A aspirina é fundamental no tratamento de pacientes com...
Farmacologia
Veja alguns dos nossos principais assuntos relacionados à Farmacologia.
A Dose Farmacológica e suas subdivisões
Quando falamos em dose, estamos nos referindo à quantidade de fármaco (princípio ativo), presente em um medicamento. É a quantidade de “remédio” presente em uma unidade posológica, isto é, em um comprimido, uma cápsula, uma ampola ou em um determinado volume de líquido que será administrado de uma única vez.
Exemplos:
um comprimido de losartana, para controle de pressão arterial, pode ser encontrado em 2 DOSES, 25 ou 50 mg. O paciente toma 2 DOSES de losartana por dia.
1000mg ou 1g de dipirona líquida, correspondem a uma DOSE. O paciente tomou uma DOSE de 1g de dipirona para dor de cabeça.
Subdivisões
Dose de ataque
É a dose de um medicamento capaz de elevar rapidamente a concentração de um fármaco na corrente sanguínea, a fim de que se obtenha o resultado terapêutico mais rapidamente.
Dose de manutenção
É a dose administrada em intervalos regulares capaz de manter a concentração de um fármaco na quantidade desejada para que seja alcançado o efeito terapêutico.
Dose mínima
É a menor dose eficaz de um fármaco que pode ser administrada a uma pessoa e pode ser observado o resultado terapêutico.
Dose máxima
É a dose máxima de um fármaco que pode ser administrada a um paciente na qual não são observados efeitos tóxicos.
Dose tóxica
É a dose de um fármaco acima do dose máxima, que se for administrada a um paciente onde já podem observados efeitos de toxicidade, é uma “overdose”.
Dose letal
É a quantidade de fármaco que se for administrada a um paciente leva à morte, também é uma “overdose”.
KATZUNG, Bertram G.; Farmacologia: Básica & Clínica. 8 ed. Rio de Janeiro – RJ: Editora Guanabara Koogan SA, 2003. p. 23-38.
A Rastreabilidade e as cores de etiquetas de Medicamentos
Falhas no processo de medicação são situações frequentes que ocorrem no mundo todo. A principal delas envolve a administração equivocada de medicamentos relacionada à dose, via de administração e tipo de droga. Alguns medicamentos são considerados críticos e denominados Medicamentos ou Drogas de Alta Vigilância (DAV).
Esses medicamentos exigem medidas especiais de segurança para evitar que erros aconteçam.
A RDC nº 54, de dezembro de 2013, exige a criação do IUM – Identificador Único do Medicamento. Ele é um código alfanumérico gerado a partir dos seguintes dados, na seguinte ordem:
Número do registro do medicamento na Anvisa;
Número serial, único e gerado aleatoriamente;
Data de validade, no formato MM/AA;
Número do lote.
Esse código será aplicado no medicamento por meio de um código em duas dimensões, chamado Data Matrix. Essas informações também deverão estar legíveis para o olho humano, em fonte de altura mínima de 1,6mm.
Agregação
Além dos códigos em cada medicamento, a RDC nº 54 também exige que seja gerado um identificador único para cada caixa de transporte. Esse “código pai” no servidor da farmacêutica agregará todos os identificadores únicos contidos dentro dele. Isso permite agilidade na logística, basta escanear um único código para controle de todas as unidades dentro da caixa.
Cores de Etiquetas
Cada Instituição Hospitalar, padronizam cores de acordo com o tipo de medicamento.
É utilizado como uma estratégia de segurança do paciente, que também faz parte da Meta 3 da Segurança do Paciente além de facilitar a identificação visual para os profissionais da enfermagem e farmácia.
Junto com as etiquetas e embalagens coloridas também disponibilizam com etiquetas impressas com nome, lote, validade, código de barra, e sequencial numérico.
Lembrando que os Medicamentos de Alta Vigilância (MAV) devem ser aplicados os seguintes itens:
Armazenamento em locais seguros e separados dos demais medicamentos: em armários identificados na farmácia e em gavetas chaveadas nos postos de Enfermagem sob responsabilidade da enfermeira;
Dispensação em embalagem plástica vermelha selada com etiqueta adesiva amarela;
Dupla checagem pela enfermagem na administração desses medicamentos.
