As Fases Reprodutivas da mulher

As fases da mulher podem ser divididas de formas diferentes, conforme estudos, pesquisas e autores e especialistas. Mas existem quatro que são comumente abordadas:

  • Menarca;
  • Menacme: Idade fértil;
  • Climatério e menopausa;
  • Senilidade.

Menarca

A menarca, como mencionado antes, se refere à primeira menstruação da mulher, que acontece, geralmente, entre 10 e 15 anos. Esse período dá início ao período reprodutivo, que perdurará até os 50 anos, mais ou menos – quando ocorre a menopausa, assunto a ser abordado mais adiante no texto.

Você pode ler também sobre ciclo menstrual, para entender melhor.

A primeira fase da mulher é também o período que marca o fim da chamada puberdade, isto é, quando o organismo apresenta um amadurecimento sexual, com isso, a garota já torna-se capaz de engravidar.

Vale sempre reforçar que estamos falando de uma maturidade do corpo, e não emocional com relação o que é realmente passar por uma gravidez.

Primeira fase da mulher

Na menarca, o corpo da mulher passa por diversas modificações provenientes do início da produção de hormônios sexuais pelos ovários. O útero também evolui nessa fase, diminuindo o comprimento do colo, favorecendo o corpo uterino em si, além de termos também a chamada maturidade hipotalâmica, ou melhor, um amadurecimento do próprio sistema cerebral que controla os hormônios ovarianos.

Em outras palavras, estamos falando sobre a produção hormonal do eixo hipotálamo-hipófise-ovariano, que reflete numa integração entre comandos do cérebro e dos ovários na hora de liberar hormônios essenciais para o ciclo. A  reserva ovariana, ou seja, a quantidade de folículos (estruturas que liberam óvulos) presentes, não tem nada a ver com os hormônios.

Menacme: Idade fértil

A garota que passou pela menarca caminha, então, para a idade fértil. Entre as fases da mulher, essa é aquela em que consideramos uma plena maturidade do corpo, ou seja, de total aptidão para a reprodução – em condições de normalidade.

Nesse período, também conhecido como menacme, a mulher costuma ter entre 12 e 13 ciclos menstruais anuais, sendo 1 ou 2 anovulatório, isto é, em que a mulher não ovula. Isso é considerado normal, diferentemente dos casos de Síndrome do Ovário Policístico (SOP) e outros que levam a frequentes alterações cíclicas.

Fase da mulher ideal para engravidar

A idade fértil, como o próprio nome diz, é o período propício para a mulher engravidar naturalmente. A tentante que conhece o próprio ciclo pode ser capaz de monitorar a ovulação e, assim, aumentar as chances de uma gravidez. Alguns dos sinais mais comuns de que a mulher está na fase ovulatória são:

  • Presença de muco vaginal (como se fosse uma clara de ovo);
  • Possível incômodo em um dos lados do abdômen, mais abaixo (altura do ovário);
  • Sensibilidade e dor nas mamas;
  • Aumento da libido e da energia para as atividades.

O ciclo menstrual regular é um grande aliado das mulheres que estão tentando engravidar. Mas nem toda mulher apresenta ou consegue reconhecer esses sintomas, e isso não significa que há algo de errado. Porém, caso ela observe que sua menstruação é irregular e esteja enfrentando algum problema de infertilidade, deverá fazer avaliação com o ginecologista.

Existem tratamentos bem específicos para cada caso, inclusive que promovem a estimulação ovariana.

Baixa reserva ovariana

A fertilidade feminina é muito afetada pelo envelhecimento. Isto é, por volta dos 35 anos, a mulher já apresenta chances bem reduzidas de engravidar. A partir dos 40 anos, a frequência de anovulação aumenta, uma vez que a reserva ovariana está se reduzindo mais e mais. Além disso, a qualidade dos óvulos restantes também piora. Portanto, a capacidade reprodutiva diminui consideravelmente.

Ainda que seja possível engravidar naturalmente após os 40 anos, é importante que as pacientes saibam que quanto mais tarde, mais difícil será. A medicina reprodutiva pode ajudar em muitos casos, inclusive no planejamento da gravidez, com o congelamento de óvulos.

Mas congelar gametas é algo que a mulher deve fazer o quanto antes, preferencialmente antes dos 35 anos, de forma a ter maior possibilidade de ficar grávida posteriormente.

Climatério e menopausa

O climatério é uma das fases reprodutivas da mulher caracterizado pelo começo do processo de transição entre o período reprodutivo e o “não reprodutivo”. Ele é muito confundido com a própria menopausa, um termo que se refere especificamente à última menstruação.

