Conhecendo a Planta Física de uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva)

A UTI é setor obrigatório em todo hospital, devendo ter uma área distinta com capacidade de leitos de 6% a 10 % do total de leitos existentes no hospital, sendo sua planta física composta de 9 a 10 m2 por leito, ter uma iluminação adequada com um gerador próprio, um ambiente climatizado, paredes laváveis, a unidades deve possuir uma visualização permanente dos pacientes e duas pias por unidade.

A Estrutura Física (Planta)

A Resolução – RDC 50, DE 21 de Fevereiro de 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.

A localização deve ter uma área geográfica distinta dentro do hospital, permitir o fácil acesso aos elevadores de serviço e de emergência, centro cirúrgico, sala de recuperação pós-anestésica, unidade de emergência, unidades de intermediarias (semi-intensivas) e serviços de laboratório e radiologia.

Os números de leitos de uma UTI devem existir com no mínimo cinco leitos, com capacidade para cem ou mais leitos. Estabelecimentos especializados em cardiologia, cirurgia e emergência devem fazer calculo específicos.

Do ponto de vista funcional são oito a doze leitos por unidade. As disposições dos leitos podem ser em área comum ou em quarto fechados. No entanto ambas devem permitir uma observação continua do paciente.

Na área comum é indicada a separação dos leitos por divisórias laváveis de modo a proporcionar uma relativa privacidade aos pacientes.

Na unidade de quarto fechado devem ser dotadas de painéis de vidro para facilitar a observação. Nessa área é proporcionada uma maior privacidade, redução de ruídos e possibilidade de isolamento de pacientes infectados ou imunossuprimidos.

A despeito do projeto arquitetônico das UTI os problemas com o ruído e a iluminação brilhante tem se mantido um desafio. O ruído é risco ambiental que gera desconforto para o paciente.

As fontes de ruídos incluem equipamentos, alarmes, telefones, televisões e conversas da equipe, podendo haver uma diferença individual na percepção do ruído; portanto uma avaliação objetiva do ambiente deve ser realizada pela equipe.

De acordo com o Conselho Internacional de Ruído recomenda que os níveis de ruídos nas áreas de terapia intensiva dos hospitais não ultrapassem 45DB (A) durante o dia, 40DB (A) durante a noite e 20DB (A) durante a madrugada. No entanto na maioria dos hospitais esta entre 50 e 70 DB (A).

No ambiente hospitalar além da iluminação natural, usam-se luzes artificiais fluorescentes que criam um tipo de iluminação desconfortável e provoca fadiga visual e cefaleia, se desprotegido17. A luz brilhante pode permanecer por muitas horas na UTI, mesmo quando não há nenhum cuidado direto ao paciente.

A iluminação ideal não deve exceder 30 pévala (fc) durante o dia, durante a noite não deve exceder 6,5 fc e 19 fc para períodos escuros. A iluminação específica para procedimentos e atendimentos de urgência deve ser posicionada diretamente acima do paciente com pelo menos 150 fc.

O estresse criado pelo ruído e iluminação desnecessários será reduzido para o bem estar dos pacientes, já que no futuro o ambiente ideal de UTI terá janelas com vista natural.

As Unidades de Terapia Intensiva dispõe de equipamentos eletrônicos essenciais na manutenção da vida dos pacientes, utilizados na monitoração dos parâmetros fisiológicos ou como opção terapêuticas integrados ao sistema de gases.

Essas instalações devem ser integradas com a fonte de emergência que rapidamente assumem alimentação garantindo o suprimento ininterrupto. O número de tomadas sugerido é no mínimo 11 e no máximo 16 por leito, com voltagem de 110 e 220 volts e adequadamente aterradas.

As tomadas de cabeceira devem ser localizadas aproximadamente 90 com acima do piso, a unidade de dispor de tomadas para aparelhos de transportáveis distantes no máximo de 15 metros de cada leito.

O suprimento de gases e vácuo deve ser mantido por 24 horas, sendo recomendadas duas saídas de oxigênio por leito e uma de ar comprimido. As saídas devem ser apropriadas para cada gás evitando troca acidental. É preconizado dois pontos de vácuo por leito, porem recomenda-se três. O sistema de vácuo deve manter o mínimo de 290 mmHg e não deve fica abaixo de 194 mmHg. Também deve ser instalado um sistema de alarme para pressões altas e baixas de gases.

A fonte de água deve ser certificada, especialmente se forem realizadas hemodiálise. As instalações de pias e lavatórios devem estar próximas a entrada dos módulos dos pacientes ou entre cada dois leitos da UTI.

Os lavatórios devem ser largos e profundos para evitar respingos, com torneiras que dispensem o contato com as mãos. Em cada lavatório deve haver dispensador para sabão liquido também acionado sem o contato com as mãos e toalheiros para papeis descartáveis.

A renovação de ar em áreas critica é exigida no mínimo seis trocas de ar por hora, sendo duas com ar externo. As entradas de ar devem ser localizadas mais alto possíveis em relação ao piso e possuir filtros de grande eficiência.