Forte EC, Pire DEP, Padilha MI, Martins MMFP. Medication errors and consequences for nursing professionals and clients: an exploratory study. Texto Contexto Enferm [Internet]. 2017 [cited 2018 Feb 12];26(2):e01400016. Available from: http://www.scielo.br/pdf/tce/v26n2/pt_0104-0707-tce-26-02-e01400016.pdf
Hipolipemiantes e os Cuidados de Enfermagem
Os Hipolipemiantes são os fármacos usados no tratamento das dislipidemias, e principalmente no controle dos níveis colesterol.
Os altos níveis de colesterol (hipercolesterolemia) aceleram a aterosclerose, que leva no limite ao infarto do miocárdio e aos acidentes vasculares cerebrais (AVCs).
Classe dos Hipolipemiantes
Estatinas
Inibem a formação de colesterol de novo no fígado mas não afetam o colesterol ingerido. Medicamentos: Sinvastatina, Atorvastatina, Rosuvastatina, Lovastatina, Pravastatina, Fluvastatina.
Fibratos
Fármacos que diminuem modestamente o chamado mau colesterol (LDL) e atuam também na redução dos níveis séricos de triglicerídeos. Medicamentos: Fenofibrato, Gemfibrozilo.
Sequestradores de ácidos biliares
Substâncias resinoides, tais como Colestipol e Colestiramina, que impedem a reabsorção dos ácidos biliares, os quais são formados no fígado a partir de colesterol. Não podendo reabsorvê-los, mais colesterol é gasto a formá-los a cada ciclo nutritivo (e, pois, a cada refeição). Além disso, essas resinas são importantes na absorção dos lípidos. Medicamentos: Ezetimiba, Niacina.
Cuidados de Enfermagem
As Estatinas de semivida curta(sinvastatina, lovastatina, fluvastatina de libertação imediata e pravastatina) – A biossíntese do colesterol varia durante o dia, alcançando um pico máximo entre a meia noite e as 5 – 6 h da manhã.
Por isso, tipicamente, é recomendado que estas sejam administradas à noite, o que é apoiado pela maioria dos dados.
Se tomadas duas vezes ao dia a administração será de manhã e à noite. Os alimentos aumentam a absorção da lovastatina, devendo ser administrada ao jantar.
Apesar da semivida curta, algumas fontes indicam que a pravastatina pode ser administrada a qualquer momento do dia. Contudo, em alguns estudos a toma noturna é mais efetiva.
As Estatinas de semivida longa(atorvastatina, pitavastatina, rosuvastatina e fluvastatina de libertação prolongada) – Podem ser administradas a qualquer momento do dia.
Neste caso, parece apropriado permitir ao doente a escolha do tempo de administração, importante fator para favorecer a adesão à terapêutica, especialmente no caso de polimedicados.
Referências:
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Awad K., Serban MC, Penson P, Mikhailidis DP, Toth PP, Jones SR, et al. Effects of morning vs evening statin administration on lipid profile: A systematic review and meta-analysis. J Clin Lipidol. 2017;11(4):972-985.e9.
Izquierdo-Palomares JM, Fernandez-Tabera JM, Plana MN, Añino Alba A, Gómez Álvarez P, Fernandez-Esteban I, et al. Chronotherapy versus conventional statins therapy for the treatment of hyperlipidaemia. Cochrane Database Syst Rev. 2016 Nov 26;11:CD009462. [acedido a 29/05/2018]. Disponível em: http://cochranelibrary-wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD009462.pub2/epdf/standard
Rosenson R. Statins: Actions, side effects, and administration, Last updated mar 2018. UpToDate®. 2018, Wolters Kluwer Clinical Drug Information, Inc. Disponível em: http://www.uptodate.com
Aquecer Fluídos Intravenosos no Micro-Ondas: Saiba por que não deve fazer isso!
O aquecimento de soluções intravenosas e subcutâneas pode ser fundamental para prevenir a hipotermia pós-operatória, já que a diminuição da temperatura corporal por líquidos frios pode ser significante quando grandes volumes de soluções parenterais são administrados.
A hipotermia é uma complicação comum na ressuscitação fluídica da hipovolemia dos pacientes. Os fluidos intravenosos (IV) quentes demonstraram ser um adjunto na reposição de volume para evitar esta complicação.
