Cuidados de Enfermagem ao RN Prematuro

O recém-nascido prematuro é aquele bebê que nasceu antes de 37 semanas de gravidez. Devido ao nascimento precoce, seus órgãos podem estar subdesenvolvidos e não prontos para funcionar fora do útero.

Os Cuidados pré-natais realizados desde o início da gestação podem ajudar a reduzir o risco de parto prematuro.

Pontos Importantes

  1. Desenvolvimento dos órgãos: Como muitos órgãos estão subdesenvolvidos, o bebê prematuro pode enfrentar dificuldades para respirar e se alimentar. Além disso, ele é mais suscetível a hemorragias cerebrais, infecções e outros problemas.
  2. Classificação por idade gestacional:
    • Prematuro extremo: Nasceu antes da 28ª semana de gestação.
    • Muito prematuro: Nasceu entre a 28ª e a 32ª semana de gestação.
    • Moderadamente prematuro: Nasceu entre a 32ª e a 34ª semana de gestação.
    • Prematuro tardio: Nasceu entre a 34ª e a 37ª semana de gestação.
  3. Prevenção e tratamento:
    • Pré-natal: Cuidados pré-natais desde o início da gestação podem ajudar a evitar o parto prematuro.
    • Medicamentos: Em casos de expectativa de parto prematuro significativo, a mãe pode receber medicamentos para retardar ou interromper as contrações.
    • Corticosteroides: Quando necessário, o médico pode administrar injeções de corticosteroides na mãe para acelerar o desenvolvimento dos pulmões do feto e prevenir sangramento cerebral.
  4. Perspectiva:
    • Alguns recém-nascidos prematuros podem enfrentar problemas permanentes, mas a maioria dos sobreviventes não apresenta problemas de longo prazo.
    • A conscientização sobre a importância dos cuidados com o recém-nascido prematuro é fundamental para garantir seu bem-estar e desenvolvimento saudável.

Os Cuidados de Enfermagem

O nascimento prematuro requer cuidados específicos da equipe de enfermagem para garantir o bem-estar e o desenvolvimento adequado do recém-nascido:
  1. Monitoramento Contínuo:
    • Avalie constantemente os sinais vitais do bebê, incluindo frequência cardíaca, respiração, temperatura corporal e pressão arterial.
    • Registre qualquer alteração nos sinais vitais ou comportamento do recém-nascido.
  2. Controle do Ambiente:
    • Mantenha uma temperatura estável e adequada na incubadora ou na unidade de cuidados intensivos neonatais (UCIN).
    • Reduza o ruído e a luminosidade para promover o descanso do bebê.
  3. Alimentação Adequada:
    • Alimente o bebê com mamadeira ou por sonda nasogástrica, conforme necessário.
    • Monitore o ganho de peso e a tolerância alimentar.
  4. Cuidados com a Pele:
    • A pele do recém-nascido prematuro é delicada. Mantenha-a limpa e seca, evitando produtos irritantes.
    • Verifique a presença de lesões cutâneas e trate adequadamente.
  5. Prevenção de Infecções:
    • Recém-nascidos prematuros são mais suscetíveis a infecções. Siga rigorosamente as medidas de precaução padrão.
    • Esterilize adequadamente todos os equipamentos utilizados no cuidado do bebê.
  6. Estimulação Adequada:
    • Forneça estímulos sensoriais adequados, como contato pele a pele e suporte emocional.
    • Respeite o limite de tolerância do bebê.

Referências:

  1. MSD Manuals
  2. Cartilha de Cuidados do RN Prematuro
Notícias da Enfermagem

Cofen regulamenta assistência de Enfermagem nos Bancos de Leite Humano e postos de coleta

O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) publicou no dia 28/2 a resolução normatizando a assistência de Enfermagem nos Bancos de Leite Humano (BHL) e postos de coleta. A resolução 741/2024 foi publicada no Diário Oficial da União e já está em vigor. “A resolução busca trazer segurança aos profissionais e qualificar o atendimento de Enfermagem, […]

Notícias da Enfermagem

Entenda a decisão do Cofen sobre o dimensionamento da equipe de Enfermagem

A discussão sobre o dimensionamento das equipes de Enfermagem ganhou forte repercussão ao longo dos últimos dias, com a proliferação de interpretações equivocadas sobre o tema. Para evitar o avanço da desinformação a respeito do assunto, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) vem a público prestar informações e esclarecimentos sobre as decisões e normas aprovadas […]

Notícias da Enfermagem

Epidemia de dengue põe a enfermagem mais uma vez à prova

As cicatrizes de quatro anos de Covid-19 ainda estão à flor da pele, mas o sistema público de saúde do Brasil se vê, mais uma vez, pressionado pelos impressionantes novos números de uma conhecida ameaça. O crescimento da dengue em 2024, uma doença com epidemia sazonal no país desde os anos 1980, mostra que a Enfermagem precisa reafirmar protagonismo […]

O que faz um Enfermeiro Obstetra?

