A Queimadura é toda lesão provocada pelo contato direto...
Atenção Hospitalar
PCR Vs RCP: Entenda as Diferenças
No Brasil, as doenças cardiovasculares são responsáveis por 35% das mortes, resultando em 300 mil óbitos por ano, segundo dados do Ministério da Saúde.
Dessas mortes, 200 mil ocorrem devido a parada cardiorrespiratória, daí a importância da população como um todo saber o que fazer frente a uma situação dessas, onde a rapidez no atendimento está diretamente ligada à chance de sobrevivência da vítima.
Entenda as Diferenças
A PCR, ou parada cardiorrespiratória, é a interrupção da circulação e dos movimentos respiratórios.
A Reanimação Cardiopulmonar (RCP) consiste no procedimento que visa tentar reverter a PCR.
É uma técnica utilizada para restaurar artificialmente a circulação e as trocas gasosas nos pulmões, condições fundamentais para manter o cérebro e, consequentemente, os neurônios (que são as células nervosas sensíveis à falta de oxigênio) vivos.
Para se iniciar o atendimento de Reanimação Cardiopulmonar é necessário primeiramente fazer a detecção da mesma, onde devem ser seguidos os seguintes passos:
Colocar o paciente em uma superfície rígida (preferencialmente no chão), com o tórax voltado para cima. Se posicionar ao lado da vítima, com um dos joelhos flexionados e testar a sua responsividade, ou seja, verificar se a vítima está consciente ou não.
Feito isso, deve-se verificar se a vítima possui movimentos respiratórios, observando com cautela se o seu tórax se movimenta ou se sente a saída de ar pelas suas narinas.
Depois, se investiga a presença de pulso no pescoço da vítima, compatível com o local anatômico em que se encontra a artéria carótida, lateralmente ao pomo de adão, em ambos os lados do pescoço.
Após evidenciar que a vítima se encontra sem responsividade, sem respiração e sem pulso, já se pode iniciar a RCP.
Se estivermos com outra pessoa, esse é o momento de pedir a ela para ligar para o SAMU (192), ou para os Bombeiros (193), relatar que existe um paciente em parada cardiorrespiratória e que é necessário a presença deles com um aparelho desfibrilador.
Para o inicio das manobras de RCP, devem ser tomados os seguintes cuidados:
Com os dois joelhos no chão e posicionados perpendicularmente à vítima, o socorrista irá colocar uma de suas mãos em cima da outra, entrelaçando-as. Com os braços retificados, irá posicionar suas mãos entre os mamilos da vítima bem em cima do esterno, o osso que une as costelas que se encontra no centro do tórax. A partir daí, com a base da mão que se encontra entrelaçada, irá iniciar 30 compressões, intercaladas com 2 ventilações (respiração boca a boca por exemplo), e assim sucessivamente, até que o resgate chegue.
Um fato importante a ser lembrado é que as compressões devem ser realizadas a um número MÍNIMO de 100 por minuto, e se o socorrista estiver sozinho, as massagens cardíacas devem ser priorizadas em detrimento das ventilações.
O atendimento de uma parada cardiorrespiratória, feito de maneira rápida e adequada, pode significar a diferença entre vida e morte de um paciente. E quanto maior o número de pessoas que tiverem acesso a essas técnicas e informações, maiores serão as chances de sobrevivência e preservação da vida, que é nosso bem maior.
Referências:
Guidelines 2000 for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care – International Consensus on Science. Circulation 2000; 102(8 suppl).
Dorian P, Cass D, Schwartz B. et al. Amiodarone as compared with lidocaine for shock –resistant ventricular fibrillation. New England Journal Medicine 2002; 46:884-90.
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Xavier L, Kern K. Cardiopulmonary Resuscitation Guidelines 2000 update: what’s happened since? Current Opinion Critical Care 2003; 9:218-21.
Rea T, Paredes V. Quality of life and prognosis among survivors of out-of hospital cardiac arrest. Current Opinion Critical Care 2004; 10(3):218-23.
Holzer M, Bernard S, Idrissi S. et al. Hypotermia for neuroprotection after cardiac arrest: systematic review and individual patient data meta-analysis. Critical Care Medicine 2005; 33(2):414-8.
Koko A, Thwe H. Vasopressin for cardiac arrest: a systematic review and metanalysis. Archives Internal Medicine 2005; 165:17-24.
2010 American Heart Association Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care Science 2010; 122(Issue 18 suppl 3).
Stub D, Bernard S, Duffy SJ et al. Post cardiac arrest syndrome: a review of therapeutic strategies. Circulation 2011; 123:1428-35.
O Livro de Ocorrências da Enfermagem
O Livro de Ocorrência é um mecanismo de comunicação entre os profissionais de enfermagem, utilizado como documento de respaldo legal para o cliente, para o profissional e para a instituição e para anotar informações ou intercorrências nos plantões, tendo como objetivo padronizar o preenchimento do livro de ocorrências pela enfermagem.
O livro deve ser disponibilizado como um Livro Ata, onde o profissional deve dispor de canetas azul/vermelho (conforme plantão diurno ou noturno), e seu carimbo profissional para registrar o acontecimento.
Responsabilidade
Enfermeiro.
Como são os passos do preenchimento?
Registrar no livro de ocorrênciasfatos ocorridos que interferem na qualidade da assistência, como por exemplo:
Atrasos de colegas;
Faltas justificadas e não justificadas;
Problemas relacionados a atividade profissional;
Intercorrências ocorridas com a equipe médica e/ou multiprofissional;
Inconsistências encontradas em prontuários (exemplo: letra Ilegível, falta de dados do usuário e carimbos de cabeça para baixo).
Atritos ocorridos na relação interpessoal com usuários e/ou acompanhantes, colegas de trabalho entre outros;
Interrupções ocorridas na passagem de plantão prejudicando o andamento da mesma;
Outras ocorrências relevantes que possam causar prejuízo a qualidade da assistência. (Uso do carro de emergência, materiais avariados ou não encontrados na unidade como: bomba de infusão, esfigmomanômetro, glicosímetro, termômetros, suportes de soro, biombo, cama etc);
Anotar pendencias do plantão;
Comunicar a Chefia Imediata a necessidade de dar vistos no livro de Ocorrências;
A Queda é o deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial, provocado por circunstâncias multifatoriais, resultando ou não em dano.
Considera-se queda quando o paciente é encontrado no chão ou quando, durante o deslocamento, necessita de amparo, ainda que não chegue ao chão.
