A torção testicular ou torção do testículo ao redor da ...
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A Hepatectomia
A Hepatectomia é a ressecção cirúrgica (remoção de parte ou todo) do fígado. Tanto a remoção do fígado do doador, como a remoção do fígado do receptor em um transplante de fígado são hepatectomias.
A maioria das hepatectomias são realizadas para o tratamento de neoplasias hepáticas, benignas ou malignas.
As neoplasias benignas incluem adenoma hepatocelular, hemangioma e hiperplasia nodular focal. As neoplasias malignas (câncer) do fígado geralmente são metástases, principalmente de câncer de pulmão ou de câncer colorretal. A neoplasia maligna primária do fígado mais comum é o carcinoma hepatocelular.
A hepatectomia também pode ser a última opção no tratamento de cálculos biliares intra-hepáticos, cirrose e quistos parasitários.
Os Setores do Fígado
Cada lado do fígado é dividido em dois setores:
Lado Direito
No trajeto onde passa a veia hepática direita, o lado direito é dividido em dois setores:
ANTERIOR DIREITO – Segmentos V e VIII;
POSTERIOR DIREITO – Segmentos VI e VII.
Lado Esquerdo
No trajeto onde passa a veia hepática esquerda, o lado esquerdo é dividido em dois setores:
LATERAL ESQUERDO – Segmentos II e III;
MEDIAL ESQUERDO – Segmentos IVa e IVb.
Complicações
A Hemorragia é a complicação técnica mais temida e pode ser motivo de urgência de reoperação. Fístula biliar também é uma complicação possível, embora mais passíveis de tratamento não-cirúrgico. Complicações pulmonares, tais como atelectasia e derrame pleural são comuns e perigosos em pacientes com doença pulmonar prévia. A infecção é relativamente rara.
Assistência de Enfermagem
A assistência de enfermagem aos pacientes em Poi de hepatectomia variam de acordo com o grau de disfunção metabólica, problemas hemorrágicos, edema, ascite, incapacidade de biotransformar detritos endógenos e exógenos (drogas), hipoproteinemia, ictericia e complicações endócrinas e respiratórias.
O profissional de enfermagem deve monitorar o estado hidreletrolítico, devido sobrecarga hídrica podendo ocasionar: edema pulmonar e ICC, possíveis sinais de sangramento devido anastomoses; permeabilidade dos drenos abdominais, a obstrução destes drenos podem causar aumento da pressão intrabdominal em virtude do acumulo de ascite e sangue.
Referências:
JACOBS,E.M., Cuidados de Enfermagem aos Clientes com Enfermidades Hepáticas In: BLACK, J.M., JACOBS, E.M., Enfermagem Médico Cirúrgica – Uma abordagem Psicofisiológica, Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, v.2, p.1660-69, 1996
Araújo GF, Costa OM, Santos MFS et al. Hepatectomias: análise crítica retrospectiva de 21 casos. Rev Col Bras Cir 2002: 29.
Abcesso Hepático
O abscesso hepático é uma condição grave que apesar da redução considerável em sua morbimortalidade, ainda representa um quadro clínico que coloca em risco a vida do paciente.
Essencialmente há 3 tipos de abscessos hepáticos:
Piogênico (cerca de 80% dos casos);
Amebiano (10-15% dos casos);
Fúngico (5-10% dos casos)
Abscesso Hepático Piogênico
São os abscessos causados por bactérias. Esse tipo de abscesso é solitário, usualmente no lobo direito ou, na forma de múltiplos abscessos disseminados em ambos os lobos.
O abscesso hepático piogênico é uma doença secundária e o foco primário pode ser identificado na (1,2):
Via biliar (30-40%);
Criptogênica (20-30%);
Hematogênica (10-15%);
Trauma (5-10%);
Contiguidade (2-5%)
A bacteriologia do abscesso hepático piogênico é, em sua maioria, de etiologia mista, envolvendo uma grande variedade de bactérias aeróbias e anaeróbias.
A bactéria isolada depende da etiologia do abscesso. Quando o agente etiológico apresenta-se no abdome predomina bactérias gram-negativas e, quando a etiologia é extra-abdominal predomina as bactérias gram-positivas.
Nos casos secundários à infecção do trato biliar a Escherichia coli é o principal microrganismo isolado.
Nas infecções originárias de bacteremias sistêmicas, os cocos gram-positivos aparecem em maior freqüência. As principais bactérias isoladas foram:
Streptococcus sp 37%;
Escherichia coli 33%;
Bacteroides sp 24%;
Klebisiella pneumonie 18%;
Microaerophilic streptococci 12%
Os abscessos hepáticos piogênicos podem ser múltiplos ou únicos. O abscesso único apresenta uma incidência de cerca de 71% e uma mortalidade de 13%.