O sistema de ar condicionado e aquecimento devem passar por filtragens apropriadas. A tomada de ara deve respeitar uma distancia mínima de oito metros de locais onde haja emanação de agentes infecciosos ou gases nocivos.

Nos quartos privativos das Unidades de Terapia Intensivas, a temperatura deve ser ajustada individualmente com variação entre 24 e 26 graus e umidade relativa do ar de 40% a 60%.

O atendimento as necessidades do paciente pela monitoração continua e estrutura adequada, é o selo de qualidade de todo cuidado crítico.

Quanto mais acolhedora a UTI para pacientes e familiares, mais aberto será o ambiente para uma cultura de cuidados e suporte favorável a recuperação. Um bom exemplo de como uma estrutura física e a função da UTI mudou em relação à ênfase de atender as necessidades dos pacientes e a família como unidade é a criação de um ambiente com o design mais acolhedor que encoraja a presença de membros das famílias, que deixam de ser apenas visitantes para ser peças importantes no bem estar do paciente.

Referências:

1- BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 3432 de 12 de agosto de 1998. – DOU Nº 154. Estabelece critérios de classificação para as Unidades de Tratamento Intensivo – UTI.

2 – Saraiva CAS. Fatores físicos-ambientais e organizacionais em uma unidade de terapia intensiva neonatal: implicações para a saúde do recém-nascido. – Trabalho de conclusão do curso de mestrado profissionalizante em Engenharia. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2004.

3 – Knobel E.Terapia Intensiva: Enfermagem. São Paulo: Editora Atheneu, 2010.

4 – Paladini EP. Avaliação estratégica da qualidade. São Paulo: Atlas, 2002

5 – http://www.proarq.fau.ufrj.br/site/cadernos_proarq/cadernosproarq11.pdf

6- Madureira CR, Veiga K, Sant’ana AFM. Gerenciamento de tecnologia em terapia intensiva. Rev.latino-am.enfermagem, Ribeirão Preto, v. 8, n. 6, p. 68-75, dezembro 2000.

7 – BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução – RDC N 50, de 21 de Fevereiro de 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.

8 – BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Assistência à Saúde. Departamento de Normas Técnicas. Normas para projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Brasília, 1994. p.11-26.

9 – Knobel E, Kuhl SD. Organização e funcionamento das UTIs. In: Condutas no paciente grave. Knobel E. São Paulo, Atheneu, PP. 1315-32, 1998.

10 – Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Departamento de Normas e Técnicas: Normas para Projetos Físicos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde, p 140, 1995.

11 – Ministério da Saúde. Secretaria Nacional de Organização e Desenvolvimento de Serviços de Saúde. Normas e Padrões de Construções e Instalações de Serviços de Saúde, p 25-87, 1987.

12- Toledo LC. Feitos para Curar – Arquitetura Hospitalar e Processo Projetual no Brasil. Editora ABDEH. 1edição.Rio de Janeiro, 2006.

13 – Fairman J, Lynaugh J. Critical Care Nursing: A History. Philadelphia, University of Pennsylvania Press, 1998.

14- Stchler JF: Creating healing environments in critical care units. Crit Care Nurs Q 24(3): 1-20, 2001.

15 – Fontaine DK, Prinkey Briggs L, et al: Designing humanistic critical care environments. Crit Care Nurs Q 24(3): 21-34, 2001.

16- GOMES, W. SOUZA, M. L. Evidência e interpretação em pesquisa: as relações entre qualidades e quantidades. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 8, n. 2, p. 313,2003.

17 – Morton P.G., Fontaine DK. Cuidados críticos de enfermagem: uma abordagem holística; [revisão técnica Ivone Evangelista Cabral; tradução Aline Vecchi… et al.] – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.

18 – Jastremski CA: ICU bedside environment: A nursing perspective. Crit Care Clin 16 (4): 723-734, 2000.

19 – Azevedo AC. Avaliação de desempenho de serviços de Saúde Publica. 25 (1): 64-71, 1991.

20 – Cecílio LCDO. A modernização gerencial dos hospitais públicos: o difícil exercício da mudança. Rev Admin Publ 1997 maio-jun; 31(3) : 36-47.

21 – Gaidzinski RR. Dimensionamento de pessoal de enfermagem em instituições hospitalares [tese] São Paulo: Escola de Enfermagem USP, 1998.

22- Gallo H. Efeitos da unidade de terapia intensiva sobre o enfermeiro. Cuidados Intensivos de Enfermagem – Uma Abordagem Holística. Guanabara Koogan 6 edição. Cap 10 p.99-109, 1997.

23- Castelli M, Lacerda DPD, Carvalho MHR. Enfermagem no CTPI. Pessoal e treinamento de Isabel Cristina Kowal/Olm Cunha & Rita de Cassia Pires Coli; cap 7 p. 67-73. São Paulo. Roca, 1998.

