Coagulantes Vs Anticoagulantes

Os medicamentos coagulantes e anticoagulantes desempenham papéis cruciais na saúde cardiovascular e na prevenção de doenças relacionadas à coagulação sanguínea.

Anticoagulantes: O Que São e Para Que Servem?

Os anticoagulantessão remédios projetados para prevenir a formação de coágulos no sangue. Eles são indicados para a prevenção ou tratamento de várias condições, incluindo:

  1. Trombose venosa profunda (TVP): Coágulos nas veias profundas das pernas.
  2. AVC isquêmico: Prevenção de acidentes vasculares cerebrais.
  3. Embolia pulmonar: Coágulos que se deslocam para os pulmões.
  4. Tromboembolismo venoso: Coágulos em veias profundas ou pulmonares.
  5. Infarto: Prevenção de ataques cardíacos.
  6. Arritmias cardíacas, como fibrilação atrial.
  7. Insuficiência cardíaca grave.
  8. Estenose mitral.
  9. Angina instável.
  10. Síndrome antifosfolípide.
  11. Cardiomiopatia dilatada.

Os anticoagulantes permitem que o sangue permaneça líquido dentro dos vasos, evitando a formação de coágulos prejudiciais. Alguns dos anticoagulantes mais comuns incluem:

  1. Varfarina (Marevan): Um inibidor da vitamina K.
  2. Rivaroxabana (Xarelto), Apixabana (Equilis) e Edoxabana (Lixiana): Inibidores do fator Xa.
  3. Dabigatrana (Pradaxa): Inibidor da trombina IIa.

Esses medicamentos devem ser usados com orientação médica, e a dosagem deve ser ajustada individualmente. Além disso, é essencial monitorar regularmente os pacientes que tomam varfarina, realizando exames de sangue para avaliar o tempo de protrombina e o índice internacional normalizado (RNI).

Coagulantes: O Que São e Como Agem?

Os coagulantes são medicamentos que aceleram o processo de coagulação sanguínea. Eles são usados principalmente para prevenir a perda excessiva de sangue. Alguns exemplos de coagulantes incluem:

  1. Vitamina K: Essencial para a síntese de fatores de coagulação.
  2. Transamin: Ajuda a fortalecer as plaquetas.
  3. Alfaoctocogue: é um fator de coagulação sanguínea recombinante que substitui o fator VIII deficiente ou ausente em pessoas com hemofilia A. O fator VIII é essencial para a coagulação sanguínea normal.

Medicamentos utilizados na Pediatria

A importância do conhecimento dos medicamentos em pediatria é fundamental para garantir a segurança e eficácia no tratamento de doenças em crianças.

Devido às diferenças fisiológicas entre crianças e adultos, a farmacocinética e farmacodinâmica dos medicamentos variam significativamente, o que exige um entendimento aprofundado para evitar erros de medicação e toxicidade.

Principais Medicamentos Utilizados em Pediatria

  1. Acetaminofeno (Paracetamol): Amplamente usado como antipirético e analgésico.
  2. Amoxicilina: Antibiótico comum para infecções bacterianas.
  3. Ibuprofeno: Anti-inflamatório não esteroide para febre e dor.
  4. Dipirona: Analgésico e antipirético.
  5. Albendazol: Antiparasitário para tratar infecções por vermes.
  6. Salbutamol (Albuterol): Broncodilatador para asma e outras condições respiratórias.
  7. Prednisolona: Corticosteroide para tratar inflamações e alergias.

A dosagem e administração desses medicamentos devem ser cuidadosamente calculadas com base no peso e idade da criança, e sempre sob orientação médica.

Além disso, é essencial que os profissionais de saúde estejam atualizados sobre as recomendações e estratégias para o uso racional de medicamentos em crianças, a fim de ampliar a oferta, o acesso e garantir a segurança no uso desses medicamentos.

Conclusão

O conhecimento aprofundado sobre os medicamentos pediátricos é crucial para a prática médica segura e eficaz. A educação contínua e a conscientização sobre a farmacoterapia pediátrica são essenciais para todos os profissionais de saúde envolvidos no cuidado de crianças.

