Prova do Laço

A prova do laço deve ser realizada em pacientes com suspeita clínica de dengue que não apresentem sinais clínicos de sangramento. A prova deverá ser repetida no acompanhamento clínico do paciente apenas se previamente negativa.

A prova do laço positiva pode reforçar a hipótese de dengue e aponta para uma necessidade de maior atenção ao paciente.

Entretanto, é importante ressaltar que a prova do laço não confirma e nem exclui o diagnóstico de dengue.

Este exame pode também ser conhecido como prova do torniquete, prova de Rumpel-Leede ou simplesmente teste de fragilidade capilar, e faz parte das recomendações da Organização Mundial de Saúde para o diagnóstico de dengue, apesar de nem sempre este exame ser positivo nas pessoas com dengue.

É por esse motivo que, após o resultado positivo se deve fazer um exame de sangue que confirme a presença do vírus.

Como identifica o risco de sangramento, a prova do laço não precisa ser utilizada quando já existem sinais de hemorragia, como sangramento nas gengivas e nariz ou presença de sangue urina.

Além disso, a prova do laço pode apresentar falsos resultados em situações como uso de aspirina, corticoides, fase de pré ou pós-menopausa, ou quando existe queimadura solar, por exemplo.

Como realizar a Prova do Laço?

  • Medir a pressão arterial
  • Insuflar novamente o manguito até o ponto médio entre a pressão arterial máxima e mínima;
  • Manter o manguito insuflado por 5 minutos em adultos e 3 minutos em crianças;
  • Soltar o ar do manguito, retirá-lo do braço do paciente e procurar por petéquias no antebraço, abaixo da prega do cotovelo;
  • Escolher o local de maior concentração de petéquias e marcar um quadrado com 2,5 cm de lado;
  • Contar o número de petéquias dentro do quadrado;
  • Considerar positiva quando houver 20 ou mais petéquias em adultos e 10 ou mais em crianças.

Para que serve o exame?

A prova do laço é conhecida principalmente para ajudar no diagnóstico de dengue, no entanto, como testa a fragilidade dos vasos, também pode ser usada quando se desconfia de outras doenças que podem causar hemorragias, como:

  • Escarlatina;
  • Trombocitopenia;
  • Hemofilia;
  • Doenças no fígado;
  • Anemia.

Uma vez que a prova do laço pode dar positivo em várias situações, após saber o resultado é sempre recomendado fazer outros teste de diagnóstico, começando por exames de sangue, por exemplo.

Referência:

  1. Ministério da Saúde. Dengue: diagnóstico e manejo clínico – adulto e criança. 5.ed. Brasília: 2016. 10-11.

Coronavírus: Tudo o que você precisa saber (Com fontes seguras)

Um assunto tanto quanto sério, exige que nós busquemos por fontes seguras, como o Ministério da Saúde! Antes de compartilhar informações, verifique a veracidade das informações!

O que é o CORONAVÍRUS (COVID-19)?

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China. Provoca a doença chamada de coronavírus (COVID-19).

Você sabia?

Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937!

No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

A maioria das pessoas se infectam com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

Como é transmitido o COVID-19?

As investigações sobre as formas de transmissão do coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por gotículas respiratórias ou contato, está ocorrendo.

Qualquer pessoa que tenha contato próximo (cerca de 1m) com alguém com sintomas respiratórios está em risco de ser exposta à infecção.

É importante observar que a disseminação de pessoa para pessoa pode ocorrer de forma continuada.

Alguns vírus são altamente contagiosos (como sarampo), enquanto outros são menos. Ainda não está claro com que facilidade o coronavírus se espalha de pessoa para pessoa.

Apesar disso, a transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como:

  • gotículas de saliva;
  • espirro;
  • tosse;
  • catarro;
  • contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
  • contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Os coronavírus apresentam uma transmissão menos intensa que o vírus da gripe.

O período médio de incubação por coronavírus é de 5 dias, com intervalos que chegam a 12 dias, período em que os primeiros sintomas levam para aparecer desde a infecção.