A queda pode ocorrer da própria altura, da maca/cama ou de assentos (cadeira de rodas, poltronas, cadeiras, cadeira higiênica, banheira, trocador de fraldas, bebê conforto, berço etc.), incluindo vaso sanitário.
Com relação aos fatores ambientais e organizacionais, podem ser citados: pisos desnivelados, objetos largados no chão, altura inadequada da cadeira, insuficiência e inadequação
dos recursos humanos.
Quedas de pacientes contribuem para aumentar o tempo de permanência hospitalar e os custos assistenciais, geram ansiedade na equipe de saúde, além de produzir repercussões na credibilidade da instituição e repercussões de ordem legal. Pode ter como complicações comuns, contusões ou fraturas, lesões cortantes, sangramento/hematoma, dor, traumatismos, ansiedade, depressão e medo de cair de novo, incapacidade física e óbito.
Compreender a queda enquanto evento adverso e analisá-la atentamente, de modo multidisciplinar, é a melhor forma de prevenir seu acontecimento. A atenção com a segurança dos pacientes consiste ainda em fornecer métodos e instrumentos que subsidiem os profissionais na busca em elucidar a gênese desses eventos, assim como os possíveis fatores que contribuem para a sua ocorrência.
Frente ao exposto, da relevância do tema, justifica-se a importância este protocolo pela necessidade de prevenir a ocorrência da queda em pacientes hospitalizados, por meio de
ferramentas que permitem identificar precocemente as circunstâncias ou ações que influenciam ou poderiam influenciar o acontecimento deste incidente, o qual possibilita o planejamento da assistência ao paciente de acordo com sua necessidade e, assim, o profissional de saúde terá subsídios para definir estratégias adequadas para prevenir a sua ocorrência no ambiente ambulatorial ou hospitalar, tornando estes ambientes mais seguros e livre de danos.
Fatores de Risco
Idade avançada (80 anos ou mais);
Sexo feminino;
História prévia de quedas;
Imobilidade;
Baixa aptidão física;
Fraqueza muscular de membros inferiores;
Fraqueza do aperto de mão;
Equilíbrio diminuído;
Marcha lenta com passos curtos;
Dano cognitivo;
Doença de Parkinson;
Sedativos, hipnóticos, ansiolíticos e polifarmácia.
Atividades e comportamentos de risco e ambientes inseguros aumentam a probabilidade de cair, pois levam as pessoas a escorregar, tropeçar, errar o passo, pisar em falso, trombar, criando, assim, desafios ao equilíbrio.
Os riscos dependem da frequência de exposição ao ambiente inseguro e do estado funcional do idoso. Idosos que usam escada regularmente têm menor risco de cair que idosos que a usam esporadicamente.
Por outro lado, quanto mais vulnerável e mais frágil o idoso, mais suscetível aos riscos ambientais, mesmo mínimos. O grau de risco, aqui, depende muito da capacidade funcional. Como exemplo, pequenas dobras de tapete ou fios no chão de um ambiente são um problema importante para idosos com andar arrastado.
Manobras posturais e ambientais, facilmente realizadas e superadas por idosos saudáveis, associam-se fortemente a quedas naqueles portadores de alterações do equilíbrio e da marcha. Idosos fragilizados caem durante atividades rotineiras, aparentemente sem risco (deambulação, transferência), geralmente dentro de casa, num ambiente familiar e bem conhecido.
Avaliando e Identificando
A avaliação do risco de queda deve ser feita no momento da admissão do paciente, com o emprego da escala de MORSE, diariamente e também sempre que houver
transferências de setor, mudança do quadro clínico e episódio de queda durante a internação, ajustando as medidas preventivas implantadas.
Os pacientes serão classificados em Baixo, Moderado e Elevado Risco para queda, segundo a pontuação na escala de Morse.
Identificar o paciente com o risco para quedas utilizando sinalização visual à beira do leito, e pulseira de identificação de “Risco de Queda” a fim de alertar toda equipe de cuidado.
Intervenções
Cuidados relacionados ao ambiente
Não deixar o ambiente totalmente escuro (orientar usuário e familiares a utilizarem a luz auxiliar da enfermaria durante a noite);
Assegurar que os itens pessoais do usuário, assim como urinóis e comadres, estejam ao seu alcance;
Dispor de escada de dois degraus próximo ao leito, se a cama não for eletrônica;
Manter a unidade do usuário limpa e organizada, sem acúmulo de materiais e equipamentos desnecessários;
Manter o trajeto no quarto/enfermaria livre;
Manter grades das camas elevadas, independente do risco;
Manter camas baixas;
Solicitar ao acompanhante, caso este necessite se ausentar, que informe a equipe de enfermagem o período em que o usuário permanecerá sozinho;
Manter avisos para que não se permaneça atrás das portas quando as mesmas estiverem fechadas.
Cuidados relacionados à mobilidade
Toda a saída do leito deve ser orientada pela enfermagem ou com acompanhamento de membro da equipe multiprofissional;
Exercícios de marcha devem ser realizados apenas com acompanhamento do fisioterapeuta, com prescrição médica de fisioterapia motora;
Agendar os cuidados de higiene pessoal, troca de fraldas frequentes e programar horários regulares para levar o usuário ao banheiro;
Atentar para os calçados utilizados pelos usuários;
Utilizar barras de apoio nos banheiros e corrimão nas escadas;
Supervisão periódica para avaliação do conforto e segurança do usuário;
Avaliar o nível de dependência após instalação de dispositivos ou equipamentos;
Manter a grade distal ao profissional elevada no momento de mobilizações no leito;
Comunicar a equipe multiprofissional do risco de queda e as mudanças de classificações;
As equipes de diagnósticos devem ficar atentas aos usuários com pulseira amarela;
Evitar a locomoção do usuário em trajetos tumultuados, quando possível;
Utilizar muleta, andador e bengala, se for necessário, conforme orientação da fisioterapia;
Orientar os acompanhantes que as crianças não podem correr pelas dependências do quarto e do hospital;
Orientar o usuário/ou acompanhante sobre mudanças na prescrição medicamentosa que possam causar vertigens, tonturas, hipoglicemias e etc.
Cuidados relacionados à higiene e conforto
Orientar os usuários a utilizarem chinelos antiderrapantes durante o banho de aspersão, com ou sem auxílio da enfermagem;
Acomodar os usuários com necessidades especiais, no que se refere às eliminações, próximos ao banheiro;
Auxiliar ou dar banho de aspersão na cadeira de rodas no usuário com risco para queda, desde que não haja indicação de banho no leito;
Instruir usuários homens com risco para queda, quando forem utilizar o vaso sanitário, a sentarem.
