Calendário de Vacinação da Gestante 2023

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) lançou recentemente a cartilha contendo as vacinas disponibilizadas para Gestante pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Vacinas Esquemas e recomendações                                                                                                    Comentários DISPONIBILIZAÇÃO DAS VACINAS
Gratuitas Clínicas

privadas de nas UBS*vacinação

ROTINA  
Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (difteria, tétano e coqueluche) – dTpa ou dTpa-VIP

Dupla adulto (difteria  e tétano) – dT

Histórico vacinal Conduta na gestação •   A dTpa está recomendada em todas as gestações, pois além de proteger a gestante e evitar que ela transmita a Bordetella pertussis ao recém-nascido, permite a transferência de anticorpos ao feto protegendo-o nos primeiros meses de vida até que possa ser imunizado.

•   Mulheres não vacinadas na gestação devem ser vacinadas no puerpério, o mais precocemente possível.

•   Na indisponibilidade de dTpa, pode-se substituí-la pela dTpa-VIP, ficando a critério médico a prescrição.

SIM, dT e dTpa SIM, dTpa e dTpa-VIP
Previamente vacinada, com pelo menos três doses de vacina contendo o componente tetânico. Uma dose de dTpa a partir da 20ª semana de gestação.
Em gestantes com vacinação incompleta tendo recebido uma dose de vacina contendo  o componente tetânico. Uma dose de dT e uma dose de dTpa, sendo que a dTpa deve ser aplicada a partir da 20ª semana de gestação. Respeitar intervalo mínimo de um mês entre elas.
Em gestantes com vacinação incompleta tendo recebido duas doses de vacina contendo  o componente tetânico. Uma dose de dTpa a partir da 20ª semana de gestação.
Em gestantes não vacinadas e/ou histórico vacinal desconhecido. Duas doses de dT e uma dose de dTpa, sendo que a dTpa deve ser aplicada a partir da 20ª semana de gestação. Respeitar intervalo mínimo de um mês entre elas.
Hepatite B Três doses, no esquema 0 – 1 – 6 meses. A vacina hepatite B deve ser aplicada em gestantes não anteriormente vacinadas e suscetíveis à infecção. SIM NÃO
Influenza (gripe) Dose única anual. Em situação epidemiológica de risco, especialmente para gestantes imunodeprimidas, pode ser considerada uma segunda dose a partir de 3 meses após a dose anual. •   A gestante é grupo de risco para as complicações da infecção pelo vírus influenza. A vacina está recomendada nos meses da sazonalidade do vírus, mesmo no primeiro trimestre de gestação. Desde que disponível, a vacina influenza 4V é preferível à vacina influenza 3V, por conferir maior cobertura das cepas circulantes.  Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a vacina 3V.

•   Se a composição da vacina disponível for concordante com os vírus circulantes, poderá ser recomendada  aos viajantes internacionais para o hemisfério norte e/ou brasileiros residentes nos estados do norte do país no período pré-temporada de influenza.

SIM,

3V

SIM,

3V e 4V

Covid-19 Acesse os dados atualizados sobre a disponibilidade       de vacinas e os grupos contemplados pelo PNI em: sbim.org.br/covid-19  
RECOMENDADAS EM SITUAÇÕES ESPECIAIS  
Hepatite A Duas doses, no esquema 0 – 6 meses. É vacina inativada, portanto sem risco teórico para a gestante e o feto. Já que no Brasil as situações  de risco de exposição ao VHA são frequentes, a vacinação deve ser considerada. NÃO SIM
Hepatite A e B Para menores de 16 anos: duas doses, aos 0 – 6 meses. A partir de 16 anos: três doses, aos 0 – 1 – 6 meses. A vacina combinada é uma opção e pode substituir a vacinação isolada das hepatites A e B. NÃO SIM
Pneumocócicas Esquema sequencial de VPC13 e VPP23 pode ser feito em gestantes de risco para doença pneumocócica invasiva (DPI) (consulte os Calendários de vacinação SBIm pacientes especiais). • VPC13 e VPP23 são vacinas inativadas, portanto sem riscos teóricos para a gestante e o feto. NÃO SIM
Meningocócicas conjugadas ACWY ou C Uma dose. Considerar seu uso avaliando a situação epidemiológica e/ou a presença de comorbidades consideradas de risco para a doença meningocócica (consulte os Calendários de vacinação SBIm pacientes especiais). •   As vacinas meningocócicas conjugadas são inativadas, portanto sem risco teórico para a gestante e o feto.