O uso de fornos de micro-ondas para aquecer soluções cristaloides intravenosas, como a de cloreto de sódio a 0,9% (solução salina), teve início nos anos 1980.
Apesar de esse ser um método simples, rápido e amplamente disponível, a temperatura inicial não tem sido levada em conta no aquecimento das soluções.
A prática usual é colocar bolsas de 500 ml no forno de micro-ondas e aquecê-las durante 60 segundos à potência máxima; quando bolsas de 1.000 ml são usadas, o tempo é costumeiramente ajustado para 120 segundos.
Como a temperatura final dependerá da inicial, diferenças consideráveis poderão existir caso não sejam usados parâmetros mais precisos. Isso pode levar a soluções insuficientemente ou excessivamente aquecidas.
Uma prática muito comum é a estocagem de fluidos parenterais em depósitos onde a temperatura não é controlada. A temperatura desses fluidos tende a se equalizar com aquela do local onde são armazenados. Isso pode levar a diferenças significantes entre as temperaturas de soluções armazenadas no verão e no inverno.
Aquecer tais soluções com micro-ondas, usando sempre os mesmos ajustes, pode levar a temperaturas finais significativamente diferentes, já que as temperaturas iniciais são também bastante diversas.
O procedimento usual é ajustar os fornos de micro-ondas, de qualquer modelo ou potência, para a potência máxima e aquecer bolsas de 500 ml de solução salina durante um minuto, dobrando esse tempo para bolsas de 1.000 ml, sem considerar a temperatura inicial.
Não existem determinações legais na ANVISA/MS para o uso do forno de micro-ondas para aquecimento de soluções eletrolíticas. Nesse sentido, máquinas automáticas de aquecimento de fluidos intravenosos podem ser usadas, evitando a utilização de fornos de micro-ondas e de cálculos para seu uso, assim como microfissuras na embalagem, queimaduras, trombose venosa e hemólise geradas por superaquecimento.
Referências:
Esnaola NF, Cole DJ. Perioperativenormothermiaduring major surgery: is it important? AdvSurg. 2011;45:249-63;
Bagatini A, Nascimento L. Aquecimento de soluções cristalóides em forno de microondas: segurança e toxicidade. RevBrasAnestesiol. 1997; 47(3):237-44;
Sieunarine K, White GH. Full thicknessburnandvenousthrombosisfollowingintravenousinfusionofmicrowaveheatedcrystalloidfluids. Burns 1996; 22: 658–69;
Meyer et al. Estudo experimental do aquecimento adequado de solução cristaloide por micro-ondas e dedução de equação para seu cálculo. RevBrasCirPlást. 2012;27(4):518-22;
Medicamentos de Atenção Básica
Os medicamentos básicos ou essenciais são aqueles destinados à Atenção Primária à Saúde, satisfazendo as necessidades prioritárias de cuidados da saúde da população. Entre eles, destacamos analgésicos, antitérmicos, antibióticos e anti-inflamatórios.
Importante ressaltar que também seguem protocolos de condição de uso. Incluem-se os medicamentos controlados pela portaria 344, dispensados no NGA e Centro de Saúde I e medicamentos manipulados.