Cuidados relacionados ao repouso
Assegurar que as camas permaneçam em posição mais baixa, com as rodas travadas e as grades elevadas;
Cuidados relacionados a cirurgias/procedimentos/Sedação/Anestesia
Informar o usuário e/ou família/responsável sobre o risco de queda relacionado ao efeito do sedativo e/ou anestésico;
Orientar o usuário e/ou acompanhante a levantar progressivamente (elevar a cabeceira 30°, sentar-se no leito com os pés apoiados no chão por 5 a 10 minutos, antes de sair da cama;
Sair do leito acompanhado pela enfermagem;
Se o usuário estiver no leito, permanecer com as 4 grades elevadas (pré-cirúrgico e POI);
O jejum por longo período deve ser levado em consideração, por exemplo, logo ao acordar ou em pré e pós-operatório;
Permanecer ao lado do usuário cirúrgico durante todo o momento de indução e reversão anestésica;
Permanecer ao lado da parturiente durante todo o período expulsivo;
Monitorar a reposição e os recursos de tração, em mesa cirúrgica, sempre que necessário;
Dispor um número adequado de profissionais para transferir o usuário da mesa cirúrgica para a cama, conforme avaliação do enfermeiro;
Manter as grades da cama elevadas durante a recuperação do processo anestésico.
OBSERVAÇÃO: Todas as medidas adotadas para previr queda devem ser registradas no prontuário do usuário.
Referências:
ALMEIDA, R.A.R.; ABREU C.C.F, MENDES, A.M.O.C. Quedas em doentes hospitalizados: contributos para uma prática baseada na prevenção. Rev. Enf. Ref.; v.3, n. 2, p. 2163 -72, 2010.
ABREU C; MENDES A; MONTEIRO J; SANTOS F.R. Falls in hospital settings: a longitudinal study. Rev. Lat. Am Enfermagem [online]; v. 20, n.3. p. 597-603, 2012
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Fiocruz. Programa Nacional de Segurança do Paciente. Protocolo Prevenção de Quedas [Internet]. Rio de Janeiro: ANVISA; 2013
CORREA A.D.; MARQUES I.A.B, MARTINEZ, M.C.; LAURINO, P.S.; LEÃO E.R.; CHIMENTÃO, D.M.N. Implantação de um protocolo para gerenciamento de quedas em hospital: resultados de quatro anos de seguimento. Rev Esc Enferm USP. v. 46, n. 1, p. 67-74, 2012.
O que faz um Maqueiro Hospitalar?
O maqueiro hospitalar é a célula importante do hospital, desde que o paciente chega até a sua volta para casa, os pacientes estão aos cuidados do maqueiro.
Os maqueiros são responsáveis por conduzir os pacientes, no interior da unidade, para os leitos, centro cirúrgico, bem como realização dos exames, transferências de pacientes.
Ele também mantém a higienização dos equipamentos, providencia macas, cadeiras de rodas entre outros serviços de extrema importância para a resolutividade dos casos.
Por que é importante ter um Maqueiro dentro de um Hospital?
A iniciativa tem como por finalidade facilitar o chamado feito pelos profissionais de saúde e tem como foco reduzir a espera pelo atendimento ao transporte, e diminuir os cancelamentos ou remarcações de procedimentos internos, causados pela demora no deslocamento dos pacientes internados.
Existem cursos preparatórios com noções básicas para maqueiros, para ter um preparo melhor mediante ao atendimento hospitalar.
Referência:
Vagas.com.br
O que deve conter no Prontuário Médico do Paciente?
A finalidade do Prontuário Médico
Conforme a resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) nº 1.638/2002, define que o prontuário médico como o documento único constituído de um conjunto de informações, sinais e imagens registradas, geradas a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada, de caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a continuidade da assistência prestada ao indivíduo.
Juridicamente, o prontuário, do latim prontuarium, designa toda a espécie de fichário ou livro de apontamentos, onde, devidamente classificada e em certa ordem, tem-se disposta uma série de informações que devam ser de pronto encontradas.
De acordo com o dicionário Aurélio, prontuário é “lugar onde se guardam ou depositam coisas das quais se pode necessitar a qualquer instante.
Conteúdo e organização dos prontuários
O prontuário do paciente deve ser único para cada indivíduo em cada hospital, reunindo registros de atendimentos ambulatoriais, de emergência e de internação.
Esses registros devem ser organizados de forma a garantir o pronto acesso às informações e, por esse motivo, recomenda-se a utilização de separadores para as diferentes áreas de atendimento (ambulatório, internação, CTI etc.) e o uso de formulários padronizados que contenham em destaque a identificação do paciente (nome e número) e a identificação do documento (nome do hospital, tipo de formulário).
Os documentos são arquivados na pasta em ordem cronológica inversa, ficando os mais recentes em evidência.
De acordo com o Conselho Federal de Medicina, devem fazer parte do prontuário pelo menos os seguintes itens: identificação do paciente (nome, data de nascimento, nome da mãe, sexo, naturalidade, endereço); anamnese e exame físico, exames complementares, hipóteses diagnósticas, diagnósticos definitivos e tratamento efetuado; evolução diária, discriminação de todos os procedimentos realizados e identificação dos profissionais responsáveis.
Diversas formas de organizar o conteúdo do prontuário podem ser adotadas, de acordo com as características de atendimento de cada hospital e com a cultura médica local.
Internação
Anamnese e exame físico: são os dados obtidos pela história e exame físico do paciente na sua admissão, organizados de maneira convencional e completados pela hipótese(s) diagnóstica(s) e plano(s) inicial(ais).
Anamnese de enfermagem: são os dados obtidos pela história e exame físico de enfermagem realizados na admissão do paciente, segundo formulário próprio de cada unidade de internação.
Resultados de exames: são os resultados dos exames complementares impressos individulamente ou apresentados no formato de tabelas, que são impressas no momento da alta do paciente ou periodicamente nos casos de internações prolongadas.
Laudos de exames: é o conjunto de laudos descritivos de exames cujos resultados não são numéricos. (p. ex., radiologia, ecografia, espirometria, eletrocardiografia).
Prescrição médica: é o registro de todas as medidas necessárias ao tratamento do paciente, como cuidados gerais, prescrições medicamentosas, medidas de reabilitação, fisioterapia, dietas, medidas educacionais e manejo ambiental e familiar, elaborada diariamente e assinada pelo médico.
