O que é um Bloqueio de Ramo?

bloqueio de ramo

Um paciente dá entrada em uma Unidade de Terapia Intensiva Cardiológica, após feito um eletrocardiograma de admissão, é notável uma alteração no ECG, sendo um bloqueio de ramo (direito ou esquerdo).

Mas o que é exatamente um Bloqueio de Ramo?

Analisando anatomicamente um coração, você entenderá que há os nós sinoatrial e atrioventricular, e havendo um sistema de condução cardíaca, onde essas conduções elétricas passam pelos feixes, como o atrioventricular, que na qual transmitem impulsos elétricos vindos do mesmo.

O Bloqueio de Ramo, nada mais são distúrbios da condução elétrica distal ao feixe de His, que provocam mudanças na maneira em que ambos os ventrículos são despolarizados.

Esta alteração na despolarização ventricular, causa alterações significativas no complexo QRS do electrocardiograma, que em casos severos (bloqueios completo do ramo) provoca um aumento da duração e mudanças na morfologia.

Os bloqueios de condução podem ser provocados por diferentes cardiopatias, incluindo a degeneração intrínseca sem outra cardiopatia associada.

Como a despolarização é alterada, a repolarização ventricular também é realizada de forma anormal, portanto, a onda T também apresentará alterações morfológicas nos bloqueios completo do ramo.

A Divisão do Feixe de His

  • O ramo direito, estimula o ventrículo direito e o terço direito do septo interventricular.
  • O ramo esquerdo, estimula o ventrículo esquerdo e os restantes dois terços do septo interventricular.

Enquanto o ramo direito permanece indiviso, o ramo esquerdo é dividido em dois pequenos ramos ou fascículos.

  • O fascículo anterior, que transmite o impulso para a região ântero-superior do ventrículo esquerdo.
  • O fascículo posterior, que transmite o impulso para a região póstero-inferior do ventrículo esquerdo.

Qualquer alteração em um desses três ramos provoca um distúrbio de condução interventricular que se reflete em alterações no electrocardiograma.

Bloqueios completos de ramo

O bloqueio de ramo completo ocorre quando há uma obstrução completa do impulso no ramo direito, ou no ramo esquerdo antes da subdivisão.

Os bloqueios completos do ramo apresentam, no eletrocardiograma, um complexo QRS largo (superior a 0,12 s).

Isto é causado porque o estímulo elétrico primeiro despolariza ao ventrículo do ramo saudável, e depois, através do miocárdio, ao ventrículo do ramo afetado.

O tempo de despolarização ventricular é aumentado e, por conseguinte, ocorre um alargamento do complexo QRS.

O que pode causar um Bloqueio de Ramo?

A causa pode variar dependendo se o bloqueio é do ramo direito ou do esquerdo.

De um modo geral, essas causas podem dever-se à pressão arterial elevada, toxicidade medicamentosa, febre reumática, excessiva ingestão de álcool, câncer de pulmão, cirurgia no coraçãotumor, hiperatividade da glândula tireoidepneumoniainflamação do pericárdioembolia pulmonar, sífilis e doença de Lyme.

Causas do bloqueio do ramo direito: as causas mais importantes do bloqueio do ramo direito, são entre outras, as alterações do eletrocardiograma em um paciente normal, doença de Chagas e a comunicação interatrial (CIA).

A propensão a estes bloqueios aumenta com a idade e é mais comum em idosos do que em pessoas de meia-idade ou jovens.

Da mesma forma, essa propensão aumenta nas pessoas que têm pressão arterial alta ou doenças cardíacas.

Causas do bloqueio do ramo esquerdo: o bloqueio do ramo esquerdo está associado a doenças cardíacas na maioria dos casos.

As principais delas são: hipertrofia ventricular esquerda, doença arterial coronariana, doença cardíaca/valvular, miocardiopatias e doença degenerativa do sistema de condução.

Esse bloqueio pode se dar também com frequência cardíaca elevada e, menos frequentemente, em pacientes com estudos cardiológicos normais.

O bloqueio do ramo esquerdo pode ser a primeira evidência de uma doença cardíaca não conhecida.

Complicações Possíveis do Bloqueio de Ramo

A principal complicação dos bloqueios de ramo é a bradicardia (frequência cardíaca lentificada), o que às vezes pode causar síncopes.

Os bloqueios de ramo podem também causar morte súbita.

Como o bloqueio de ramo afeta a atividade elétrica do coração, às vezes, ele pode dificultar o diagnóstico correto de outras doenças do coração e levar a atrasos na gestão adequada delas.

Há tratamento?

Em si mesmo, os bloqueios do primeiro e mesmo do segundo graus não requerem um tratamento específico, mas sim a doença cardíaca que os tenha causado.

Em pacientes com sintomas de síndrome coronariana aguda, o bloqueio do ramo esquerdo deve ser tratado como um infarto agudo do miocárdio.

De modo geral, o tratamento do bloqueio de ramo envolve a implantação de um marcapasso artificial.

Um bloqueio alternante entre o ramo direto e o esquerdo é critério de implante de um marcapasso definitivo.

Embora alguns bloqueios não precisem de tratamento, outros podem evoluir para um bloqueio coronário total (bloqueio de terceiro grau).