A transmissibilidade dos pacientes infectados por SARSCoV é em média de 7 dias após o início dos sintomas. No entanto, dados preliminares do coronavírus (SARS-CoV-2) sugerem que a transmissão possa ocorrer mesmo sem o aparecimento de sinais e sintomas.

Até o momento, não há informações suficientes de quantos dias anteriores ao início dos sinais e sintomas uma pessoa infectada passa a transmitir o vírus.

Como posso prevenir essa disseminação?

O Ministério da Saúde está orientando os cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.
  • Ficar em casa quando estiver doente.
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.

Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).

Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.

Como é diagnosticado?

O diagnóstico do coronavírus é feito com a coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro). É necessária a coleta de duas amostras na suspeita do coronavírus.

As duas amostras serão encaminhadas com urgência para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen).

Uma das amostras será enviada ao Centro Nacional de Influenza (NIC) e outra amostra será enviada para análise de metagenômica.

Para confirmar a doença é necessário realizar exames de biologia molecular que detecte o RNA viral. O diagnóstico do coronavírus é feito com a coleta de amostra, que está indicada sempre que ocorrer a identificação de caso suspeito. 

Orienta-se a coleta de aspirado de nasofaringe (ANF) ou swabs combinado (nasal/oral) ou também amostra de secreção respiratória inferior (escarro ou lavado traqueal ou lavado bronca alveolar).

Os casos graves devem ser encaminhados a um Hospital de Referência para isolamento e tratamento. Os casos leves devem ser acompanhados pela Atenção Primária em Saúde (APS) e instituídas medidas de precaução domiciliar.

Há tratamento?

Não existe tratamento específico para infecções causadas por coronavírus humano. No caso do coronavírus é indicado repouso e consumo de bastante água, além de algumas medidas adotadas para aliviar os sintomas, conforme cada caso, como, por exemplo:

  • Uso de medicamento para dor e febre (antitérmicos e analgésicos).
  • Uso de umidificador no quarto ou tomar banho quente para auxiliar no alívio da dor de garanta e tosse.

Assim que os primeiros sintomas surgirem, é fundamental procurar ajuda médica imediata para confirmar diagnóstico e iniciar o tratamento.

Todos os pacientes que receberem alta durante os primeiros 07 dias do início do quadro (qualquer sintoma independente de febre), devem ser alertados para a possibilidade de piora tardia do quadro clínico e sinais de alerta de complicações como: aparecimento de febre (podendo haver casos iniciais sem febre), elevação ou reaparecimento de febre ou sinais respiratórios, taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), dor pleurítica (dor no peito), fadiga (cansaço) e dispnéia (falta de ar).

Se você viajou para a China nos últimos 14 dias e ficou doente com febre, tosse ou dificuldade de respirar, deve procurar atendimento médico imediatamente e informar detalhadamente o histórico de viagem recente e seus sintomas.

Como é definido um caso suspeito de coronavírus?

Diante da confirmação de caso do coronavírus no Brasil e considerando a dispersão do vírus no mundo. A Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde informa que a partir de 01 de março de 2020, passa a vigorar as seguintes definições operacionais para a saúde pública nacional.

1. CASO SUSPEITO DE DOENÇA PELO CORONAVÍRUS 2019 (COVID-19)

  • Situação 1 – VIAJANTE: pessoa que apresente febre E pelo menos um dos sinais ou sintomas respiratórios (tosse, dificuldade para respirar, produção de escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta, coriza, saturação de O2 < 95%, sinais de cianose, batimento de asa de nariz, tiragem intercostal e dispneia) E com histórico de viagem para país com transmissão sustentada OU área com transmissão local nos últimos 14 dias (figura 1); OU
  •  Situação 2 – CONTATO PRÓXIMO: Pessoa que apresente febre OU pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, produção de escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta, coriza, saturação de O2 < 95%, sinais de cianose, batimento de asa de nariz, tiragem intercostal e dispneia) E histórico de contato com caso suspeito ou confirmado para COVID-19, nos últimos 14 dias.