Notas de evolução: é o registro cronológico das informações obtidas do paciente, de seus familiares, da enfermagem ou de outros informantes sobre seu estado ou sua evolução clínica. Devem ficar claras as razões para continuar ou alterar as condutas diagnósticas ou terapêuticas, assim como o planejamento do seguimento do atendimento.
Sumário de transferência: é recomendada a realização desse documento no momento da transferência do paciente para outra unidade de internação ou para outro hospital, onde outras equipes médicas ou especialidades passarão a participar do seu tratamento. É o caso de pacientes transferidos, por exemplo, das unidades de internação comum às unidades de tratamento intensivo ou vice-versa. Deve conter uma síntese da situação clínica do paciente até o momento da transferência, as razões que a motivaram e o planejamento terapêutico a partir de então.
Sumário de alta: é uma síntese do atendimento prestado ao paciente durante o período de internação e inclui dados de identificação, diagnósticos, procedimentos diagnósticos e terapêuticos, consultorias, evolução, condições de alta e plano pós-alta.
Sumário de óbito: é uma síntese do atendimento prestado ao paciente que foi a óbito durante o período de internação. Inclui dados de identificação, diagnósticos, procedimentos diagnósticos e terapêuticos, consultorias, evolução, causas do óbito classificadas pelo CID-10 e usando a mesma lógica do atestado de óbito.
Documentos diversos específicos: ficha anestésica, descrição cirúrgica, laudos de consultoria, registro obstétrico e exame do recém-nascido, identificação do recém-nascido, registros de quimioterapia, radioterapia, hemodiálise etc., tural (feminino e masculino) e curva de crescimento do recém-nascido de baixo peso.
Ambulatório
Na subdivisão do prontuário referente aos atendimentos ambulatoriais deverão constar os seguintes documentos:
Anamnese e exame físico: informações coletadas na primeira consulta ambulatorial em cada especialidade no hospital.
Notas de evolução: registro cronológico das consultas ambulatoriais nas diversas especialidades.
Resultados de exames: idem ao sumário de exames da internação.
Laudos de exames: idem à internação.
Seções terapêuticas: fisiatria, hemodiálise, quimioterapia e radioterapia
Nessa subdivisão localizam-se os documentos próprios dos serviços de fisiatria, hemodiálise, quimioterapia e radioterapia. Como regra geral, cada um desses serviços deve produzir um documento no início do tratamento onde constam os diagnósticos, indicações e planejamento terapêutico.
Ao final do tratamento, deverá ser realizado um documento resumindo o tratamento realizado. Como documentos específicos de cada área, encontraremos solicitação de tratamento da fisiatria, curva de pressão arterial da fisiatria, prescrição de quimioterapia, nota de admissão e sumário de alta da radioterapia, relatório e evolução de diálise.
Os documentos do prontuário dessa subdivisão referem-se ao atendimento realizado no regime de hospital-dia. Esses documentos são os mesmos do ambulatório e obedecem às mesmas regras.
Emergência
Nessa subdivisão do prontuário localizam-se os documentos produzidos durante os atendimentos no setor de emergência. Devem constar os mesmos documentos da internação nos casos de pacientes que tenham permanecido nesse setor por um período maior do que 24 horas.
Além desses, encontraremos dois documentos específicos desse setor, que são o boletim de atendimento na emergência e a evolução da emergência.
Nessa subdivisão localizam-se os documentos produzidos durante internações nas unidades de tratamento intensivo de adultos, pediátrica e neonatal. Esses documentos são os mesmos de uma internação em outras unidades.
Preenchimento do prontuário
O adequado preenchimento do prontuário garante a qualidade da assistência, a facilidade da recuperação de informações para a pesquisa, a comunicação entre profissionais e a documentação legal do atendimento prestado. Portanto, é do interesse de todos os profissionais que atuam no hospital zelar pela sua qualidade.
Os registros feitos em qualquer tipo de documento do prontuário devem ser devidamente identificados, sendo obrigatórios a assinatura do profissional responsável, seu nome legível, número do seu registro profissional e data.
Todos os registros no prontuário devem ser feitos de forma legível, com caneta de tinta azul-escura ou preta. Não é permitido o uso de carbono, de canetas com tinta de outras cores, com ponta porosa ou marcadores, pois os registros feitos com essas não são legíveis em cópias solicitadas por pacientes ou por autoridades legais.
Deve ser evitada a rasura ou a destruição de documentos do prontuário bem como a colocação de observações em documentos preexistentes, como laudos de exames ou de consultorias. Se forem verificados erros ou enganos, esses devem ser apontados e corrigidos em um registro posterior, que faça referência aos problemas encontrados.
Rasuras invalidam os documentos como prova processual.
A preservação do sigilo e da privacidade das informações sobre o paciente é dever e responsabilidade de todos os envolvidos na assistência, e o não cumprimento dessa determinação se caracteriza como infração ética e legal.
O acesso a essas informações só pode ser permitido a pessoas autorizadas. Não são permitidas a reprodução, utilização e divulgação de documentos de prontuário para qualquer fim sem a autorização expressa do paciente ou responsável legal.
Ginneken AM. The structure of data in medical records. In: van Bemmel JH, McCray AT, editors. Yearbook of Medical Informatics. Sttutgart: Schattauer; 1995. p.61-70.
Klück MM, Guimarães JR. Questões éticas e legais do prontuário de paciente: da teoria à prática. Anais do VIII Congresso da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde. Natal, RN: Sociedade Brasileira de Informática em Saúde; 2002.
Klück MM, Guimarães JR, Vieira DF, Silveira IP. Comissão de prontuários do HCPA. Manual do Prontuário do Paciente, versão 3, outubro de 2002.
Klück, MM. A gestão da informação em um hospital universitário: em busca da definição do “prontuário essencial” do Hospital de Clínicas de Porto Alegre [Dissertação de mestrado] Porto Alegre: PPGA/UFRGS; 1996.
Martinez D, Kluck MM, Leão ML. Informática médica. SEI/CNPq; 1981.
Você conhece os Direitos do Paciente?
A enfermidade não diminui a dignidade da pessoa humana. Esta cartilha pretende dar algumas orientações gerais para os pacientes, com base no Código Civil, no Código de Ética Médica (Resolução CFM 1931), e na Lei Estadual Paulista Lei Estadual nº 10.241, de março de 1999, e pretende mostrar aos usuários dos serviços de saúde seus principais direitos que são:
Direito a ser atendido prontamente em casos de emergência ou urgências.
