As vitaminas são nutrientes essenciais que o organismo ...
Doenças Infecciosas
Veja alguns dos nossos principais assuntos relacionados à Doenças Infecciosas.
Odores da Urina: As Causas
A urina normalmente tem um odor característico causado pela presença de ureia, uma substância que resulta do metabolismo das proteínas. A concentração de ureia na urina depende da quantidade de água ingerida e da hidratação do corpo. Quanto mais concentrada a urina, mais forte será o cheiro de amônia.
Alguns alimentos, medicamentos e vitaminas também podem alterar o cheiro da urina, mas isso geralmente não indica uma doença e desaparece com o tempo. Por exemplo, o café, o alho, os aspargos e a carne em excesso podem deixar a urina com um odor mais forte ou diferente.
Características
No entanto, alguns odores na urina podem ser sinais de problemas de saúde que precisam de atenção médica. Alguns exemplos são:
Urina com cheiro adocicado: pode indicar diabetes mal controlado, pois a glicose em excesso na urina confere um aroma doce;
Urina com cheiro de mofo: pode indicar insuficiência ou doença hepática, ou certos distúrbios metabólicos que afetam a eliminação de toxinas pelo fígado;
Urina com cheiro fétido: pode indicar infecção urinária ou da uretra, causada por bactérias que metabolizam a amônia e produzem gases malcheirosos. Outros sintomas podem incluir febre, ardência ao urinar e corrimento uretral;
Urina com cheiro de Amônia: pode ser resultado de uma desidratação, que torna a urina mais concentrada e com maior quantidade de ureia.
Portanto, é importante observar a cor, o aspecto e o odor da urina, pois eles podem fornecer informações sobre o estado de saúde. Se a urina apresentar um cheiro anormal que persista mesmo após aumentar a ingestão de água, é recomendável procurar um médico para uma avaliação.
A febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável. Ela pode variar desde as formas clínicas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade. A febre maculosa é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato.
O carrapato-estrela não é o carrapato comum, que encontramos geralmente em cachorros – a espécie Amblyomma cajennense, transmissora da doença, pode ser encontrada em animais de grande porte (bois, cavalos, etc.), cães, aves domésticas, gambás, coelhos e especialmente, na capivara.
Como é transmitido?
Para haver transmissão da doença, o carrapato infectado precisa ficar pelo menos quatro horas fixado na pele das pessoas. Os carrapatos mais jovens e de menor tamanho são os mais perigosos, porque são mais difíceis de serem vistos. Não existe transmissão da doença de uma pessoa para outra.
Sintomas
Os principais sintomas da Febre Maculosa são:
Febre alta e súbita;
Cefaleia;
Hiperemia conjuntival;
Dor muscular e articular;
Mal-estar;
Dores abdominais;
Vômito;
Diarreia;
Exantema.
Como é tratado?
A febre maculosa brasileira tem cura desde que o tratamento com antibióticos seja introduzido nos primeiros dois ou três dias. O ideal é manter a medicação por dez a quatorze dias, mas logo nas primeiras doses o quadro começa a regredir e evolui para a cura total.
Atraso no diagnóstico e, consequentemente, no início do tratamento pode provocar complicações graves, como o comprometimento do sistema nervoso central, dos rins, dos pulmões, das lesões vasculares e levar ao óbito.
Como Prevenir?
Para se proteger e facilitar a visualização dos carrapatos e dos micuins é muito importante que as pessoas, quando entrarem em locais de mato, estejam de calça e camisa compridas e claras e, preferencialmente, de botas.
A parte inferior da calça deve ser posta dentro das botas e lacrada com fitas adesivas. Se possível, evite caminhar em áreas conhecidamente infestadas por carrapatos e, a cada duas horas, verifique se há algum deles preso ao seu corpo.
Quanto mais depressa ele for retirado, menores os riscos de infecção. Ao retirar um carrapato, não o esmague com as unhas. Com o esmagamento, pode haver liberação das bactérias que têm capacidade de penetrar através de pequenas lesões na pele; também não force o carrapato a se soltar encostando agulha ou palito de fósforo quente.
O estresse faz com que ele libere grande quantidade de saliva, o que aumenta as chances de transmissão das bactérias transmissoras da doença.
Os carrapatos devem ser retirados com cuidado, por meio de uma leve torção, para que sua boca solte a pele. Existem também repelentes com concentrações maiores do produto químico DEET (N-N-dietil-meta-toluamida), que são eficientes contra mosquitos e carrapatos.
A febre pode ser definida como um aumento anormal da temperatura corpórea. Apesar do que muitos pensam, a febre não é uma doença, sendo apenas um sinal de que algo está errado com o nosso corpo. As causas da febre são variadas, podendo ser desencadeada por doença ou até mesmo pelo uso de algumas substâncias.
Valores Normais de Temperatura
Como a febre é um aumento da temperatura corpórea, faz-se necessário compreender qual é a temperatura normal do corpo para saber identificar se uma pessoa está ou não febril. Normalmente, o corpo humano apresenta uma faixa de normalidade entre 36 e 37,4 graus, mas ocorrem variações dependendo do local onde se mede a temperatura.
A temperatura pode ser medida em três locais diferentes: na cavidade oral, na região das axilas e no reto. A temperatura nesses locais varia: na região axilar, a média é 36 ºC e 36,5 ºC; na região bucal, a média é 36 ºC e 37,4 ºC; na retal, a temperatura fica em torno de 36 ºC e 37,5 ºC.