A jornada da maternidade é marcada por momentos de alegria, expectativa e, às vezes, ansiedade. No centro dessa experiência transformadora está o enfermeiro obstetra, cuja atuação é fundamental para garantir a saúde e o bem-estar da mãe e do bebê.

O que faz um Enfermeiro Obstetra?

  • Monitoramento da Gestação Desde o início da gravidez, o enfermeiro obstetra acompanha a evolução da gestante, realizando exames, avaliando a saúde da mãe e do feto, e assegurando que ambos recebam o melhor cuidado possível.
  • Educação e Preparação Através de cursos e consultas, eles educam as futuras mães sobre o parto, amamentação e cuidados com o recém-nascido, além de prepará-las física e emocionalmente para o grande dia.
  • Apoio Durante o Parto No momento do parto, o enfermeiro obstetra é a mão amiga que guia a mãe através das contrações, oferecendo suporte técnico e emocional, e intervindo quando necessário para a segurança de ambos.
  • Cuidados Pós-Parto Após o nascimento, o enfermeiro obstetra continua a cuidar da mãe e do bebê, ajudando na recuperação e nos primeiros passos da amamentação, e garantindo que a família esteja pronta para a nova etapa da vida.

A Importância do Enfermeiro Obstetra

A presença do enfermeiro obstetra é essencial para uma experiência de parto positiva. Eles são os especialistas que tranquilizam, que instruem e que cuidam. Sua habilidade técnica se une à sensibilidade humana para acolher cada nova vida com amor e segurança.

Em um mundo onde cada nascimento é um milagre, o enfermeiro obstetra é o guardião desse momento mágico. Eles não apenas assistem ao nascimento de um bebê, mas também ao nascimento de uma nova mãe e de uma nova família.

Referências:

  1. https://blog.pitagoras.com.br/enfermeiro-obstetra/
  2. https://blog.anhanguera.com/o-que-faz-um-enfermeiro-obstetra/
  3. Instituto Nascer

Evolução de Enfermagem: Método DAR

A evolução de enfermagem é uma etapa fundamental do processo de enfermagem, que consiste em avaliar as respostas do paciente às intervenções realizadas e verificar se os resultados esperados foram alcançados.

Para isso, o enfermeiro deve utilizar um método de registro que seja claro, objetivo e padronizado, facilitando a comunicação entre os profissionais e a continuidade da assistência.

Método DAR

Um dos métodos mais utilizados para a evolução de enfermagem é o método DAR, que significa Dados, Ações e Resultados.

Esse método foi proposto por Horta em 1979, baseado na teoria das necessidades humanas básicas de Maslow.

O método DAR permite ao enfermeiro registrar os dados coletados na avaliação do paciente, as ações realizadas para atender às suas necessidades e os resultados obtidos com essas ações.

O método DAR apresenta algumas vantagens, como:

  • Facilita a organização e a sistematização das informações;
  • Permite a identificação dos problemas de enfermagem e a avaliação dos cuidados prestados;
  • Favorece a análise crítica e a tomada de decisão do enfermeiro;
  • Contribui para a qualidade e a segurança da assistência de enfermagem.

Para aplicar o método DAR, o enfermeiro deve seguir os seguintes passos:

  1. Registrar os dados coletados na avaliação do paciente, utilizando termos técnicos e científicos, sem emitir opiniões ou julgamentos. Os dados devem ser relevantes, precisos e atualizados, e podem incluir sinais vitais, exames laboratoriais, queixas, comportamentos, entre outros.
  2. Registrar as ações realizadas pelo enfermeiro ou pela equipe de enfermagem para atender às necessidades do paciente, de acordo com a prescrição de enfermagem. As ações devem ser descritas de forma clara, concisa e completa, indicando a data, a hora, a frequência, a dose, a via, o material utilizado, a técnica empregada, as orientações fornecidas, entre outros aspectos.
  3. Registrar os resultados obtidos com as ações realizadas, verificando se houve melhora, piora ou manutenção do estado do paciente. Os resultados devem ser comparados com os objetivos estabelecidos na prescrição de enfermagem, e devem ser mensuráveis, observáveis e verificáveis. Caso os resultados não sejam satisfatórios, o enfermeiro deve revisar o plano de cuidados e propor novas intervenções.

