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Previna a Superbactéria: Use Racionalmente os Antibióticos!

A resistência das bactérias aos antibióticos tem aumentado muito nos últimos anos. Ela pode surgir nas bactérias devido à alterações genéticas, mas quando se toma o antibiótico, as que possuem resistência podem sobreviver enquanto as que são sensíveis morrem, gerando uma seleção das bactérias resistentes. Por isso é muito importante evitar o uso desnecessário de […]

Eletrólitos: Sulfato de Magnésio: MgSO4

Eletrólitos: Sulfato de Magnésio: MgSO4

sulfato de magnésio ou sulfato oriundo de pedra magnética, de nome comum sal de Epsom é um composto químico que contém magnésio, e cuja fórmula é MgSO4, é indicado para reposição dos níveis de magnésio, no tratamento de hipomagnesemia, edema cerebral, eclâmpsia, controle de convulsão em uremia aguda, tetania uterina, controle das arritmias cardíacas e intoxicação e envenenamento por bário, em adultos e crianças. O Sulfato de Magnésio tem múltiplos benefícios, em diversos usos.

Como ele age no organismo?

É um composto extremamente importante para o organismo, sendo essencial em diversos processos bioquímicos e fisiológicos, ativando diversos sistemas enzimáticos. O sulfato de Magnésio desempenha um papel importante na transmissão neuroquímica e na excitabilidade muscular, previne e controla convulsões, tem um efeito depressor no Sistema Nervoso Central e atua perifericamente produzindo e ajudando na vasodilatação.

Após a sua administração, via intramuscular, atua no organismo cerca de uma hora após administração, e quando administrado por via intravenosa, tem um efeito quase imediato.​

Também é essencial para o funcionamento da bomba de sódio e potássio. Age como um bloqueador de canal de cálcio fisiológico e bloqueia a transmissão neuromuscular. Como a hipomagnesia pode precipitar FV refratária e dificultar a reposição de potássio intracelular, ela deve ser corrigida quando presente.

Na PréEclâmpsia e Eclâmpsia, o Sulfato de Magnésio age como uma elevação da freqüência cardíaca materna e diminuição da pressão arterial sistólica, diastólica e média, além de diminuição do índice de resistência, do índice de pulsatilidade e da relação Sístole/Diástole das artérias uterinas, das artérias umbilicais e da artéria cerebral média do feto, e há ainda um aumento significativo na freqüência de fetos com diagnóstico de pré-centralização a dopplervelocimetria, e também provou ser mais eficiente que os anticonvulsivantes clássicos como a fenitoína e benzodiazepínicos, tanto na interrupção da crise convulsiva como na diminuição de suas recorrências.

“Sulfatando” a paciente

Muito utilizado este termo, de “sulfatar” pela equipe médica e de enfermagem, para debater sobre o caso do paciente, sendo de significado para designar um paciente que está em um quadro de pré-eclampsia. Geralmente “sulfatar a paciente” significa que ela está num quadro de pré-eclampsia ou eclampsia PA elevada, convulsões e vai ser usado sulfato magnésio.

Cuidados de Enfermagem com o uso do Sulfato de Magnésio

Em específico com gestantes em Pré-eclâmpsia:

– Verificar sinais vitais antes, durante e após a infusão medicamentosa;
– Auscultar batimentos cardíacos fetais e observar movimentação fetal; solicitar e explicar os benefícios do decúbito lateral esquerdo; atentar para a presença de sangramento e/ou perdas vaginais de liquido amniótico;
– Realizar controle do balanço hídrico; identificar e anotar a presença e localização de edema;
– Alertar para sinais convulsivos; atentar para sinais depressivos do sistema nervoso central; controlar diurese que deve estar maior que 30 ml/h; verificar presença de reflexo patelar e se a frequência respiratória está no mínimo 16 rpm e deixar preparado o antagonista do sulfato de magnésio que é o gluconato de cálcio.