Sinais e Sintomas
Sensação de cansaço;
Aumento do suor;
Tremor;
Ranger de dentes;
Rubor facial (vermelhidão na face)
Devem ser analisadas as seguintes características semiológicas da febre: início, intensidade, duração, modo de evolução e término. O início pode ser súbito ou gradual, já a intensidade é classificada como leve (até 37,5°C), moderada (37,6 a 38,5°C) ou alta (acima de 38,6°C). Em relação à duração, a febre pode ser recente (menos de 7 dias) ou prolongada (mais de 7 dias).
O modo de evolução pode ser avaliado através de um quadro térmico, com verificação da temperatura uma ou duas vezes por dia ou até de 4 em 4 horas, a depender do caso. Classicamente, são descritos os seguintes padrões evolutivos:
Febre Contínua: permanece sempre acima do normal com variações de até 1 grau, sem grandes oscilações.
Febre Irregular ou Séptica: picos muito altos intercalados baixas temperaturas ou apirexia, sem nenhum caráter cíclico nessas variações.
Febre Remitente: há hipertermia diária com variações de mais de 1 grau, sem períodos de apirexia.
Febre Intermitente: a hipertermia é ciclicamente interrompida por um período de temperatura normal. Pode ser cotidiana, terçã (um dia com febre e outro sem) ou quartã (um dia com febre e dois sem).
Febre Recorrente ou Ondulante: semanas ou dias com temperatura corporal normal até que períodos de temperatura elevada ocorram. Durante a fase de febre não há grandes oscilações.
Tratamento
Normalmente, controla-se febre muito alta, que pode causar lesões no indivíduo, e aquela que está causando desconforto no paciente.
Geralmente a febre é tratada com uso de antitérmicos, como o paracetamol, dipirona e ácido acetilsalicílico. Além do uso de medicamentos, pode-se realizar banhos ou utilizar compressas frias para ajudar na diminuição da temperatura. Vale ressaltar que esses últimos métodos, sem o uso de medicamentos, podem melhorar o desconforto do paciente, mas não diminuem a febre.
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Bacteremia: O que é?
A Bacteremia basicamente se trata de uma intoxicação no sangue, essa intoxicação é causa pela presença de bactérias. É forma mais comum pela qual as bactérias se espalham pelo corpo humano, isso causa doenças como meningite, endocardite e muitas outras.
A simples presença de bactérias no sangue já se caracteriza como Bacteremia. Essa a principal forma de bactérias se espalharem pelo corpo do ser humano. Quando as bactérias se espalham pelo corpo humano podem causar meningite, endocardite e muitas outras doenças perigosas.
Sinais e Sintomas
A presença de bactérias na corrente sanguínea normalmente é assintomática, no entanto, quando ocorre a resposta do sistema imunológico devido à presença do organismo, há o surgimento de sintomas que podem ser característicos de sepse ou até mesmo choque séptico, como:
Febre;
Alteração na frequência respiratória;
Calafrios;
Diminuição da pressão;
Aumento da frequência cardíaca;
Alteração na concentração de glóbulos brancos, o que pode deixar a pessoa mais suscetível a doenças.
Esses sintomas surgem devido ao alojamento da bactéria em outras regiões do corpo, como órgãos ou materiais artificiais presentes no corpo, como por exemplo cateteres ou próteses.
A Bacteremia é uma Sepse? Qual é a diferença?
A sepse é uma reação inflamatória sistêmica, complexa e grave, devida a um processo infeccioso. Resulta de uma complexa interação entre o microrganismo infectante e a resposta imune, pró-inflamatória e pró-coagulante do hospedeiro. Pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e protozoários.
Portanto, a Septicemia seria algo como sepse +bacteremia, mas esse termo não é muito utilizado corretamente. Muitos profissionais usam-no como sinônimo de sepse.
Na septicemia além do processo inflamatório intenso há também a multiplicação de bactérias no sangue, algumas vezes com liberação de toxinas, deixando o quadro clínico ainda pior.
A bacteremia, caso evolua para uma infecção, pode causar a sepse. Já a sepse pode ser desencadeada por qualquer infecção, seja ela sanguínea, urinária, pulmonar, intestinal, de pele, etc. A infecção local pode também atingir a circulação sanguínea e provocar a infecção generalizada.
Lembrando que, Sepse, Sepse grave e Choque séptico são estágios evolutivos do quadro infeccioso.
Clostridium difficile é uma bactéria produtora de toxinas, que costuma estar presente em cerca de 3% dos adultos saudáveis e em até 23% dos pacientes hospitalizados, principalmente naqueles sob tratamento com antibióticos. Nos idosos internados em centros de cuidados prolongados, a taxa de contaminação chega a ser de 50%.
O Clostridium difficile costuma ser inofensivo em pessoas saudáveis, pois a sua proliferação é controlada pelas centenas de outras espécies de bactérias, fungos e protozoários que habitam nosso trato intestinal.
Porém, em pessoas que fazem uso repetido ou prolongado de antibióticos, a flora intestinal natural pode sofrer uma grave alteração, favorecendo a proliferação de cepas causadoras de doenças. O Clostridium difficile não é uma bactéria que ataca diretamente o cólon.
O seu problema reside no fato dela ser uma produtora de toxinas irritantes à parede do intestino. Quando a bactéria consegue se multiplicar descontroladamente, uma grande quantidade de toxinas são produzidas, levando à colite (inflamação do cólon) e diarreia profusa.
Pacientes portadores da bactéria C. difficile eliminam a mesma nas fezes sob a forma de esporas, podendo contaminar o ambiente (roupas, objetos, roupa de cama, toalhas…) e pessoas ao redor.
