Punção Intraóssea

A punção intraóssea (IO) é um procedimento emergencial que permite a administração da maioria dos medicamentos utilizados em emergências quando não se consegue um acesso venoso periférico, principalmente em casos de hemorragia e em situações de trauma.

A via intraóssea pode ser usada com segurança em diferentes locais de punção, em pacientes adultos e crianças, com um risco muito baixo de complicações, sendo a mais comum o derramamento de fluidos.

Essa via de administração pode ser usada para lactentes, crianças ou adultos, quando não for possível estabelecer um acesso venoso de emergência nos primeiros dois minutos após o atendimento inicial no caso de parada cardiorrespiratória.

Locais para Punção

Crianças
  • Superfície antero-medial da tíbia proximal, 2,5 cm abaixo da tuberosidade tibial;
  • Tíbia e fêmur distais. A tíbia distal é preferível por ter uma cobertura fina de córtex ósseo e por possibilitar acesso mais difícil, porque o osso está bem protegido por músculo e gordura;
  • A inserção no esterno não é recomendável para crianças, devido ao risco de perfuração;
  • Nunca introduzir uma agulha intraóssea nas placas epifisárias de uma criança.
Adultos
  • Crista ilíaca ou esterno (com exceção do segmento anteroposterior, no qual a agulha poderia penetrar por completo);
  • Extremidade distal do rádio, a metáfise proximal do úmero e uma região situada 3 a 4 cm antes da extremidade distal do maléolo lateral ou medial;
  • A agulha também pode ser introduzida no processo estiloide da ulna, na epífise distal do segundo metacarpo, na epífise distal do primeiro metatarso, na tíbia ou no fêmur distal.

Enfermeiro pode ser habilitado para realizar punção intraóssea!

O COFEN aprovou a  Resolução 648/2020, que dispõe sobre a normatização, capacitação e atuação do enfermeiro na realização da punção intraóssea em situações de urgência e emergência pré e intra-hospitalares.

A normativa, proposta pela Comissão Nacional de Urgência e Emergência, busca trazer mais segurança no procedimento, crucial para salvar a vida de pacientes graves.

Observação

  • Recomenda-se a antissepsia do local com gluconato de clorexidina a 0,5%, iodopovidona a 10% ou álcool a 70%;
  • Utilizar cobertura estéril de fixação e não ultrapassar impreterivelmente, o período máximo de 24h com uso da via intraóssea, buscando um novo acesso após estabilização do paciente.

Referências:

  1. LANE, John Cook and GUIMARAES, Hélio Penna. Acesso venoso pela via intraóssea em urgências médicas. Rev. bras. ter. intensiva [online]. 2008, vol.20, n.1, pp. 63-67.
  2. Ricardo Américo Ribeiro de; MELO, Clayton Lima; DANTAS, Raquel Batista  and  DELFIM, Luciana Valverde Vieira. Acesso vascular por via intraóssea em emergências pediátricas. Rev. bras. ter. intensiva [online]. 2012, vol.24, n.4, pp. 407-414.
  3. EUA. Suporte Avançado de Vida Cardiovascular. American Heart Association. Manual do Profissional, 2011.
Comentários

O que você achou da nossa publicação?

Clique nas estrelas!

Média da classificação 0 / 5. Votos: 0

Nenhum voto até agora! Seja o primeiro a avaliar esta publicação.

Como você achou esse post útil...

Sigam nossas mídias sociais!

Não achou o que queria?

Nos dê a sugestão do tema! Iremos elaborar ilustrações e publicações com sua ajuda!

Escreva um tema que gostaria que fosse abordado!