24 – Laselva CR, Moura Jr DF, Reis EAA. No alvo, o melhor profissional – seleção e treinamento. In: Bork: Enfermagem de excelência: da visão a ação. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, PP 151-66, 2003.

25 – NICOLA, Anair Lazzari and ANSELMI, Maria Luiza. Dimensionamento de pessoal de enfermagem em um hospital universitário. Rev. bras. enferm. [online]. 2005, vol.58, n.2, pp. 186-190. ISSN 0034-7167.

26 – Knobel E, Novaes MAFP, Bork AM. Humanização dos CTIs. In: Manual de condutas de pacientes graves. Atheneu, São Paulo, 1998.

27 – Knobel E, Novaes MAFP, Karam CH. Humanização do CTI: uma questão de qualidade. Experiência do CTI do Hospital Israelita Albert Einstein. In: Âmbito Hospitalar 118(2) : 19-27, 1999.

Dimensionamento de Pessoal: Fugulin

O Sistema de Classificação de Pacientes segundo a Escala de FUGULIN consiste no agrupamento de pacientes de acordo com o grau de dependência da equipe de enfermagem, observando o perfil de cada categoria – cuidados mínimos, intermediário, alta dependência, semi-intensivo, intensivo – e assim configurando inúmeras decisões administrativas quanto à organização do plano assistencial de enfermagem.

De quem é a Competência deste tipo de Dimensionamento?

Compete ao Enfermeiro estabelecer o quadro quantiqualitativo de profissionais necessário para a prestação da Assistência de Enfermagem.

Os Principais Indicadores

Conforme FUGULIN et al (1994) – são 9 indicadores críticos: estado mental; oxigenação; sinais vitais; motilidade; deambulação; alimentação; cuidado corporal; eliminação; terapêutica.

A Escala de Fugulin é composta de 12 áreas de cuidado com suas respectivas graduações que variam do numeral 1 ao numeral 4. Indica-se iniciar a aplicação da escala seguindo a ordem vertical e de cima para baixo das áreas de cuidado.

ÁREAS DO CUIDADO

1. ESTADO MENTAL: Quando o paciente estiver orientado no tempo e espaço, a graduação será 1 para essa categoria. Quando o paciente estiver apresentando período de desorientação tempo e espaço, a graduação será 2. Quando o paciente estiver apresentando período de inconsciência, a graduação será 3, quando o paciente estiver inconsciente, a graduação será 4 para essa categoria.

2.OXIGENAÇÃO: Quando o paciente não depende de O2, a graduação será 1 para essa categoria. Quando o paciente faz uso intermitente de O2, a graduação será 2, quando o paciente faz uso contínuo de O2, a graduação será 3. Quando o paciente faz uso de ventilação mecânica, a graduação será 4 para essa categoria.

3. SINAIS VITAIS: Quando o paciente possui controle de sinais de 8/8 horas, a graduação será 1 para essa categoria. Quando o paciente possui controle entre 4/4 horas e 6/6 horas, a graduação será 2. Quando o paciente possui controle até 4/4 horas, a graduação será 3, quando o paciente possuir controle menor ou igual a de 2/2 horas, a graduação será 4 para essa categoria.

4. MOTILIDADE: Quando o paciente movimenta todos os seguimentos corporais, a graduação será 1 para essa categoria. Quando o paciente possui limitação de movimento, a graduação será 2, quando o paciente tem dificuldade de movimentar seguimentos corporais, a graduação será 3, quando o paciente for incapaz de movimentar qualquer segmento corporal, a graduação será 4 para essa categoria.

5. DEAMBULAÇÃO: Quando o paciente deambula/ambulante, a graduação será 1 para essa categoria. Quando o paciente necessita de auxílio para deambular, a graduação será 2, quando o paciente se locomove através de cadeira de rodas, a graduação será 3, quando o paciente estiver restrito ao leito, a graduação será 4 para essa categoria.

6. ALIMENTAÇÃO: Quando o paciente é autossuficiente, a graduação será 1 para essa categoria. Quando o paciente se alimenta através da boca/via oral com auxílio, a graduação será 2, quando o paciente se alimenta através de sonda nasogástrica, a graduação será 3, quando o paciente faz uso de dieta através de cateter central, a graduação será 4 para essa categoria.

7. CUIDADO CORPORAL: Quando o paciente é autossuficiente, a graduação será 1 para essa categoria. Quando o paciente necessita de auxílio no banho de chuveiro e/ou na higiene oral, a graduação será 2, quando o paciente possui banho de chuveiro e higiene oral realizada pela enfermagem, a graduação será 3, quando o paciente possui banho no leito e higiene oral realizada pela enfermagem, a graduação será 4 para essa categoria.

8. ELIMINAÇÃO: Quando o paciente é autossuficiente, a graduação será 1 para essa categoria. Quando o paciente necessita de uso de vaso sanitário com auxílio, a graduação para essa categoria é 2, quando o paciente faz uso de comadre ou eliminação no leito, a graduação será 3, quando o paciente necessita de eliminação no leito e uso de sonda vesical de demora, a graduação será 4 para essa categoria.