Para indivíduos saudáveis, como os familiares, essa contaminação é pouco relevante, pois o sistema imunológico e a flora intestinal são capazes de controlar a infecção.
Porém, em um ambiente hospitalar, onde existem muitos idosos debilitados e pessoas com sistema imunológico comprometido, isso pode gerar surtos de colite em vários pacientes internados. Por isso, qualquer paciente identificado como portador de Clostridium difficile deve ser colocado em isolamento de contato até que a bactéria seja erradicada.
SINTOMAS DA COLITE POR CLOSTRIDIUM DIFFICILE
A infecção pelo C. difficle pode provocar 4 apresentações clínicas distintas:
Portador assintomático: pacientes hospitalizados frequentemente sofrem mudanças na sua flora intestinal e podem passar a ser portadores da bactéria Clostridium difficile. São chamados de carreadores assintomáticos aqueles que possuem a bactéria, eliminam a mesma nas fezes, podendo contaminar o ambiente e outros pacientes, mas não apresentam quaisquer sintomas. Esses pacientes são habitualmente pessoas com sistema imunológico forte, que se curam sozinhos semanas depois de terem retornado para a sua casa.
Diarreia por Clostridium difficile: nos pacientes que desenvolvem sintomas, a diarreia é a manifestação clínica mais comum. A colite provocada pelo difficile costuma causar uma diarréia aquosa intensa, que pode levar o paciente a ter várias evacuações por dia. Cólicas abdominais, febre baixa e leucocitose (aumento do número de leucócitos no hemograma) são outras manifestações comuns. Febre acima de 38,500 é um sinal de gravidade.
A colite por C. difficile costuma estar relacionada à administração recente de antibióticos. O quadro pode iniciar-se ainda durante o tratamento ou até 5 a 10 dias após o fim do(s) antibiótico(s). Em casos raros, a colite por Clostridium Difficile pode aparecer somente semanas depois do fim do tratamento.
Eis antibióticos mais frequentemente implicados com a proliferação do C. difficile São as fluoroquinolonas (ex: ciprofloxacino, levofloxacino e norfloxacino), clindamicina, cefalosporinas e penicilinas.
Porém, praticamente todos os antibióticos, incluindo metronidazol e a vancomicina, que são habitualmente usados no tratamento da Clostridium difficile, podem facilitar o aparecimento desta colite.
Colite pseudomembranosa: é um quadro de colite um pouco mais grave que o anterior, com diarreia que pode chegar a 15 evacuações diárias, dores abdominais mais intensas e presença de sangue e pus nas fezes. A sua principal característica é a presença de uma pseudomembrana ao redor da parede do cólon, achado que costuma ser identificado através da colonoscopia.
Colite fulminante: uma forma mais grave e, felizmente, mais rara, é a colite fulminante, um quadro de intensa inflamação, com dilatação do cólon e grande risco de perfuração do mesmo.
FATORES DE RISCO PARA INFECÇÃO POR CLOSTRIDIUM DIFFICILE
O uso recente de antibióticos é o mais importante fator de risco para a multiplicação do C. difficile. Equanto maior for o espectro de ação, ou seja, quanto maior for a capacidade do antibiótico de atingir diferentes tipos de bactérias, e quanto mais prolongado for o tempo de tratamento, maior será o risco de colite por C. difficile.
Pacientes idosos, hospitalizados ou institucionalizados também apresentam elevado risco de infecção por esta bactéria. Uso crônico de medicamentos que suprimem a acidez gástrica, como omeprazol, pantoprazol e similares, também parece aumentar o risco de contaminação pela bactéria.
É importante destacar que existem outras causas de diarreia causada por antibiótico que não têm relação com o C. difficle. Na verdade, a maioria das pessoas jovens e não hospitalizadas que desenvolvem diarreia após o uso de um determinado antibiótico não tem colite por Clostridium difficile.
DIAGNÓSTICO DA COLITE POR CLOSTRIDIUM DIFFICILE
O diagnóstico da colite por C. difficile deve ser investigado em todo paciente hospitalizado, ou que tenha recebido alta hospitalar recentemente, que desenvolva quadro de diarreia intensa. O uso recente de antibióticos é uma dica importante. Pacientes não hospitalizadas que tenham feita uso recente de múltiplos antibióticos também podem desenvolver a infecção.
O diagnóstico é habitualmente feito através da pesquisa de toxinas do C. difficile nas fezes. A presença de toxinas em um paciente com diarreia persistente é suficiente para o diagnóstico.
Nos casos em que a pesquisa de toxinas do C. diffirde é negativa, mas a suspeita clínica é muito alta, uma colonoscopia pode ser realizada para investigar a presença de pseudomembranas, achado típico na colite pseudomembranosa.
TRATAMENTO DA COLITE POR CLOSTRIDIUM DIFFICILE
Ironicamente, o tratamento da infecção pelo Clostridium diflicde é feito com antibióticos. Para casos leves a moderados, o metronidazol é o antibiótico de escolha. Nos casos mais graves, a vancomicina, por via oral, deve ser a escolha.
No casas de colite fulminante, com rompimento iminente ou já estabelecido do cólon, o tratamento deve ser cirúrgico, com ressecção da região afetada.
Nos pacientes com infecção recorrente por C. difficile, apesar da tratamento adequado com metronidazol ou vancomicina, algumas alternativas podem ser tentadas.
