Que Medicamento é Esse?: Enoxaparina Sódica

Enoxaparina Sódica

A Enoxaparina Sódica, também conhecida pelos seus nomes comerciais ClexaneEndocris, Enoxalow, Versa e Cutenox, é um fármaco do grupo dos anticoagulantes utilizado principalmente no tratamento de isquemias e infarto do miocárdio.

Além disso, este fármaco também pode ser usado na prevenção da formação de trombo na circulação extracorpórea durante a hemodiálise, e para profilaxia de TVP.

Como Funciona?

Ela diminui o risco de desenvolvimento de uma trombose Venosa Profunda e sua consequência mais grave, a embolia pulmonar. Também previne e trata estas duas patologias, evitando a sua progressão ou recorrência, além de tratar angina instável e o Infarto do Miocárdio.

A duração do tratamento com este fármaco pode variar de um indivíduo para o outro.

A máxima atividade anti-Xa (antitrombótica) média no sangue é observada 3 a 5 horas após a administração subcutânea.

Os Efeitos Colaterais

Os efeitos colaterais mais comuns que podem ocorrer com o uso deste medicamento são manifestações hemorrágicas, trombocitopenia, equimoses no local das injeções, manifestações alérgicas e elevação das transaminases.

Raramente podem ocorrer hematoma intra-espinhal após punção diagnóstica/anestésica, febre, náuseas, anemia hipocrômica e edema.

Quando é Contraindicado?

A Enoxaparina Sódica não deve ser usado em pessoas com hipersensibilidade à composição da mesma, à heparina e seus derivados, inclusive outras heparinas de baixo peso molecular e pessoas com hemorragias ativas de grande porte e condições com alto risco de desenvolvimento de hemorragia incontrolável, incluindo acidente vascular cerebral hemorrágico recente.

Os Cuidados de Enfermagem

  • A medicação deve ser administrada exatamente conforme recomendado, e o tratamento não deve ser interrompido sem o conhecimento do médico, ainda que o paciente alcance melhora.
  • A medicação não deve ser usada em crianças nem durante a gestação ou lactação. No caso de gravidez (confirmada ou suspeita) ou, ainda, se a paciente estiver amamentando, o médico deverá ser comunicado imediatamente. Recomende à paciente o emprego de um método contraceptivo seguro e adequado, durante a terapia.
  • Recomenda-se cautela também nos casos de doenças hepática ou renal graves, retinopatia (hipertensiva ou diabética), hipertensão sem controle, história recente de doença ulcerativa, anestesia espinhal/epidural, história de distúrbio hemorrágico (congênito ou adquirido), malignidades, pacientes idosos (eliminação de enoxaparina prolongada) e extrema cautela nos casos de hipertensão severa sem controle, endocardite bacteriana, distúrbios hemorrágicos, sangramento/ulceração/patologia gastrointestinal, sangramento, ulceração gastrointestinal ativos, AVC hemorrágico, cirurgias recentes (SNC ou ocular) e história de trombocitopenia relacionada à heparina.
  • Informe ao paciente as reações adversas mais frequentemente relacionadas ao uso da medicação e que, diante a ocorrência de qualquer uma delas, principalmente quaisquer sintomas de sangramento ou equimose comuns ou intoleráveis, o médico deverá ser comunicado imediatamente.
  • Recomende ao paciente o uso de escovas de dentes macias e de barbeador elétrico e que evite tomar medicações que contém ácido acetilsalicílico, para evitar o risco de sangramento.
  • Pode causar tontura. Recomende que o paciente solicite auxílio para sua deambulação ou transporte, para prevenir quedas e possíveis fraturas, como também que evite a prática de atividades que requerem estado de alerta, durante a terapia.
  • Recomende ao paciente que evite o uso de qualquer outra droga ou medicação, sem o conhecimento do médico durante a terapia.
  • Durante a terapia, avalie: 1. freqüentemente (principalmente em pacientes com cateteres epidurais) os sinais e sintomas de lesão neurológica (dor na região lombar, deficiências sensoriais e motoras, insensibilidade ou fraqueza dos membros inferiores – alterações intestinais e/ou urinárias) e, diante qualquer uma destas ocorrências, comunique imediatamente ao médico; 2. sinais de sangramento ou hemorragia (sangramento das gengivas ou nasal, equimose incomum, fezes alcatroadas e escuras, hematúria, diminuição do hematócrito ou da PA, sangue oculto nas fezes) ou sangramento da ferida cirúrgica e diante qualquer uma destas ocorrências, comunicar imediatamente ao médico; 3. evidências de trombose adicional ou aumento (os sintomas depender da área de envolvimento); 4. reações de hipersensibilidade (calafrios, febre, urticária) e, diante estas reações comunique imediatamente ao médico e monitore periodicamente, as contagens sanguíneas e de plaquetas e as fezes (sangue oculto); rigorosamente, os casos de trombocitopenia e, diante uma diminuição inesperada do hematócrito, avalie os locais com maior potencial hemorrágico (não requer monitorização especial dos tempos de coagulação (TTPa).
  • Exames laboratoriais: Pode causar  aumento nos níveis de TGO e TGP.
  • Superdosagem e Toxicidade: A superdosagem acidental, após administração IV, extracorporal ou SC pode causar complicações hemorrágicas; a absorção da enoxaparina, após administração por VO em doses altas, é pouco provável; os efeitos anticoagulantes podem ser, em grande parte, neutralizados pela administração IV lenta de protamina; a dose de protamina deve ser idêntica à dose da enoxaparina  administrada (1mg de protamina neutraliza o efeito anticoagulante de 1mg da enoxaparina); mesmo com doses elevadas de protamina, a atividade anti-Xa não é completamente neutralizada (máximo ± 60%).
  • Interações medicamentosas: Atenção ao uso concomitante de outras drogas!
  • IM: a droga só deve ser administrada por via SC ou IV, e nunca por via IM, devido ao risco de formação de hematoma!
  • SC: a droga só deve ser administrada por via SC ou IV; a droga não deve ser misturada com outras infusões (heparinas não-fracionadas ou outras de baixo peso molecular); as heparinas de baixo peso molecular devem ser utilizadas individualmente, pois entre elas existem diferenças básicas quanto ao processo de produção, peso molecular, atividade específica, unidade e dosagem; a solução deve estar clara; não injete soluções que contenham partículas,  a seringa já está pronta para uso e, em seu interior, há uma pequena bolha de gás (inerte) que não de ser retirada.