Referências:

  1. https://rsc.revistas.ufcg.edu.br/index.php/rsc/article/download/468/422/1002
  2. Novapediatria
  3. Ministério da Saúde

Sulfato de Magnésio: 10% e 50%

sulfato de magnésio serve para a reposição dos níveis de magnésio, sendo um dos eletrólitos do corpo. Ou seja, são minerais que liberam uma carga elétrica quando dissolvidos no sangue. Mas a maioria do magnésio no corpo é interligada às proteínas ou armazenada nos ossos.

O mineral do magnésio pode ser encontrado em diversos alimentos, como sementes, amendoim e leite, desempenhando várias funções no organismo, como regular o funcionamento dos nervos e dos músculos, além de ajudar no controle do açúcar no sangue.

Precisamos de uma quantidade diária mínima e, em caso de deficiência, o médico pode recomendar a reposição. A quantidade é definida de acordo com gênero e idade, e caso isso não ocorra da maneira correta, podem surgir alguns problemas, como a hipomagnesemia, hipocalcemia e hipocalemia.

Sulfato de Magnésio 10% e 50%

O sulfato de magnésio a 10% é utilizado em diferentes situações, e sua administração ocorre por via intravenosa. Aqui estão algumas indicações específicas para o uso desse medicamento:

  1. Administração:
    • Via Intravenosa Direta: A velocidade de injeção recomendada é de 150 mg/minuto.
    • Infusão Intravenosa: Pode ser administrado como parte de uma infusão intravenosa.

Indicações:

  • Toxemia Gravídica (Eclâmpsia):
      • O sulfato de magnésio a 10% é utilizado estritamente se necessário e sob supervisão médica.
      • O sulfato de magnésio é a principal medicação tanto para a prevenção quanto para o tratamento da eclâmpsia.
  • Hipomagnesemia leve e moderada:
      • O sulfato de magnésio pode ser utilizado para tratar casos de hipomagnesemia leve a moderada.
  • Restaurador de deficiência leve e moderada de eletrólito: O sulfato de magnésio é utilizado como restaurador de eletrólitos em casos de deficiência leve e moderada.

O sulfato de magnésio 50% é um medicamento utilizado para diversas finalidades. Pode ser administrada tanto quanto via intramuscular e intravenosa:

  • Tratamento de hipomagnesemia: Isso ocorre quando há uma baixa quantidade severa de magnésio no sangue. O sulfato de magnésio ajuda a corrigir essa deficiência severa.
  • Uremia aguda: O sulfato de magnésio pode ser usado para controlar convulsões em pacientes com uremia aguda.
  • Eclâmpsia: É uma condição grave que ocorre durante a gravidez, e o sulfato de magnésio pode ajudar a prevenir ou tratar convulsões eclâmpticas.
  • Tétano: O medicamento também é usado para controlar convulsões em pacientes com tétano.
  • Hipomagnesemia severa: O sulfato de magnésio pode ser utilizado para tratar casos de hipomagnesemia severa.
  • Restaurador de deficiência severa de eletrólito: O sulfato de magnésio é utilizado como restaurador de eletrólitos em casos de deficiência severa.

O magnésio é essencial para várias funções no corpo, incluindo atividade enzimática, transmissões neuroquímicas e excitabilidade muscular. O sulfato de magnésio ajuda a corrigir deficiências e a manter essas funções adequadas.

Referências:

  1. Bula Sulfato de Magnésio
  2. Medicinanet
  3. Bulasmed (MgSo4 10%)
  4. Bulasmed (MgSo4 50%)
  5. UFRJ
  6. Hospital Albert Einstein
  7. Hospitalar Distribuidora

Medicamentos Termolábeis

Os Medicamentos termolábeis são aqueles que têm alta sensibilidade a variações de temperatura e que precisam ser armazenados e transportados em condições específicas para preservar sua qualidade e eficácia.

Especificações

Segundo a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 430/2020, da ANVISA, são considerados termolábeis os medicamentos cuja especificação de temperatura máxima seja igual ou inferior a 8°C.

Alguns exemplos de medicamentos termolábeis são insulina, vacinas, hormônios, anticorpos monoclonais e outros produtos biológicos ou imunobiológicos.

Esses medicamentos atuam sobre moléculas endógenas do organismo ou reforçam o sistema imune do paciente.