MEDICAMENTOS PARA ATENÇÃO BÁSICA (para dispensação aos pacientes)
TRATO ALIMENTAR E METABOLISMO
– Antiácidos e fármacos para o tratamento da úlcera péptica
HIDRÓXIDO DE ALUMÍNIO, 61,5 MG/ML, SUSPENSÃO ORAL FRASCO 150 ML
OMEPRAZOL 20 MG CÁPSULA
RANITIDINA 150 MG. COMPRIMIDO
– Agentes antiespasmódicos, anticolinérgicos e propulsivos
DIMETICONA 75MG/ML. FRASCO 10ML SOL ORAL
HIOSCINA 10 MG COMPRIMIDO (ESCOPOLAMINA BUTILBROMETO)
– Antieméticos e antinauseantes
METOCLOPRAMIDA 10 MG COMPRIMIDO
METOCLOPRAMIDA 4MG/ML. FRASCO 10ML SOL ORAL
– Laxativos
OLEO MINERAL PURO. FRASCO 100ML
– Fármacos utilizados em diabetes
GLIBENCLAMIDA 5 MG COMPRIMIDO
INSULINA HUMANA NPH 100 UI/ML. FRS 10ML FRASCO (CASA DO DIABÉTICO)
INSULINA HUMANA REGULAR 100 UI/ML. FRS 10ML FRASCO (CASA DO DIABÉTICO)
METFORMINA 850 MG COMPRIMIDO
– Vitaminas e Suplementos minerais
CARBONATO DE CALCIO 500MG (MANIPULADO) CÁPSULA
CARBONATO DE CÁLCIO 500MG + VITAMINA D 200 UI (MANIPULADO) CÁPSULA
CARBONATO DE CÁLCIO 500MG + VITAMINA D3 400 UI (MANIPULADO) CÁPSULA
MULTIVITAMINAS, ASSOCIADAS COM SAIS MINERAIS COMPRIMIDO
POLIVITAMINICO GOTAS. FRASCO 30ML
SAIS REIDRATACAO ORAL, ENVELOPE
TIAMINA. CLORIDRATO 300 MG COMPRIMIDO (NGA/CSI)
VITAMINAS DO COMPLEXO B, B1,B2,B3,B5,B6 DRÁGEA
Para ter acesso gratuito aos medicamentos, basta que o usuário apresente o CPF, um documento com foto e a receita médica válida (validade de 120 dias) em qualquer um dos estabelecimentos (farmácias e drogarias) credenciados no Programa “Aqui Tem Farmácia Popular”. Segue a lista dos medicamentos do Programa:
GLIBENCLAMIDA 5 MG, COMPRIMIDO
CLORIDRATO DE METFORMINA 500 MG, COMPRIMIDO
CLORIDRATO DE METFORMINA 850 MG, COMPRIMIDO
CLORIDRATO DE METFORMINA 500 MG, COMPRIMIDO DE AÇÃO PROLONGADA
INSULINA HUMANA NPH 100 UI/ML – SUSPENSÃO INJETÁVEL, FRASCOAMPOLA 10 ML
INSULINA HUMANA NPH 100 UI/ML – SUSPENSÃO INJETÁVEL, FRASCOAMPOLA 5 ML
INSULINA HUMANA NPH 100 UI/ML – SUSPENSÃO INJETÁVEL, REFIL 3ML (CARPULE)
INSULINA HUMANA NPH 100 UI/ML – SUSPENSÃO INJETÁVEL, REFIL 1,5ML (CARPULE)
INSULINA HUMANA REGULAR 100 UI/ML, SOLUÇÃO INJETÁVEL, FRASCOAMPOLA 10 ML
INSULINA HUMANA REGULAR 100 UI/ML, SOLUÇÃO INJETÁVEL, FRASCOAMPOLA 5 ML
INSULINA HUMANA REGULAR 100UI/ML, SOLUÇÃO INJETÁVEL, REFIL 3ML (CARPULES)
INSULINA HUMANA REGULAR 100UI/ML, SOLUÇÃO INJETÁVEL, REFIL 1,5ML (CARPULES)
Asma:
SULFATO DE SALBUTAMOL 5 MG/ML – SOLUÇÃO INALAÇÃO
SULFATO DE SALBUTAMOL 100 MCG/DOSE – ADMINISTRAÇÃO PULMONAR, INALADOR DOSEADO
BROMETO DE IPRATRÓPIO 0,25 MG/ML – ADMINISTRAÇÃO PULMONAR, SOLUÇÃO PARA INALAÇÃO
BROMETO DE IPRATRÓPIO 0,02 MG/DOSE – ADMINISTRAÇÃO PULMONAR, INALADOR DOSEADO
DIPROPIONATO DE BECLOMETASONA 50 MCG/DOSE – ADMINISTRAÇÃO PULMONAR, INALADOR DOSEADO
DIPROPIONATO DE BECLOMETASONA 200 MCG/CÁPSULA – ADMINISTRAÇÃO PULMONAR, CÁPSULAS INALANTES 1 (UMA) CÁPSULA
DIPROPIONATO DE BECLOMETASONA 200 MCG/DOSE – ADMINISTRAÇÃO PULMONAR, INALADOR DOSEADO
DIPROPIONATO DE BECLOMETASONA 250 MCG/DOSE – ADMINISTRAÇÃO PULMONAR, INALADOR DOSEADO
Considerações sobre o “Saúde Não Tem Preço”
Caso o paciente esteja impossibilitado de comparecer à farmácia ou drogaria:
Fica dispensada a obrigatoriedade da presença física do paciente, titular da prescrição médica e/ou laudo/atestado médico, quando se enquadrar na seguinte condição: incapacidade nos termos dos art. 3º e 4º do Código Civil, desde que comprovado.
