A Hiperuricemia

 O Termo “Hiperuricemia” ou Ácido Úrico Elevado refere a presença de níveis altos de ácido úrico no sangue.

O limite normal para homens é de 400 µmol/L (6,8 mg/dL), e 360 µmol/L (6 mg/dL) para mulheres.

Lembrando que o ácido úrico é o produto final do metabolismo de purinas em humanos, pois não produzimos a urato oxidase, enzima que degrada o ácido úrico.

Cerca de 70% é excretado pelos rins e 30% pelo intestino, e Níveis elevados desta substância podem levar à Gota (doença) e, em alguns casos, acometimento renal (nefrolitíase por uratos).

Geralmente, a hiperuricemia é usualmente observada em pacientes com metabolismo anormal de purinas, incluindo a superprodução e excreção renal de ácido úrico.

Classificação

A hiperuricemia pode ser primária ou secundária:

  • Primária, quando é um problema do próprio metabolismo (como nefropatia juvenil), idiopática(sem causa conhecida) ou causado por dieta com excesso de purinas.
  • Secundária, quando a elevação se deve a doenças pré-existentes (como diabetes, alcoolismo, nefropatias, certos tumores, ) ou por drogas que alteram a produção e excreção de ácido úrico como algumas quimioterapias, anti-inflamatórios, ácido acetil salicílico (aspirina) e diuréticos.

A hiperuricemia, em 75% dos pacientes, é assintomática (sem sintomas). Em 25%, podem ocorrer sintomas como:

  • Dores nas articulações, especialmente dos pés e pernas (gota);
  • Pele irritada, vermelha e dolorida nos pés ou pernas (eritema em membros inferiores);
  • Cálculos renais/nefrolitíase (pedras nos rins);
  • Infecções renais (nefrites) e;
  • Sangue na urina (hematúria);
  • Náusea e vômito;
  • Formação de depósitos de ácido úrico nos tecidos (tofos).

Os Fatores de Risco

  • Abuso do álcool;
  • Obesidade;
  • Hipertensão;
  • Doenças renais;
  • Doenças cardiovasculares;
  • Uso de medicamentos que inibem a excreção de ácido úrico;
  • Dieta com excesso de proteínas carnes e frutos do mar;

A presença de hiperuricemia é associada a fatores de risco como hipertensão arterial, hiperlipidemia, diabetes e doenças cardiovasculares.

O amplo consumo de alimentos ricos em purinas (como carnes e frutos do mar) é reconhecido como uma das causas da hiperuricemia, apesar de ser comprovadamente um fator menor se comparado ao metabolismo proteico de origem endógena.

A composição das bases púricas nos alimentos é variável, mas estudos sugerem que dietas ricas em adenina e hipoxantina são mais eficazes no aumento da hiperuricemia.

Além disso, ela também pode ser causada por defeitos genéticos, que alteram o Ciclo da ureia.

Como é tratado?

Tendo em vista que a hiperuricemia é um fator de risco para as doenças cardiovasculares, renais e articulares deve-se manter o ácido úrico plasmático normal.

No tratamento da hiperuricemia é necessário:

  • Evitar o ataque agudo de artrite úrica (gota);
  • Usar anti-inflamatórios não-esteroides nas crises de dor;
  • Usar hipouriceminates ou uricosúricos nos casos mais severos;
  • Fazer a profilaxia da recorrência das artrites, litíase, nefrite e gota;
  • Diminuir os fatores predisponentes como álcool, dieta inadequada e medicações que diminuam a excreção de ácido úrico pelo rim;
  • Prevenir e reverter a deposição de cristais de uratos nas articulações, ossos e tecidos;
  • Prolongar por tempo suficiente o tratamento para que os uratos sejam desmobilizados dos tecidos e ossos e que o valor plasmático do ácido úrico volte ao normal.

Referência:

  1. Plataforma METIS – Educação para a Saúde.
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