Outra variante do bloqueio de ramo é um distúrbio do nódulo sinusal causado pela degeneração das artérias coronárias.

 

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Miocardiopatia de Takotsubo: “O Coração Partido”

Miocardiopatia de Takotsubo: "O Coração Partido"

Miocardiopatia de Takotsubo, também conhecida como a Síndrome do “O Coração Partido”, “Coração Quebrado”, e “Cardiomiopatia Induzida por Estresse”, trata-se de uma desordem transitória e segmentar do ventrículo esquerdo, na ausência de coronariopatia obstrutiva.

Esta síndrome foi descrita pela primeira vez por pesquisadores japoneses no início do da década de 1990.

O nome Takotsubo significa “pote de pesca japonês para capturar polvo”.

Acomete com maior frequência indivíduos do sexo feminino (aproximadamente 95% dos casos), especialmente que se encontram no período pós-menopausa, com idade média entre 60 a 80 anos.

Foi definida pela American Heart Association como uma cardiomiopatia adquirida primária e é responsável por 1% a 2% dos casos de síndrome coronariana aguda.

Fatores de Causa

Existem alguns fatores que precipitam a síndrome: E dentre eles estão os estresses físico e emocional.

Tipicamente, um indivíduo com este tipo de cardiomiopatia apresenta um início súbito de insuficiência cardíaca congestiva juntamente com alterações no eletrocardiograma que sugerem infarto do miocárdio.

Outras manifestações clínicas que o paciente com esta afecção pode apresentar são: precordialgia e/ou dispneia; síncopes; arritmias; edema agudo de pulmão e/ou choque cardiogênico.

Atualmente, os critérios mais aceitos para o diagnóstico desta síndrome são os seguintes:

  • Hipocinesia, acinesia ou discinesia transitória de segmentos médios do ventrículo esquerdo, com ou sem comprometimento apical;
  • Ausência de patologia arterial coronária ou de indícios de ruptura aguda de placa;
  • Novas alterações no eletrocardiograma ou discreta elevação da tropina;
  • Ausência de feocromocitoma ou da miocardite.

O tratamento desta síndrome habitualmente é de suporte. Embora a maioria dos pacientes apresente pressão baixa, o uso de agentes inotrópicos pode intensificar a doença.

Recomenda-se uso de inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECA)/ bloqueadores do receptor de angiotensina (BRA) até o retorno à normalidade da função ventricular; betabloqueadores que, quando utilizados continuamente, podem  reduzir recorrências; anticoagulação em presença de trombo ventricular e/ou embolia sistêmica.

O prognóstico é bom, havendo recuperação total dentro de aproximadamente 8 semanas após início do tratamento.

Embora pouco comum, a recorrência as síndrome de Takotsubo tem sido relatada e aparentemente está relacionada à presença do fator desencadeante.

Referências:
http://journals.lww.com/coronary-artery/Fulltext/2011/05000/Takotsubo_Syndrome.13.aspx
http://en.wikipedia.org/wiki/Takotsubo_cardiomyopathy

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Parecer Coren-SP 005/2018: O Técnico de enfermagem pode passar SNG?

Eis uma dúvida que lota minha caixa de mensagens diariamente, sobre a competência do técnico de enfermagem em passagem de sonda nasogástrica: O Técnico pode estar passando?

Lembrando que os pareceres e resoluções dos conselhos mudam constantemente, e em meados de 2014, determinaram na Resolução Cofen nº 453/2014, que “compete ao Enfermeiro estabelecer o acesso enteral por via oro/gástrica ou transpilórica para a administração da NE, conforme procedimentos preestabelecidos.”, deixando de ser, desde aquela época, uma atribuição direta dos técnicos de enfermagem, cabendo somente aos cuidados e a manutenção da mesma.

Porém, a tal determinação parte do pressuposto de que a realização de tal procedimento demanda conhecimento teórico e prático específico, além de consistir em uma atividade de complexidade mais elevada e, portanto, conforme preconizado pela Lei do Exercício Profissional, nestes casos, a assistência era prestada pelo profissional Enfermeiro.

Porém, em meados de 2018, foi atualizado e esclarecido por meio de PARECER COREN-SP 005/2018, onde foi solicitado um parecer quanto à competência para passagem de sonda nasogástrica/orogástrica por profissional de Enfermagem.

Tendo alguns tópicos importantes:

– Quando a passagem da sonda nasogástrica/orogástrica tem outras finalidades que não o estabelecimento de uma via de acesso para terapia enteral, bem como, após a avaliação criteriosa do Enfermeiro quanto à complexidade do paciente e do procedimento (por exemplo: pacientes com distúrbio de coagulação, acometido de varizes esofagianas, presença de franco desconforto respiratório), e tendo em sua equipe profissional de nível médio capacitado, este procedimento poderá ser delegado para tal profissional.

– E mesmo com a delegação da atividade, ela somente poderá ser desempenhada sob orientação e supervisão do Enfermeiro, sendo a confirmação de posicionamento do dispositivo, preferencialmente, feita por este profissional!