Nesse caso, a dispensação somente será realizada mediante a apresentação dos seguintes documentos:
a) do paciente, titular da receita, CPF, RG ou certidão de nascimento;
b) do representante legal, o qual assumirá, juntamente com o estabelecimento, as responsabilidades pela efetivação da transação: CPF e RG. Considera-se representante legal aquele que for:
a) declarado por sentença judicial;
b) portador de instrumento público de procuração que outorgue plenos poderes ou poderes específicos para aquisição de produto de higiene pessoal junto ao Programa; ou
c) portador de instrumento particular de procuração com reconhecimento de firma, que autorize a compra de produto de higiene pessoal junto ao Programa.
Em caso de menores de idade:
O menor de idade portador de CPF poderá adquirir seus medicamentos normalmente. Para menores de idade que não possuírem CPF, pode-se aceitar o CPF do pai ou da mãe, até providenciar um próprio. Neste caso, o responsável legal deverá apresentar identidade civil que comprove a dependência do menor de idade, titular da receita médica.
O elenco de referência estabelecido por esta Portaria é composto de medicamentos integrantes da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME-2014 9ª edição-2015).
Farmacologia: Agonista Vs Antagonista
Na farmacologia, agonista refere-se às ações ou estímulos provocados por uma resposta, referente ao aumento (ativação) ou diminuição (inibição) da atividade celular. Sendo uma droga receptiva.
Agonista inverso causa uma ação oposta do agonista.
Os denominados antagonistas agem como bloqueadores dos receptores, ou seja, diminuem as respostas dos neurotransmissores, presentes no organismo. O antagonismo pode diminuir ou anular o efeito do agonista.
Os medicamentos sem prescrição médica, se misturados podem ser perigosos, podendo os mesmos interagir entre si.
Exemplos: morfina, fenilefrina e isoproterenol, benzodiazepinas e barbitúricos agem como agonistas.
Classificação
Os antagonistas são classificados em:
parcial/total
reversível/irreversível
competitivo/alostérico
O antagonista parcial não anula totalmente o efeito de um agonista, sendo este mais utilizado, já o total atua somente no problema, não interferindo nas partes que estão funcionando. Em caso de intoxicação é aconselhável o antagonista total, pois protege melhor o organismo.
No antagonista reversível/irreversível, o agonista tem ao poder de reverter e o outro de inibir os efeitos do antagonista. Já o antagonista competitivo impede o agonista de se encaixar, competindo com o mesmo e o alostérico atua em receptores que tem o efeito diminuidor liberado pelo agonista.
O efeito de um antagonista sobre o agonista se torna inferior devido as constantes estimulações.
Exemplos: Betabloqueadores, bloqueadores musculares, antagonistas benzodiazepínicos, antagonista dos receptores opioides.
Referências:
Leff P. The two-state model of receptor activation. Trends Pharmacol Sci 1995;16:8997. (Fornece a base teórica para a Equação 2.6; discute o tratamento quantitativo das interações fármacoreceptor.)
Pratt WB, Taylor P, eds. Principles of drug action: the basis of pharmacology. 3rd ed. New York: Churchill Livingstone; 1990. (Contém uma discussão detalhada de farmacodinâmica.)
Permanganato de Potássio: Como calcular?
O permanganato de potássio possui propriedades antibacterianas, antifúngicas e cicatrizantes, sendo por isso muito usado em infecções e problemas de pele como eczema, aftas, dermatite, acne, candidiase vaginal, vulvovaginites, catapora, brotoeja, feridas e coceira causada por alergias.
Para se usufruir dos benefícios do permanganato de potássio é importante fazer a diluição correta, indicada pelo médico, e respeitar o número de aplicações, assim como o tempo de tratamento.
