Circuito para Ventilação Mecânica: Entenda sua Função!

ventilação mecânica ou suporte ventilatório, consiste em um método de suporte para pacientes com insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada.

circuito de ventilação mecânica é uma tubulação que fica conectada ao aparelho de suporte ventilatório, para levar ar aos pacientes incapazes de realizar uma respiração independente e natural.

Circuito Para Ventilação Invasiva

Os circuitos de ventilação invasiva, comumente são chamados de circuito ativo ou circuito de ramo duplo. Isso porque especificamente, este circuito contém duas tubulações, sendo um para administrar o fluxo de ar da inspiração e outro para administrar o fluxo de ar da expiração.

Seu funcionamento é destinado ao uso em pacientes entubados ou com traqueostomia, cujo todo o ciclo respiratório é desenvolvido pelo aparelho de ventilação mecânica, a fim de manter a estabilidade da oxigenação do paciente, e a vitalidade do organismo.

Alguns modelos de ventilação mecânica, contém encaixes específicos, por isso, é preciso ficar atento quanto a compatibilidade da tubulação com o tipo de circuito para ventilação invasiva.

Componentes do Circuito

O circuito respiratório se diferencia por sua estrutura, porém, os equipamentos básicos que o compõe são os são:

  • Traqueia de silicone (Ou Ramo para Inspiração/Expiração);
  • Dreno coletor de água para circuito;
  • Conector Y para o circuito escolhido.

Ao escolher um circuito respiratório é necessário conferir a compatibilidade com o ventilador, uma vez que os encaixes podem ser diferentes em cada modelo ou marca de aparelho de ventilação mecânica.

Troca e Montagem do Circuito: Reponsabilidades dentro da Equipe de Enfermagem

A equipe de enfermagem, desde que devidamente capacitada, pode realizar a montagem do VM, o teste do equipamento, a troca de circuito e o desmonte do dispositivo ventilatório. Estes procedimentos não são exclusivos da equipe de enfermagem, podendo ser realizados por outros profissionais da equipe multiprofissional em conformidade com sua legislação profissional.

Para padronização das práticas dos profissionais que compõe a equipe multiprofissional nos setores de cuidados aos pacientes graves/críticos e para sua segurança, reforça-se que as instituições de saúde programem as ações de enfermagem com base na Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), conforme resolução nº 358/2009 e atualizem os protocolos específicos para tal procedimento, o qual deverá seguir os processos institucionais de apreciação e validação.

Cuidados de Enfermagem

Material Necessário:

  • 01 respirador completo;
  • 01 circuito para respirador;
  • 01 copo de umidificação e extensão;
  • 01 ambú com bag;
  • 01 fluxômetro de O2;
  • 02 águas destilada  250ml;
  • 01 equipo simples (para pediatria);
  • 01 luva esterilizada;
  • 01 pacote de gaze estéril;
  • 01 manômetro de oxigênio;
  • 01 manômetro de ar comprimido;
  • 01 filtro HME( adultos);
  • 01 etiqueta para identificação da data de montagem / troca.

Pré – Execução:

  • Lavar as mãos;
  • Reunir material necessário e colocar em bandeja.

Execução:

  • Identificar-se para o paciente e/ou acompanhante;
  • Confirmar o nome e o leito do paciente;
  • Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento;
  • Calçar as luvas;
  • Montar o circuito de forma asséptica, protegendo a saída do paciente com gaze estéril;
  • Colocar água no copo umidificador até o limite ideal de uso;
  • Ligar o respirador e realizar teste de funcionamento;
  • Ajustar os alarmes de acordo com os parâmetros a serem utilizados pelo paciente (caso paciente novo solicitar médico plantonista ou fisioterapeuta ) ;
  • Conectar o circuito à cânula do paciente de forma adequada;
  • Identificar data, hora e pessoa que realizou a montagem em etiqueta específica ;
  • Promover monitorização cardíaca e oximetria constantes;
  • Manter o paciente confortável e o ambiente organizado;
  • Trocar extensões seguindo tabela de orientação do SCIH.

Pós – Execução:

  • Lavar as mãos;
  • Encaminhar o material para local pré-determinado;
  • Manter o circuito do respirador, após o procedimento de extubação, protegido com gaze estéril ao lado do leito por 24 horas;
  • Realizar as anotações necessárias.

Avaliação:

  • Estabilização dos gazes sanguíneos e dos parâmetros de monitorização de oximetria;
  • Manter ventilação de acordo com quadro clínico do paciente e que proporcione conforto ao mesmo.

Riscos / Tomada de Decisão:

  • Barotrauma: conferir alarmes do respirador sempre que o mesmo disparar, checando todos os parâmetros;
  • Contaminação do circuito: realizar troca de circuitos;
  • Alteração na rede elétrica ou rede de gazes:  manter aparelho conectado a rede elétrica, mesmo quando não estiver em uso, realizar ventilação manual até estabilização da rede elétrica ou de gazes;
  • Desconexão acidental com perda da ventilação e risco de hipoxemia: conferir alarmes do respirador sempre que o mesmo disparar, checando todos os parâmetros.

Referências:

  1. PARECER TÉCNICO COREN-DF Nº 11/2019;
  2. Portal da Enfermagem;
  3. Blog CPAPS

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