O transplante de fezes é uma técnica nova que consiste na administração de fezes de um doador diretamente para o trato gastrointestinal da paciente, através do colonoscopia ou por uma sonda gastrointestinal. O objetivo desse tratamento é restabelecer a flora intestinal natural, impedindo que o C difficile volte a se multiplicar.
Seguindo o mesmo raciocínio, uma outra opção é a administração de probióticos, que é um medicamento que contém bactéria se fungos naturais da flora intestinal. Apesar de ser mais simples, os probióticos têm resultados inferiores ao transplante de fezes, principalmente nos casos de colite moderada a grave.
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Conheça as Criaturas dos Cateteres Venosos Centrais
Os Cateteres Venosos Centrais de longa permanência são amplamente utilizados em pacientes com necessidade de acesso venoso por período prolongado. A infecção relacionada a esses cateteres permanece um desafio na prática clínica.
São utilizados em situações em que há necessidade de acesso prolongado ou definitivo ao sistema vascular, encontrando uso clínico frequente em hemodiálise, hemoterapia, quimioterapia e nutrição parenteral prolongada (NPP). São manufaturados em silicone ou poliuretano, constituídos de lúmen único ou múltiplo, podendo ser semi ou totalmente implantáveis.
Apresentam complicações diversas relacionadas ao seu implante, à manipulação e à manutenção. A infecção em cateteres de longa permanência constitui complicação de grande morbimortalidade, com riscos e agravos adicionais em pacientes muitas vezes debilitados ou imunossuprimidos, como aqueles submetidos à quimioterapia. Em pacientes em hemodiálise, a referida infecção á causa frequente de reinternações e compõe a segunda causa de morte em tais pacientes.
Epidemiologia
A infecção á a complicação mais grave associada aos cateteres. De uma forma geral, ela ocorre em aproximadamente 19% dos pacientes em uso desse dispositivo, sendo 7% infecções locais e 12% casos de bacteremia associada ao cateter.
Os cateteres semi-implantáveis de longa permanência possuem um trajeto subcutâneo associado a um cuff de dácron capaz de criar fibrose peri cateter reduzindo a chance de infecção em relação aos cateteres de curta permanência, como o duplo lúmen. Os totalmente implantáveis, por não possuírem nenhuma parte exteriorizada, têm índice ainda menores de contaminação.
Nos cateteres semi-implantáveis de longa permanência utilizados em hemodiálise, a infecção á a complicação tardia mais frequente, sendo o Staphylococcus aureus o agente mais isolado, seguido por bacilos gram–negativos e pelo Stophylococcus taagulase negativo.
Os cateteres de Broviac (semi-implantável de lúmen único) e de Hickman (semi-implantável de duplo lúmen) são bastante utilizados em pacientes com NPP. Esses cateteres têm os maiores índices de infecção. Os cateteres totalmente implantáveis (port-o-cath), utilizados para quimioterapia, por não terem nenhuma parte exposta, apresentam índices de infecção menores. A infecção ocorre em 43% dos cateteres semi-implantáveis contra 8% dos totalmente implantáveis em pacientes com câncer.
A bacteremia relacionada ao cateter ocorreu em 4,34% dos cateteres totalmente implantáveis. o Staphylatattus oureis á a bactéria mais prevalente (50% dos casos). relatam apenas 0,3% de infecção da loja do porto e 2,4% de bacteremia relacionada ao cateter.
Como á feito o diagnóstico?
Caracterizar o tipo de infecção do cateter á o primeiro passo para a correta conduta terapêutica. As infecções são divididas em:
infecção do óstio:
infecção do túnel ou da bolsa;
bacteremia relacionada ao cateter.
A infecção do óstio se caracteriza pela hiperemia e/ou saída de secreção purulenta que se estende até 2 cm do orifício por onde se exterioriza o cateter. A infecção do túnel do cateter apresenta hiperemia e/ou saída de secreção por mais de 2 cm do orifício do cateter. Nos cateteres totalmente implantáveis, a hiperemia da loja do porto caracteriza a infecção da loja. A bacteremia relacionada ao cateter há a presença de febre e/ou calafrios em pacientes com cateter venoso central sem outro foco infeccioso aparente. Nesses casos, o paciente deve ser investigado com a coleta de hemoculturas tanto periférica como do próprio cateter
O Tratamento
O tratamento das infecções relacionadas a cateteres depende do tipo de microrganismo presente, do tipo de cateter, dos sintomas sistêmicos e do tipo de infecção. A infecção do óstio apresenta menor gravidade e responde bem a cuidados locais com curativo e tratamento tópico, não sendo necessária a retirada do cateter. A infecção do túnel ou da bolsa não responde bem à antibioticoterapia sistêmica isolada, sendo necessária a retirada do cateter.
O tratamento da bacteremia relacionada ao cateter pode ser feito com locks, antibioticoterapia e remoção do cateter. Por se tratar de acessos de longa permanência, deve-se tentar o “salvamento” desses cateteres, porém sem colocar em risco a saúde dos pacientes.
Que cuidados devemos ter com os Cateteres?
Os cuidados para a prevenção da infecção dos cateteres venosos de longa permanência se iniciam no momento de sua implantação.
Certifique-se de que os profissionais realizam a higienização das mãos com água e sabão ou álcool gel antes e depois de cada atendimento.
Todo o procedimento deve ser realizado em centro cirúrgico, e em casos de Unidades de Terapia Intensiva, alguns tipos de cateteres são implantados no próprio setor, e toda a equipe deve estar paramentada.
paciente deve ser preparado com tricotomia prévia, se necessário. Na sala operatória, a assepsia do local de implantação á feita mediante uso de solução degermante seguido por aplicação de solução alcoólica. paciente é, então, coberto com campos estéreis.