Como usar
Para usufruir dos benefícios do permanganato de potássio, ele deve ser usado corretamente. Assim, antes de o utilizar, deve-se diluir 1 comprimido de 100 mg em cerca de 1 a 4 litros de água natural ou morna, dependendo do problema que se pretende tratar, que vai conferir à água uma coloração violeta.
Caso se trate de uma primeira aplicação, deve-se testar antes numa pequena região da pele e verificar se ocorre alguma reação, que é sinal de que a pessoa é alérgica a esta substância, e nestes casos, a solução não deve ser usada.
Depois disto, a solução pode ser usada de várias formas:
1. Banho de permanganato de potássio
Para utilizar o permanganato de potássio, pode-se fazer um banho, permanecendo dentro da solução por cerca de 10 minutos, todos os dias, até que as feridas desapareçam completamente. Deve-se evitar ao máximo o contato com o rosto.
2. Banho de assento de permanganato de potássio
Para fazer um bom banho de assento, deve-se permanecer sentado dentro de uma bacia com a solução, durante alguns minutos. Também se pode utilizar o bidê ou uma banheira de imersão.
3. Compressa de permanganato de potássio
Uma boa forma de usar a solução de permanganato de potássio, principalmente em idosos e bebês, por ser mais difícil fazer o banho, é mergulhar uma compressa nesta solução e de seguida passar no corpo.
Cuidados a ter e possíveis riscos
O permanganato de potássio é de uso exclusivamente externo. Não deve ser ingerido nem usado perto da região ocular, devido à sua elevada toxicidade.
Além disso, também nunca deve ser usado sem ser diluído e o comprimido não deve entrar em contato com as mãos devido à sua ação corrosiva, podendo causar irritação, vermelhidão, dor, queimaduras e manchas.
Cálculo de Permanganato
Apresentação do medicamento
Na bula do medicamento, você irá encontrar descrito a sua concentração numa forma peculiar de escrita, como por exemplo, 1:20.000.
O que isto significa 1:20.000?
Significa dizer que 1 grama está para 20.000 ml, ou seja, 1 grama está para 20 litros (20.000 ml = 20 litros, pois 1 litro é igual a 1000 ml).
Veja:
1:20.000 – Significa 1 grama em 20.000 ml;
1:40.000 – Significa 1 grama em 40.000 ml;
1:50.000 – Significa 1 grama em 50.000 ml.
Como as questões vão cobrar?
Geralmente as questões de cálculo de permanganato de potássio dão a concentração que deve ter a solução, por exemplo 1:50.000, e o medicamento disponível, geralmente 100 gramas. E em cima disso, é pedido para realizar o cálculo da quantidade em gramas, ou em fração de comprimido que deve ser diluído na quantidade prescrita.
Vamos resolver uma questão!
Questão 1
Foi prescrito 1 litro de solução de permanganato de potássio a uma concentração de 1:20.000, utilizando comprimidos de 100 mg. Para obter a solução prescrita, o profissional de enfermagem dissolver em 1 litro a quantidade de:
a) 25 mg (1/4 de comprimido);
b) 50 mg (1/2 de comprimido);
c) 100 mg (1 comprimido);
d) 150 mg (1 1/2 comprimidos);
e) 200 mg (2 comprimidos).
Antes de partirmos para a resolução, é muito importante retirar os dados do enunciado. Isto evita muitos erros.
Assim:
Prescrição: 1 litro de solução de permanganato de potássio numa concentração de 1:20.000;
Comprimidos disponíveis: 100 mg
Pergunta-se: Quantas mg do comprimido deve ser dissolvido em 1 litro para ter a concentração de 1:20.000?
Quando a concentração está numa proporção de 1:20.000, significa dizer que a concentração deve ser 1 grama para cada 20.000 ml.
Resolução
Para resolver a questão, basta montar regra de três simples considerando o seguinte raciocínio:
Se a concentração é de 1 grama para cada 20.000 ml, quanto será a concentração de 1 litro?
Não esqueça de realizar a conversão, pois o exercício quer a resposta em mg e em ml.
1 grama = 1000 mg
1 litro = 1000 ml
Reformulando a pergunta: Se a concentração é de 1000 mg para cada 20.000 ml, quanto será X mg para 1000 ml?
1000 mg ————————–20.000 ml
X mg ——————————-1000 ml
(multiplique cruzado)
20.000 . X = 1000 . 1000
20.000X = 1.000.000
X = 1.000.000 / 20.000
X = 50 mg
Basta utilizar 1/2 comprimido, ou seja 50 mg.