Lembrando que, ainda que é assegurado a todo profissional de enfermagem o direito de se recusar a executar atividade que não seja de sua competência técnica, científica, ética e legal ou que não ofereça segurança ao profissional, à pessoa, à família e à coletividade!

Tendo em conclusão mediante aos principais tópicos, concluíram que a competência para passagem de sonda nasogástrica/orogástrica poderá ser delegada para o Técnico de Enfermagem, após avaliação do Enfermeiro quanto ao nível de complexidade do paciente e procedimento!

Não esquecendo, que a passagem de dispositivos para estabelecimento de Terapia Nutricional Enteral é de competência exclusiva dos profissionais Enfermeiros!

Fonte: PARECER COREN-SP 005/2018

Diabetes LADA: O que é?

A Diabetes LADA, que provém do inglês “Latent Autoimune Diabetes in Adults”, em sua tradução livre Diabetes Latente Autoimune do Adulto,  é uma doença autoimune, que possui semelhanças aos tipos 1, que é a deficiência progressiva na secreção de insulina e a tipo 2, que ocasiona níveis elevados de glucagon do DM, o que torna o diagnóstico difícil.

O que difere é desenvolver-se somente na idade adulta e de forma lenta, havendo uma demora até que o indivíduo se torne insulinodependente.

A Dificuldade em Diagnosticar

Por seu lento surgimento, é possível que médicos o confundam com o tipo 2 em uma primeira análise, mas com o tempo notam que assemelha-se mais ao tipo 1.

Existem especialistas que defendem que se o diagnóstico inicial de um paciente for de LADA e logo em seguida iniciar-se o tratamento com pequenas doses de insulina exógena, as ilhotas produtoras  de   insulina  do  pâncreas  destes  indivíduos podem ser preservadas por mais tempo, ou seja, as ilhotas minimamente funcionais por mais tempo significam controle do diabetes mais fácil e maior prevenção do desenvolvimento de complicações.

Quem é afetado pelo LADA?

Pode atingir 2% da população e ocorre geralmente em adultos: São adultos jovens entre 25 e 40 anos, não apresentam sobrepeso nem hipertensão arterial.

Como é confirmado este diagnóstico?

Para confirmar o diagnóstico de diabetes tipo LADA, é necessário fazer um exame chamado anticorpos Anti-células Beta, Anti-GAD.

Visite a Sociedade Brasileira de Diabetes para se informar mais sobre esta patologia!

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Os Medicamentos e seus Antídotos

Os Medicamentos e seus Antídotos

Você sabia que um medicamento é classificado como um fármaco de agente tóxico? é o principal agente tóxico que causa intoxicação em seres humanos!

E aqui no Brasil, ocupa o primeiro lugar nas estatísticas do SINITOX desde 1994, sendo que :

Os benzodiazepínicos, antigripais, antidepressivos, antiinflamatórios são as classes de medicamentos que mais causam intoxicações em nosso País (44% foram classificadas como tentativas de suicídio e 40% como acidentes, sendo que as crianças menores de cinco anos – 33% e adultos de 20 a 29 anos – 19% constituíram as faixas etárias mais acometidas pelas intoxicações por medicamentos).

Mas o que são os Antídotos na farmacologia?

O Antídoto é o termo genérico para definir qualquer substância que interfere na cinética e/ou dinâmica de outra substância, diminuindo ou neutralizando seu efeito tóxico.

Alguns antídotos agem por antagonismo competitivo e outros por antagonismo não competitivo.

Um Exemplo:

Um exemplo de antídoto é a ação do bicarbonato de sódio sobre um veneno ácido, uma vez que este, é capaz de neutralizar a ação deste tipo de substância nociva.

Importante! Em situações de envenenamento, deve-se sempre comunicar imediatamente um médico, hospital ou bombeiro!

Quais são alguns dos agentes tóxicos com seus antídotos?

Agente Tóxico  Antídoto
Opiáceos Naloxona
Benzodiazepínicos Flumazenil
Paracetamol N- Acetilcisteína
Insulina Glicose
Betabloqueadores Glucagon
Organofosforados e Carbamatos Atropina
Antidepressivos Tricíclicos Bicarbonato
Anticolinérgicos Fisostigmina
Metanol e Etilenoglicol Etanol
Isoniazida Piridoxina
Ferro Desferroxamina
Cumarínico Vitamina K
Chumbo, Mercúrio, Arsênico Dimercaprol
Antagonistas de Cálcio Cálcio
Digitálicos Anticorpos Específicos
Metahemoglobinizantes Azul de Metileno
Monóxido de Carbono Oxigênio
Heparina Protamina
Tiossulfato de sódio​ (Cianeto) Nitrito de Sódio
Amanita Phalloides Nitrito de Sódio
Veneno de Víboras Soro Antiofídico
Anticonvulsivantes Carvão Ativado
Descongestionantes Nasais e Sistêmicos Carvão Ativado

Procedimento Coronário Invasivo: A Pulseira Hemostática

Procedimento Coronário Invasivo: A Pulseira Hemostática

O Procedimento Coronário Invasivo dá se pelos procedimentos como o Cateterismo Cardíaco, onde é um procedimento invasivo e cirúrgico que utiliza diferentes tipos de cateteres para registros de pressões intra-cardíacas, colheita de amostras sanguíneas e injeções intra-cardíacas de contraste radiopaco.