Cada manipulação deve ser precedida de antissepsia adequada. Após a manipulação, o cateter deve receber solução de heparina exatamente no volume indicado no cateter. Isso previne a formação de trombos no lúmen e pericateter, reduzindo a possibilidade de fixação bacteriana e posterior infecção. Existem no mercado soluções bacteriostáticas que podem substituir a heparina. Ambas as soluções devem ser aspiradas antes da nova utilização do cateter.
Os cateteres semi-implantáveis requerem curativos no seu segmento exposto após cada utilização. Já os totalmente implantáveis necessitam curativo até a cicatrização adequada da incisão e ausência de secreções na ferida operatória. Posteriormente, os cuidados habituais de assepsia a manipulação são requeridos.
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Acinetobacter
O ambiente hospitalar é inevitavelmente um grande reservatório de patógenos virulentos e oportunistas, de modo que as infecções hospitalares podem ser adquiridas não apenas por pacientes, que apresentam maior susceptibilidade, mas também, embora menos freqüentemente, por visitantes e funcionários do próprio hospital.
A importância do Acinetobacter tem aumentado nos últimos anos devido à sua grande capacidade em adquirir mecanismos de resistência às diferentes classes de antibióticos e à sua grande aptidão em sobreviver e se adaptar a condições adversas. Todos estes fatores tornam-no responsável por uma morbilidade e mortalidade elevada, especialmente, nos doentes críticos.
O gênero Acinetobacter consiste num bacilo gram-negativo, ubiquitário, aeróbio estrito, não fermentador, pouco exigente, imóvel, catalase positiva e oxidase negativa. Estão descritas cerca de 31 espécies genômicas: Acinetobacter calcoaceticus, A. baumannii, A. haemolyticus, A. junii, A. johnsonii, A. lwoffii, A. radioresistense outras espécies não denominadas, e todos podem causar infecção nos seres humanos. O Acinetobacter Baumannii é encontrado em 80% dos casos, segundo estudos.
Apesar da preferência das bactérias Gram – por ambientes úmidos, Acinetobacter sp pode sobreviver em locais secos, como chão, colchões, mesas, luvas, termômetros, fluxômetros, travesseiros e materiais de fórmica, como prontuários, por até 13 dias.
Acinetobacter baumannii pode ter alto grau de hidrofobicidade, com capacidade de aderir a plásticos, inclusive superfícies de cateteres, tubos endotraqueais e outros materiais desse tipo.
Acinetobacter sp também pode ser encontrado em fontes úmidas no ambiente hospitalar, tais como válvulas e circuitos de ventiladores mecânicos, umidificadores e leite humano proveniente de bancos de leite.
Variedade de Doenças promovida pelo Acineto
O Acinetobacter pode causar uma grande variedade de doenças como: pneumonia,sepse, infecções de pele e feridas infectadas, e os sintomas variam de acordo com o local da infecção, e podendo colonizar pacientes sadios e pacientes com traqueostomia e feridas abertas. Outras espécies do gênero Acinetobacter podem também estar envolvidos em infecções: A. johnsonii, A. lwiffii e A. radioresistens habitam a pele humana, são comensais na orofaringe e vagina. A. lwoffii está associado à meningite; A. ursingii a infecções na corrente sanguínea de pacientes hospitalizados; A. junii, embora raramente, causa infecção ocular e bacteriemia, particularmente em pacientes pediátricos; A. schindleri já foi isolado de várias amostras humanas como secreção vaginal, cervical, garganta, nariz, ouvido, conjuntiva e urina, mas a maioria sem significado clínico.
Pacientes de Alto risco: Os mais prejudicados
– Pacientes com alterações no sistema imunológico;
– Pacientes com enfermidades pulmonares crônicas e diabéticos;
– Paciente hospitalizados sob situações críticas, em ventilação mecânica;
– Pacientes que apresentam feridas abertas e que possuem dispositivos invasivos;
Métodos de Prevenção
Como o Acinetobacter vive na pele e pode sobreviver vários dias , devemos tomar devidos cuidados com a higienização das mãos para evitar a proliferação destas bactérias, cuidados nos procedimentos invasivos como a utilização correta dos materiais assépticos e estéreis, evitando a contaminação em campos estéreis, e principalmente com isolamento de contato adequado, e cuidados na manipulação e higienização com todos os materiais usados pelo paciente, assim, a fim de evitar a disseminar a contaminação cruzada.
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Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC)
A superbactéria KPC (Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase) é uma bactéria restrita ao ambientes hospitalar, que tem a capacidade de inibir a ação dos antibióticos carbapenêmicos, dificultando ou reduzindo as opções terapêuticas disponíveis. Em 2016 foram registrados diferentes casos de contaminação pela superbactéria KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase) em hospitais brasileiros.
A bactéria KPC, a“superbactéria”, foi identificada pela primeira vez nos Estados Unidos no ano 2000, depois de ter sofrido uma mutação genética, gerando uma resistência a vários antibióticos (carbapenêmicos, especialmente) e a grande capacidade de tornar resistentes outras bactérias. A bactéria KPC pode ser encontrada na água, em fezes, no solo, em vegetais, cereais e frutas. O contágio ocorre em ambiente hospitalar, pelo contato com secreções do paciente infectado, desde que não sejam respeitadas normas básicas de desinfecção e higiene.
O que é a bactéria KPC?