Sinais e Sintomas
Usualmente se localiza no lobo direito do fígado. Os abscessos múltiplos apresentam uma incidência de 29% e uma mortalidade de 22%. Sua localização é disseminada pelos dois lobos.
O quadro clínico clássico do abscesso hepático piogênico é composto por febre, dor abdominal e hepatomegalia.
Diagnóstico e Tratamento
Exames de imagem são fundamentais no manuseio deste tipo de infecção, não só na confirmação diagnóstica como também no tratamento. O exame de escolha é a tomografia computadorizada que tem uma sensibilidade de 92-95% (5-9).
A ultrassonografia pela sua facilidade de realização também pode ser muito útil. A sensibilidade da ultra-sonografia é de 81-85% .
O tratamento do abscesso hepático é uma combinação de medidas de suporte (controle hidroeletrolítico e nutricional), antibioticoterapia e drenagem dos abscessos.
A antibioticoterapia deve ser orientada de acordo com a etiologia do abscesso e mantido por períodos de no mínimo 3 semanas após a drenagem. Antibioticoterapia isolada apresenta mortalidade maior. É fundamental a coleta de material para realização de cultura e antibiograma.
A drenagem deve ser instituída o mais precocemente possível em todos os pacientes, exceto nos abscessos múltiplos e pequenos. A drenagem pode ser percutânea (método de escolha) ou cirúrgica. O fundamental é que se realize uma drenagem efetiva do abscesso.
Abscesso Hepático Amebiano
Este tipo de abscesso é causado pela Entamoeba histolytica. A infecção pela Entamoeba histolytica acomete cerca de 10% da população mundial e em cerca de 50% das populações tropicais.
Ocorre tipicamente em homens (9:1) e devem ser investigados com alterações imunológicas. O abscesso amebiano pode ser único em 78%, raramente ocorre em fígados cirróticos e em 10-30% dos casos ocorrem em associação com bactérias (estafilococcus, estreptococcus e E. coli).
Sinais e Sintomas
O quadro clínico é típico de um processo infeccioso. Os principais sinais e sintomas são: febre (75%), dor abdominal (90%), história de diarreia (50%) e hepatotomegalia dolorosa.
Diagnóstico e Tratamento
20% dos pacientes apresentam Entamoeba hystolitica nas fezes. Os testes sorológicos são bastante sensíveis chegando a quase 100% de positividade.
Excetuando-se as rupturas e as infecções mistas o tratamento do abscesso amebiano é clínico com agentes amebicidas (metronidazol 750 mg VO de 8-8 horas).
Nesses casos a mortalidade é de 5% e o índice de recorrência de 10%. Caso na haja melhora em 48 horas, ou haja suspeita de ruptura ou erosão, ou ainda dor abdominal intensa ela distensão da cápsula hepática, a drenagem percutânea ou cirúrgica deve ser considerada.
Nesses casos, a mortalidade é de 17% e o índice de recorrência de < 5%. Lembrar que corticosteroides podem reativar a amebíase latente ou assintomática.
Em pacientes de grupo de risco a sua utilização deve ser precedida de uma investigação laboratorial e sorológica.
Abscesso Hepático Fúngico
Os abscessos fúngicos são em sua grande maioria, associados à bactérias, mas podem se apresentar puros. Sua incidência aumentou nas populações de pacientes imunodeprimidos e em pacientes com próteses e drenos biliares de longa duração.
O tratamento deve constar de antimicóticos e drenagem efetiva do abscesso (percutânea ou cirúrgica).
Com o uso mais frequente da ultra-sonografia e da tomografia computadorizada do abdome, os cistos hepáticos têm sido detectados incidentalmente em 2,5-5 % da população. Somente aproximadamente 16% destes cistos são sintomáticos.