Este procedimento é realizado sob emissão de Raios-X na forma de fluoroscopia para dirigir o cateter ao local a ser estudado e cinefluoroscopia para registro de imagens digitalizadas em CD.

Para cada local a ser explorado usam-se cateteres de medidas e angulações diferentes.

O que pode ser realizado através do Cateterismo Cardíaco?

– Angiocoronariografia;
– Ventriculografia;
– Aortografia;
– Arteriografia pulmonar;
– Biópsia endocárdica;
– Angioplastia coronária com balão;
– Angioplastia coronária com colocação de endoprótese ou STENT;
– Estudos de Cardiopatia valvular;
– Valvoplastia Pulmonar;
– Colocação de Marca-Passo temporário;
– Estudo de Cardiopatia Congênita;
– Atriosseptostomia.

As vias de acesso mais utilizadas

Via Braquial

Com anestesia local, próximo à dobra da flexão do cotovelo, na parte anterior, é feito uma incisão e a separação dos tecidos por dissecção.

Isola-se a artéria Braquial para ter acesso ao lado esquerdo do coração (arterial) ou a veia Basílica para acesso ao lado direito do coração (venoso).

Então é feito uma incisão no vaso onde será introduzido o cateter, que será lavado com soro heparinizado após sua introdução.

Completado os estudos necessários o cateter é retirado, suturando-se o vaso e finalmente a pele.

Via Femural

Com anestesia local na região femoral (inguinal) faz-se a palpação dos vasos, introduzindo-se uma agulha de punção, localiza-se e punciona-se a artéria ou a veia Femoral.

Introduz-se então um fio guia pelo lúmen da agulha.

Retira-se a agulha e um introdutor é colocada no local, sendo guiado pelo fio guia, deixando-se no vaso somente a bainha do introdutor que servirá de via de acesso para a introdução e manipulação dos cateteres.

O fio guia que sempre ajuda na colocação e posicionamento dos cateteres com segurança, será retirado após.

Via Radial

Com anestesia local na região radial (punho) faz-se a palpação da artéria radial, introduzindo-se uma agulha de punção.

Após a punção, um fio guia é introduzido pelo lúmen da agulha.

Retira-se a agulha e um introdutor é colocada no local, sendo guiado pelo fio guia, deixando-se na artéria somente a bainha do introdutor que servirá de via de acesso para a introdução e manipulação dos cateteres.

O fio guia sempre ajudará na colocação e posicionamento dos cateteres.

A Técnica por Punção Radial

Quando são completados os estudos necessários os cateteres e a bainha do introdutor são retirados.

Aplica-se no local da punção femoral, pressão durante 15 a 20 minutos até parar totalmente o sangramento.

É feito curativo compressivo no local por 12 horas.

Se punção radial é feito curativo compressivo por 02 horas imediatamente após a retirada da bainha do introdutor. Troca-se o curativo por curativo oclusivo por mais 12 horas.

O Curativo Compressivo: Pulseira Hemostática

O acesso radial, além de propiciar maior conforto e comodidade, associa-se a menores taxas de complicações vasculares e sangramento grave, com potencial impacto na morbimortalidade.

Assim, é desejável a adoção de estratégias que reduzam o risco de oclusão arterial após procedimentos invasivos, possibilitando sua reutilização.

Por isso, existe atualmente, um dispositivo, chamado de Pulseira Hemostática, sendo encontrado no mercado com diversos nomes comerciais, onde oferece maior conforto ao paciente após o
procedimento e exibe custo-efetividade comprovada.

A principal preocupação no pós operatório é na prevenção de complicações vasculares no sítio de punção radial, com ênfase na taxa de oclusão arterial, após a realização de procedimentos coronários invasivos, a fim de evitar:

  • Hematoma;
  • Pseudoaneurisma;
  • Fístula arteriovenosa;
  • Síndrome compartimental;
  • Sangramento.

Como é feito a manutenção após o Cateterismo?

Imediatamente após o término do procedimento, o introdutor é tracionado cerca de 2 cm.

O dispositivo aplicado no paciente com o marcador verde (localizado no centro do balão maior) posicionado exatamente no orifício da punção, facilitando a localização, a visualização e o controle de possível sangramento.

Insufla-se o balão com seringa própria, injetando 15 mL de ar, com retirada simultânea e total do introdutor, observando, ao final, a ausência de sangramento ativo.

A partir da 4ª hora e a cada hora subsequente (5ª e 6ª horas), esvazia-se 5 mL de ar lentamente, mantendo o balão conectado à seringa e controlando o êmbolo com o polegar.

Em caso de sangramento durante qualquer etapa da retirada do dispositivo, é injetado novamente o volume de ar necessário para manutenção da hemostasia, repetindo o processo após 60 minutos.