KPC não é o nome da bactéria, mas de uma enzima produzida por ela, que é capaz de inativar os antibióticos mais potentes disponíveis para o tratamento de infecções graves, principalmente aquelas adquiridas no ambiente hospitalar.
Ela é chamada de superbactéria? Por quê?
As superbactérias só são assim denominadas quando produzem uma enzima tão potente capaz de inativar a eficácia de outros antibióticos, limitando, assim, as possíveis opções para o tratamento de infecções graves.
A KPC é uma mutação?
Não se trata de uma mutação. Ninguém sabe ao certo como a primeira dessas bactérias surgiu, mas acredita-se que o uso dos antibióticos do tipo carbapenens, de uso comum, favoreceu sua aparição, mas ninguém sabe a origem do gene, nem como isto ocorreu exatamente.
Qual a velocidade de reprodução dessa bactéria?
As bactérias do mesmo tipo das KPC, geralmente se multiplicam muito rápido, duplicando de número a cada 20 minutos.
Quais são os sintomas ocasionados pela bactéria KPC?
Os principais sintomas causados pela bactéria KPC são: febre com hipotermia; taquicardia e piora do quadro respiratório. Nos casos mais graves hipotensão; inchaço e até falência múltipla dor órgãos. Em relação ao local de infecção, a bactéria pode KPC pode causar pneumonia associada à ventilação mecânica, infecção do trato urinário e infecção da corrente sanguínea.
Qualquer pessoa pode ser infectada pela KPC? Há grupo de risco?
As pessoas que estão hospitalizadas, ou em contato com ambiente hospitalar têm maiores riscos. Porém, pacientes hospitalizados em UTI’s com doenças debilitantes como câncer ou com transplante, e que receberam antibióticos apresentam maior risco de ser contaminado com a bactéria.
Como ocorre a transmissão entre as pessoas?
A transmissão ocorre por meio do contato direto, como tocar a outra pessoa, ou por contato indireto, por meio do uso de um objeto comum, por exemplo. Assim, é bom evitar tocar superfícies de hospitais, como camas, portas e paredes. Para evitar a maior proliferação, não tome antibióticos por conta própria e siga as orientações médicas. Caso precise entrar em contato com pacientes, lave bem as mãos antes e depois.
A KPC está espalhada nas ruas ou em qualquer ambiente?
Até o momento, as bactérias produtoras de KPC foram observadas somente em pacientes hospitalizados ou que estiveram no ambiente hospitalar. No ambiente, provavelmente esta bactéria teria menos chance de sobreviver quando “competisse” com outras, pois não criou ainda resistência.
Quais são os maiores riscos?
O maior risco reside na não detecção da superbactéria, o que pode ocorrer com frequência por ser um organismo ainda desconhecido, causando eventual tratamento inadequado do paciente, o que aumenta as chances de morte do paciente.
Como é feito o diagnóstico?
Existem testes especiais feitos caso o paciente apresente sinais e sintomas de infecção urinária, por exemplo. O médico irá solicitar exames urina e o antibiograma, que é o teste realizado para confirmar se a bactéria é sensível ou resistente a determinado antibiótico. Por outro lado, se quero saber se um paciente está contaminado com a bactéria porque está ao lado de um paciente infectado por esta bactéria ou colonizado (que tem a bactéria no organismo, mas não apresenta infecção), é solicitado a realização de outro exame, o swab retal (introdução de um “cotonete”), para que seja avaliado se há o crescimento desta bactéria.
Quais procedimentos devem ser adotados se houver o diagnóstico positivo?
Independentemente de o paciente estar infectado ou colonizado no ambiente hospitalar, ele será isolado em um quarto, as visitas serão restringidas, os profissionais da área saúde que o atenderem usarão medidas de barreira como avental e luvas que deverão ser desprezados antes de saírem do quarto do paciente. Se possível, estes profissionais não deverão prestar atendimento a pacientes não infectados ou colonizados, para não contaminá-los também.
Como é o tratamento?
A maioria das amostras de KPC encontradas até agora são sensíveis aos antibióticos como aminoglicosídeos, polimixinas e tigeciclinas. Porém, existe o risco de a bactéria desenvolver resistência a estas drogas, ou de o gene ser adquirido por uma espécie bacteriana que é naturalmente resistente à tigeciclina ou às polimixinas.
Os hospitais devem fazer exames específicos nas pessoas em geral?
Não, uma vez que não existem casos de infecção fora dos quadros de risco descritos no país.
Como posso me prevenir?
A lavagem das mãos, com sabão ou álcool gel, é a medida mais simples, mais barata e mais eficaz no controle da disseminação de das bactérias. Além disso, os profissionais de saúde devem manter todo o protocolo de medidas preventivas.
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Pseudomonas
Bactérias Pseudomonas são as bactérias do gênero Pseudomonas de gama proteobactérias. Este tipo de bactérias é frequentemente infeccioso e tem muitas características em comum com outras bactérias patogénicas. Elas ocorrem muito vulgarmente em água e em alguns tipos de sementes de plantas e, por esta razão, foram observadas muito cedo na história da microbiologia . O nome Pseudomonas significa literalmente “falsa unidade”.
Bactérias Pseudomonas são de forma cilíndrica, como muitas outras estirpes bacterianas, e são Gram-negativas. Isto significa que, quando coradas com uma certa de corante vermelho-violeta de acordo com o protocolo de coloração de Gram, não reter a cor do corante depois de ser lavado. Este fato dá pistas importantes sobre a estrutura da parede celular da bactéria Pseudomonas. Isso mostra que ele é resistente a alguns tipos de antibióticos, fato que está provando ser cada vez mais relevante.
