Aneurisma da Aorta

aneurisma de aorta é uma dilatação de um segmento desse vaso sanguíneo, sendo que a aorta é a principal artéria do corpo.

Ela se origina no ventrículo esquerdo do coração, atravessa o tórax e o abdômen, dando origem às demais artérias (ramos) que levam o sangue aos diversos os segmentos do corpo.

A porção da aorta que fica dentro do tórax é chamada de aorta torácica; após atravessar o músculo diafragma, passa a ser chamada de aorta abdominal.

Pode acontecer o Aneurisma nestes dois ramos, que surgem a seguir:

Aneurisma de aorta abdominal

O aneurisma da aorta abdominal corresponde à dilatação da porção abdominal da artéria aorta. Ocorre mais frequentemente em homens, tabagista e hipertensos.

Este tipo de aneurisma geralmente não causa nenhum sintoma. Alguns indivíduos muito magros podem perceber que existe uma massa pulsátil no abdômen.

Os médicos detectam essa pulsação com mais frequência.

Sua principal e mais grave complicação é a ruptura com extravasamento de sangue para dentro da cavidade abdominal.

Por mais que as causas exatas do aneurisma de aorta abdominal não sejam claras, há alguns fatores de risco associados a essa condição:

  • Idade superior a 50 anos
  • Fuma ou tem histórico de tabagismo
  • Artérias entupidas (aterosclerose)
  • Pressão alta (hipertensão)
  • Histórico familiar (fatores genéticos)
  • Colesterol elevado (hipercolesterolemia)

O primeiro sintoma de um aneurisma da aorta pode surgir apenas na sua ruptura. O paciente pode sentir dor no abdome ou na região lombar alguns minutos ou horas antes do evento fatal.

Isso faz com que o aneurisma da aorta seja considerado uma doença silenciosa, e é importante que se faça o diagnóstico quando ainda não há sintomas!

O diagnóstico do aneurisma da aorta abdominal é feito com ultra-sonografia do abdome, tomografia computadorizada ou ressonância magnética.

O aneurisma da aorta abdominal pode ser tratado por cirurgia em casos selecionados.

Aneurisma da aorta torácica

Pode ser espontâneo ou traumático.

Como é uma artéria de grande calibre, com volumoso fluxo sanguíneo, se não for tratado cirurgicamente a tempo o paciente morre por hipotensão arterial e choque hipovolêmico.

Os fatores de risco para aneurismas da aorta torácica são semelhantes aos que contribuem para o entupimento das artérias, incluindo:

  • Fuma ou tem histórico de tabagismo
  • Pressão alta (hipertensão)
  • Colesterol elevado (hipercolesterolemia)

O risco de desenvolver um aneurisma da aorta torácica aumenta com a idade. Histórico familiar, lesão no peito e outras doenças também podem ser fatores de risco. Alguns pacientes com aneurisma de aorta torácica também possuem um aneurisma de aorta abdominal.

É tratado pelo cirurgião cardíaco ou pelo cirurgião vascular, conforme a localização do aneurisma.

Pode ser operado por incisão no tórax, ou por cateteres (técnica endovascular).

Os Cuidados de Enfermagem

No Pré-Operatório

Diante de um pré-operatório de aneurisma de aorta compete ao Enfermeiro e sua equipe, orientar ao paciente e seus familiares, sobre o procedimento, prover apoio emocional e psicológico, orientar para os cuidados pós-operatório e seu processo de recuperação.

Controlar a pressão arterial, ofertar aporte ventilatório, controle da dor, orientar repouso absoluto no leito, preparar a pele com banho a base de clorexidina, degermante evitando a proliferação de micro-organismos, evitando futuramente complicações como infecção.

Garantir acesso venoso de grande calibre, orientar, controlar e supervisionar o jejum do paciente, controle da ansiedade.

Sabe-se que o aneurisma de aorta abdominal pode prejudicar o fluxo sanguíneo dos membros inferiores e diante deste evento, causa no paciente dor, ausência de pulso, palidez do membro, parestesias e paralisia, evidenciando a extrema importância e constante avaliação da perfusão tissular periférica dos membros inferiores destes pacientes.

No Intra-Operatório

Em relação ao período intra-operatório cabe ao Enfermeiro da Hemodinâmica ou Centro Cirúrgico providenciar sala, materiais descartáveis, conferir se toda relação de Órtese, Prótese e Materiais Especiais (OPME – Endopróteses) estão na unidade e se foram autorizados previamente pela operadora de saúde, e todos os equipamentos que garantirão assistência adequada a toda equipe multidisciplinar e ao paciente no momento cirúrgico.

No Pós-Operatório

Os cuidados pós-operatório requer avaliações minuciosas da equipe de enfermagem, pois podem ocorrer isquemia renal devido baixo fluxo aórtico ou pinçamento das artérias renais durante o procedimento, podendo evoluir para uma transitória Insuficiência Renal Aguda, competindo ao Enfermeiro e sua equipe controlar o balanço hídrico.

A queda no débito urinário poderá indicar perda sanguínea e queda na pressão arterial por choque hipovolêmico devido hemorragia, com isso é necessária atenção para sinais de choque, dentre eles: bradicardia, taquicardia, taquipneia devido a diminuição do enchimento capilar dos membros inferiores.

É de fundamental importância o controle de todos os Sinais Vitais do paciente operado.

O controle da pressão arterial e do débito cardíaco garantirá verificar o sucesso da permeabilidade da Endoprótese implantada, bem como a verificação de pulsos radial e carotídeo, principalmente quando se tratar de correção de aneurisma de aorta ascendente e arco aórtico.

Também compete ao Enfermeiro e sua equipe orientar o paciente operado a permanecer em repouso absoluto no leito por 24 horas do pós-operatório, ficando este liberado, orientado e incentivado a deambular somente após este período, que também vai depender da sua condição física e estabilidade hemodinâmica.

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Referências

SILVA, Tâmara Taynah Medeiros da; COSTA, Ilanne Caroline Santos; RAMOS, Diego Vasconcelos; DANTAS, Rodrigo Assis Neves, BOTARELLI, Fabiane Rocha; DANTAS, Daniele Vieira, RIBEIRO, Maria do Carmo de Oliveira, SILVA, Fillipi André dos Santos. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A VÍTIMA DE RUPTURA DE ANEURISMA AÓRTICO. Revista de Enfermagem UFPE on line., Recife, 12(5):1480-5, maio., 2018

TANNURE, Meire Chucre. PINHEIRO, Ana Maria. SAE: SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: GUIA PRÁTICO. 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.

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