9. TERAPÊUTICA: Quando o paciente faz uso de medicações intramuscular ou via oral, a graduação será 1 para essa categoria. Quando o paciente faz uso de medicação endovenosa intermitente, a graduação é 2, quando o paciente faz uso de medicação endovenosa contínua ou por sonda nasogástrica, a graduação é 3, quando o paciente faz uso de drogas vasoativas, a graduação é 4 para essa categoria.

10. COMPROMETIMENTO TECIDUAL: Quando o paciente possui a pele íntegra, a graduação é 1 para essa categoria. Quando o paciente possui presença de alteração da cor da pele (equimoses, hiperemia) e/ou presença de solução de continuidade da pele envolvendo a epiderme, derme ou ambas, a graduação é 2, quando o paciente possui presença de solução de continuidade da pele envolvendo o tecido subcutâneo e músculo; Incisão cirúrgica, Ostomias ou drenos, a graduação é 3, quando o paciente possuir comprometimento das camadas teciduais até o nível de tendões e cápsulas; Eviscerações, a graduação é 4 para essa categoria.

11. CURATIVO: Quando o paciente não possuir curativos, a graduação é 1 para essa enfermagem, a graduação é 2, quando o paciente possuir curativo realizado 2 vezes ao
dia pela equipe de enfermagem, a graduação é 3, quando o paciente possuir curativo realizado 3 vezes ao dia ou mais pela equipe de enfermagem, a graduação é 4 para essa categoria.

12. TEMPO DE CURATIVOS: Quando o paciente não possuir curativo, a graduação é 1 para essa categoria. Quando o paciente possuir curativo realizado entre 5 e 15 minutos, a graduação é 2, quando o paciente possuir curativo realizado entre 15 e 30 minutos, a graduação é 3, quando o paciente possuir curativo realizado em tempo superior a 30 minutos, a graduação é 4 para essa categoria.

O registro do tipo de cuidado de acordo com a pontuação total, é feito utilizando as seguintes siglas: Cuidado Mínimo (CM), Intermediário (ITM), Alta Dependência (AD), Semi-Intensivo (SI) e Intensivo (IT). Sugere-se que na evolução de enfermagem, o enfermeiro registre o tipo de cuidado que o paciente foi classificado, sendo na evolução o registro na íntegra ou sem abreviações. categoria.

Cálculo de Quadro de Pessoal (QP) para Unidades de Internação

Cálculo da quantidade de profissionais (QP) de enfermagem para unidade
de internação

QP = Km x THE

Onde THE (total de horas de enfermagem) calcula-se como segue abaixo:

THE = {(PCM x 3,8) + (PCI x 5,6) + (PCSI x 9,4) + (PClt x 17,9)}

Importante:

Para berçário e unidade de internação em pediatria, caso não tenha acompanhante, a criança menor de seis anos e o recém-nascido devem ser  classificados com necessidades de cuidados intermediários.

O paciente crônico com idade superior a 60 anos, sem acompanhante, classificado pelo SCP com demanda de assistência intermediária ou semi-intensiva deverá ser acrescido de 0,5 às horas de Enfermagem.

Onde: Km = Constante Marinho (cálculo abaixo)

Km = DS x IST
—–
JST

DS = dias da semana = 7
JST = jornada semanal de trabalho (20, 30, 36h…)
IST = Índice de segurança técnica = 15% = 1.15

Portanto Km é uma constante conforme quadro:

km (20) 0,4025
Km (24) 0.3354
Km (30) 0,2683
Km (32,5) 0,2476
Km (36) 0,2236
Km (40) 0,2012
Km (44) 0,1828

Opção de fórmula para Cálculo de Pessoal

Fórmulas de Fugulin

QP = Nº Leitos (%) x HS ENF x DS + IST

——————————————–
JST

Onde:

DS = dias da semana
IST = índice de segurança técnica
JST = jornada semanal de trabalho

Exemplo de exercício para Unidade de Internação:

Em uma unidade com 36 leitos, distribuídos entre 21 pacientes com cuidados mínimos e 15 pacientes com cuidados intermediários, qual será a necessidade de pessoal de enfermagem para as 24h, sabendo que a taxa de ocupação é de 80% e a JST é de 36h?

Taxa de ocupação:

21 pacientes com cuidados mínimos x 80% = 16,8
15 pacientes com cuidados intermediários x 80% = 12

QP = Km x THE

Km = DS x IST =====> Km = 7 x 1.15 =====> Km = 0,2236

THE = {(PCM x 3,8) + (PCI x 5,6) + (PCSI x 9,4) + (PCIt x 17,9)}
THE = {(16,8 x 3,8) + (12 x 5,6)} => THE = 131,04
QP = 0,2236 x 131,04 = 29,30 =====> QP = 29

Distribuição por categoria:

• Pacientes prevalentes são de cuidados mínimos

• Enfermeiros = 9 (33%)
• Técnicos ou Auxiliares de Enfermagem = 20

Para saber mais sobre o Dimensionamento de Pessoal, o COREN disponibiliza uma CARTILHA explicativa, onde você pode acessar neste link.