Um exemplo de evolução de enfermagem pelo método DAR é:

D: Paciente com dor abdominal intensa, referindo náuseas e vômitos. Apresenta distensão abdominal, ruídos hidroaéreos diminuídos e ausência de eliminação de fezes e gases há 3 dias. Temperatura: 37,8°C; Pressão arterial: 150×90 mmHg; Frequência cardíaca: 110 bpm; Frequência respiratória: 24 irpm; Saturação de oxigênio: 95%. Hemograma: leucócitos: 12.000/mm³; hemoglobina: 13 g/dL; hematócrito: 40%. Radiografia abdominal: alças intestinais dilatadas e com níveis hidroaéreos.

A: Administrado analgésico (dipirona 1g) e antiemético (metoclopramida 10 mg) por via endovenosa, conforme prescrição médica. Realizado cateterismo vesical de demora, com saída de 300 mL de urina amarelo-clara. Colocado sonda nasogástrica nº 14, com drenagem de 500 mL de líquido bilioso. Orientado sobre os procedimentos realizados e a importância de permanecer em jejum. Monitorado os sinais vitais e o balanço hídrico.

R: Paciente refere alívio da dor abdoaminal após a administração do analgésico. Não apresenta mais náuseas e vômitos. Mantém distensão abdominal, ruídos hidroaéreos diminuídos e ausência de eliminação de fezes e gases. Temperatura: 37,2°C; Pressão arterial: 140×80 mmHg; Frequência cardíaca: 90 bpm; Frequência respiratória: 20 irpm; Saturação de oxigênio: 97%. Hemograma: leucócitos: 10.000/mm³; hemoglobina: 13 g/dL; hematócrito: 40%. Radiografia abdominal: alças intestinais dilatadas e com níveis hidroaéreos.

Referências:

  1. COFEN
  2. Sumários.org

Técnico de Enfermagem em UTI

Um Técnico de Enfermagem desempenha um papel crucial em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), onde pacientes em estado grave ou em situação de urgência e emergência são atendidos.

Atribuições

  1. Monitoramento Constante: Os técnicos em enfermagem na UTI monitoram pacientes 24 horas por dia. Eles verificam sinais vitais, coletam dados sobre o paciente e checam os equipamentos utilizados na unidade.
  2. Assistência Personalizada: Esses profissionais executam protocolos de segurança e prestam assistência personalizada aos pacientes. Além disso, orientam os familiares e acompanhantes sobre os procedimentos realizados e os cuidados necessários.
  3. Esterilizar e buscar materiais na CME: De maneira geral, esse é um dos procedimentos que garantem a segurança dentro de um ambiente hospitalar. No que lhe concerne, ela pode ocorrer por meios físicos ou químicos. Os primeiros envolvem técnicas desde a emissão do calor seco de estufas de ar quente em materiais metálicos ou a radiação ionizante.
  4. Prezar pela metodologia de sistematização da assistência de enfermagem: Entre as atribuições do Técnico de Enfermagem na UTI, é essencial sistematizar as regras que o Enfermeiro Coordenador estabeleceu. A Sistematização de Assistência de Enfermagem envolve o Histórico, o diagnóstico, o planejamento, a implementação e finaliza com a Avaliação de Enfermagem.
  5. Manter os cuidados em momentos pré e pós-operatório: Uma das atribuições do Técnico de Enfermagem na UTI é garantir que o paciente tenha orientações prévias. Tais quais o preparo intestinal, o uso de roupas e sapatos e confortáveis e sempre se mostrar à disposição de esclarecer qualquer dúvida antes dele realizar a cirurgia. Esse estado de espírito deve permanecer nos pós-operatórios. Essencialmente com recomendações para que ele evite esforço físico ao máximo, siga a dieta recomendada e, sobretudo, não ingerir remédios com o estômago vazio.
  6. Dar total assistência aos médicos de plantão: O enfermeiro trabalha com equipes multidisciplinares e uma das atribuições do Técnico de Enfermagem na UTI é oferecer total assistência aos médicos de plantão. Por isso, é importante que todos tenham comprometimento em suas atividades e cuide da manutenção do comportamento ético. Bem como o respeito à hierarquia.
  7. Controlar as dosagens e a administração de medicamentos: Além de ler as informações da ficha do paciente e dos rótulos, as Atribuições do Técnico de Enfermagem na UTI também envolvem conferir se a administração do medicamento está correta, se é pela via de administração prescrita no horário e na dosagem correta. Bem como garantir o registro correto de todas as ocorrências em busca da segurança da ética profissional. Aliado a isso, também existe o acompanhamento das reações do medicamento, a otimização do espaço de armazenamento, entre outras tarefas corriqueiras.
  8. Especialidades Médicas: O Técnico de Enfermagem pode atuar em diferentes categorias de UTIs, como neonatal (para recém-nascidos), pediátrica (para crianças e adolescentes) e adulta (para pessoas com mais de 18 anos). Também podem trabalhar em especialidades médicas específicas, como Cardiologia, Cirurgia, Transplantes, entre outras.
  9. Responsabilidade e Atualização: Trabalhar na UTI exige responsabilidade, dedicação e atualização constante. Os técnicos em enfermagem devem estar familiarizados com equipamentos tecnológicos usados para monitorar a saúde dos pacientes.
  10. Registro Ativo no COREN: Para ser contratado como Técnico de Enfermagem na UTI, é necessário ter concluído o curso técnico em enfermagem e possuir registro ativo no Conselho Regional de Enfermagem (COREN).