2. CASO PROVÁVEL DE DOENÇA PELO CORONAVÍRUS 2019 (COVID-19)

  • Situação 3 – CONTATO DOMICILIAR: Pessoa que manteve contato domiciliar com caso confirmado por COVID-19 nos últimos 14 dias E que apresente febre OU pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, produção de escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta, coriza, saturação de O2 < 95%, sinais de cianose, batimento de asa de nariz, tiragem intercostal e dispneia). Nesta situação é importante observar a presença de outros sinais e sintomas como: fadiga, mialgia/artralgia, dor de cabeça, calafrios, manchas vermelhas pelo corpo, gânglios linfáticos aumentados, diarreia, náusea, vômito, desidratação e inapetência

3. CASO CONFIRMADO DE DOENÇA PELO CORONAVÍRUS 2019 (COVID-19)

  • LABORATORIAL: Caso suspeito ou provável com resultado positivo em RT-PCR em tempo real, pelo protocolo Charité.
  • CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO: Caso suspeito ou provável com histórico de contato próximo ou domiciliar com caso confirmado laboratorialmente por COVID-19, que apresente febre OU pelo menos um dos sinais ou sintomas respiratórios, nos últimos 14 dias após o contato, e para o qual não foi possível realizar a investigação laboratorial específica.

4. OBSERVAÇÕES

  • FEBRE: Considera-se febre aquela acima de 37,8°.

Alerta-se que a febre pode não estar presente em alguns casos como, por exemplo, em pacientes jovens, idosos, imunossuprimidos ou que em algumas situações possam ter Boletim Epidemiológico utilizado medicamento antitérmico. Nestas situações, a avaliação clínica deve ser levada em consideração e a decisão deve ser registrada na ficha de notificação.

 

  • CONTATO PRÓXIMO DE CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE COVID-19:
    • Uma pessoa que teve contato físico direto (por exemplo, apertando as mãos);
    • Uma pessoa que tenha contato direto desprotegido com secreções infecciosas (por exemplo, sendo tossida, tocando tecidos de papel usados com a mão nua);
    • Uma pessoa que teve contato frente a frente por 15 minutos ou mais e a uma distância inferior a 2 metros;
    • Uma pessoa que esteve em um ambiente fechado (por exemplo, sala de aula, sala de reunião, sala de espera do hospital etc.) por 15 minutos ou mais e a uma distância inferior a 2 metros; ○ Um profissional de saúde ou outra pessoa que cuida diretamente de um caso COVID-19 ou trabalhadores de laboratório que manipulam amostras de um caso COVID-19 sem equipamento de proteção individual recomendado (EPI) ou com uma possível violação do EPI;
    • Um passageiro de uma aeronave sentado no raio de dois assentos (em qualquer direção) de um caso confirmado de COVID-19, seus acompanhantes ou cuidadores e os tripulantes que trabalharam na seção da aeronave em que o caso estava sentado
  • CONTATO DOMICILIAR DE CASO SUSPEITO OU CONFIRMADO DE COVID-19:
    • Uma pessoa que reside na mesma casa/ambiente. Devem ser considerados os residentes da mesma casa, colegas de dormitório, creche, alojamento, etc.

A avaliação do grau de exposição do contato deve ser individualizada, considerando-se, o ambiente e o tempo de exposição.

Qualquer hospital pode receber paciente com coronavírus?

Para um correto manejo clínico desde o contato inicial com os serviços de saúde, é preciso considerar e diferenciar cada caso.

Os casos graves devem ser encaminhados a um Hospital de Referência estadual para isolamento e tratamento.

Os casos suspeitos leves podem não necessitar de hospitalização, sendo acompanhados pela Atenção Primária e instituídas medidas de precaução domiciliar. Porém, é necessário avaliar cada caso.

Acesse aqui a lista dos hospitais que prestam atendimento.