Gestor na Enfermagem: Que tipo é o seu? Qual você se encaixa?

Muitos enfermeiros assumem cargos de chefia por estarem tecnicamente bem qualificados. No entanto, para serem bem sucedidos é necessário que aprendam a liderar pessoas. James Hunter autor do Best-seller O Monge e o Executivo, diz: “Você pode até gerenciar a si mesmo. Mas você não gerenciar seres humanos. Você gerencia coisas e lidera pessoas”.

Para ser bem-sucedido e liderar na era da informação requer muito mais do que um supervisor durão. O crescimento frenético do mercado tem obrigado as instituições a promoverem profissionais despreparados para cargos de chefia nos hospitais.

As instituições estão carentes de verdadeiros líderes de equipe. E a explicação para isso é que para liderar não basta apenas ter conhecimento técnico, é preciso saber liderar pessoas, que diferentemente de máquinas, têm sentimentos.

Como em qualquer segmento, com o decorrer do tempo o papel do Enfermeiro sofreu mudanças. Hoje o enfermeiro não é mais um realizador do tipo que dizia “quer bem feito faça você mesmo”, passou a ser um catalisador.

Ele precisa saber motivar as pessoas a sua volta para que elas desejem realizar as tarefas que ele precisa que façam.

No passado era comum os líderes temerem ensinar tudo o que sabiam, com receio que seus liderados pudessem de alguma maneira tomar o seu lugar. Assim, ensinavam somente o básico ou pouco mais, deixando sempre alguma coisa de fora. Este tipo de comportamento não tem mais lugar no cenário atual. Longe de reprimir seus colaboradores, o enfermeiro precisa ajudá-los a gerarem resultados e isto envolve dar espaço para que eles sejam notados e brilhem.

Um líder formador de novos líderes. Uma boa condução de equipe de enfermagem também pede um bom ambiente de trabalho. A postura do supervisor influi muito em situações de tensão. A equipe de enfermagem já possui desafios e situações estressantes suficientes, não sendo necessário, portanto, criar mais dificuldade.

O Enfermeiro precisa, antes de controlar a equipe, controlar a si mesmo. Para liderar de modo eficaz é preciso entender que nem todas as pessoas se motivam com desafios permanentes, mas a maioria delas se sente motivada se lhes forem apresentados os significados desses desafios.

Outro fator importante observado nos enfermeiros bem sucedidos é que eles aprendem a lidar muito bem com o poder inerente ao seu cargo, sabem por experiência que o poder da liderança está ligado à capacidade de estabelecer objetivos comuns com seus colaboradores. Sabem que o poder formal do cargo de liderança pode gerar obediência, mas o comprometimento precisa ser conquistado, granjeado dia a dia.

Chefes destroem equipes e fazem com que profissionais talentosos percam a motivação. Muitos profissionais são excelentes em relacionar-se com a equipe, mas ao assumirem cargos de supervisão ficam enfunados de orgulho, alguns se tornam egocêntricos. Tudo que eles fazem é o melhor, apenas a opinião deles é a correta. Não valorizam a equipe mesmo quando eles esforçam demais. Isto desmotiva e faz com que os profissionais insatisfeitos busquem novas perspectivas, porque não aguentam mais o ambiente de trabalho.

Para o enfermeiro ser bem sucedido em liderar sua equipe é preciso:

– Gostar de pessoas;
– Ter controle emocional;
– Saber trabalhar sobre pressão e em crises;
– Estabelecer prioridades para a equipe;
– Ser uma pessoa organizada;
– Saber trabalhar em equipe;
Mas qualquer que seja a pessoa ou a geração com a qual você irá se relacionar, é essencial que você se lembre de que não existe um estilo de liderança ideal e é preciso conhecer as características pessoais ou do grupo que você lidera para adotar o estilo adequado para aquele momento específico.