Para garantir sua integridade, eles devem ser acondicionados em equipamentos adequados com controle digital de temperatura, avaliados periodicamente por profissionais especializados e manuseados por pessoal qualificado e treinado.

Lista de exemplos de alguns medicamentos termolábeis

Nome genérico Dosagem                                            Apresentação
Alfaepoetina 40.000UI/mL Frasco-ampola 1mL
Alprostadil 500mcg Frasco-ampola
Anfotericina B 50mg Frasco-ampola
Anfotericina B lipossomal 50mg Frasco-ampola
Ciclofosfamida 50mg Comprimido revestido
Cisatracúrio, besilato 2mg/mL Ampola 5mL
Cobre, quelato 1mg/mL Xarope Frasco 30mL
Complexo Protrombínico 500 a 600UI Frasco ampola
Espironolactona 2mg/mL Suspensão oral Frasco 60mL
Filgrastima 300mcg/mL Frasco-ampola 0,5mL
Folinato de cálcio 300mg Frasco-ampola
Fração Fosfolip. de Pulmão Porcino

(Curosurf ®)

240mg/3mL Frasco-ampola 3mL
Fulvestranto 250mg/5mL Seringa
Gosserrelina, acetato 3,6mg Seringa
Hidroclorotiazida 2,5mg/mL Frasco 60mL
Imunoglobulina anti-Rh humana 300mcg Frasco-ampola
Imunoglobulina de coelho antitimócito humana 25mg/frasco Frasco-ampola
Imunoglobulina humana EV 5000mg EV Frasco-ampola
Insulina NPH 100UI/mL Frasco 10mL
Insulina Regular 100UI/mL Frasco 10mL
Interferon alfa-2b 5.000.000 UI Frasco-ampola
Interferon alfa-2b 3.000.000 UI Frasco-ampola
Levosimendana 2,5mg/mL Frasco-ampola 5mL
Ocitocina 5UI/mL Ampola 1mL
Octreotida 0,1mg Ampola1mL
Octreotida 0,5mg Ampola 1mL
Omeprazol 20mg/5mL suspensão oral Frasco 30mL
Pancurônio, brometo 4mg/2mL Ampola 2mL
Papaína creme não iônico 3% Sachê 20g
Papaína creme não iônico 6% Sachê 20g
Papaína creme não iônico 10% Sachê 20g
Proximetacaína, cloridrato 0,5% Solução oftálmica Frasco 5mL

Obs.: alguns medicamentos possuem temperatura de armazenamento variável, de acordo com o fabricante.

Referências:

  1. ADCON
  2. Biblioteca Virtual em Saúde

Atropina: Não utilizado mais em PCR!

A atropina é um medicamento com diversas finalidades, que age bloqueando os receptores muscarínicos da acetilcolina e relaxando os músculos lisos dos órgãos internos. Vamos explorar mais sobre esse composto essencial:

O seu uso

A atropina é um remédio de uso injetável indicado para várias condições médicas:

  1. Intoxicação por inseticidas organofosforados ou carbamatos: A atropina atua como antídoto nesses casos, revertendo os efeitos tóxicos dessas substâncias.
  2. Arritmias cardíacas: Especialmente a bradicardia sinusal, a atropina é utilizada para aumentar a frequência cardíaca.
  3. Úlcera péptica: A atropina tem ação antiarrítmica e antiespasmódica, auxiliando no tratamento dessa condição.
  4. Cólica renal ou biliar: A atropina pode aliviar espasmos dolorosos nessas situações.
  5. Diminuição da produção de saliva e muco do trato respiratório durante a anestesia e intubação: É usada para preparar o paciente para procedimentos.
  6. Doença de Parkinson: Embora menos comum, a atropina pode ser empregada em alguns casos.
  7. Preparo para radiografias gastrointestinais: Ajuda a relaxar os músculos do trato gastrointestinal.

Descontinuação no Suporte Avançado de Vida na PCR

Recentemente, as diretrizes de suporte avançado de vida durante a parada cardiorrespiratória (PCR) passaram por mudanças significativas em relação ao uso da atropina. Eis o que mudou:

  • Uso rotineiro descontinuado: Anteriormente, a atropina era frequentemente administrada para tratar ritmos cardíacos lentos durante a PCR. No entanto, as novas diretrizes não recomendam mais seu uso rotineiro nesses casos.
  • Estudos e evidências: Pesquisas mostraram que a atropina não oferece benefícios terapêuticos significativos em ritmos elétricos sem pulso (como assistolia) ou bradicardia grave. Portanto, seu uso foi descontinuado em situações de PCR.