Esses cistos hepáticos são relativamente comuns, com uma prevalência de 4-7%, com um aumento com a idade. Uma vez que cistos hepáticos são detectados, os seguintes diagnósticos devem ser considerados:
Classificação dos cistos hepáticos de acordo com a etiologia
CONGÊNITO
– Ductal (dilatação dos ductos intra-hepáticos)
– Parenquimatoso (policístico ou solitário)
ADQUIRIDO
– Neoplásico
– Cisto dermoide
– Cistoadenoma
– Cistoadenocarcinoma
INFLAMATÓRIO
– Doença hidática
– Retenção por obstrução do ducto biliar
TRAUMÁTICO
Referências:
1. Alonso-Lej F, Rever WB Jr, Pessagno DJ. Congenital choledochal cyst, with a report of 2, and an analysis of 94 cases. Int Abstr Surg. 1959; 108: 1-30. 2. Anadol D, Ozgelik U, Kiper N et al. Treatment of hydatid disease. Paediatr Drugs. 2001; 3: 123-35. 3. Arroyo V, Gines P, Gerbes AL et al. Definition and diagnostic criteria of refractory ascites and hepatorenal syndrome in cirrhosis. International Ascites Club. Hepatology. 1996; 23: 164-76. 4. Balik AA, Basoglu M, Celebi F et al. Surgical treatment of hydatid disease of the liver: review of 304 cases. Arch Surg. 1999; 134: 166-9. 5. Barakate MS, Stephen MS, Waugh RC et al. Pyogenic liver abscess: a review of 10 years” experience in management. Aust N Z Surg. 1999; 69: 205-9. 6. Berenguer M. Natural history of recurrent hepatitis C. Liver Transplant. 2002; 8: S14-S18. 7. Bernau J, Samuel D, Durand F. Criteria for emergency liver transplantation in patients with acute viral hepatitis and factor V(FV) below 50% of normal. A prospective study. Hepatology. 1991; 14: 49. 8. Blumgart LH, Hann LE. Surgical and radiologic anatomy of the liver and biliary tract. In: Blumgart LH, Fong Y, editors. Surgery of the liver and biliary tract. 3 rd ed. New York: W. B. Saunders; 2003. p. 3-34. 9. Blumgart LH, Fong Y. Surgery of the liver and biliary tract. 3rd ed. New York: W. B. Saunders; 2003. p. 35-10
Sistema Endócrino e seus Hormônios
Conhecer as principais glândulas endócrinas e seus hormônios é fundamental para a compreensão do funcionamento do organismo!
Os hormônios são substâncias produzidas pelas chamadas glândulas endócrinas. Essas glândulas produzem secreções que são lançadas diretamente na corrente sanguínea. No nosso corpo, o conjunto dessas glândulas forma o chamado sistema endócrino.
A seguir conheceremos as principais glândulas endócrinas e seus hormônios:
Hipotálamo
Fator inibidor da prolactina (PIF) – Inibe a produção de prolactina pela hipófise;
Hormônio liberador da corticotrofina (CRH) – Estimula a liberação do hormônio adrenocorticotrófico;
Hormônio liberador da tireotrofina (TRH) – Estimula a secreção do hormônio tireoestimulante;
Hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) – Estimula a liberação dos hormônios folículo estimulante e luteinizante;
Hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH) – Estimula a secreção do hormônio do crescimento;
Ocitocina ou oxitocina – Estimula a contração do útero e a expulsão do leite. Esse hormônio, apesar de ser sintetizado no hipotálamo, é armazenado na porção da hipófise denominada de neuro-hipófise;
Vasopressina ou hormônio antidiurético (ADH) – Promove a reabsorção de água pelos rins. Assim como a ocitocina, esse hormônio, após a síntese, é armazenado na neuro-hipófise.
Hipófise ou Glândula Pituitária
Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) – Estimula a liberação de hormônios pelo córtex das suprarrenais;
Hormônio do crescimento (GH) – Promove o desenvolvimento de ossos e cartilagens, acelerando o crescimento do organismo;
Hormônio Folículo Estimulante (FSH) – Promove a espermatogênese no homem e, na mulher, estimula o crescimento dos folículos ovarianos;
Hormônio luteinizante (LH) – No homem, estimula a produção de testosterona e, na mulhe,r atua na maturação do folículo ovariano e na ovulação;
Hormônio Tireoestimulante (TSH) – Estimula a secreção dos hormônios da tireoide;
Prolactina – Estimula a produção de leite nas glândulas mamárias.
Glândula pineal
Melatonina – Atua, principalmente, regulando o sono, mas possui funções imunomoduladoras, anti-inflamatórias, antitumorais e antioxidantes.
Tireoide
Calcitonina – Diminui os níveis de cálcio no sangue. Possui ação contrária à do paratormônio;
Tiroxina – Atua no metabolismo e na respiração celular;
Tri-iodotironina – Atua no metabolismo e na respiração celular.
Paratireoide
Paratormônio – Aumenta o nível de cálcio no sangue. Possui ação contrária à da calcitonina.