Pseudomonas Aeruginosa
É o principal patógeno humano do grupo, podendo causar infecções oportunistas especialmente em pacientes imunocomprometidos, como vítimas de queimaduras, pacientes com câncer ou fibrose cística. Crescem facilmente mesmo em condições desfavoráveis aos outros microrganismos e possuem resistência intrínseca e adquirida aos antimicrobianos mais comuns, sendo causa freqüente de infecções nosocomiais.
É uma bactéria invasiva e toxigênica. O conhecimento das características da P. aeruginosa e de seus mecanismos de patogênese é muito importante para os profissionais de saúde.
Quem recebe esta infecção?
Pessoas no hospital pode obter esta infecção. Nos hospitais, a bactéria pode se espalhar através de equipamentos médicos, soluções de limpeza, e outros equipamentos. Eles podem até se espalhar através dos alimentos. Quando eles se espalharam para os pacientes que são fracos por causa da doença, cirurgia ou tratamento, podem causar infecções muito graves. Por exemplo, a pseudomonas é uma das principais causas de pneumonia em pacientes que estão em máquinas de respiração.
Vítimas de queimaduras e pessoas com perfurações podem ter infecções pseudomonas perigosos do sangue , osso, ou do trato urinário. A bactéria também pode entrar no corpo através de IV agulhas ou cateteres.
Estas bactérias, como ambientes úmidos, como banheiras de hidromassagem e piscinas piscinas, onde eles podem causar uma pele erupção ou ouvido de nadador.
Pessoas que usam lentes de contato pode levar a sério olho infecção se a bactéria entrar em suas soluções para lentes de contato. Isso pode acontecer se você não for cuidadoso sobre como manter suas lentes de contato e equipamentos estéreis.
Quais são os sintomas?
Os sintomas dependem da localização da infecção. Se está em uma ferida, pode haver exsudato verde-azulado ou em torno da área, obtendo um odor típico. Quando as infecções são em outras partes do corpo, você pode ter uma febre e sensação de cansaço.
Como é uma infecção tratada?
Os antibióticos são o tratamento principal. Pode ser difícil encontrar o antibiótico certo, porque as bactérias são resistentes a muitos destes medicamentos.
Em alguns casos, a cirurgia é utilizada para remover o tecido infectado.
Como você pode evitar ficar ou espalhar a infecção?
Como as bactérias mais resistentes a antibióticos podem desenvolver, os hospitais estão tomando cuidado extra para a prática de controle de infecção. Isso inclui freqüente lavagem das mãos e isolar pacientes que estão infectados.
Aqui estão alguns outros passos que você pode tomar para se proteger:
Boas práticas de higiene:
Mantenha as mãos limpas, lavando-as com frequência e bem. Lavar as mãos é a melhor maneira de evitar os germes se espalhando. Você pode usar sabão e água corrente limpa ou um desinfetante para as mãos à base de álcool.
Mantenha cortes e arranhões limpos e cobertos com uma bandagem. Evite o contato com feridas ou curativos de outras pessoas.
Não compartilhe objetos pessoais, como toalhas ou lâminas de barbear.
Seja inteligente sobre antibióticos:
Sabemos que os antibióticos podem ajudar quando uma infecção é causada por bactérias. Mas eles não podem curar infecções provocadas por um vírus. Sempre pergunte ao médico se os antibióticos são o melhor tratamento.
Sempre tomar todo o seu antibiótico como prescrito. Usando apenas uma parte do medicamento pode fazer com que as bactérias resistentes aos antibióticos, para se desenvolver.
Não guarde todos os antibióticos. E não use os que foram prescritos para outra pessoa.
Se você estiver no hospital, lembre aos médicos e equipe de enfermagem para lavar as mãos antes de tocar em você.
Se você tiver uma infecção por pseudomonas, você pode manter a propagação da bactéria:
Cubra o ferimento com curativos limpos e secos. Siga as instruções do médico sobre como cuidar de seu ferimento.
Mantenha as mãos limpas. Você, sua família e outras pessoas com quem você está em contato próximo devem lavar as mãos com frequência, especialmente depois de trocar um curativo ou tocar em uma ferida.
Não compartilhar toalhas, panos, lâminas de barbear, roupas ou outros itens que possam ter tido contato com a ferida ou uma bandagem. Lave as folhas, toalhas e roupas com água morna e detergente, e seque-as em um secador quente, se possível.
Manter o ambiente limpo, usando um desinfetante para limpar todas as superfícies você tocar muitas vezes (como bancadas, maçanetas e interruptores de luz).
CUIDADOS COM O PACIENTE COLONIZADO
Reforçar as orientações sobre higienização das mãos, reconhecida como a principal medida para reduzir a disseminação de patógenos no ambiente hospitalar. As recomendações da OMS para a higienização das mãos englobam cinco indicações, sendo justificadas pelos riscos de transmissão de micro-organismos.
– Para a maior parte dos pacientes colonizados/infectados por MR devem ser adotadas precauções de contato e mantido o uso de máscara cirúrgica na situação de possibilidade de respingos, assim como os demais EPIs recomendados para manter precauções padrão.
– Manter o paciente em quarto privativo, quando não for possível, deve-se providenciar uma Área Isolada ou Coorte conforme recomendação do manual de Prevenção de Transmissão de Agentes Infecciosos no Ambiente Hospitalar.