O que estão fazendo agora?

  • Priorizando a RCP de alta qualidade: A ressuscitação cardiopulmonar continua sendo a base do tratamento durante a PCR.
  • Evitando a Atropina: Em ritmos elétricos sem pulso ou bradicardia, considerando outras opções terapêuticas.
Referência:
  1. Gonzalez M, Timerman S, Gianotto-Oliveira R, Polastri T, Canesin M, Schimidt A, et al.. I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras Cardiol [Internet]. 2013Aug;101(2):1–221. Available from: https://doi.org/10.5935/abc.2013S006

Amiodarona: As Reações Adversas

O Cloridrato de Amiodarona é um medicamento utilizado para tratar arritmias cardíacas.

No entanto, como qualquer medicamento, ele pode causar reações adversas em alguns pacientes.

Reações Associadas

Distúrbios Cardíacos

    • Bradicardia: Uma diminuição moderada da frequência cardíaca, muitas vezes dependente da dose.
    • Arritmias: Às vezes, o uso da amiodarona pode levar ao aparecimento ou piora das arritmias, podendo até resultar em parada cardíaca.
    • Alterações na Condução: Isso inclui bloqueio sinoatrial e atrioventricular de vários graus.
    • Torsade de Pointes: Uma arritmia ventricular rara, mas grave.

Distúrbios Oftálmicos

    • Microdepósitos na Córnea: Esses depósitos lipídicos podem causar percepção de halos coloridos sob luz intensa ou visão turva. Alguns pacientes também podem desenvolver neuropatia ótica ou neurite, que pode progredir para cegueira.

Distúrbios Endócrinos

    • Hipotireoidismo: É uma reação comum.
    • Hipertireoidismo: Embora menos frequente, também pode ocorrer.

Distúrbios Hepáticos:

    • Aumento das Transaminases Séricas: Isso é comum no início da terapia e geralmente retorna ao normal com a redução da dose.
    • Doença Hepática Crônica: Isso é raro, mas pode ser grave.

Distúrbios Cutâneos:

    • Fotossensibilidade: A amiodarona pode causar pigmentação grisácea ou azulada da pele, especialmente com uso prolongado ou altas doses. Essa pigmentação desaparece lentamente após a interrupção do tratamento.
    • Alterações na Pigmentação da Pele: Além da fotossensibilidade, a amiodarona pode causar pigmentação cinza-azulada da pele.

Referências:

  1. Consultare Médicos
  2. Bula do Amiodarona

O Clexane e suas dosagens

O Clexane é um medicamento anticoagulante utilizado para prevenir a formação de coágulos sanguíneos em pacientes que correm o risco de desenvolver trombose venosa profunda, embolia pulmonar ou acidente vascular cerebral.

Ele é composto pelo princípio ativo enoxaparina sódica e está disponível em diversas dosagens, que variam de 20 mg a 100 mg.

As indicações das dosagens

As indicações das dosagens do Clexane são determinadas de acordo com o peso do paciente e a gravidade da condição médica que está sendo tratada (como por exemplo, o tromboembolismo, profilaxia de TEV, tratamento de angina/IAM, prevenção da coagulação do circuito de circulação extracorpórea durante a hemodiálise):

  • Para pacientes com peso inferior a 50 kg, geralmente é recomendada uma dose de 20 mg.
  • Para pacientes com peso entre 50 e 89 kg, a dose pode variar entre 40 mg e 60 mg.
  • Já para pacientes com peso acima de 90 kg, doses maiores como 80 mg  e acima de 100 Kg até 100 mg podem ser prescritas.

É importante ressaltar que apenas um médico deve prescrever a dosagem correta do Clexane, levando em consideração as características individuais de cada paciente. O uso indevido do medicamento pode resultar em complicações graves, como sangramentos excessivos.

As dosagens em peso miligrama oferecem uma forma precisa de administração do medicamento, garantindo eficácia no tratamento e segurança para os pacientes. É fundamental seguir rigorosamente as orientações médicas para obter os melhores resultados terapêuticos.