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Referências:

Bonfim D. Planejamento da força de trabalho de enfermagem na Estratégia de Saúde da Família: indicadores de carga de trabalho. [tese]. São Paulo: Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo, 2014.

Bulechek GM, Butchec HK, Dochterman JM. Classificação das intervenções de Enfermagem (NIC). Trad. de Soraya Imom de Oliveira et al. 5ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2010.
Conselho Federal de Enfermagem. Resolução 293/04. In: Conselho Federal de Enfermagem. [texto na internet]. Brasília, DF: 2004. Disponível em: http://www.portalcofen.gov.br/Site/2016. Acesso em 04 de junho de 2017.

Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo. Relatório das atividades desenvolvidas pelo Grupo de Trabalho instituído pela Portaria Coren-SP/DIR/158/2013. Disponível em: http://bit.ly/234L1FF . Acesso em 01 de julho de 2017.

Costa JA. Método para dimensionamento de pessoal de enfermagem em Centro de Material e Esterilização (CME). [tese]. São Paulo: Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo, 2015.

Cruz CWM. Carga de trabalho de profissionais de enfermagem em Centro de Diagnóstico por Imagem. [tese]. São Paulo: Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo, 2015. Dini AP, Guirardello EB. Sistema de Classificação de pacientes pediátricos: aperfeiçoamento de um instrumento. Rev Esc Enferm USP. 2014; 48 (5): 787 – 793.

Fugulin FMT. Dimensionamento de pessoal de enfermagem: avaliação do quadro de pessoal de enfermagem das unidades de internação de hospital de ensino [tese]. São Paulo: Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo; 2002.

Fugulin FMT, Gaidzinski RR, Kurcgant P. Sistema de Classificação de pacientes: identificação do perfil assistencial dos pacientes das unidades de internação do HU-USP. Rev Latino-am Enfermagem. 2005; 13 (1): 72-8.

Gaizinski RR. Dimensionamento de pessoal em instituições hospitalares [tese livredocência]. São Paulo: Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo; 1998.

Lima AFC. Custo direto da hemodiálise convencional realizada por profissionais de enfermagem em hospitais de ensino. [tese livre-docência]. São Paulo: Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo, 2015.

Martins PASF. Sistema de Classificação de Pacientes na especialidade de enfermagem psiquiátrica: validação clínica. [tese]. São Paulo: Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo, 2007.

Perroca MG, Gaidzinski RR. Sistema de Classificação de paciente: construção e validação de um instrumento. Rev Esc Enferm USP. 1998; 32 (2): 153 – 168.

Perroca MG. Desenvolvimento e validação de conteúdo de nova versão de um instrumento para classificação de pacientes. Rev. Latino – Am. Enfermagem [Internet]. Jan-Fev 2011 [acesso em 16/09/2016]; 19(1): [9 telas]. Disponível em: WWW.scielo.br/pdf/rlae/v19n1/pt_09.pdf

Possari JF. Dimensionamento de pessoal de enfermagem em Centro Cirúrgico no período transoperatório: estudo das horas de assistência, segundo o porte cirúrgico [dissertação]. São Paulo: Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo, 2001.

Conhecendo o Nursing Activities Score (NAS)

Conhecendo o Nursing Activities Score (NAS)

As Unidades de Terapia Intensiva são setores hospitalares que atendem pacientes graves ou de risco que necessitam de assistência à saúde de forma ininterrupta, agregando  equipamentos tecnológicos específicos e recursos humanos especializados.

As atividades assistenciais desenvolvidas nessas unidades são consideradas complexas e exigem alta competência técnica e científica, uma vez que as condutas estabelecidas e a tomada de decisões estão diretamente relacionadas à vida e à morte de pessoas. Dessa forma, torna-se essencial prover profissionais de enfermagem qualificados e adequadamente dimensionados para desenvolver a assistência com qualidade e segurança para o paciente.

O dimensionamento de pessoal é um processo sistemático que tem por finalidade a previsão da quantidade e qualidade por categoria (enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem) necessária para atender, direta ou indiretamente, as necessidades de assistência de enfermagem da clientela. Quando se trata de Unidades de Terapia Intensiva, o dimensionamento do pessoal de enfermagem deve ser realizado de acordo com as necessidades de assistência do paciente, mas levando também em consideração o aspecto financeiro, visto que é uma unidade de elevado custo dentro das instituições de saúde. Uma equipe superdimensionada implica em alto custo, ao passo que uma equipe reduzida tende a determinar uma queda na eficiência da assistência, o prolongamento da internação, o aumento da mortalidade/morbidade e do custo no tratamento dos pacientes.

Diante da necessidade crescente de se obter uma avaliação da adequação qualitativa e quantitativa dos recursos humanos de enfermagem com respeito à carga de trabalho, foram desenvolvidos instrumentos para classificar os pacientes em relação às suas necessidades de saúde, bem como quantificar o tempo de assistência despendido por esses profissionais na prestação dos cuidados.