Os Cuidados de Enfermagem

Pós Cateterismo Diagnóstico

  • Repouso no leito por 05 horas (femoral) e por 03 horas (braquial ou radial) sem mover, apoiar ou dobrar o membro cateterizado, recomenda-se conter o membro onde realizou o procedimento;
  • Verificar o local cateterizado, como:- pulso, cor, temperatura a cada 15 minutos na primeira hora , 30 minutos na segunda hora, 60 minutos nas três horas seguintes.
  • Verificar PA e FC quando checar os parâmetros acima;
  • Qualquer alteração comunicar a equipe médica;
  • Se sangramento, comprimir o local e comunicar equipe médica;
  • Dieta leve;
  • Orientar o paciente sobre estes cuidados;
  • Após a quinta hora permitir deambulação, verificando os parâmetros acima;
  • Se possível, fazer ECG logo após procedimento;
  • Orientar paciente para retirar curativo oclusivo após 12 horas e se dissecção braquial, os pontos depois de 08 dias. Se punção femoral, retirar curativo compressivo após 12 horas.

Pós Cateterismo Terapêutico

  • Na Angioplastia Coronária: O que é?

Consiste na introdução de um cateter balão na luz da artéria coronária, exatamente na porção média da lesão, sendo o balão insuflado com contraste radiopaco.

O objetivo é a expansão do diâmetro luminal da artéria.

Os Cuidados de Enfermagem Pré Operatório

  • Reservar leito na UTI;
  • Reservar sala cirúrgica;
  • Checar disponibilidade de equipe cirúrgica;
  • Reservar sangue do mesmo tipo do paciente;
  • Seguir protocolo médico de medicações.

Os Cuidados de Enfermagem Pós Operatório

  • Após a angioplastia coronária o paciente é mantido com anticoagulante pleno por 12 a 24 horas;
  • A bainha do introdutor é retirada depois deste período quando a coagulação estiver normal;
  • Repouso absoluto no leito;, 2- elevar cabeceira da cama até 45 graus;
  • Controlar bomba de infusão de Nitroglicerina e Heparina;
  • Controlar PA e P cada meia hora ( 4 vezes ), depois de hora em hora;
  • Verificar curativo na região inguinal a cada hora;
  • Dieta leve;
  • Retirar bainha do introdutor após normalização de coagulação sanguínea, se necessário anestesiar o local;
  • Proceder cuidados pós-cateterismo diagnóstico por punção femoral.
  • Na Angioplastia Coronária com colocação de endopróteses coronárias ou Stents: O que é?

Stent é um dispositivo em formato de mola de aço inoxidável, pequeno e entrelaçado que é introduzido na artéria coronária com obstrução por meio de um cateter balão.

O cateter balão é inflado, o que provoca a expansão do stent, pressionando-o contra a parede da artéria.

Após o balão ser desinsuflado e retirado, o stent fica na posição permanentemente, mantendo o vaso aberto.

  • Na Valvuloplastia por cateter balão: O que é?

Consiste na passagem de um cateter balão desinsuflado pela válvula aórtica, mitral ou pulmonar e insuflamento do mesmo na tentativa do rompimento da válvula, diminuindo a estenose.

Valvuloplastia Pulmonar é relatada como sendo um método seguro e efetivo.

O procedimento é realizado por punção percutânea femoral.

Os cuidados de enfermagem pré e pós são os mesmos para cateterismo cardíaco diagnóstico.

Abertura da válvula por cateter balão.

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Entendendo o Exame de Reflexo Patelar

Entendendo o Reflexo Patelar

Patela é o nome correto para aquilo que conhecemos como rótula, aquele pequenininho osso que está disponível no nosso joelho.

Quando a nossa perna está flexionada e suspensa, como acontece quando sentamos numa determinada altura e levamos uma pancada nela e ficamos com a perna suspensa no ar, colocamos a perna no modo mais protegido.

Qual a importância do exame reflexo patelar?

É uma das partes mais importantes e um exame clínico do neurologista, devido à informação que é colhida através da objetividade.

São testados os vários reflexos presentes na musculatura corporal, e em teoria, qualquer reflexo muscular pode ser medido e testado. Dessa forma, numa consulta médica, serão testados:

  • Bíceps
  • Tríceps
  • Peitoral maior
  • Cúbito
  • Rádio-pronador
  • Flexor dos dedos
  • Adutores da coxa
  • Flexores da coxa
  • Quadríceps
  • Tríceps sural

Se por algum acaso o paciente não apresente o reflexo desejado, podendo ele ser muito elevado ou apresentado abaixo do esperado, pode indicar o uso de doença neurológica.

Tais exames conseguem nortear o médico, dizendo se eles estão nos nervos/plexos/raízes ou se estão na medula.

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Os Neurotransmissores

Os Ossos do Pé

Os ossos do pé dão sustentação à importantíssima extremidade dos membros, responsável pela nossa ação de caminhar, correr e praticamente quase todos os movimentos do corpo humano.

Cada pé é composto por 26 ossos, sendo que todos eles estão divididos em três grandes regiões: tarso, metatarso e falanges.

Vejamos os ossos do pé pertencentes a cada uma dessas regiões:

Ossos do Tarso do pé

O tarso é a parte superior do pé que se liga com os ossos da perna. Essa região do pé é composta por 7 ossos:

– tálus;

– calcâneo;

– cuboide;

– navicular;

– três cuneiformes.

Obs.: desses ossos do pé, somente o tálus está articulado com os ossos da perna.