Referência:

  1. Bula do Clexane
  2. Laboratório Eurofarma

Opioides – dos mais fortes aos mais fracos

Os opioides são uma classe de medicamentos utilizados para o tratamento de dores moderadas a extremas. Eles atuam no sistema nervoso central, proporcionando alívio analgésico potente.

Embora muitos opioides sejam prescritos por um médico, isso nem sempre significa que uma pessoa não corre o risco de desenvolver dependência.

Na verdade, a potência dos medicamentos opioides varia muito, com flutuações na sua força e risco de adição.

Alguns opioides são notavelmente mais fortes do que outros, o que em alguns casos pode causar uma overdose, se não for tomado conforme prescrito, enquanto outros são relativamente leves.

 É importante saber a classificação dos opioides que você está tomando, para ajudar a tomar uma decisão mais bem informada sobre se os benefícios superarão os riscos.

Potência: Dos mais fortes aos mais fracos

  1. Fentanil – O fentanil é um opioide sintético considerado uma das drogas mais perigosas. Normalmente prescrito para dores intensas após uma cirurgia, o fentanil ganhou popularidade nas ruas como substituto ou frequentemente misturado à heroína. Diz-se que o fentanil pode ser até 50 vezes mais poderoso que a heroína, que já é um opioide notoriamente poderoso. O fentanil é altamente viciante, extremamente potente e, portanto, a droga opioide mais perigosa da nossa lista.
  2. Buprenorfina  – Surpreendentemente, o opioide Buprenorfina, que normalmente é prescrito como um medicamento de substituição de opioides, projetado para aliviar os sintomas de abstinência de opioides, é uma droga altamente perigosa e viciante. É quase 25-50 vezes mais forte que a morfina e, portanto, tem potencial para uma overdose, especialmente se tomada por alguém que não conhece opiáceos. Uma pequena dose desta droga é muito poderosa e, devido ao fato de ser um opioide de ação prolongada, é muito viciante e muito mais difícil de desintoxicar do que os opioides típicos.
  3. Levorfanol  – O levorfanol é um analgésico opioide sintético desenvolvido para tratar dores moderadas a intensas. O levorfanol é muito mais potente que a morfina e é altamente viciante. O levorfanol tem a capacidade de causar problemas respiratórios graves ou potencialmente fatais, especialmente durante as primeiras 24 a 72 horas de consumo e sempre que a dose for aumentada.
  4. Oximorfona  – A oximorfona, comercializada com a marca Opana ®, tem uso medicinal no tratamento de dores moderadas a intensas. Apesar de ter uma finalidade médica legítima, a Oximorfona ainda apresenta alto potencial de abuso. Normalmente, a oximorfona é prescrita em forma de comprimido, mas também vem na forma de um líquido injetável.
  5. Hidromorfona  – A hidromorfona, ou também conhecida como Dilaudid ®, é um analgésico prescrito para tratar dores intensas. Esta droga é muito mais forte que a morfina e produz fortes efeitos sedativos. Pode ser injetado causando efeitos semelhantes aos da heroína e é um substituto comum da heroína.
  6. Pentazocina  – A pentazocina, vendida sob a marca Talwin ® entre outras, é um analgésico prescrito antes ou depois de uma cirurgia, para dores moderadas a intensas. Este opioide é único no sentido de que às vezes é combinado numa formulação oral com Naloxona, para prevenir abusos, como a tentativa de injetar a droga. Apesar destas medidas preventivas, a Pentazocina ainda tem grande potencial para abuso, dependência e overdose.
  7. Metadona  – A metadona é um opioide prescrito usado no tratamento da dependência de opioides como terapia substituta, projetada para ajudar o viciado a sentir alívio dos sintomas de abstinência. Embora a metadona seja prescrita para afastar as pessoas dos opioides, ela ainda tem um grande potencial para abuso. Devido ao fato de ser um opioide de ação prolongada, a metadona é altamente viciante e pode ser muito mais difícil de parar de usar do que os opioides típicos de ação curta.