Se você estiver em risco de vida, ou com dores fortes, tem o direito de ser atendido por um médico o mais rapidamente possível. Se o médico de plantão estiver ocupado com outro atendimento, cabe a ele determinar quem deve ser atendido com prioridade. Também é aceitável que um caso mais grave seja atendido antes, conforme o julgamento do médico, mas você tem o direito a ser avaliado.
Caso o atendimento seja em hospital particular é proibida a exigência de garantias de pagamento, como cheque, cartão de crédito/debito e preenchimento de nota promissória, devendo ser feito o atendimento do paciente antes de qualquer cobrança, ou pedido de pagamento ou garantia. A Lei Federal 12.653/2012 pune esta conduta com multa e detenção de 3 meses a 1 ano. Isto não significa que o atendimento no Hospital particular seja gratuito, apenas que primeiro deve ser atendido o paciente, e depois feitos os procedimentos de cobrança.
Os Direitos
Direito a identificação dos profissionais que o atendem, que devem lhe tratar com educação e respeito. Direito de ser informado sobre os procedimentos a serem realizados, de conhecer suas alternativas, e de os recusar, e se desejar ter uma segunda opinião.
Você tem o direito de ser informado pelo médico sobre seu diagnóstico, quais são os procedimentos que o médico pretende realizar, e sobre os efeitos colaterais e possíveis não desejados do tratamento, como dores, tempo de recuperação, possibilidades de agravamento, e se existe outra opção de tratamento etc…
Se, após esta conversa, você tiver dúvidas, ou quiser uma segunda opinião de outro médico, este é um direito que lhe é assegurado pelo artigo 39 do Código de Ética Médica.
Proibição de ser discriminado, por motivo de raça, orientação sexual, idade ou religião quando realizar tratamento de saúde.
Direito ao sigilo médico. Tudo o que você conversa com seu médico fica entre você e ele. Suas dúvidas e esclarecimentos são confidenciais.
Apenas em casos excepcionais, como, por exemplo, no caso da pessoa que tem uma doença grave que pode contagiar alguém da família, ou de um menor que seja espancado, o médico pode transmitir aquilo que foi dito, ou descoberto na relação médico paciente para outras pessoas.
Direito a acompanhante: Adolescentes até 18 anos e idosos acima de 60 anos tem direito a um acompanhante, nos casos de internação.
Direito a obter uma cópia do seu prontuário: todo o seu atendimento, a opinião dos médicos sobre seu caso (diagnóstico), os procedimentos e medicamentos receitados, e a identificação dos profissionais que efetuaram seu atendimento fazem parte do seu prontuário médico.
Você tem o direito a ter uma cópia deste documento, sendo que se o Hospital for particular, pode cobrar um pequeno valor pelo serviço de cópias. Os pais podem pedir este documento para o atendimento prestado para seus filhos.
Direito ao respeito nos procedimentos ginecológicos: você tem direito de ser acompanhada por uma amiga, parente, ou pelo seu marido ou companheiro, se desejar. Todos
os procedimentos ginecológicos devem ser realizados com luvas.
Direito ao receituário fornecido de forma legível e com indicação da substância genérica juntamente com eventual indicação de marca feita pelo médico: por exemplo, aspirina é uma das marcas sobre o qual o princípio ativo do ácido acetilsalicílico para que você possa comparar na farmácia o preço dos diversos genéricos oferecidos.
Direito ao fornecimento de medicamentos: em regra, no atendimento público, o paciente tem direito ao remédio receitado pelo médico. Se este não estiver disponível na farmácia de alto custo, você deve ir à defensoria pública e verificar se há a possibilidade de garantir o seu direito de receber o medicamento na quantidade e prazos estabelecidos pelos profissionais de saúde, como forma de garantir a melhora e manutenção de sua saúde e de sua vida.
Direito a assistência religiosa: A Lei Federal n. 9.982, garante o acesso de religiosos de todas as confissões aos hospitais da rede pública ou privada, se solicitados pelos pacientes. Em alguns casos, como os envolvendo pacientes psiquiátricos, ou internados em Unidades de Terapia Intensiva, a presença do religioso é condicionada a autorização do médico responsável.
Direito ao planejamento familiar, com o fornecimento gratuito de anticoncepcionais ou de operações de laqueadura de trompas ou vasectomia conforme a Lei n. 11.935 de 11 de maio de 2009, inclusive para quem tem plano de saúde.
Direito ao tratamento paliativo, ou seja, aqueles que apenas visam a aliviar a dor. Assim, se esta for a sua opção, você pode recusar tratamentos dolorosos ou extraordinários para tentar prolongar a vida em casos terminais de doenças graves, como o câncer (Lei Estadual n. 10.241, art. 2° XXIII, Código de Ética Médica, art. XXII dos princípios fundamentais, Resolução 1995 do CFM).
Direto ao fornecimento gratuito do atestado de óbito pelo médico que tenha assistido o paciente no final da vida, desde que a morte se dê por causas naturais, e não haja suspeita de crime (art. 84 do Código de Ética Médica).
O paciente tem direito à indenização no caso de imprudência, negligência ou imperícia por parte dos profissionais de saúde ou falhas no atendimento dos serviços prestados pelo Hospital.
Mas atenção! Assim, como nem toda bola que entra na rede é culpa do goleiro, nem tudo o que não ocorre como se deseja na medicina é erro médico!
O médico responde pelas “faltas”, que são conhecidas como imperícia (falta de habilidade, ou fazer o tratamento que não é o mais adequado), negligência (exame realizado de maneira muito rápida que resulte em prejuízos para o paciente, ou quando o médico deixa de tratar, ou de diagnosticar algo que seria identificado num exame mais atento, ou realizado com melhor técnica), ou imprudência (fazer um procedimento arriscado, quando não há risco de vida que o justifique).
A medicina não é uma ciência exata, e existem tratamentos que podem não ter o efeito desejado, mesmo com o todo o cuidado do médico, e às vezes duas doenças diferentes tem sintomas parecidos, e confundem o médico, pelo que você deve sempre procurar ouvir as explicações de quem lhe atendeu, se achar que seu caso não foi bem cuidado.
Caso você não acredite, ou não se convença destas explicações, você pode reclamar, e questionar se os procedimentos foram feitos de maneira adequada.