Suprarrenais
Córtex da suprarrenal:
Aldosterona – Promove a reabsorção do sódio, garantindo o equilíbrio eletrolítico;
Cortisol – Provoca aumento na concentração de glicose no sangue e na mobilização de aminoácidos do músculo esquelético para o fígado.
Medula da suprarrenal
Adrenalina e Noradrenalina – Esses dois hormônios são quimicamente semelhantes, produzidos a partir de modificações bioquímicas no aminoácido tirosina.
Quando uma pessoa vive uma situação de estresse (susto, situações de grande emoção etc.), o sistema nervoso estimula a medula adrenal a liberar adrenalina no sangue. Sob a ação desse hormônio, os vasos sanguíneos da pele se contraem e a pessoa fica pálida; o sangue passa a se concentrar nos músculos e nos órgãos internos, preparando o organismo para uma resposta vigorosa.
A adrenalina também produz taquicardia (aumento do ritmo cardíaco), aumento da pressão arterial e maior excitabilidade do sistema nervoso. Essas alterações metabólicas permitem que o organismo de uma resposta rápida à situação de emergência.
A noradrenalina é liberada em doses mais ou menos constantes pela medula adrenal, independentemente da liberação de adrenalina. Sua principal função é manter a pressão sanguínea em níveis normais.
Pâncreas
Insulina – Aumenta a captação de glicose pelas células, a síntese de glicogênio e estimula a síntese de proteínas;
Glucagon – Promove a gliconeogênese (síntese de glicose) no fígado;
Somatostatina – Intervém indiretamente na regulagem da glicemia, e modula a secreção da insulina e glucagon;
Amilina – A amilina é um hormônio do tamanho de um peptídeo que é produzida e liberada pelas mesmas células beta do pâncreas, como a insulina. A função da amilina ainda não está completamente compreendida, desde que foi descoberta recentemente, nos últimos 20-25 anos; no entanto, os cientistas estão começando a reconhecer a relevância que esse hormônio desempenha no corpo e como é importante para o controle da glicose;
Polipeptídeo Pancreático– Tem como objetivo inibir o pâncreas exócrino e reduzir a libertação da somatostatina;
Gastrina – É um hormônio que controla a produção de ácido no estômago.
Testículos
Testosterona – Promove o desenvolvimento de características sexuais masculinas e estimula a espermatogênese;
Estradiol – É um hormônio, que na qual, em anatomia masculina, atua como importantes efeitos comportamentais. Altos níveis de estradiol são relacionados com uma redução do comportamento competitivo, agressivo e de dominância;
Inibina – é um hormônio cuja função principal é a inibição da produção de Hormônio folículo-estimulante (FSH) pela hipófise. É antagonista (tem efeito oposto) da activina. Existem dois tipos: Inibina A e Inibina B;
Androgênicos – Um hormônio masculino produzido pelos testículos a partir do colesterol. Na verdade, são substâncias modificadas quimicamente, a partir da molécula de testosterona, tendo como objetivos diminuir a velocidade de degradação do hormônio original, bem como, tentar evitar os seus efeitos masculinizantes (androgênicos).
Ovários
Estrógeno – Promove o desenvolvimento de características sexuais femininas e o aumento do endométrio;
Progesterona – Promove o desenvolvimento de características sexuais femininas e garante a manutenção do endométrio;
Estômago
Gastrina – É um hormônio que controla a produção de ácido no estômago;
Grelina – Também conhecida como o “hormônio da fome”, é um hormônio peptídeo produzida principalmente pelas células épsilon do estômago e do pâncreas quando o estômago está vazio e atuam no hipotálamo lateral e no núcleo arqueado gerando a sensação de fome;
Histamina – As células enterocromafins após estímulo da gastrina produz o hormônio histamina que também estimula a secreção de ácido pela estimulação dos receptores H2 das células parietais. A histamina é um cofator necessário para estimular a produção de ácido clorídrico;
Neuropeptídeo Y – É um hormônio estimulador de apetite.
Timo
Timosina – é um hormônio polipeptídico do timo que influi na maturação dos linfócitos T destinados a desempenhar uma função ativa na imunidade por mediação celular. A timosina pode servir como imunotransmissor, modulando os eixos hipotalâmicos hipofisário-suprarrenal e das gônadas. Também colabora para a neutralização dos efeitos danosos do cortisol.
Fígado
Colecistocinina – é uma hormônio gastro-intestinal (GI) que estimula a contração da vesícula biliar e do pâncreas, com digestão de gordura e proteínas. Está relacionado com a digestão e com a sensação de saciedade;
Angiotensinógeno – é um hormônio que aumenta a pressão sanguínea quando ativado pela renina.
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