Liderar é ajudar as pessoas a obterem sucesso naquilo que elas fazem. Para o enfermeiro liderar eficazmente é preciso saber delegar, apoiar, acompanhar e ser um servidor. Portanto, dê a oportunidade de crescimento a sua equipe, delegue certo. Defina com todos quais são as metas a serem alcançadas e dê o foco ao seu time de trabalho, pois uma equipe apática e sem produtividade pode ser um sinal de uma liderança que não sabe delegar na direção do sucesso.

Referência:

Instituto Brasileiro de Enfermagem

Equipo Dial a Flow

Equipo Dial a FlowEncontrado como diversos nomes, como Dial-a-Flo®, Dial-a-Flow®, Dosi-Flow®, entre outras, este equipo é muito versátil e utilizado em centros de Quimioterapia, Unidades de Terapia Intensiva, Centro Cirúrgicos e Ambulatórios.

Além do custo mais barato do que um equipo de uma bomba de infusão, ele age da maneira praticamente parecida como os equipos de BIC. O Equipo possui um sistema de disco, rolete ou anel, na qual é regulada as vazões de infusão (sempre em ml/h), para permanecer a infusão contínua daquele medicamento conforme prescrito. Você só precisará configurar a vazão nos roletes conforme pedido,  Não havendo risco de excesso de infusão.

Não requer nenhum treinamento específico. Há muitas vantagens no uso desse equipo, porém a única desvantagem que conheço é quando precisar administrar as medicações em infusões quebradas, como por exemplo, 42ml/h, você precisará ajustar entre os números 40 e 50 no anel do equipo, não sabendo ao certo se a infusão está correta.

Veja mais sobre o equipo Dial-A-Flow, em nosso canal YouTube.

O que é a Tricotomia?

Tricotomia

Alguma vez sua supervisora de estágio, ou sua chefe de setor, lhe solicita a realizar uma Tricotomia à um paciente que será submetido a uma cirurgia. Você fica na dúvida, o que seria a Tricotomia, certo? Vou explicar:

A Tricotomia é um termo utilizado como o ato da remoção total ou parcial de pelos na área a ser operada. O tal processo deve ser realizado antes da degermação, podendo ser a seco ou utilizando antisséptico degermante, usando uma lâmina de barbear ou o tricótomo elétrico.

Portanto, deverá ter cuidado com as proeminências ósseas, lesão de pele, traumas, cicatrizes anteriores, etc, para evitar lesionar a região à ser realizado o procedimento, a fim de evitar abrir uma janela de infecção.

Como realizar a técnica correta?

A tricotomia deve ser realizada em um único sentido, a favor do crescimento do pelo, não devendo utilizar o álcool, e na seqüência, a degermação.

Alguns pacientes fazem a tricotomia em casa, mas não é indicado, porque a pele pode infeccionar, inviabilizando a cirurgia.

Deve ser realizado no leito em até 2 horas antes, sendo na enfermaria ou no C.C.

É de extrema importância que o técnico de enfermagem se familiarize com as principais áreas mais frequentes da realização da tricotomia, pois varia muito os tipos de cirurgia.

Áreas de tricotomia
– Cirurgia de crânio: todo o couro cabeludo ou conforme prescrição médica;
– Cirurgias torácicas: região torácica até umbigo e axilas;
– Cirurgia cardíaca: toda extensão corporal (face anterior e posterior), menos o couro cabeludo;
– Cirurgia abdominal: desde a região mamaria até o púbis;
– Cirurgia dos rins: região abdominal anterior e posterior;
– Cirurgia de membros inferiores: todo o membro inferior e púbis.
Orientação:
– Calçar luvas, como meio de proteção pessoal, em todas as tricotomias;
– Usar tesoura para cortar pelos mais longos e cabelos, sempre que for necessário, e retirá-los com papel toalha;
– O pelo deve ser raspado delicadamente no sentido do crescimento do mesmo, para evitar lesão na pele e foliculite;
– A pele deve ser esticada para facilitar o deslizamento do aparelho e evitar lesão;
– Realizar degermação na área tricotomizada.
 
