Ritmos/Padrões Respiratórios

Os ritmos respiratórios são os padrões de movimentos inspiratórios e expiratórios que podem ser normais ou alterados.

Os Tipos

  • Eupneia: respiração normal, regular e sem dificuldades, com frequência média de 12 a 20 incursões por minuto em adultos.
  • Apneia: ausência ou parada dos movimentos respiratórios, que pode ser temporária ou permanente.
  • Dispneia: dificuldade ou desconforto na respiração, que pode ser causada por doenças pulmonares, cardíacas ou neurológicas.
  • Bradipneia: diminuição da frequência respiratória, abaixo de 12 incursões por minuto em adultos, que pode indicar depressão do sistema nervoso central, hipotermia ou uso de medicamentos.
  • Taquipneia: aumento da frequência respiratória, acima de 20 incursões por minuto em adultos, que pode ocorrer em situações de ansiedade, febre, dor, acidose metabólica ou hipoxemia.
  • Hiperpneia: aumento da frequência e da profundidade dos movimentos respiratórios, que pode ser voluntária ou involuntária, como em casos de exercício físico, cetoacidose diabética ou hiperventilação.
  • Ritmo de Cheyne-Stokes: alternância entre períodos de apneia e períodos de respiração progressivamente mais profunda e rápida, que pode estar associada a insuficiência cardíaca, hipertensão intracraniana ou lesões cerebrais.
  • Ritmo de Kussmaul: respiração rápida, profunda e ruidosa, sem pausas entre as incursões, que pode ser causada por acidose metabólica grave, especialmente a diabética.
  • Ritmo de Biot: respiração irregular, com períodos de apneia alternados com movimentos respiratórios de amplitude e ritmo variáveis, que pode indicar comprometimento cerebral grave.
  • Ritmo de Respiração Apneustica: é um tipo de padrão respiratório anormal que ocorre quando há uma lesão na ponte, uma parte do tronco cerebral que regula a respiração. Nesse padrão, há pausas prolongadas na inspiração, seguidas de uma expiração rápida.
  • Ritmo de Cantani: é um tipo de respiração anormal que ocorre em casos de acidose metabólica grave, como na cetoacidose diabética. Caracteriza-se por uma respiração profunda, rápida e regular, que visa eliminar o excesso de dióxido de carbono e compensar a acidez do sangue.

Referência:

  1. http://hdl.handle.net/1843/MSMR-6XLHLQ

Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP)

A Atividade Elétrica sem Pulso (AESP) é uma situação clínica, não uma arritmia específica.

A atividade elétrica sem pulso pode ser encontrada em quase metade dos pacientes que sofrem parada cardíaca.

Causas

Choque grave, hemorragia intensa por ruptura arterial, como na dissecção de aorta, tromboembolismo pulmonar maciço, pneumotórax e o tamponamento cardíaco por ruptura de parede livre do ventrículo.

Nesses pacientes, até 60% dos casos são por causas cardiovasculares, entre as principais encontram-se o infarto agudo do miocárdio em 21% dos casos, 9,5% por hemorragia, tanto por dissecção aórtica quanto por ruptura ventricular e 2,4% por tromboembolismo pulmonar.

Identificação

Na AESP existe atividade elétrica no monitor cardíaco, mas o paciente não reage, não respira e não se consegue sentir pulso carotídeo. Constitui um ritmo com complexos QRS que não produzem respostas de contração miocárdica suficiente e detectável.

Apesar de existir um ritmo organizado no monitor, não existe acoplamento do ritmo com pulsação efetiva (com débito cardíaco), sendo um RITMO NÃO CHOCÁVEL.

Veja também:

Os Ritmos Chocáveis Vs Não Chocáveis em uma PCR

Interpretando Arritmias Cardíacas

Referência:

  1. Favarato, Desidério e Gutierrez, Paulo SampaioCaso 3/2005 – Parada cardíaca em atividade elétrica sem pulso, em homem de 49 anos, no 23º dia após infarto agudo. Arquivos Brasileiros de Cardiologia [online]. 2005, v. 84, n. 6 [Acessado 15 Junho 2022] , pp. 492-494. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0066-782X2005000600012&gt;. Epub 28 Jun 2005. ISSN 1678-4170. https://doi.org/10.1590/S0066-782X2005000600012.