Resposta letra B.
Foi prescrito 1.000 ml de solução de permanganato de potássio na concentração de 1:40.000 ml com comprimidos de 100 mg. Para obter a solução prescrita, o profissional de enfermagem utilizar quantos comprimidos:
Vale lembrar que a padronização vai variar muito de cada instituição (conforme POP), portanto cabe identificar a utilização do que é feito em seu setor!
Referências:
uptodate/Usp
ATB Sanford 2019
Novos Anticoagulantes Orais (NOACs)
Os Novos Anticoagulantes Orais (New Oral Anticoagulants – NOACs), anticoagulantes orais diretos (Direct Oral Anticoagulants – DOACs) ou anticoagulantes orais não antagonistas da vitamina K (Non-vitamin K antagonist oral anticoagulants – NOACs), surgiram por causa das dificuldades para atingir anticoagulação ideal com tratamento com varfarina (por mais de meio século, a varfarina, um antagonista da vitamina K, foi o único anticoagulante oral disponível).
Sendo assim atribuídas ao seu início lento de ação, efeitos farmacológicos variáveis e numerosas interações com alimentos e medicamentos. Estas deficiências levaram ao desenvolvimento de novos anticoagulantes orais.
Podemos dividir estes fármacos em 2 grupos distintos consoante o seu mecanismo de ação: os inibidores do fator Xa e os inibidores do factor IIa (trombina).
Farmacocinética
Os novos anticoagulantes orais têm ação de início rápido e são administrados em doses fixas, sem necessidade de monitoramento laboratorial de rotina, como é o caso clássico dos antagonistas de vitamina K.
Além disso, tem meia-vida curta, o que facilita o manejo do paciente quando há necessidade de suspensão dessas drogas para realização de um procedimento diagnóstico ou cirúrgico. Por outro lado, a menor meia-vida gera maiores riscos quando se trata de esquecimento na tomada de uma dose que seja.
Propriedades farmacológicas dos NOACS aprovados no Brasil (2018)
Medicação
Inibição alvo
Pico de ação e Meia-vida
Antídoto
Dose e Posologia
Interação
Eliminação
Dabigatrana (Pradaxa®)
Trombina
1 – 3h e
12 – 17h
Idarucizumabe (Praxbind) 5g
150mg 2x
(110 mg 2x)*
Rifampicina
Quinidina
Amiodarona
80% Renal
20% Hepática
Rivaroxabana (Xarelto®)
FXa
2 – 4h e
7 – 13h
Em estudo
20 mg 1x
Cetoconazol
Ritonavir
Rifampicina
35% Renal
65% Hepática
Apixabana (Eliquis®)
FXa
1 – 3h e
9 – 14h
Em estudo
5 mg 2x
Cetoconazol
Ritonavir
Rifampicina
25% Renal
75% Hepática
Edoxabana (Lixiana®)
FXa
1 – 2 h e
10 – 14 h
Em estudo
60 mg 1x
(30 mg 1x)**
Ciclosporina
Cetoconazol
35% Renal
65% Hepática
*ClCr > 30 mg/dL. Para ClCr 15-30 mg/dL 75 mg 2x. Dose ajustada de 110 mg 2x para idosos ≥ 80 anos; FXa = Fator X ativado; **ClCr 15 – 50 mg/dL ou Peso ≤ 60 kg ou inibidores da glicoproteína-P;
Referências:
Shapiro S (2003) Treating thrombosis in the 21st century. N Engl J Med 349:1762-1764
Pirmohamed M. Warfarin: almost 60 years old and still causing problems. British Journal of Clinical Pharmacology. 2006;62(5):509-511.
Alexander J, Singh K (2005) Inhibition of factor Xa: a potential target for the development of new anticoagulants. Am J Cardiovasc Drugs 5:279-290.
Nielsen P., Lane D.A., Rasmussen L.H., et al.(2015) Renal function and non-vitamin K oral anticoagulants in comparison with warfarin on safety and efficacy outcomes in atrial fibrillation patients: a systemic review and meta-regression analysis. Clin Res Cardiol 104:418–429.