Material:
• Bandeja;
• Recipientes com bolas de algodão;
• Pacote com gases;
• Cuba redonda com sabão líquido diluído;
• Cuba rim;
• Aparelho de barbear com lâmina nova (se possível utilizar tricotomizador elétrico para não lesar a pele);
• Pinça.
Procedimento:
• Cerque a cama com biombos;
• Exponha a região;
• Umedeça a bola de algodão com sabão;
• Ensaboar a região;
• Com a mão esquerda estique a pele;
• Faça a raspagem dos pelos de cima para baixo;
• Lave a área com água e sabão para remover os pelos cortados;
• Retire o material usado.

Pinça Carretel (Ou de Ordenha)

Pinça Carretel

Cardioversão Elétrica e Farmacológica

Certamente você já ouviu diversas vezes sobre a cardioversão em pacientes com certas arritmias. Mas você sabia que existe dois tipos de cardioversão?

O médico avaliará as condições certas para aquele paciente, na qual apresenta uma arritmia.

Cardioversão Farmacológica

Se a arritmia não é uma emergência, um médico irá normalmente usar medicação para fazer o coração bater normalmente. Isto é chamado de cardioversão farmacológica ou química. É mais efetiva quando iniciada dentro dos sete primeiros dias do início das arritmias – fibrilação atrial e flutter atrial.

Pode normalmente obter o medicamento através de um IV, enquanto os médicos verificam o coração. Mas, às vezes, as pessoas podem tomar o medicamento como um comprimido.

Cardioversão Elétrica

É um procedimento eletivo utilizado para reverter arritmias mediante a administração de uma corrente elétrica direta e sincronizada que despolariza o miocárdio. Para que a descarga elétrica seja sincronizada o paciente deve estar monitorizado no próprio cardioversor e o botão de sincronismo deve estar ativado.

A descarga é liberada na onda R (período refratário da despolarização cardíaca). Esse mecanismo consiste em despolarizar simultaneamente quase todas as fibras cardíacas, interrompendo os mecanismos de reentrada, com o objetivo de restaurar o impulso cardíaco de maneira coordenada, com apenas uma fonte de geração de impulso elétrico.

Geralmente é um procedimento que requer sedação ao paciente, e a terapia escolhida para o tratamento de taquiarritmias. como por exemplo, a Fibrilação atrial (FA) e Flutter atrial.

lembrese: A Cardioversão Elétrica não é o mesmo que Desfibrilação!

Ainda existe confusão sobre a diferença entre cardioversão e desfibrilação, além de falta de atenção e cuidado no momento do disparo da corrente elétrica, resultando em sérias consequências. Presenciei várias vezes consequências indesejáveis para a equipe, como choque simultâneo no paciente, enfermeiro, técnico de enfermagem, no paciente e médico e, também, consequências para os pacientes, como queimaduras extensas de primeiro e segundo grau.

Na desfibrilação, promove uma aplicação de corrente elétrica não sincronizada ao músculo cardíaco. O choque despolariza em conjunto todas as fibras musculares do miocárdio. tornando possível a reversão de arritmias graves como a TV e a FV, permitindo ao nó sinusal retomar a geração e o controle do ritmo cardíaco.

Na cardioversão, é aplicado o choque elétrico de maneira sincronizada, assim, o paciente deve estar monitorado no cardioversor e este deve estar com o botão de sincronismo ativado, pois a descarga elétrica é liberada na onda P. ou seja. no período refratário.

Quais são os Riscos?

Embora incomuns, a cardioversão apresenta riscos. Algumas vezes esse procedimento pode piorar arritmias. Em ocasiões raras pode causar arritmias potencialmente fatais.

Cardioversão pode soltar coágulos sanguíneos no coração. Esses coágulos podem viajar até órgãos e tecidos do corpo e causar AVC ou outros problemas. Fazer o uso de profilaxias como anticoagulantes antes e depois da cardioversão pode reduzir esse risco.