Referências:

  1. GARANHANI, Mara Lúcia et al . O trabalho de enfermagem em unidade de terapia intensiva: significados para técnicos de enfermagem. SMAD, Rev. Eletrônica Saúde Mental Álcool Drog. (Ed. port.),  Ribeirão Preto ,  v. 4, n. 2, ago.  2008 .   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-69762008000200007&lng=pt&nrm=iso&gt;. acessos em  03  mar.  2024.

Heparina: Cuidados na aplicação

A heparina é um anticoagulante que pode ser usado para prevenir ou tratar a formação de coágulos sanguíneos.

Recomendações de uso

A aplicação de heparina deve seguir algumas recomendações, para evitar danos no local da aplicação, tais como:

  • Caso a escolha é subcutânea, deve ser administrado na região anterolateral do abdômen, alternando a cada aplicação os lados direito e esquerdo.
  • Limpar a pele com clorexidina alcoólica, com movimentos de vai e vem e deixar secar antes de aplicar a injeção;
  • Segurar a seringa em um ângulo de 90 graus e introduzir a agulha rapidamente na pele;
  • Injetar o medicamento lentamente e retirar a agulha com cuidado, sem massagear o local;
  • Descartar a seringa em um recipiente adequado, sem reencapar a agulha.

Orientações

  • A heparina deve ser aplicada conforme a prescrição médica, respeitando os horários e as doses indicadas. Em caso de dúvidas ou efeitos colaterais, é importante consultar o médico ou o farmacêutico.
  • A heparina deve ser aplicada por via intravenosa ou subcutânea, nunca por via intramuscular, e a dose deve ser ajustada de acordo com o peso do paciente e o tipo de doença.
  • A heparina pode causar sangramentos em qualquer parte do corpo, por isso é importante monitorar a coagulação sanguínea e evitar o uso de outros medicamentos que possam interferir na sua ação.
  • A heparina deve ser administrada por um profissional de saúde ou pelo próprio paciente, após orientação médica.

Referências:

  1. Boletim ISMP Brasil
  2. Guia do Farmacêutico

Dicas para Anotação de Enfermagem

A anotação de enfermagem é uma forma de documentar o cuidado prestado ao paciente, bem como sua evolução clínica e resposta ao tratamento. Para fazer uma boa anotação de enfermagem, é preciso seguir algumas dicas:

As Dicas

  • Anote sempre a data e a hora da observação ou intervenção, assim como sua assinatura e identificação profissional com o número do Coren;
  • Escreva de forma clara, objetiva e legível, sem rasuras, espaços em branco ou corretivo líquido;
  • Registre todos os dados relevantes do paciente, como procedência, acompanhante, condições gerais, nível de consciência, higiene pessoal, estado nutricional, coloração da pele e dispositivos em uso;
  • Faça uma avalição e anote os sinais vitais, as queixas do paciente e as alterações encontradas;
  • Descreva os cuidados realizados, como curativos, medicações, coleta de exames, orientações e educação em saúde;
  • Relate as intercorrências ocorridas, como reações adversas, complicações ou eventos adversos;
  • Avalie a eficácia dos cuidados prestados e a resposta do paciente ao tratamento.

Uma anotação de enfermagem bem feita é essencial para garantir a qualidade e a continuidade da assistência ao paciente, além de ter valor legal e ético. Por isso, siga estas dicas e faça uma anotação de enfermagem perfeita!

Referência:

  1. Coren-SP
Notícias da Enfermagem

Técnica de enfermagem se torna 1ª mulher condutora de ambulância do Samu RN

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Rio Grande do Norte (Samu RN) inicia 2024 com um marco em sua história. A técnica de enfermagem Antônia Vanécia Fernandes tornou-se a primeira mulher a conduzir uma ambulância do serviço, que é a excelência em atendimento pré-hospitalar de urgência e emergência. A profissional, após ser aprovada […]