Como Administrar este Medicamento?

A via de administração de Clexane varia dependendo da indicação do produto. Abaixo estão descritas as técnicas de injeção subcutânea e bolus intravenoso.

Técnica de injeção subcutânea de seringas preenchidas com sistema de segurança

Com o preparo do local para injeção:

  • O local recomendado para injeção é na gordura da parte inferior do abdômen, pelo menos 5 centímetros de distância do umbigo para fora e em ambos os lados, conforme ilustração abaixo:

Enoxaparina Sódica

  • Antes da injeção, lave as mãos. Limpar (não esfregar) com álcool o local selecionado para injeção. Você deve selecionar um local diferente do abdômen inferior a cada aplicação!

O Preparo da Seringa antes da Injeção

Verifique se a seringa não está danificada e se o medicamento dentro está com uma solução límpida, sem partículas. Se a seringa estiver danificada ou o medicamento não for límpido, utilizar outra seringa.

A Administração da Injeção

  • Retire a capa protetora da agulha;
  • O segundo passo conforme a ilustração abaixo:

Enoxaparina Sódica

  • A injeção deve ser administrada por subcutânea profunda, no tecido subcutâneo da parede abdominal com o paciente deitado ou sentado em posição confortável, alternando entre os
    lados esquerdo e direito a cada aplicação.

Enoxaparina Sódica

  • A agulha deve ser introduzida perpendicularmente na espessura de uma prega cutânea feita entre os dedos polegar e indicador. A prega deve ser mantida durante todo o período da injeção, e não esqueça, não esfregue o local da injeção após sua aplicação!

Enoxaparina Sódica

  • O Dispositivo de segurança é acionado automaticamente quando o êmbolo é pressionado até o final, deste modo protegendo completamente a agulha usada e sem causar desconforto ao paciente. Lembrando que a ativação do dispositivo só é possível se o êmbolo for completamente abaixado!

A Técnica de injeção intravenosa (bolus)

É indicado somente apenas para o tratamento do Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) como elevação de segmento ST!

O Clexane deve ser administrado através de uma linha intravenosa e não deve ser misturado ou coadministrado com outros medicamentos. Para evitar a possibilidade de mistura do Clexane com outros medicamentos, o acesso intravenoso escolhido deve ser lavado com quantidade suficiente de solução salina ou solução dextrose antes e imediatamente após a administração do bolus intravenoso de Clexane para limpar o dispositivo de acesso do medicamento. O Clexane pode ser utilizado com segurança com solução salina normal 0,9% ou dextrose a 5% em água.

Bolus intravenoso inicial de 30 mg: utiliza-se uma seringa pré-enchida de Clexane graduada e despreza-se o excesso do volume, obtendo apenas 30 mg (0,3 mL) na seringa. Injeta-se, então, a dose de 30 mg diretamente na linha intravenosa.

Bolus adicional para pacientes submetidos à intervenção coronariana percutânea quando a última dose subcutânea de Clexane foi administrada há mais de 8 horas antes de o balão ser inflado: para pacientes submetidos à intervenção coronariana percutânea, um bolus intravenoso adicional de 0,3 mg/kg deve ser administrado se a última dose subcutânea do Clexane foi administrada há mais de 8 horas antes de o balão ser inflado.

Para assegurar a precisão do pequeno volume a ser injetado, recomenda-se a diluição do medicamento para uma solução de 3 mg/ml.

Para obter uma solução a 3 mg/mlL utilizando uma seringa pré-enchida de 60 mg do Clexane, recomenda-se usar uma bolsa de infusão de 50 ml (contendo, por exemplo, solução salina normal 0,9% ou dextrose a 5% em água).

Com o auxílio de uma seringa, retira-se 30 ml da solução contida na bolsa e despreza-se este volume.

Aos 20 ml restantes na bolsa de infusão, injeta-se o conteúdo total de uma seringa pré-enchida graduada de 60 mg. E então, mistura-se gentilmente a solução final.

Retira-se com uma seringa o volume requerido da solução para administração na linha intravenosa. Recomenda-se que esta solução seja preparada imediatamente antes de sua utilização.

Após finalizada a diluição, o volume a ser injetado na linha intravenosa deve ser calculado utilizando-se a seguinte fórmula: [volume da solução diluída (ml) = peso do paciente (kg) x 0,1] ou
utilizando a tabela abaixo:

Volume de solução a 3 mg/mL
a ser injetado na linha intravenosa
Peso do Dose requerida Volume a ser injetado (mL)
paciente (0,3 mglkg) após ser diluído para a concen-
(kg) (mg) tração final de 3mg/ml
45 13,5 4,5
50 15 5
55 16,5 5,5
60 18 6
65 19,5 6,5
70 21   7  
75 22,5 7,5
80 24   8  
85 25,5   8,5  
90 27   9  
95 28,5   9,5  
100 30   10  

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