O Nursing Activities Score (NAS) foi uma das escalas desenvolvidas,  e é um instrumento que pontua as necessidades de cuidados requeridas pelos pacientes em 24 horas, a partir da quantificação das intervenções realizadas nesse período. É composto por sete categorias ou domínios (Atividade Básica, Suporte Ventilatório, Suporte Cardiovascular, Suporte Renal, Suporte Neurológico, Suporte Metabólico e Intervenções Específicas), os quais são compostos por subcategorias ou subdomínios, subdivididos ainda em itens, em um total de 23.

A cada item é atribuído um escore cuja pontuação final expressa a porcentagem de tempo gasto pelo profissional de enfermagem no cuidado direto ao paciente, podendo variar de 0 a 176,8% . Foi desenvolvido a partir do TISS 28 – Therapeutic Intervention Scoring System, para representar melhor as atividades de enfermagem em UTI.

A utilização do NAS como medida de carga de trabalho de enfermagem em UTI é muito recente e, no Brasil, as publicações ainda são muito escassas, embora estudos descrevendo sua aplicabilidade venham aumentando expressivamente. Isso vem despertando o interesse dos enfermeiros intensivistas, desejando implementá-lo nas suas unidades.

O NAS é um indicador confiável e válido para mensurar a carga de trabalho de enfermagem em UTI de pacientes adultos.

As categorias do NAS são:

  • Atividades básicas
  • Suporte ventilatório
  • Suporte cardiovascular
  • Suporte renal
  • Suporte neurológico
  • Suporte metabólico
  • Intervenções específicas.

Cada item de uma categoria descreve uma situação, um quadro, uma conduta (ou um conjunto de condutas), aplicáveis pelo enfermeiro a um paciente, e a cada um dos itens é atribuída uma pontuação (score).

Vamos conhecer as divisões de cada categoria, seus itens e pontuações:

ATIVIDADES BÁSICAS:

No. Item Descrição Score
1a Sinais vitais, cálculo e registro do balanço hídrico Aplica-se a pacientes que NÃO necessitaram de mudanças frequentes no tratamento e que exigiram monitorização e controles de rotina ou “normal” de acordo com as horas estabelecidas na Unidade, nas 24 horas. 4,5
1b Presença à beira do leito e observação contínua ou ativa por 2 horas ou mais em algum plantão por razões de segurança, gravidade ou terapia, tais como: ventilação mecânica não-invasiva, desmame, agitação, confusão mental, posição prona, preparo e administração de fluídos ou medicação e auxílio em procedimentos específicos Aplica-se a pacientes que, por razões de segurança, gravidade ou terapia, tiveram sua monitorização intensificada para “além do normal” de acordo com as horas estabelecidas na Unidade, em pelo menos um plantão nas 24 horas. 12,1
1c Presença à beira do leito e observação contínua ou ativa por 4 horas ou mais em algum plantão por razões de segurança, gravidade ou terapia Aplica-se a pacientes que por razões de segurança, gravidade ou terapia, tiveram sua monitorização intensificada para ”muito além do normal” de acordo com as horas estabelecidas na Unidade, em pelo menos um plantão nas 24 horas. 19,6
2 Investigações Laboratoriais: Bioquímicas e Microbiológicas Aplica-se a pacientes submetidos a qualquer exame bioquímico ou microbiológico, independente da quantidade, realizados em laboratório ou à beira do leito, com a participação do profissional de enfermagem. 4,3
3 Medicação, Exceto Drogas Vasoativas Inclui os pacientes que receberam qualquer tipo de medicamento, independente da via ou dose. Não se aplica neste item o soro de manutenção. 5,6
4 Procedimentos de Higiene
4a Realização de procedimentos de higiene, tais como: curativo de feridas e cateteres intravasculares, troca de roupa de cama, higiene corporal do paciente em situações especiais (incontinência, vômito, queimaduras, feridas com secreção, curativos cirúrgicos complexos com irrigação) e procedimentos especiais (p. ex.: isolamento) Aplica-se ao paciente que foi submetido a qualquer um dos procedimentos de higiene descritos acima, com frequência ”normal” de acordo com as horas estabelecidas na Unidade, em pelo menos um plantão nas 24 horas. 4.1
4b Realização de procedimentos de higiene que durem mais do que 2 horas em algum plantão Aplica-se ao paciente que foi submetido a qualquer um dos procedimentos de higiene descritos no item 4a, com frequência “além do normal” de acordo com as horas estabelecidas na Unidade, em pelo menos um plantão nas 24 horas. 16,5
4c Realização de procedimentos de higiene que durem mais do que 4 horas em algum plantão Aplica-se ao paciente que foi submetido a qualquer um dos procedimentos de higiene descritos no item 4a, com freqüência “muito além do normal” de acordo com as horas estabelecidas na Unidade, em pelo menos um plantão nas 24 horas. 20,0
5 Cuidados com Drenos. Todos (Exceto Sonda Gástrica) Aplica-se a pacientes que estejam com qualquer sistema de drenagem instalado. Inclui sonda vesical de demora (SVD) e exclui sondas gástricas, nasoenterais, gastrostomias e outras. 1,8
6 Mobilização e Posicionamento Inclui procedimentos tais como: mudança de decúbito, mobilização do paciente, transferência da cama para a cadeira e mobilização do paciente em equipe (p. ex.: paciente imóvel, tração, posição prona).
6a Realização do(s) procedimento(s) até três vezes em 24 horas Aplica-se ao paciente submetido aos procedimentos de mobilização e posicionamento descritos, até três vezes em 24 horas. 5,5
6b Realização do(s) procedimento(s) mais do que 3 vezes em 24 horas ou com 2 enfermeiros em qualquer frequência Aplica-se ao paciente submetido aos procedimentos de mobilização e posicionamento descritos no item 6, que tenham sido realizados mais do que 3 vezes em 24 horas ou com 2 membros da equipe de enfermagem em pelo menos um plantão nas 24 horas. 12,4
6c Realização do(s) procedimento(s) com 3 ou mais enfermeiros em qualquer frequência Aplica-se ao paciente submetido aos procedimentos de mobilização e posicionamento descritos no item 6, que tenham sido realizados com 3 ou mais membros da equipe de enfermagem em qualquer frequência em pelo menos um plantão nas 24 horas. 17,0
7 Suporte e Cuidados aos Familiares e Pacientes Inclui procedimentos tais como: telefonemas, entrevistas e aconselhamentos. Frequentemente o suporte e cuidado, sejam aos familiares ou aos pacientes, permitem à equipe continuar com outras atividades de enfermagem (p. ex.: comunicação com os pacientes durante procedimentos de higiene ou comunicação com os familiares enquanto presente à beira do leito observando o paciente).
7a Suporte e cuidado aos familiares e pacientes que requerem dedicação exclusiva por cerca de 1 hora em algum plantão, tais como: explicar condições clínicas, lidar com a dor e angústia e lidar com circunstâncias familiares difíceis Aplica-se ao paciente e família que tenham recebido suporte emocional com dedicação exclusiva, com duração “normal” de acordo com as horas estabelecidas na Unidade, em pelo menos um plantão nas 24 horas. 4,0
7b Suporte e cuidados aos familiares e pacientes que requerem dedicação exclusiva por 3 horas ou mais em algum plantão, tais como: morte, circunstâncias especiais (p. ex.: grande número de familiares, problemas de linguagem e familiares hostis) Aplica-se ao paciente e sua família que tenham recebido suporte emocional com dedicação exclusiva, com duração “além do normal” de acordo com as horas estabelecidas na Unidade, em pelo menos um plantão nas 24 horas. 32
8 Tarefas Administrativas e Gerenciais
8a Realização de tarefas de rotina, tais como: processamento de dados clínicos, solicitação de exames e troca de informações profissionais (p. ex.: passagem de plantão e visitas clínicas) Inclui qualquer tarefa administrativa e gerencial relacionada ao paciente, que teve duração “normal”, de acordo com as horas estabelecidas na Unidade. 4,2
8b Realização de tarefas administrativas e gerenciais que requerem dedicação integral por cerca de 2 horas em algum plantão, tais como: atividades de pesquisa, aplicação de protocolos, procedimentos de admissão e alta Inclui qualquer tarefa administrativa e gerencial relacionada ao paciente, que teve duração “além do normal”, de acordo com as horas estabelecidas na Unidade 23,2
8c Realização de tarefas administrativas e gerenciais que requerem dedicação integral por cerca de 4 horas ou mais de tempo em algum plantão, tais como: morte e procedimentos de doação de órgãos, coordenação com outras disciplinas Inclui qualquer tarefa administrativa e gerencial relacionada ao paciente, que teve duração “muito além do normal”, de acordo com as horas estabelecidas na Unidade. 30,0

SUPORTE VENTILATÓRIO:

No. Item Descrição Score
9 Suporte Respiratório – Qualquer Forma de Ventilação Mecânica/Ventilação Assistida Com ou Sem Pressão Expiratória Final Positiva, Com ou Sem Relaxantes Musculares; Respiração Espontânea Com ou Sem Pressão Expiratória Final Positiva (CPAP ou BIPAP), Com ou Sem Tubo Endotraqueal; Oxigênio Suplementar por Qualquer Método Aplica-se ao paciente em uso de qualquer suporte ventilatório (cateter nasal de O2, Intubação Orotraqueal, Macronebulização, Máscara de Venturi, Ventilação Mecânica Não-Invasiva e outros). 1,4
10 Cuidado com Vias Aéreas Artificiais. Tubo Endotraqueal ou Cânula de Traqueostomia Aplica-se ao paciente em uso de tubo orotraqueal, nasotraqueal ou traqueostomia – posicionamento, troca de curativo ou fixação uma ou mais vezes nas 24 horas. 1,8
11 Tratamento para Melhora da Função Pulmonar. Fisioterapia Torácica, Espirometria Estimulada, Terapia Inalatória e Aspiração Endotraqueal Aplica-se ao paciente que tenha recebido qualquer tratamento para melhora da função pulmonar, realizado em qualquer frequência, pela equipe de enfermagem. 4,4

