O Balanço Hídrico

Balanço Hídrico

O balanço hídrico representa toda a função de monitorar todos os tipos de líquidos administrados e eliminados pelo doente durante um determinado período.

O mesmo em condições normais poderá receber líquidos por via oral, alimentos, água endógena e exógena, e ter perdas pela diurese, evacuações e pela parte sensível (pulmões e pele). Todo medicamento administrado tanto por via oral como endovenoso, são incluídos como ganhos (balanço positivo), e o débito de sondagem vesical, drenos, vômitos e evacuações líquida como perdas (balanço negativo), há também casos quando ocorre balanço igualado.

É de extrema importância o técnico de enfermagem realizar as anotações rígidas do balanço. É através dela que indicará a boa ou péssima evolução clínica do paciente. Poderá indicar através do balanço juntamente com os exames laboratoriais o início de outras patologias.

O que pode se considerar como ganho (Balanço positivo/entrada)?

Dietas por SNG, SNE, ostomias, ingestão de água, sucos, chás, sopas, terapia medicamentosa de soros, medicações com diluição, drogas vasoativas, drogas sedativas em soro, sangue, plasma, NPP/NPT.

O que pode se considerar como perda (Balanço negativo/saída)?

Eliminações vesicais e intestinais presentes em forma líquida e semi líquida, vômitos, drenagens, secreções, sudorese, linfa.

Como calcular o total em controle de Balanço Hídrico?

Em ganhos: Se for de terapias medicamentosas, anotar todas vazões totais infundidas no paciente naquele período em uma tabela de ganhos por soros. Anotar a ingesta líquida, se houve uma boa aceitação ou não, em uma tabela onde indica as dietas por via oral. A vazão de infusão da dieta enteral por bomba infusora também é contado e extremamente importante.

Em perdas: Se for por sondagem vesical, anotar a cada duas horas o total da diurese presente em bolsa, por drenos (se a sonda gástrica ou enteral estiver aberta para drenagem, realizar anotação do débito total, se houver perdas de fluidos gástricos por via oral, anotar como “perdas”) no final do plantão.

Para fazer a contagem do balanço hídrico, devemos no final de 24 horas, somar o total de ganhos e de perdas e subtrair um do outro.

Como neste exemplo:

O doente recebeu 1.500 ml entre dieta e medicações e eliminou 900 ml entre diurese e
outras drenagens.

1500 – 900 = 600 ml

Portanto o balanço das 24 horas neste caso é positivo, pois o doente teve mais ganhos do
que perdas.

Anote o resultado final no balanço, e havendo qualquer alteração, comunicar o enfermeiro plantonista e ao médico plantonista.

É atribuição obrigatória ao Técnico de Enfermagem na UTI anotar todas as medicações infundidas, administradas, dietas oferecidas e as recusas, eliminações vesicais e intestinais e anotar suas características, débito de drenos e seu aspecto, durante seu plantão.

 

Veja também:

 

Uripen

O uripen é um cateter ou sonda externa feita de borracha fina (látex atóxico), também conhecida como sonda de camisinha (extremidade afunilada e reforçada), sendo uma forma eficaz de coletar urina em homens, que apresentam incontinência urinária. É um método não invasivo em homens, para controle de diurese em balanço hídrico.

Ele é colocado no pênis e conectado através de um tubo extensor a uma bolsa coletora de urina, ali contabilizando o quanto de diurese o paciente debitou durante um período.

Existe vários tamanhos de uripen, segundo o diâmetro do pênis: Tamanho 4, 5, 6 e 7.

Como colocar o uripen?

A colocação do uripen é simples:

  • Fazendo a tricotomia dos pêlos da região;
  • Realizando a higiene adequada do órgão genital masculino;
  • Instale o tubo extensor na ponta do uripen, de modo que não vasa e que fixe bem dentro da ponta do dispositivo;
  • Deixe o tubo extensor instalado dentro da bolsa coletora de urina, e prenda a bolsa de modo que não caia o conteúdo;
  • Coloque o uripen como se ele fosse uma camisinha, e deixe um espaço livre na ponta do pênis;
  • Coloque o micropore em torno do uripen caso necessidade; desenrole o uripen de volta até cobrir com esparadrapo;
  • Aplique uma segunda tira de micropore, metade no uripen e metade sobre a pele.

Assistência de Enfermagem como uso do Uripen

  • Cuidado para não garrotear! A fixação não deve ficar muito apertada, assim evitando a má circulação do pênis;
  • Evite fixar o uripen com esparadrapo comum, pois pode causar alergias e lesões no pênis.
  • É mais fácil colocar o uripen com o pênis em ereção, mas caso não ocorra, puxe um pouco o pênis para que se obtenha um melhor encaixe do dispositivo;
  • Se o uripen estiver vazando aos redores do dispositivo, retire e instale uma nova. O reuso do uripen pode ocasionar infecções urinárias indesejáveis, e lesionando o pênis;
  • Manter os pêlos pubianos aparados, pois facilita a utilização do uripen;
  • Retire o uripen uma vez ao dia para lavar e secar bem o pênis;
  • Oriente ao paciente para evitar o manuseio do dispositivo, como puxar o tubo extensor ou o uripen, a fim de evitar que o mesmo descole do local apropriado, assim não tendo que estar trocando várias vezes ao dia sem necessidade;
  • É recomendado que troque a bolsa coletora a cada final de plantão ou até que a bolsa encha em seu limite, não sendo recomendado a reutilização, sempre despreze a bolsa usada, e instale uma nova, assim evitando início de infecções no trato urinário.

Troque o dispositivo a cada 24 horas ou quando houver descolamento do dispositivo.

Atentar-se para: Examine o pênis com frequência e se estiver com lesões ou inchado, deixe a pessoa sem o uripen e utilize fraldas, até que as lesões estejam curadas.