Onde se queixar
Se você foi mal atendido, ou tiver seus direitos como paciente desrespeitados você tem o direito de se queixar do Profissional, ou da instituição, você pode fazê-lo das seguintes formas:
Na Ouvidoria do Hospital, ou para a Comissão de Ética do Hospital;
No Conselho Regional de Medicina, se o envolvido for médico;
No Conselho Regional de Enfermagem, para os casos que envolvam enfermeiros e técnicos de enfermagem de enfermagem. A queixa deve ser apresentada por escrito, de preferência com documentos que comprovem a reclamação, narrando o hospital, posto de saúde ou consultório onde ocorreu o problema, e se possível com a identificação do profissional que fez o atendimento.
Dependendo da gravidade do ocorrido, das provas apresentadas e do julgamento, o profissional pode ser advertido, ou até mesmo ser proibido de continuar a exercer a profissão.
Para localizar o endereço na sua cidade, digite no site de busca da internet a cidade e a menção “delegacia do Conselho Regional de Medicina” (ou Enfermagem).
Aquecer Fluídos Intravenosos no Micro-Ondas: Saiba por que não deve fazer isso!
O aquecimento de soluções intravenosas e subcutâneas pode ser fundamental para prevenir a hipotermia pós-operatória, já que a diminuição da temperatura corporal por líquidos frios pode ser significante quando grandes volumes de soluções parenterais são administrados.
A hipotermia é uma complicação comum na ressuscitação fluídica da hipovolemia dos pacientes. Os fluidos intravenosos (IV) quentes demonstraram ser um adjunto na reposição de volume para evitar esta complicação.
O uso de fornos de micro-ondas para aquecer soluções cristaloides intravenosas, como a de cloreto de sódio a 0,9% (solução salina), teve início nos anos 1980.
Apesar de esse ser um método simples, rápido e amplamente disponível, a temperatura inicial não tem sido levada em conta no aquecimento das soluções.
A prática usual é colocar bolsas de 500 ml no forno de micro-ondas e aquecê-las durante 60 segundos à potência máxima; quando bolsas de 1.000 ml são usadas, o tempo é costumeiramente ajustado para 120 segundos.
Como a temperatura final dependerá da inicial, diferenças consideráveis poderão existir caso não sejam usados parâmetros mais precisos. Isso pode levar a soluções insuficientemente ou excessivamente aquecidas.
Uma prática muito comum é a estocagem de fluidos parenterais em depósitos onde a temperatura não é controlada. A temperatura desses fluidos tende a se equalizar com aquela do local onde são armazenados. Isso pode levar a diferenças significantes entre as temperaturas de soluções armazenadas no verão e no inverno.
Aquecer tais soluções com micro-ondas, usando sempre os mesmos ajustes, pode levar a temperaturas finais significativamente diferentes, já que as temperaturas iniciais são também bastante diversas.
O procedimento usual é ajustar os fornos de micro-ondas, de qualquer modelo ou potência, para a potência máxima e aquecer bolsas de 500 ml de solução salina durante um minuto, dobrando esse tempo para bolsas de 1.000 ml, sem considerar a temperatura inicial.
Não existem determinações legais na ANVISA/MS para o uso do forno de micro-ondas para aquecimento de soluções eletrolíticas. Nesse sentido, máquinas automáticas de aquecimento de fluidos intravenosos podem ser usadas, evitando a utilização de fornos de micro-ondas e de cálculos para seu uso, assim como microfissuras na embalagem, queimaduras, trombose venosa e hemólise geradas por superaquecimento.
Referências:
Esnaola NF, Cole DJ. Perioperativenormothermiaduring major surgery: is it important? AdvSurg. 2011;45:249-63;
Bagatini A, Nascimento L. Aquecimento de soluções cristalóides em forno de microondas: segurança e toxicidade. RevBrasAnestesiol. 1997; 47(3):237-44;
Sieunarine K, White GH. Full thicknessburnandvenousthrombosisfollowingintravenousinfusionofmicrowaveheatedcrystalloidfluids. Burns 1996; 22: 658–69;
Meyer et al. Estudo experimental do aquecimento adequado de solução cristaloide por micro-ondas e dedução de equação para seu cálculo. RevBrasCirPlást. 2012;27(4):518-22;
Medicamentos de Atenção Básica
Os medicamentos básicos ou essenciais são aqueles destinados à Atenção Primária à Saúde, satisfazendo as necessidades prioritárias de cuidados da saúde da população. Entre eles, destacamos analgésicos, antitérmicos, antibióticos e anti-inflamatórios.
Importante ressaltar que também seguem protocolos de condição de uso. Incluem-se os medicamentos controlados pela portaria 344, dispensados no NGA e Centro de Saúde I e medicamentos manipulados.