•   Na indisponibilidade da vacina meningocócica conjugada ACWY, substituir pela vacina meningocócica C conjugada.

NÃO SIM
Meningocócica B •   Considerar seu uso avaliando a situação epidemiológica e/ou a presença de comorbidades consideradas de alto risco para a doença meningocócica invasiva (DMI). Consulte os Calendários de vacinação SBIm pacientes especiais.

•   Duas doses com intervalo mínimo de 1 mês (Bexsero®) ou 6 meses (Trumenba®).

•   As vacinas meningocócicas B são inativadas, portanto sem risco teórico para a gestante e o feto.

•   Bexsero® licenciada até os 50 anos de idade. Trumenba® licenciada até os 25 anos.

As duas vacinas não são intercambiáveis.

NÃO SIM
Febre amarela •   Normalmente contraindicada em gestantes. Porém, em situações em que o risco da infecção supera os riscos potenciais da vacinação, pode ser feita durante a gravidez.

•   Recomendação do PNI: se recebeu a primeira dose antes dos 5 anos, indicada uma segunda dose. Se aplicada a partir dos 5 anos de idade em dose única.

•   Recomendação da SBIm: como não há consenso sobre a duração da proteção conferida pela vacina; de acordo com o risco epidemiológico, uma segunda dose em outras idades pode ser considerada pela possibilidade de falha vacinal.

•   Gestantes que viajam para países que exigem o Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP) devem ser isentadas da vacinação pelo médico assistente, se não houver risco de contrair a infecção.

•   É contraindicada em nutrizes até que o bebê complete 6 meses; se a vacinação não puder ser evitada, suspender o aleitamento materno por dez dias.

SIM SIM
CONTRAINDICADAS  
Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) Não vacinar na gestação. • Pode ser aplicada no puerpério e durante a amamentação. SIM, para puérperas de até 59 anos SIM, para puérperas e lactantes
HPV Não vacinar na gestação. Se a mulher tiver iniciado esquema antes da gestação, suspendê-lo até puerpério. • Pode ser aplicada no puerpério e durante a amamentação. NÃO SIM, para puérperas e lactantes
Varicela (catapora) Não vacinar na gestação. • Pode ser aplicada no puerpério e durante a amamentação. NÃO SIM,  para puérperas e lactantes
Dengue Não vacinar na gestação. • A vacina é contraindicada em mulheres soronegativas para dengue; que estejam amamentando  e imunodeprimidas. NÃO NÃO

Fonte: Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)

Linha Nigra: Por que aparece?

A linha nigra é uma marca vertical que aparece na barriga de 90% das gestantes e pode ter uma coloração mais suave e quase imperceptível, ou escura e bem marcada. Ela pode aparecer apenas na parte inferior ao umbigo ou em toda a extensão abdominal, e geralmente possui uma espessura de aproximadamente 1 cm.

Quais as principais causas?

A marca é uma mudança completamente normal e a principal causa são as alterações hormonais durante a gravidez, como o aumento da produção de melanina, que faz com que essa área da barriga, onde a pele é distendida, fique hiperpigmentada.

Além da linha nigra, outras regiões do corpo podem apresentar mudanças no tom da pele e manchas, como a face, os seios, as axilas e a parte interna das coxas.

Quando acontece?

A linha nigra costuma surgir no segundo trimestre de gestação. A partir da oitava semana, é possível notar uma sombra que vai escurecendo até virar a linha divisória na barriga da mamãe.

Quando desaparece?

Geralmente, a linha nigra tende a sumir de forma natural até 12 semanas após o parto. Entretanto, mulheres morenas demoram um pouco mais para perder a marca vertical, com a possibilidade de que não suma.

Que cuidados deve ter?

Mesmo sendo uma mudança natural, é importante ter alguns cuidados com a linha nigra durante a gravidez:

  • Exposição solar: evite tomar sol entre 10h e 16h, e nos outros momentos utilize bastante protetor solar.
  • Pele hidratada: passe creme hidratante na pele todos os dias, para ajudar a manter a elasticidade e facilitar a recuperação após o parto. Além disso, beba bastante água.

Se a mamãe achar necessário, pode consultar um médico dermatologista após o nascimento do bebê para informar-se sobre os tratamentos indicados.

Referência:

  1.  Mandelbaum SH. Dermatologia na gestante. In: Cuce LC, Festa Neto C. Manual de dermatologia. 2a. ed. São Paulo: Atheneu; 2001. Cap. 31. p. 549-53.