Ossos do Metatarso do pé

O metatarso consiste em um grupo com 5 ossos grandes localizados na região que antecede os dedos. Esses ossos são articulados com as falanges (dedos) e com os ossos do tarso, sendo esses 5 ossos responsáveis pelo suporte e estabilização do pé, sobretudo ao caminhar.

Ossos das Falanges do pé

A região dos dedos abriga diversos ossos do pé. A região dos dedos é composta por 14 falanges, sendo que:

– o hálux (1º dedo) tem duas falanges (proximal e distal).

– os outros quatro dedos têm três falanges cada (proximal, média e distal).

Dessa forma, temos os seguintes nomes para os ossos do pé:

  • – Calcâneo;
  • – Talo (astrágalo);
  • – Cuboide;
  • – Navicular;
  • – Primeiro cuneiforme;
  • – Segundo cuneiforme;
  • – Terceiro cuneiforme;
  • – Primeiro metatarso;
  • – Segundo metatarso;
  • – Terceiro metatarso;
  • – Quarto metatarso;
  • – Quinto metatarso;
  • – Falange proximal do Hálux;
  • – Falange distal do Hálux;
  • – Primeiro dedo (Hálux);
  • – Segundo dedo;
  • – Terceiro dedo;
  • – Quarto dedo;
  • – Quinto dedo (mínimo);
  • – Falange distal;
  • – Falange média;
  • – Falange proximal. 

Os Principais Problemas nos Pés

Os pés podem sofrer com uma série de problemas relacionados aos ossos, aos músculos ou às artérias, sendo os principais deles:

Fascite plantar

Trata-se de uma das causas mais frequentes de dor no calcanhar. Essa doença é caracterizada pela inflamação ocorrida em um dos tecidos do pé chamado de fáscia plantar, que fica localizado na sola do pé e é responsável por ligar o calcâneo (osso que forma o calcanhar) aos dedos.

A principal causa desse problema é a tensão ou uso excessivo da fáscia plantar, provocando dificuldades para caminhar e dores.

Esporão de calcâneo

Consiste numa das doenças ortopédicas mais comuns, sendo que um dos principais sintomas são dores intensas no calcanhar (principalmente quando os pés tocam o chão). Esse problema ocorre devido a uma sequência de microtraumatismos provocados no osso calcâneo, que provoca a formação do esporão. Esses microtraumatismos são causados devido a impactos intensos e constantes.

Metatarsalgia

Esse problema causa dores que atingem principalmente a parte da frente dos pés, um pouco antes dos dedos. Entre as principais causas da metatarsalgia estão o uso constante de sapatos inadequados para os pés, excesso de peso, exercícios de alto impacto e presença de deformidades nos pés (joanete ou pé cavo).

Neuroma de Morton

Trata-se de um espessamento do nervo interdigital, que passa entre os dedos do pé. O neuroma de Morton é caracterizado por causar dormência e dores na ponta do pé, sendo que uma das queixas mais comuns dos pacientes é a sensação de que eles estão pisando numa pedra ou bola, principalmente quando usam sapatos apertados ou com salto alto.

Dedos em garra e em martelo

Esses dois problemas que afetam os pés são considerados deformidades dos dedos, ocorrendo principalmente pela retração e encurtamento dos músculos e ligamentos do pé. Em alguns momentos, o dedo em garra pode estar associado a problemas mais graves de saúde, como paralisia cerebral, derrame, Pé Marie-Charcot, diabetes, distúrbios genéticos e artrite reumatoide.

Sesamoidite

Consiste em um tipo de inflamação que afeta um ou dois ossos pequenos que ficam próximos às articulações. Esse problema ocorre sobretudo devido ao uso constante de salto alto.

Joanete (hálux valgo)

Problema que afeta principalmente as mulheres, o joanete é caracterizado pelo inchaço ósseo que se forma na articulação que fica na base do dedão do pé. As principais causas do joanete estão associadas ao uso constante de sapatos apertados, tensão nos pés e artrite, sendo que os principais sintomas são dor e rigidez no dedão do pé.

Hálux rígido

Essa doença consiste na artrose da articulação metatarso falangeana, que exerce o papel de conectar o dedão ao pé. Essa doença acarreta a perda dos movimentos do dedão, fazendo com que ele fique dolorido e rígido.

Neuropatia (pé diabético)

Essa doença acontece devido a complicações do Diabetes mellitus, quando uma área machucada ou infeccionada nos pés desenvolve uma ferida. Essa ferida pode ocorrer a partir do momento em que a circulação sanguínea é insuficiente e os níveis de glicemia na corrente sanguínea estão desequilibrados.

A Via de Administração Intratecal (IT)

A Via de Administração Intratecal (IT)

A Injeção intratecalvia intratecal ou via subaracnóidea, consiste em uma injeção feita no canal espinhal para acessar o líquido cefalorraquidiano (LCR) e, por extensão, o sistema nervoso central.

Este tipo de administração permite entregar as células-tronco no cérebro e na medula espinhal de forma mais fácil e eficaz, e também, é possível injetar substâncias no canal raquideano, diretamente no espaço subaracnoide, evitando assim a barreira hematoencefálica, atuando assim no sistema nervoso.