– Colocar na porta do quarto ou em local próximo ao leito do paciente a Ficha com Instrução para as Precauções Anti-infecciosas a serem adotadas e também a placa de identificação de MR na cabeceira do leito;
– Materiais e equipamentos para aferir sinais vitais (termômetros, estetoscópio e esfigmomanômetro) devem ser de uso exclusivo do paciente, devendo realizar a desinfecção com álcool a 70% diariamente. Após a alta do paciente devem ser:
1 – Antes do contato com o paciente;
2 – Antes da realização de procedimento asséptico;
3 – Após a exposição a fluídos corpóreos;
4 – Após contato com o paciente;
5 – Após contato com o ambiente próximo ao paciente;
Para a maior parte dos pacientes colonizados/infectados por MR devem ser adotadas precauções de contato e mantido o uso de máscara cirúrgica na situação de possibilidade de respingos, assim como os demais EPIs recomendados para manter precauções padrão.
– Manter o paciente em quarto privativo, quando não for possível, deve-se providenciar uma Área Isolada ou Coorte conforme recomendação do manual de Prevenção de Transmissão de Agentes Infecciosos no Ambiente Hospitalar.
– Colocar na porta do quarto ou em local próximo ao leito do paciente a Ficha com Instrução para as Precauções Anti-infecciosas a serem adotadas e também a placa de identificação de MR na cabeceira do leito.
– Materiais e equipamentos para aferir sinais vitais (termômetros, estetoscópio e esfigmomanômetro) devem ser de uso exclusivo do paciente, devendo realizar a desinfecção com álcool a 70% diariamente. Após a alta do paciente devem ser submetidos à rigorosa limpeza e desinfecção, inclusive encaminhar a braçadeira esfigmomanômetro de tecido para a lavanderia.
– Não fazer estoque de materiais (pacotes gazes, compressas, esparadrapos, fitas,…) no quarto do paciente, pois os mesmos no final de isolamento devem ser desprezados quando alta, transferencia externa e óbito. Nos casos de transferências internas (ex. UTIs p/ enfermarias) encaminhar com o paciente.
– Manter a disponibilidade dos EPIs recomendados (luvas de procedimento, avental descartável e máscara), para serem dispostos próximo à enfermaria do paciente, se possível utilizando uma mesa auxiliar, garantindo acondicionamento adequado dos mesmos.
– Manter a disponibilidade de sabão com Clorhexidine para higienização das mãos nas pias próximas ao local de alojamento do paciente com MR.
– Orientar o paciente, seus acompanhantes e os profissionais do setor sobre as precauções necessárias.
– Escalar profissional da equipe de enfermagem exclusivo para atender especificamente este paciente, quando possível.
– Orientar os profissionais das áreas de apoio, que realizam atendimento na área de internação do paciente, sobre a necessidade de utilizar as precauções recomendadas e garantir a rigorosidade na higienização das mãos.
Primeiros Socorros: Proteção contra Doenças Infecciosas
Doenças infecciosas ou contagiosas são aquelas que podem passar de uma pessoa para outra ou serem transmitidas de um animal ou do meio ambiente para uma pessoa.
Todos os fluidos corporais devem ser considerados infecciosos, incluindo saliva, sangue, secreções vaginais, sêmen, líquido amniótico (que envolve o feto no útero) e todos os outros fluidos corporais.
As infecções podem ser adquiridas e disseminadas pelo contato físico com sangue e outros fluidos corporais. As vítimas podem transmitir doenças infecciosas se apresentarem qualquer uma das seguintes condições:
1. Erupções ou lesões na pele
2. Ferimentos abertos
3. Diarreia
4. Vômitos
5. Tosse ou espirros
6. Ferimentos que drenam secreções
7. Sudorese intensa
8. Dor abdominal
9. Dor de cabeça com torcicolo (suspeitar de meningite)
10. Pele ou olhos amarelados (suspeitar de hepatite)
Para proteção, é necessária a realização de alguns cuidados. Seguindo as diretrizes, promoveremos a prevenção do contato com sangue, fluidos corporais, secreções, feridas, gotículas de saliva e mordidas.
1. Devemos nos certificar que seus calendários vacinais estejam atualizados;
são elas: BCG (contra tuberculose), hepatite B, DTP + Hib (contra difteria, tétano, coqueluche e meningite), VOP (contra poliomielite – paralisia infantil), VORH (contra diarréia), febre amarela e SRC (contra sarampo, rubéola e caxumba).
2. Preconiza-se o uso de luvas de látex descartáveis sempre que entrar em
contato com uma vítima. Não devemos usar luvas que estejam descoloridas, frágeis,
furadas ou rasgadas.
3. Se houver extravasamento de algum fluido corporal da vítima, devemos limpá-Ia e lavá-Ia com água corrente e sabão.
4. Retirar pelo avesso uma das luvas contaminadas; segurar o lado de dentro da segunda luva com a mão oposta, evitando tocar a superfície contaminada.
5. Lavar abundantemente as mãos com água e sabão assim que concluir o atendimento, mesmo se estiver usando luvas.
6. Evitar tocar na boca, nariz, olhos ou itens pessoais (como pente, chaves do carro ou alimentos) antes de lavar as mãos.
7. Caso o socorrista apresente qualquer ferimento, é importante cobri-la antes do atendimento com roupa de proteção.
8. Se possível, utilizar uma máscara de bolso (insuflador descartável) ao
aplicar respiração boca a boca.
9. Se houver risco significativo de contato com fluidos corporais, devem-se
utilizar roupas de proteção adicional descartáveis, como máscara facial, óculos de
proteção e avental.
10. Relatar todos os incidentes de exposição a fluidos corporais.
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