Acesse aqui a lista de Unidades de Básicas de Saúde que prestam atendimento em seu município.

Cofen publica nota técnica sobre o coronavírus

Considerando o papel do Conselho Federal de Enfermagem, sua responsabilidade com os profissionais de Enfermagem do país e as questões do atual cenário epidemiológico desenhado pelo novo coronavírus (COVID-19), vem por meio desta NOTA TÉCNICA manifestar-se.

Os coronavírus causam infecções respiratórias em seres humanos e em animais. Geralmente, são doenças respiratórias leves a moderadas, semelhantes a um resfriado comum. Já o novo coronavírus, é uma nova cepa do vírus (COVID-19) que foi notificada em humanos pela primeira vez na cidade de Wuhan, na província de Hubei, na China. E, no início de janeiro, o COVID-19 foi identificado como o vírus causador pelas autoridades chinesas.

Em 30 de janeiro de 2020, após reunião com especialistas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) em razão da disseminação do COVID-19.

Em 3 de fevereiro de 2020, o Ministério da Saúde do Brasil declarou Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) em decorrência da infecção humana pelo COVID-19, por meio da Portaria MS n° 188/2020. O país, bem como outros estados membros da OMS, está monitorando o surgimento de casos, comportamento da doença e as orientações quanto as medidas para sua minimização e propagação.

Até o momento, o que há disponível sobre COVID-19 ainda é limitado. O modo exato de transmissão e os possíveis reservatórios não foram confirmados. A história natural desta doença está sendo construída, bem como as evidências epidemiológicas e clínicas ainda estão sendo descritas. Vale enfatizar, portanto, que as medidas adotadas devem ser proporcionais e restritas aos riscos vigentes, visto que não há vacina ou medicamento específico disponível para o novo coronavírus, para o qual o tratamento é de suporte e inespecífico.

Os sinais e sintomas clínicos do COVID-19 são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado. Podem, também, causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias graves resultando em mortes. Sua letalidade, porém, é inferior quando comparada a de outros agentes causadores de doenças respiratórias agudas.

Destaca-se a relevância da Enfermagem na detecção e avaliação dos casos suspeitos, não apenas em razão de sua capacidade técnica, mas também por constituírem-se no maior número de profissionais da área da saúde, e serem a única categoria profissional que está nas 24 horas junto ao paciente.

A pluralidade da formação do enfermeiro e sua posição de liderança na equipe, coloca o profissional de enfermagem como protagonista para evitar a transmissão sustentada no território nacional.

Assim, ressalta-se para a equipe de Enfermagem, a importância da constante atualização do conhecimento, utilizando-se de fontes oficiais, garantindo a produção, a inserção ou divulgação de informação verídicas e confiáveis de acordo com o disposto na atual legislação profissional, principalmente no que tange às redes sociais, nas quais as notícias espalham-se rapidamente, sem qualquer cuidado com sua veracidade e autoria.

Ainda não está claro com que facilidade o COVID-19 se espalha de pessoa para pessoa. Todavia, sua transmissão costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo como toque ou aperto de mão ou contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

O vírus pode ficar incubado por duas semanas, período em que os primeiros sintomas levam para aparecer desde a infecção. O profissional de Enfermagem ao detectar casos suspeitos, deve realizar de imediato a notificação, visando colaborar com as medidas de vigilância e controle epidemiológico. Para tanto, é necessário o conhecimento das definições estabelecidas pelo Ministério da Saúde atualmente:

 

Caso suspeito de infecção humana pelo COVID-19

 Situação 1: Febre E pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, entre outros) E histórico de viagem para área com transmissão local, de acordo com a OMS, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas; OU

 Situação 2: Febre E pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, entre outros) E histórico de contato próximo de caso suspeito para o coronavírus (COVID-19), nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas; OU

 Situação 3: Febre OU pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, entre outros) E contato próximo de caso confirmado laboratorialmente para COVID-19, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas.