  8. Oxicodona  – A oxicodona é um dos opioides mais populares da atualidade, vendido sob vários nomes e formulações, como Percocet ®, Roxicodone ® e muito mais. Apesar de ser um dos opioides mais prescritos, ainda apresenta grande potencial para abuso e dependência. Tem um forte efeito sedativo que pode causar depressão respiratória e sobredosagem. A oxicodona também é comumente injetada, inalada e abusada por viciados, o que o torna um opioide muito perigoso.
  9. Morfina  – A morfina é um opiáceo derivado naturalmente da planta da papoula, prescrito para o tratamento da dor. Embora não seja um opioide sintético, ainda é muito potente e apresenta grandes riscos. É mais comumente prescrito na forma de comprimido ou injeção. Muitos usuários preferem injetar esta droga, pois ela produzirá efeitos instantâneos. A morfina tem um elevado potencial de dependência, embora não seja tão forte como os seus homólogos sintéticos, pode levar à dependência.
  10. Hidrocodona  – A hidrocodona é um opioide combinado com paracetamol, prescrito para pacientes com dores ou lesões crônicas. Tem uma força semelhante à da morfina e acarreta riscos semelhantes. Hydrocodone é vendido sob várias marcas, incluindo Vicodin ® e Norco®. A hidrocodona é um dos opioides mais comumente prescritos e pode representar riscos significativos à saúde. Apesar de ser considerada relativamente fraca, a hidrocodona tem alto potencial para abuso e dependência, bem como overdose.
  11. Tapentadol  – o tapentadol é um opioide menos comumente usado, mas ainda apresenta alto risco de dependência e dependência. Normalmente prescrito para dores musculoesqueléticas agudas e crônicas, o tapentadol pode causar dependência com o uso prolongado. Este medicamento tem potencial para causar desconforto respiratório, especialmente quando combinado com álcool, como outras substâncias.
  12. Dihidrocodeína  – a dihidrocodeína é um analgésico opioide semissintético prescrito para a dor. Também tem outros usos, como tratamento de febre e inchaço, pois é combinado com analgésicos, aspirina e cafeína. A aspirina diminui a febre e o inchaço, e a cafeína aumenta a eficácia desta combinação. Efeitos colaterais graves são incomuns após tomar Dihidrocodeína, mas ainda há potencial para abuso. Embora não seja considerado tão perigoso como outros opiáceos, acarreta o risco de overdose, especialmente quando combinado com outras drogas, como heroína ou metadona.
  13. Tramadol  – O tramadol, às vezes vendido sob a marca Tramal®, é normalmente considerado um opioide menos perigoso, pois apresenta menor risco de abuso, dependência e desenvolvimento de tolerância. Embora seja um opioide mais fraco, ainda tem potencial para abuso e pode levar à dependência. O tramadol tem aproximadamente 1/10 da dosagem da morfina, mas tem o potencial de causar overdose ou dependência após uso prolongado.
  14. Codeína – a codeína é mais comumente encontrada como xarope para tosse prescrito, para reduzir a tosse em pacientes. Também pode ser prescrito para dores leves a moderadas, em comprimido que também contém paracetamol. Embora esta droga seja relativamente fraca, ela pode ser abusada e levar aos efeitos colaterais típicos dos opioides. Muitos pacientes consideram a codeína simplesmente um xarope para tosse, sem perceber que na verdade é um opioide.

Efeitos Colaterais dos Opioides

Os efeitos colaterais dos opioides podem variar de pessoa para pessoa e incluem:

  • Sonolência excessiva
  • Náuseas
  • Vômitos
  • Constipação
  • Tontura
  • Alterações mentais
  • Pesadelos
  • Respiração lenta
  • Dificuldade para respirar

À medida que o corpo se adapta à dosagem do medicamento, esses efeitos tendem a diminuir. No entanto, é importante conversar com um médico se os problemas persistirem.

Receptores Opioides e Tratamento

Os opioides atuam nos receptores opioides no cérebro e na medula espinhal. Esses receptores estão envolvidos na regulação da dor e do humor. O tratamento para dependência de opioides envolve terapias comportamentais, suporte psicológico e, em alguns casos, medicamentos como a naloxona (um antagonista opioide).

Em resumo, os opioides são ferramentas valiosas no manejo da dor, mas seu uso deve ser cuidadosamente monitorado por profissionais de saúde para evitar abusos e efeitos adversos.