RP Giugliano, CT Ruff, E Braunwald, et al.Once-daily edoxaban versus warfarin in patients with atrial fibrillation N Engl J Med, 369 (2013), pp. 2093-2104
CB Granger, JH Alexander, JJ McMurray, et al., the ARISTOTLE Committees and InvestigatorsApixaban versus warfarin in patients with atrial fibrillation
MR Patel, KW Mahaffey, J Garg, et al., the ROCKET AF InvestigatorsRivaroxaban versus warfarin in nonvalvular atrial fibrillation. N Engl J Med, 365 (2011), pp. 883-891
SJ Connolly, MD Ezekowitz, S Yusuf, et al., the RE-LY Steering Committee and InvestigatorsDabigatran versus warfarin in patients with atrial fibrillation. N Engl J Med, 361 (2009), pp. 1139-1151
Nitratos: Entenda sua função!
Os nitratos são vasodilatadores que relaxam ou dilatam os vasos sanguíneos, para reduzir a resistência. Isto reduz a pressão arterial e facilita o fluxo sanguíneo no corpo, melhorando os sintomas.
Farmacologia
O nitrato relaxa as células musculares lisas, como aquelas existentes nos vasos sanguíneos.
O efeito antianginoso é devido a dois mecanismos:
Os nitratos dilatam vasos colaterais que permitem maior quantidade de sangue passar pelo miocárdio. Também reduzem o trabalho cardíaco ao reduzir a tensão arterial periférica.
Logo eles aumentam o suprimento de oxigênio ao coração e diminuem as suas necessidades ao mesmo tempo.
Os Efeitos do Nitrato
Alívio imediato da dor causada pela angina.
Vasodilatação das coronárias e outros vasos (vasos do pênis – especialmente com sildenafila (Viagra)).
Relaxamento do esófago, brônquio, intestino e canais biliares (o seu músculo liso é igualmente sensível).
Quais são os Benefícios esperados?
Os nitratos reduzem a ocorrência e a intensidade da dor torácica (angina de peito) e por isso, são administrados para aliviar os sintomas. Outros vasodilatadores, como o Hidralazina e o Minoxidil, poderão ser usados para melhorar os sintomas como a falta de ar.
Os Efeitos Secundários
Os vasodilatadores poderão causar pressão arterial baixa, provocando tonturas ou sensação de desmaio ao sentar-se ou levantar-se muito rapidamente.
Outros efeitos secundários incluem dores de cabeça, rubor, palpitações e congestão nasal. As dores de cabeça são especialmente comuns nos vasodilatadores de ação prolongada, como os nitratos.
Efeitos Colaterais
Os efeitos adversos são:
O nitrato encontrado em águas minerais é associado ao risco de duas doenças graves: a metamoglobinemia, conhecida como Síndrome do Bebê Azul e o Câncer Gástrico. O Instituto do Câncer e estudos da literatura médica alertam sobre ingestão de água proveniente de poços que contêm uma alta concentração de nitrato está relacionada com a incidência do Câncer de Estômago.
Hipotensão postural (devido à vasodilatação).
Dores de cabeça.
Perigo de choque por hipotensão se sildenafil e outros nitratos forem tomados pela mesma pessoa.
Indicações de Uso
No tratamento da angina pectoris estável e instável.
O sildenafil é usado no tratamento da disfunção erétil (impotência) do homem.
Os nitratos só têm efeito em administrações limitadas. Se administrado continuamente desenvolve-se resistência aos seus efeitos. Eles são apenas usados para diminuir a dor quando ela surge na angina; ou antes do ato sexual (sildenafil).
Fármacos
Nitroglicerina (trinitrato de glicerilo, Nitromint®, Nitradisc®, Nitro-Dur®, Epinitril®, Plastranit®, Nitroderm-TTS®): este potente explosivo é utilizado como componente principal da dinamite, desenvolvida por Alfred Nobel. As suas ações farmacológicas não estão relacionadas diretamente com as suas propriedades explosivas porém o medicamento, foi descoberto a partir de pessoas que respiravam numa atmosfera impregnada desse composto químico e que levou, o cientista, a usar elementos dessa substância. Ela não é explosiva dentro do corpo humano (em solução aquosa).
Mononitrato de isossorbida (Imdur, Monopront®, Ismo retard®, Monoket®): duração maior.
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