Além disso, considera-se que medidas preventivas devam ser intensificadas para que no inverno brasileiro a população possa estar menos suscetível ao vírus, considerando que neste período as pessoas tendem a ficar mais tempo em ambientes fechados, o que aumenta o risco de transmissão.

É imprescindível que os profissionais de enfermagem se vacinem contra a gripe, bem como estimulem a participação da sociedade nas campanhas de vacinação, pois, neste caso, especificamente a vacinação contra a gripe para os grupos prioritários, contribuirá no descarte de casos suspeitos, uma vez que os sintomas das duas doenças são parecidos e também  para que os serviços de saúde não fiquem sobrecarregados de pessoas com sintomas respiratórios.

Sendo assim, o CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM recomenda aos profissionais:

  • Realizar higiene das mãos antes e depois do contato com pacientes ou material suspeito e antes de colocar e remover os Equipamentos Proteção Individual (EPI);
  • Evitar exposições desnecessárias entre pacientes, profissionais de saúde e visitantes dos serviços de saúde;
  • Estimular a adesão às demais medidas de controle de infecção institucionais e dos órgãos governamentais (Anvisa, Secretarias e Ministério da Saúde);
  • Apoiar e orientar medidas de prevenção e controle para o COVID-19;
  • Reforçar a importância da comunicação e notificação imediata de casos suspeitos para infecção humana pelo COVID-19;
  • Manter-se atualizado a respeito dos níveis de alerta para poder intervir no controle e prevenção deste agravo;
  • Estimular a Equipe de Enfermagem a manter-se atualizada sobre o cenário global e nacional da infecção humana pelo COVID-19;
  • Orientar e apoiar o uso, remoção e descarte de Equipamentos de Proteção Individual para os profissionais da equipe de enfermagem de acordo com o protocolo de manejo clínico para a infecção humana pelo COVID-19, conforme recomendação da Anvisa.

 Conclusão

O Conselho Federal de Enfermagem reconhece a relevância de cada profissional de saúde envolvido no controle do novo Coronavírus (COVID-19), e reitera seu especial agradecimento aos profissionais de Enfermagem que, incansavelmente, atuam para assegurar a saúde a toda a população brasileira.

Ainda, ressalta-se a necessidade das instituições de saúde garantirem tanto a estrutura quanto os equipamentos e materiais necessários para o manejo de casos, garantindo aos profissionais de Enfermagem uma atuação segura e livre de riscos à sociedade, conforme estabelece o Código de Ética.

Cuidado com o FAKENEWS! Ministério da Saúde disponibiliza aplicativo sobre o Coronavírus

A fim de facilitar o acesso a informações sobre o Coronavírus Covid-19 e combater a propagação de notícias falsas, o Ministério da Saúde desenvolveu aplicativos com dicas de prevenção, descrição de sintomas, formas de transmissão, mapa de unidades de saúde e até uma lista de notícias falsas que foram disseminadas sobre o assunto.

Os aplicativos estão disponíveis para usuários dos sistemas operacionais iOS e Android:

Para baixar o app iOS clique aqui.

Para baixar o app Android clique aqui

Também com o objetivo de alertar e esclarecer a população sobre as Fake News que começaram a ser disseminadas sobre o tema, foi disponibilizado um número de WhatsApp para envio de mensagens da população para apuração pelas áreas técnicas do Ministério da Saúde e respondidas oficialmente se são verdade ou mentira.

Qualquer cidadão poderá enviar gratuitamente mensagens com imagens ou textos que tenha recebido nas redes sociais para confirmar se a informação procede, antes de continuar compartilhando. O número é (61) 99289-4640.

PROCURE SEMPRE POR FONTES SEGURAS!