Referências:

  1. Interhelpinternacao
  2. Exame Toxicológico

Heparina: Cuidados na aplicação

A heparina é um anticoagulante que pode ser usado para prevenir ou tratar a formação de coágulos sanguíneos.

Recomendações de uso

A aplicação de heparina deve seguir algumas recomendações, para evitar danos no local da aplicação, tais como:

  • Caso a escolha é subcutânea, deve ser administrado na região anterolateral do abdômen, alternando a cada aplicação os lados direito e esquerdo.
  • Limpar a pele com clorexidina alcoólica, com movimentos de vai e vem e deixar secar antes de aplicar a injeção;
  • Segurar a seringa em um ângulo de 90 graus e introduzir a agulha rapidamente na pele;
  • Injetar o medicamento lentamente e retirar a agulha com cuidado, sem massagear o local;
  • Descartar a seringa em um recipiente adequado, sem reencapar a agulha.

Orientações

  • A heparina deve ser aplicada conforme a prescrição médica, respeitando os horários e as doses indicadas. Em caso de dúvidas ou efeitos colaterais, é importante consultar o médico ou o farmacêutico.
  • A heparina deve ser aplicada por via intravenosa ou subcutânea, nunca por via intramuscular, e a dose deve ser ajustada de acordo com o peso do paciente e o tipo de doença.
  • A heparina pode causar sangramentos em qualquer parte do corpo, por isso é importante monitorar a coagulação sanguínea e evitar o uso de outros medicamentos que possam interferir na sua ação.
  • A heparina deve ser administrada por um profissional de saúde ou pelo próprio paciente, após orientação médica.

Referências:

  1. Boletim ISMP Brasil
  2. Guia do Farmacêutico

Indicações da Glicose

A reposição de glicose como medicamento é uma medida fundamental para tratar casos de hipoglicemia, ou seja, a baixa concentração de açúcar no sangue.

A hipoglicemia pode causar sintomas como tremores, suor frio, tontura, confusão mental e até mesmo coma.

A glicose é a principal fonte de energia para as células do corpo, especialmente as do cérebro.

Por isso, quando há uma queda brusca nos níveis de glicose, o organismo entra em estado de alerta e tenta compensar essa deficiência.

A reposição de glicose pode ser feita por via oral, se o paciente estiver consciente e capaz de engolir, ou por via intravenosa, se o paciente estiver inconsciente ou com dificuldade de deglutição.

A dose e a velocidade da administração dependem da gravidade do quadro e dos sinais vitais do paciente. O objetivo é restaurar os níveis normais de glicose no sangue e evitar danos cerebrais irreversíveis.

Indicações da Glicose

A glicose pode ser medida em diferentes concentrações, dependendo do método e do objetivo do teste.

Algumas indicações da glicose quanto a 5%, 10%, 25% e 50% são:

  • 5%: Essa é a concentração de glicose usada na solução salina glicosada, que é administrada por via intravenosa em casos de desidratação, hipoglicemia ou choque. A solução contém 5 gramas de glicose por 100 mililitros de água, o que corresponde a uma osmolaridade de 278 mOsm/L.
  • 10%: Essa é a concentração de glicose usada na solução glicosada hipertônica, que é administrada por via intravenosa em casos de hiponatremia, edema cerebral ou coma hiperosmolar. A solução contém 10 gramas de glicose por 100 mililitros de água, o que corresponde a uma osmolaridade de 505 mOsm/L.
  • 25%: Essa é a concentração de glicose usada na solução glicosada hipertônica concentrada, que é administrada por via intravenosa em casos de hipoglicemia grave ou choque refratário. A solução contém 25 gramas de glicose por 100 mililitros de água, o que corresponde a uma osmolaridade de 1378 mOsm/L.
  • 50%: Essa é a concentração de glicose usada na solução glicosada hipertônica superconcentrada, que é administrada por via intravenosa em casos de parada cardiorrespiratória, convulsões ou coma hipoglicêmico. A solução contém 50 gramas de glicose por 100 mililitros de água, o que corresponde a uma osmolaridade de 2523 mOsm/L.

Referências:

  1. Gov.br
  2. Dr. Consulta
  3. Consultaremedicos