ser levada para o “lado de fora” dos hospitais e clínicas, o inverso também poderá ocorrer, levando novas fontes de contaminação a um hospital. O emprego de práticas seguras como o uso do jaleco, reduz significativamente o risco de acidente ocupacional. Mas o que desejamos, é que o ”uniforme” fique dentro da área permitida.

ESTUDOS E ESTATÍSTICAS

Estudos foram feitos em cima de profissionais na quais mantemos contato diretamente, e realizamos uma estatística baseada em suas rotinas, onde o comportamento dos profissionais em relação ao uso do jaleco, 90% asseguraram não usá-lo apenas em ambientes privativos de assistência ao paciente sendo que 77% afirmaram que circulam com o mesmo em áreas externas às unidades de internação (refeitório, lanchonete) serviços de apoio assistencial e áreas administrativas, e 13% nos serviços de apoio.

Apenas três entrevistados disseram que eventualmente frequentam locais públicos portando jaleco. A maioria dos profissionais (68%) relatou o hábito de trocar o jaleco a cada plantão, 27% trocam a cada dois plantões e 5% a cada três plantões. No que se refere ao motivo pelo qual utilizam o jaleco, 83% dos participantes relataram aspecto de proteção individual, 14% usam porque é uma exigência do hospital e 3% fazem o uso devido a elegância e simbolismo do mesmo.

Dentre os profissionais que trabalham em outros serviços da área da saúde, 41,2% afirmaram utilizar o mesmo jaleco nos demais locais de trabalho. Em caso de contato do jaleco com secreção ou excreção corpórea durante a manipulação do paciente, 69% dos participantes relataram substituir por outra peça de roupa limpa fornecida pela instituição, 18% somente troca se a sujidade estiver visível e 13% não realizam a troca, ou seja, permanecem com o jaleco até o término do turno de trabalho.

Portanto, da conclusão, seja consciente e somente utilize seu Jaleco, que é uma EPI, dentro do Âmbito Hospitalar. Jaleco é bonito mas não está na moda, e nunca vai estar. Tenha cuidado e amor ao Meio Ambiente, pois todos nós estamos sujeitos a obter uma doença silenciosa devido à teimosia de muitos.

Comentários
Christiane Ribeiro
Técnico de Enfermagem Intensivista (há 14 anos), atuante em UTI Adulto: Geral, Cardiológica, COVID-19. Além de ser profissional de enfermagem, sou ilustradora digital, e nos tempos livres dedico à ilustrações da saúde para estudantes e profissionais, e também sou uma influenciadora digital na enfermagem.
https://enfermagemilustrada.com

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