FONTES: https://coronavirus.saude.gov.br/

http://www.cofen.gov.br/cofen-publica-nota-tecnica-sobre-o-coronavirus_77070.html

https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/coronavirus#transmissao

http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/ACS/NotaTecnicaCoronavirus.pdf

https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/coronavirus

https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2020/fevereiro/07/BE-COE-Coronavirus-n020702.pdf

http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271858/Nota+T%C3%A9cnica+n+04-2020+GVIMS-GGTES-ANVISA/ab598660-3de4-4f14-8e6f-b9341c196b28

https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2020/fevereiro/11/protocolo-manejo-coronavirus-FINAL.pdf

Atualização (12/3): Cofen publica nota de esclarecimento sobre o Coronavírus (COVID-19)

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Filariose Linfática (Elefantíase)

A Filariose Linfática ou Filaríase é uma doença parasitária, também conhecida como Elefantíase, causada por um nematódeo, Wuchereria bancrofti, que vive no sistema linfático dos indivíduos infectados, apresentando diversas manifestações clínicas. A doença ocorre através da picada de um mosquito infectado, que transmite as larvas do parasita para o ser humano.

Como se manifesta?

Através dos edemas (acúmulo anormal de líquido) de membros, seios e bolsa escrotal, que podem levar a pessoa à incapacidade.

Em casos mais graves, algumas complicações podem surgir. O parasita bloqueia os vasos linfáticos, afetando a circulação do indivíduo.

E os Sintomas?

Os sintomas mais comuns da Filariose Linfática são:

  • acúmulo anormal de líquido (edema) nos membros, seios e bolsa escrotal;
  • aumento do testículo (hidrocele);
  • crescimento ou inchaço exagerado dos membros, seios e bolsa escrotal.

Como é feito o Diagnóstico?

Deve ser bem específico e detalhado, para descartar a hipótese de outras doenças. Os testes laboratoriais que comprovam a presença do verme parasita causador da doença são:

  • exame direto em lâmina;
  • hemoscopia positiva;
  • testes imunológicos, especialmente apoiados em cartões ICT;
  • ultrassonografia, que pode demonstrar a presença de filarias nos canais linfáticos.

Como Ocorre a Transmissão?

Se dá basicamente pela picada do mosquito Culex quiquefasciatus (pernilongo ou muriçoca) infectado com larvas do parasita. Após a penetração na pele, por meio da picada do mosquito, as larvas infectantes migram para região dos linfonodos (gânglios), onde se desenvolvem até a fase adulta.

Havendo o desenvolvimento de parasitos de ambos os sexos, haverá também a reprodução deles, com eliminação de grande número de microfilárias para a corrente sangüínea, o que propiciará a infecção de novos mosquitos, iniciando-se um novo ciclo de transmissão.

Como é tratado?

Orienta-se que devido à Filariose Linfática estar em vias de eliminação no Brasil, seja realizada a identificação morfológica do parasito (classificação da espécie filarial) antes do tratamento específico com a Dietilcarbamazina. O procedimento de identificação morfológica se dá por meio do encaminhamento de material biológico para o Laboratório do Serviço de Referência Nacional em Filarioses (SRNF) no Instituto Aggeu Magalhaes (IAM) Fiocruz/Pernambuco.

A droga de escolha é a Dietilcarbamazina (DEC) na forma de comprimidos de 50mg da droga ativa. Sua administração é por via oral e apresenta rápida absorção e baixa toxicidade. Esta droga tem efeito micro e macro filaricida, com redução rápida e profunda da densidade das microfilárias no sangue.

Alguns Cuidados de Enfermagem

  • Estimular o paciente a participar do programa de tratamento;
  • Higiene diária do membro afetado com água e sabão comum, objetivando a prevenção e a cura das portas de entrada, principalmente as interdigitais;
  • Tratamento tópico das lesões com cremes antibióticos e/ou antifúgicos pode ser necessário, principalmente em pacientes com doença mais avançada;
  • Medidas de melhoramento do retorno linfático e venoso que incluem a fisioterapia ativa e a drenagem postural (noturna e diurna);
  • A importância o uso de compressas frias no local afetado até o desaparecimento da dor, o repouso, a elevação do membro afetado e a antibioticoterapia sistêmica (oral ou parenteral, dependendo da severidade do quadro clínico), principalmente nas primeiras 48 horas após o início do quadro agudo.