SUPORTE CARDIOVASCULAR:

No. Item Descrição Score
12 Medicação Vasoativa, Independente do Tipo e Dose Aplica-se ao paciente que tenha recebido qualquer medicação vasoativa, independente do tipo e dose. 1,2
13 Reposição Intravenosa de Grandes Perdas de Fluídos, Independente do Tipo de Fluído Administrado Aplica-se a paciente que tenha recebido quantidade maior do que 4,5 litros de solução por dia, independente do tipo de fluido administrado. 2,5
14 Monitorização do Átrio Esquerdo. Cateter de Artéria Pulmonar Com ou Sem Medida do Débito Cardíaco Aplica-se ao paciente que tenha usado cateter em artéria pulmonar. 1,7
15 Reanimação Cardiorrespiratória nas Últimas 24 Horas (Excluído Soco Precordial) Aplica-se ao paciente que tenha tido PCR e recebido medidas de reanimação, excluindo soco precordial. 7,1

SUPORTE RENAL:

No. Item Descrição Score
16 Técnicas de Hemofiltração/ Técnicas Dialíticas Aplica-se ao paciente que tenha recebido qualquer tipo de procedimento dialítico, intermitente ou contínuo. 7,7
17 Medida Quantitativa do Débito Urinário (p. ex.: por Sonda Vesical de Demora) Aplica-se ao paciente com controle de diurese, com ou sem qualquer tipo de cateter urinário. 7,0

SUPORTE NEUROLÓGICO:

No. Item Descrição Score
18 Medida da Pressão Intracraniana (PIC) Aplica-se ao paciente que foi submetido a monitorização da PIC. 1,6

SUPORTE METABÓLICO:

No. Item Descrição Score
19 Tratamento da Acidose/Alcalose Metabólica Aplica-se ao paciente que recebeu droga específica para correção de acidose ou alcalose metabólica, excluindo-se a reposição volêmica para corrigir alcalose (Bicarbonato de Sódio e outros). 1,3
20 Nutrição Parenteral Total Aplica-se ao paciente que recebeu infusão venosa central ou periférica de substâncias com a finalidade de suprir as necessidades nutricionais. 2,8
21 Alimentação Enteral por Sonda Gástrica ou Outra Via Gastrointestinal (p. ex.: Jejunostomia) Aplica-se ao paciente que recebeu substâncias com a finalidade de suprir as necessidades nutricionais, através de sonda, por qualquer via do trato gastrointestinal e pacientes dependentes de alimentação oral assistida. 1,3

INTERVENÇÕES ESPECÍFICAS:

No. Item Descrição Score
22 Intervenção(ões) Específica(s) na Unidade de Terapia Intensiva. Intubação Endotraqueal, Inserção de Marcapasso, Cardioversão, Endoscopias, Cirurgia de Emergência, Lavagem Gástrica, auxílio na passagem de cateter central pela equipe médica (em emergência), sondagem gástrica ou vesical, nas Últimas 24 Horas. Arteriais NÃO estão incluídas intervenções de rotina sem consequências diretas para as condições clínicas do caciente, tais como: Radiografias, Ecografias, Eletrocardiograma, Curativos ou Inserção de Cateteres Venosos ou Arteriais.
Aplica-se ao paciente submetido a qualquer intervenção diagnóstica ou terapêutica, listada acima, dentro da UTI. Procedimentos específicos realizados na unidade que requerem a atuação ativa da equipe de enfermagem podem ser considerados neste item.
2,8
23 Intervenções Específicas Fora da Unidade de Terapia Intensiva Aplica-se ao paciente submetido a uma ou mais intervenções diagnósticas (exames) ou terapêuticas (cirurgias) realizadas fora da UTI. 1,9

Cada item possui uma pontuação e o score do paciente é a soma da pontuação de todos os itens, de acordo com as suas necessidades de assistência direta e indireta. Esse total representa em porcentagem quanto tempo de assistência o paciente exigiu nas 24 horas, sendo seu total máximo 176,8%.

De acordo com a definição 100 pontos NAS equivale a 100% do tempo de um profissional de enfermagem nas 24 horas.

Cada ponto do NAS corresponde a 14, 4 minutos. Neste sentido, dois pontos do NAS equivalem a aproximadamente 30 minutos.

Os itens 1, 4, 6, 7 e 8 são compostos de subitens diferenciados de acordo com o tempo despendido em cada atividade, que por sua vez, são mutuamente excludentes.

Por exemplo, se a soma dos itens de um paciente deu 90 pontos, é o equivalente a 90% do tempo de um profissional nas 24 horas. Nesse caso, o total em minutos é de 1.296, que representa 21,6 horas.