É usada apenas caso não haja outras vias disponíveis por ser muito dolorosa.

O emprego desta via deve-se à difícil passagem dos medicamentos para o tecido nervoso especialmente a região do encéfalo. Os medicamentos injetáveis destinados a esta via devem ser soluções aquosas neutras e isotônicas, rigorosamente estéreis e apirogências.

Quem pode realizar este tipo de punção?

A administração de medicamentos por via intratecal requer punção lombar ou colocação cirúrgica do reservatório ou um cateter implantável para a administração da droga. O procedimento de punção lombar deve ser realizado pelo médico, cabendo a enfermagem auxiliar no procedimento através do preparo do material, no posicionamento do cliente no leito e na identificação dos efeitos colaterais.

A Via Intratecal e Epidural são mesma coisa?

Não! A via IT é onde o medicamento é administrado no fluído em torno da medula espinhal, e epidural o medicamento é administrado no espaço ao redor da medula espinhal, portanto, por ser vias parecidas, cada item é deslocado em um ponto diferente!

O uso de Bombas de Infusão Intratecal para Medicamentos

Todos os medicamentos utilizados no tratamento da dor e da espasticidade, além do seu efeito benéfico (desejado) possuem um efeito colateral.

A resposta de cada pessoa ao medicamento é muito individual. Os efeitos benéficos podem ser muito bons e os efeitos colaterais mínimos, até mesmo imperceptíveis, que é o desejado quando se escolhe utilizar um medicamento.

Ou então pode acontecer o contrário: muito efeito colateral para pouco benefício. Nestes casos, o medicamento é retirado do tratamento.

Se mesmo com essas estratégias de se fazer a medicação “pular etapas” para atingir a corrente sanguínea, não for atingido o equilíbrio adequado entre efeito colateral e benefício, há uma possibilidade cirúrgica disponível: as bombas de infusão de fármaco intratecal.

Popularmente, estes dispositivos são conhecidos como bomba de morfina ou bomba de baclofeno 1.

O procedimento, descrito em 1981 por Onofri, se baseia na seguinte lógica: as medicações injetadas na região intratecal (no líquor) atingem o seu alvo de forma mais direta, necessitando de uma dose menor do que a oral, para fazer o mesmo efeito.

Ou seja, uma medicação utilizada por via oral necessita de uma dose 100 vezes maior do que a mesma medicação quando utilizada por via intratecal, reduzindo assim os efeitos colaterais e mantendo o mesmo benefício.

Portanto, o critério para se utilizar uma bomba de morfina (para dor) ou uma bomba de baclofeno (para espasticidade) é que haja resposta benéfica com a medicação, mas não seja possível suportar o seu uso por outras vias.

O Uso da Via Intratecal para medicamentos Quimioterápicos

Como a maioria dos quimioterápicos não ultrapassa a barreira hematoliquórica, a infusão intratecal visa impedir a proliferação neoplásica no sistema nervoso central. As drogas utilizadas são a dexametasona, o metotrexato e a citarabina, algumas vezes em combinação.

Após a administração, o cliente deve ser orientado a manter repouso por duas horas, preferencialmente em decúbito ventral com a cabeceira a 0°, para prevenção de cefaléia, que é o efeito adverso mais comum.

Também podem ocorrer outras reações, após a utilização da via intratecal, como por exemplo: dor lombar, náuseas, vômitos, vertigem, sonolência, crise convulsiva, rigidez de nuca, irritabilidade e paresias.

Alguns Cuidados de Enfermagem com Medicamentos por Via Intratecal (IT)

1. Manter o paciente em repouso pelo menos por duas horas após a injeção;

2. Evitar uso de anticoagulantes como AAS;

3. Monitoramento de sinais vitais após a injeção;

4. Após a administração, o cliente deve ser orientado a manter repouso por duas horas, preferencialmente em decúbito ventral com a cabeceira a 0°;

5. Também podem ocorrer outras reações, após a utilização da via intratecal, como citadas no item anterior.

Os quimioterápicos administrados por via intratecal devem ser preparados e armazenados em local diferente dos outros agentes antineoplásicos; rotular com etiquetas de advertência os quimioterápicos que são administrados por via intratecal.

Arteriopatias

Arteriopatias

Uma Arteriopatia é uma doença onde as artérias são obstruídas impedindo o fluxo de sangue. Trata-se de um problema bastante comum e responsável por grande número de mortes.

Especialmente quando ocorre na aorta, artéria responsável pelo fluxo do sangue do coração para as outras partes do corpo. Porém, com diagnóstico precoce a chance de cura aumenta.

O que Causa uma Arteriopatia?