Em outras palavras, o climatério envolve o período de pré-menopausa, a menopausa e a pós-menopausa.

Nessa fase da mulher, os ciclos menstruais se tornam irregulares, existindo um aumento de intervalo, o que caracteriza uma disfunção menstrual progressiva. A ovulação é cada vez menos frequente.

Fim dos ciclos menstruais

Com o fim dos ciclos menstruais, então podemos dizer que a mulher chegou à menopausa.  A data da última menstruação caracteriza o fim da idade fértil, ou seja, do ciclo reprodutivo, decorrente da perda da atividade folicular ovariana.

A idade para o climatério varia conforme cada pessoa, mas a menopausa ocorre, geralmente, por volta dos 50 anos.

Senescência

Nessa fase da vida da mulher, entre 60 a 70 anos, podemos observar o hipoestrogenismo (níveis de estrogênios abaixo do esperado). É nesse período também que surgem os sintomas mais acentuados de:

  • Atrofia da genitália;
  • Bexiga instável;
  • Perda óssea;
  • Diminuição da capacidade cognitiva;
  • Perda da libido.

Vale ressaltar que, em todas as fases da mulher, inclusive na senilidade, é possível viver com saúde e bem-estar. Basta manter o acompanhamento médico adequado para cada idade.

Referências:

  1. SELBAC, Mariana Terezinha et al . Mudanças comportamentais e fisiológicas determinadas pelo ciclo biológico feminino: climatério à menopausa. Aletheia,  Canoas ,  v. 51, n. 1-2, p. 177-190, dez.  2018 .   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-03942018000100016&lng=pt&nrm=iso&gt;. acessos em  15  maio  2023.

Miomectomia

miomectomia é o procedimento cirúrgico de remoção de miomas uterinos (ou leiomiomas), tumores benignos que podem se formar em diferentes locais do útero e provocar sintomas na mulher, embora a doença seja, na grande maioria dos casos, assintomática.

Classificação

  • Submucosos – aqueles que se desenvolvem dentro da cavidade uterina;
  • Intramurais – acometem o miométrio, a parede do útero;
  • Subserosos – formam-se na região mais externa do útero.

Indicação

Esse procedimento cirúrgico é indicado para o tratamento conservador dos miomas uterinos, mantendo-se o útero, preservando o órgão reprodutivo feminino. Sua indicação depende do tipo de mioma, da quantidade e das dimensões dos nódulos, assim como dos sintomas descritos pela paciente.

Dentro da cirurgia minimamente invasiva, a miomectomia por laparoscopia é, de modo geral, indicada para miomas intramurais e subserosos, enquanto a miomectomia histeroscópica é indicada para os miomas submucosos.

miomectomia abdominal por laparotomia é indicada em casos muito específicos, mas atualmente é pouco utilizada, uma vez que a laparoscopia e a histeroscopia cirúrgica permitem a operação de praticamente todos os tipos de miomas.

A cirurgia robótica pode ser uma alternativa à miomectomia laparoscópica, entretanto sem benefícios adicionais para a paciente quando comparada às laparoscopias realizadas por cirurgiões capacitados.

Técnicas cirúrgicas para remoção dos miomas

Existem três técnicas cirúrgicas que possibilitam a retirada dos miomas:

  • Miomectomia por laparoscopia;
  • Miomectomia abdominal;
  • Miomectomia histeroscópica.

Miomectomia por laparoscopia

A laparoscopia é uma cirurgia endoscópica minimamente invasiva indicada para o tratamento de diversas condições e doenças, como determinados tipos de miomas.

Na laparoscopia, fazemos algumas pequenas incisões, geralmente com tamanho máximo de 1 cm no abdômen para introduzir uma microcâmera (laparoscópio) e outros instrumentos para a retirada dos miomas.

A laparoscopia é uma técnica cirúrgica avançada realizada sob anestesia geral que permite diversos tipos de intervenções sem grandes agressões ao corpo, com menores incisões, menor tempo de internação hospitalar e retomada mais rápida das atividades habituais.

Miomectomia abdominal

miomectomia abdominal é realizada por laparotomia. Diferentemente da laparoscopia, na laparotomia é realizada uma incisão no abdômen da mulher e o cirurgião faz a intervenção direta nos miomas, sem o auxílio do sistema ótico utilizado na laparoscopia.

miomectomia por laparotomia também é feita sob anestesia geral.

Miomectomia histeroscópica

miomectomia histeroscópica também é uma cirurgia minimamente invasiva, na qual a câmera e o instrumento de trabalho são introduzidos no útero pela vagina após a dilatação do colo uterino.