MEDICAMENTOS PARA ATENÇÃO BÁSICA (para dispensação aos pacientes)
TRATO ALIMENTAR E METABOLISMO
– Antiácidos e fármacos para o tratamento da úlcera péptica
HIDRÓXIDO DE ALUMÍNIO, 61,5 MG/ML, SUSPENSÃO ORAL FRASCO 150 ML
OMEPRAZOL 20 MG CÁPSULA
RANITIDINA 150 MG. COMPRIMIDO
– Agentes antiespasmódicos, anticolinérgicos e propulsivos
DIMETICONA 75MG/ML. FRASCO 10ML SOL ORAL
HIOSCINA 10 MG COMPRIMIDO (ESCOPOLAMINA BUTILBROMETO)
– Antieméticos e antinauseantes
METOCLOPRAMIDA 10 MG COMPRIMIDO
METOCLOPRAMIDA 4MG/ML. FRASCO 10ML SOL ORAL
– Laxativos
OLEO MINERAL PURO. FRASCO 100ML
– Fármacos utilizados em diabetes
GLIBENCLAMIDA 5 MG COMPRIMIDO
INSULINA HUMANA NPH 100 UI/ML. FRS 10ML FRASCO (CASA DO DIABÉTICO)
INSULINA HUMANA REGULAR 100 UI/ML. FRS 10ML FRASCO (CASA DO DIABÉTICO)
METFORMINA 850 MG COMPRIMIDO
– Vitaminas e Suplementos minerais
CARBONATO DE CALCIO 500MG (MANIPULADO) CÁPSULA
CARBONATO DE CÁLCIO 500MG + VITAMINA D 200 UI (MANIPULADO) CÁPSULA
CARBONATO DE CÁLCIO 500MG + VITAMINA D3 400 UI (MANIPULADO) CÁPSULA
MULTIVITAMINAS, ASSOCIADAS COM SAIS MINERAIS COMPRIMIDO
POLIVITAMINICO GOTAS. FRASCO 30ML
SAIS REIDRATACAO ORAL, ENVELOPE
TIAMINA. CLORIDRATO 300 MG COMPRIMIDO (NGA/CSI)
VITAMINAS DO COMPLEXO B, B1,B2,B3,B5,B6 DRÁGEA
Para ter acesso gratuito aos medicamentos, basta que o usuário apresente o CPF, um documento com foto e a receita médica válida (validade de 120 dias) em qualquer um dos estabelecimentos (farmácias e drogarias) credenciados no Programa “Aqui Tem Farmácia Popular”. Segue a lista dos medicamentos do Programa:
GLIBENCLAMIDA 5 MG, COMPRIMIDO
CLORIDRATO DE METFORMINA 500 MG, COMPRIMIDO
CLORIDRATO DE METFORMINA 850 MG, COMPRIMIDO
CLORIDRATO DE METFORMINA 500 MG, COMPRIMIDO DE AÇÃO PROLONGADA
INSULINA HUMANA NPH 100 UI/ML – SUSPENSÃO INJETÁVEL, FRASCOAMPOLA 10 ML
INSULINA HUMANA NPH 100 UI/ML – SUSPENSÃO INJETÁVEL, FRASCOAMPOLA 5 ML
INSULINA HUMANA NPH 100 UI/ML – SUSPENSÃO INJETÁVEL, REFIL 3ML (CARPULE)
INSULINA HUMANA NPH 100 UI/ML – SUSPENSÃO INJETÁVEL, REFIL 1,5ML (CARPULE)
INSULINA HUMANA REGULAR 100 UI/ML, SOLUÇÃO INJETÁVEL, FRASCOAMPOLA 10 ML
INSULINA HUMANA REGULAR 100 UI/ML, SOLUÇÃO INJETÁVEL, FRASCOAMPOLA 5 ML
INSULINA HUMANA REGULAR 100UI/ML, SOLUÇÃO INJETÁVEL, REFIL 3ML (CARPULES)
INSULINA HUMANA REGULAR 100UI/ML, SOLUÇÃO INJETÁVEL, REFIL 1,5ML (CARPULES)
Asma:
SULFATO DE SALBUTAMOL 5 MG/ML – SOLUÇÃO INALAÇÃO
SULFATO DE SALBUTAMOL 100 MCG/DOSE – ADMINISTRAÇÃO PULMONAR, INALADOR DOSEADO
BROMETO DE IPRATRÓPIO 0,25 MG/ML – ADMINISTRAÇÃO PULMONAR, SOLUÇÃO PARA INALAÇÃO
BROMETO DE IPRATRÓPIO 0,02 MG/DOSE – ADMINISTRAÇÃO PULMONAR, INALADOR DOSEADO
DIPROPIONATO DE BECLOMETASONA 50 MCG/DOSE – ADMINISTRAÇÃO PULMONAR, INALADOR DOSEADO
DIPROPIONATO DE BECLOMETASONA 200 MCG/CÁPSULA – ADMINISTRAÇÃO PULMONAR, CÁPSULAS INALANTES 1 (UMA) CÁPSULA
DIPROPIONATO DE BECLOMETASONA 200 MCG/DOSE – ADMINISTRAÇÃO PULMONAR, INALADOR DOSEADO
DIPROPIONATO DE BECLOMETASONA 250 MCG/DOSE – ADMINISTRAÇÃO PULMONAR, INALADOR DOSEADO
Considerações sobre o “Saúde Não Tem Preço”
Caso o paciente esteja impossibilitado de comparecer à farmácia ou drogaria:
Fica dispensada a obrigatoriedade da presença física do paciente, titular da prescrição médica e/ou laudo/atestado médico, quando se enquadrar na seguinte condição: incapacidade nos termos dos art. 3º e 4º do Código Civil, desde que comprovado.
Nesse caso, a dispensação somente será realizada mediante a apresentação dos seguintes documentos:
a) do paciente, titular da receita, CPF, RG ou certidão de nascimento;
b) do representante legal, o qual assumirá, juntamente com o estabelecimento, as responsabilidades pela efetivação da transação: CPF e RG. Considera-se representante legal aquele que for:
a) declarado por sentença judicial;
b) portador de instrumento público de procuração que outorgue plenos poderes ou poderes específicos para aquisição de produto de higiene pessoal junto ao Programa; ou
c) portador de instrumento particular de procuração com reconhecimento de firma, que autorize a compra de produto de higiene pessoal junto ao Programa.
Em caso de menores de idade:
O menor de idade portador de CPF poderá adquirir seus medicamentos normalmente. Para menores de idade que não possuírem CPF, pode-se aceitar o CPF do pai ou da mãe, até providenciar um próprio. Neste caso, o responsável legal deverá apresentar identidade civil que comprove a dependência do menor de idade, titular da receita médica.
O elenco de referência estabelecido por esta Portaria é composto de medicamentos integrantes da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME-2014 9ª edição-2015).
Pediculose e os Cuidados de Enfermagem
Pediculose da cabeça é a infestação dos cabelos pelo parasita Pediculus humanus. Os piolhos são insetos pequenos, sem asas, que se alimentam de sangue.
A transmissão ocorre pelo contato direto ou pelo uso de bonés, chapéus, escovas de cabelo, pentes ou roupas de pessoas contaminadas.
Sintomas
intensa coceira no couro cabeludo, principalmente na parte de trás da cabeça, podendo chegar ao pescoço e tronco; também podem surgir pontos avermelhados como picadas de mosquito;
presença do parasita (piolho) e de seus ovos (lêndeas), que aparecem como pequenos pontos esbranquiçados grudados aos fios de cabelo.
Como pode ser tratado?
lavagem dos cabelos com shampoos e aplicação de loções específicos para pediculose. Em alguns casos pode ser necessária a medicação oral, prescrita por médico dermatologista;
remoção total dos piolhos e lêndeas com pente fino ou manualmente, um por um, pois os medicamentos não matam os ovos do parasita.
É importante que todos que convivam com a pessoa acometida pela pediculose sejam examinados e se necessário tratados, para evitar a reinfestação. O corte dos cabelos não é necessário!
Como prevenir
Para prevenir a pediculose, o ideal é evitar o compartilhamento de roupas, toalhas, acessórios de cabelo e outros objetos de uso pessoal, bem como evitar o contato direto com pessoas infectadas pelo parasita.