A oclusão ou obstrução pode acontecer por uma série de motivos:

  • Embolia – que é uma doença do coração, sendo uma condição grave que ocorre quando um coágulo de sangue interrompe o fluxo sanguíneo em uma artéria.;
  • Trombose – que também é uma doença das artérias, ocorre quando há formação de um coágulo sanguíneo em uma ou mais veias grandes das pernas e das coxas;
  • Traumatismo arterial – como, por exemplo, a perfuração da região por uma bala disparada por arma de fogo;
  • Aterosclerose – a progressiva diminuição do calibre arterial leva a uma deficiente irrigação periférica;
  • Vasculites – quando a parede arterial sofre um processo inflamatório, seja ela local apenas, ou parte de uma doença inflamatória generalizada. Entre estas vasculites pode-se citar a Tromboangeite obliterante e a Arterite de células gigantes ou de Takayasu;
  • Aneurisma – é caracterizado pela dilatação anormal de um vaso sanguíneo causado pelo enfraquecimento das paredes do vaso, por trauma ou por doença vascular;
  • Claudicação Vascular – Indica uma oclusão arterial crônica grave (doença arterial periférica), geralmente por aterosclerose. O quadro pode estar relacionado ao uso crônico de cigarro, à hipertensão arterial e processo aterosclerótico.

Quais os sintomas que pode ocasionar?

A dor é o principal sintoma das arteriopatias oclusivas. Normalmente ela começa sem grande intensidade e vai ganhando força com o passar do tempo.

Também há relatos de formigamento, sentimento de frio ou calor intenso, pressão (mesmo que não haja qualquer estímulo), paralisia de membros e palidez nas extremidades do corpo.

A Arteriopatia Funcional

Uma Arteriopatia funcional primária é aquele em que não existe fator orgânico no mecanismo (fisiopatologia) da doença ou tais fatores não podem ser detectados pelos métodos de exame de rotina, e a uma evolução da arteriopatia pode ser aguda ou crônica.

A apresentação clínica aguda caracteriza-se pelo vaso espasmo intenso, demonstrável clinicamente e radiologicamente (arteriografia), ou seja, a síndrome isquêmica aguda.

Nas formas clínicas agudas, o tratamento cirúrgico consiste em bloqueios das cadeias simpáticas e de nervos somáticos, se necessário.

Excepcionalmente, é praticada a cirurgia de ressecção do simpático.

A Classificação das Arteriopatias Funcionais

Agudas

  • Espasmo arterial pós-traumático;
  • Espasmo arterial após embolizações de pequeno diâmetro;
  • Espasmo arterial após trombose venosa maciça.

Crônicas

  • Doença de Raynaud;
  • Distrofia simpática reflexa;
  • Dermografismo;
  • Hiperhidrose essencial;
  • Livedo reticular;
  • Membro fantasma;
  • Acrocionose.

Mistas

  • Eritromialgias;
  • Eritema pérnio;
  • Crioglutiminas e crioglobulinas;
  • Criofibrinogemia;
  • Edema angionecrótico.

Secundárias

  • Arterites (inclusive tromboangeíte de Leo Buerger);
  • Arterioesclerose;
  • Colagenoses.

Como é feito o Diagnóstico?

A Maioria das arteriopatias pode ser diagnosticada através de exames clínicos. O médico pode sentir sua formação apalpando a região. Mas há também várias possibilidades de exames de imagens que facilitam a confirmação do diagnóstico e apresentam também a extensão do problema: ultrassonografia, ressonância magnética e doppler são alguns deles.

Como é tratado?

Nos casos mais leves é possível controlar a situação com a mudança de hábitos alimentares do paciente aliadas ao combate ao sedentarismo.

Nesse caso, o médico tem apenas que acompanhar regularmente o desenvolvimento da obstrução.

Em alguns momentos há a possibilidade do uso de medicamentos. Quando o quadro não apresenta qualquer melhora, a cirurgia se torna a melhor opção.

Se for realizada de forma planejada e antes de uma crise grave, a possibilidade de sucesso é significativamente maior que das operações de emergência.

Os métodos cirúrgicos

Simpatectomia cervico-torácica

Consiste na ressecção do pólo inferior do terceiro gânglio cervical, que normalmente está fusionado com o primeiro gânglio torácico, além do segundo e terceiro gânglios torácicos.

A cirurgia pode ser feita a céu aberto, ou seja, com incisão de cerca de 5 centímetros no bordo superior da clavícula, ou mais freqüentemente, na atualidade, por videotoracoscopia.

Simpatectomia lombar

Consiste na ressecção de gânglios simpáticos lombares em quantidade mínima de 2 a 3 gânglios. As indicações são muito semelhantes às da simpatectomia cervico-torácica, e a cirurgia igualmente pode ser feita por videotoracoscopia ou a céu aberto, por incisão lombar.

Eventualmente, alguns casos de gangrena diabética têm a indicação de simpatectomia lombar, desde que ampliada, com a retirada de mais de 3 gânglios lombares.

Alguns Cuidados de Enfermagem

  • Observar e anotar estado de consciência e o nível da dor;
  • Cuidado com os dispositivos invasivos;
  • Mudança de decúbito a cada duas horas;
  • Estimular a deambulação;
  • Troca diária do curativo caso o tenha;
  • Monitorar as extremidades quantos as áreas de calor, vermelhidão, dor ou edema;
  • Manter a hidratação adequada para diminuir a viscosidade do sangue;
  • Elevar o membro afetado conforme orientação médica;
  • Administrar medicamentos para dor conforme prescrição médica;
  • Atentar para utilização diária das profilaxias mecânicas e medicamentosas;
  • Ofertar dieta leve e hipo gordurosa e se em caso de diabéticos, dieta especial para D.M, conforme prescrição médica.