As crianças são com frequência as mais infectadas principalmente na escola. Recomenda-se que sejam sempre examinadas e que passem o pente fino para evitar que a infestação se propague; as que usam cabelos compridos devem prendê-los para ir à escola.
É fundamental que a escola seja comunicada sempre que alguma criança apresentar o problema. Dessa forma, todos podem ser tratados ao mesmo tempo e o ciclo de recontaminação será interrompido.
Cuidados de Enfermagem
As roupas utilizadas pelo paciente nos últimos 2 dias, roupas de cama e toalhas devem ser lavadas com água quente ou passadas com ferro.
Pentes e escovas utilizados pelo paciente devem ser mergulhados em água quente por 5 a 10 minutos.
Acessórios que têm contato com o cabelo e que não podem ser lavados devem ser limpos e colocados em uma sacola plástica fechada por 2 semanas.
Os familiares e contactantes próximos devem ser examinados e tratados caso apresentem piolhos vivos ou lêndeas até 1 cm do couro cabeludo. De preferência, realizar o tratamento ao mesmo tempo que o paciente. Indivíduos que dividem a mesma cama com o paciente devem ser sempre tratados profilaticamente, mesmo que não presentem piolhos ou lêndeas.
Ivermectina oral (200 a 400 mcg/kg/dia) em dose única e repetir após 7 dias. Pode ser utilizada por crianças com peso acima de 15 kg.
Associar sulfametoxazol-trimetoprim (10 mg/kg/dia de trimetoprim, 2 vezes ao dia, por 10 dias) ao uso da permetrina 1%, aumentando a eficácia de 72% para 95%.
Ivermectina 0,5% loção 120g (sob manipulação): aplicar no cabelo seco (toda extensão dos fios e couro cabeludo) em aplicação única e enxaguar após 10 minutos. Não é preciso repetir a aplicação. Indicado apenas para crianças acima de 6 anos.
Dimeticona 4% loção 150 ml (sob manipulação): aplicar no couro cabeludo e cabelos secos durante 8 horas e repetir após 7 dias. Realizar a retirada das lêndeas com auxílio de um pente fino antes de retirar o produto.
Aumentar a concentração para 5% de permetrina não aumenta a eficácia em casos de resistência.
Medidas para diminuir a chance de desenvolvimento de resistência:
Evitar aplicar o produto nos cabelos ainda muito úmidos (dilui o medicamento).
Evitar tratamentos preventivos ou desnecessários (exceto nos casos citados acima).
Evitar tratamentos muito frequentes com o mesmo pediculicida.
Evitar usar o produto em quantidade insuficiente (usar 2 frascos caso os cabelos sejam muito longos).
Referências:
Frankowski BL, Bocchini JA Jr; Council on School Health and Committee on Infectious Diseases. Head lice. Pediatrics. 2010 Aug;126(2):392-403. doi: 10.1542/peds.2010- 1308.
Meinking TL. Clinical update on resistance and treatment of pediculosis capitis. Am J Manag Care. 2004 Sep;10(9 Suppl):S264-8.
Witkowski JA, Parish LC. Pediculosis and resistance: the perennial problem. Clin Dermatol. 2002 Jan-Feb;20(1):87-92.
Dynamed Plus. Record n. 116514, Head lice [Internet]. Ipswich (MA): EBSCO Information Services; 2017. Disponível em: http://www.dynamed.com/topics/dmp~AN~T11 6514/Head-lice
Dynamed Plus. Record n. 233569, Permethrin [Internet]. Ipswich (MA): EBSCO Information Services; 2016. Disponível em: http://www.dynamed.com/topics/dmp~AN~T23 3569/Permethrin
Nada de pulseiras, anéis, alianças, relógios de pulso, pulseiras, brincos, piercings expostos, correntes, colares, presilhas, broches, gravatas ou mesmo crachás pendurados com cordão. É o que determina a Norma Regulamentadora nº 32 (NR-32), sobre Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde, em especial com relação aos riscos biológicos.
O objetivo da NR-32 é disciplinar de forma especifica sobre a segurança e a saúde do trabalhador dos serviços de saúde, e no item 32.2.4.5 a regulamentação determina que “o empregador deve vedar … b) o ato de fumar, o uso de adornos e o manuseio de lentes de contatonos postos de trabalho”.
Trata-se de prevenção de riscos à saúde. Os adornos não devem ser usados durante o trabalho nas áreas assistenciais, visto que facilitam o acúmulo de micro-organismos. Anéis, aliança, relógios e pulseiras, por exemplo, não permitem a lavagem correta das mãos e não secam completamente, acumulando umidade e resíduos.
Mas nada impede o trabalhador de usar os adornos ao sair de casa para o trabalho ou fora dele. A proibição do uso se limita às áreas assistenciais do hospital, e vale para todos que trabalham ou circulam por elas.
Mas quais são os adornos, afinal?
Os adornos a que se refere a NR-32 incluem anéis, alianças, relógios de pulso, pulseiras, brincos, piercings expostos, correntes, colares, presilhas, broches e qualquer outro objeto que possa favorecer a contaminação biológica pelo acúmulo de resíduos, como é o caso das gravatas e dos crachás pendurados por cordão.
Já com relação aos óculos de grau, de uso contínuo, a orientação é para que sejam higienizados pelo colaborador no início e ao final do turno de trabalho. “Nesse caso, os óculos não são considerados adorno, e seu uso é necessário”, comenta Graciela.
E a quem se aplica a NR-32?
Essa orientação vale para todos os colaboradores, profissionais, residentes e alunos que prestem assistência ao paciente ou que, de alguma forma, entrem em contato com fluidos, secreções e qualquer tipo de matéria orgânica proveniente do paciente ou do processo assistencial, e também aqueles que manipulem alimentos e dietas, visando garantir a sua própria segurança.
Nessas categorias enquadram-se todos os profissionais médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, farmacêuticos, nutricionistas, psicólogos, educadores, terapeutas, fisioterapeutas, odontólogos, assistentes sociais, copeiras, cozinheiras, camareiras, profissionais da higienização e coleta de resíduos, profissionais da lavanderia, laboratório, imaginologia, entre outros.
Os funcionários administrativos que atuam nas áreas assistenciais, mesmo em função administrativa, também estão proibidos de usar adornos. Já os que atuam nas áreas administrativas do hospital devem ter o cuidado de remover os adornos quando precisarem se deslocar até alguma área assistencial, como as enfermarias, Unidade de Terapia Intensiva (UTIs) ou ambulatórios.
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