Feita sob sedação, em ambiente hospitalar, distende-se a cavidade endometrial com soro fisiológico, o que permite o acesso e a visualização da cavidade uterina.

Prescinde de cicatrizes, permitindo uma recuperação rápida das pacientes, exigindo uma internação rápida.

Está indicada para o tratamento dos miomas submucosos.

Cuidados no Pós-operatório

A laparoscopia e a histeroscopia são procedimentos menos invasivos. Assim sendo, a mulher recebe alta precoce, geralmente no mesmo dia ou no dia seguinte ao procedimento, e necessitando manter repouso menor quando comparado com a laparotomia, geralmente retornando às suas atividades profissionais em 10 dias e às atividades físicas após 30 dias.

Referência:

  1. Womens.es

 

Câncer de Mama

O Câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do câncer de pele não melanoma.

O câncer de mama responde, atualmente, por cerca de 28% dos casos novos de câncer em mulheres.

Consequentemente, também acomete homens, porém é raro, representando menos de 1% do total de casos da doença.

Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta idade sua incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos.

Estatísticas indicam aumento da sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. Existem vários tipos de câncer de mama. Alguns evoluem de forma rápida, outros, não. A maioria dos casos tem bom prognóstico.

O Sinais e Sintomas

O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular, mas há tumores que são de consistência branda, globosos e bem definidos. Outros sinais de câncer de mama são:

  • edema cutâneo (na pele), semelhante à casca de laranja;
  • retração cutânea;
  • dor;
  • inversão do mamilo;
  • hiperemia;
  • descamação ou ulceração do mamilo;
  • secreção papilar, especialmente quando é unilateral e espontânea.

 

A secreção associada ao câncer geralmente é transparente, podendo ser rosada ou avermelhada devido à presença de glóbulos vermelhos. Podem também surgir linfonodos palpáveis na axila.

Lembrando que:

Esses sinais e sintomas devem sempre ser investigados, porém podem estar relacionados a doenças benignas da mama.

A postura atenta das mulheres em relação à saúde das mamas, que significa conhecer o que é normal em seu corpo e quais as alterações consideradas suspeitas de câncer de mama, é fundamental para a detecção precoce dessa doença.

Faça o Autoexame!

Pare um pouquinho, e se reserve um tempo para fazer um auto exame das mamas!

O que fazer?

Em frente ao espelho:

    • Posicione-se em frente ao espelho;
    • Observe os dois seios, primeiramente com os braços caídos;
    • Coloque as mãos na cintura fazendo força;
    • Coloque-as atrás da cabeça e observe o tamanho, posição e forma do mamilo;
    • Pressione levemente o mamilo e veja se há saída de secreção.

 

  • Em pé (pode ser durante o banho)

  • Levante seu braço esquerdo e apoie-o sobre a cabeça;
  • Com a mão direita esticada, examine a mama esquerda;
  • Divida o seio em faixas e analise devagar cada uma dessas faixas. Use a polpa dos dedos e não as pontas ou unhas;
  • Sinta a mama;
  • Faça movimentos circulares, de cima para baixo;
  • Repita os movimentos na outra mama.

 

Deitada

  • Coloque uma toalha dobrada sob o ombro direito para examinar a mama direita;
  • Sinta a mama com movimentos circulares, fazendo uma leve pressão;
  • Apalpe a metade externa da mama (é mais consistente);
  • Depois apalpe as axilas;
  • Inverta o procedimento para a mama esquerda.

 

Caso sinta algum nódulo ou mudança na textura ou tamanho, procure um médico ginecologista. Ele realizará o exame clínico de mama e poderá solicitar a mamografia.

Referência:

  1. Ministério da Saúde.

Mastite e os cuidados de Enfermagem

Mastite é o nome dado a uma inflamação aguda que ocorre nas glândulas mamárias, que pode ou não evoluir para uma infecção.

Nas mulheres, essa inflamação geralmente se dá na fase do puerpério (período pós-parto), mas pode ocorrer em qualquer fase durante o período da amamentação. Essa inflamação é causada pela ação de vários microrganismos, sendo o Staphylococcus aureus o agente infeccioso em 50% dos casos.

Geralmente a mastite é acompanhada por fatores como ingurgitamento mamário (extração insuficiente de leite pelo bebê), obstrução dos ductos mamários, estresse, fadiga e fissura nos mamilos. Muitos especialistas acreditam que a forma errada com que a mãe segura o bebê no momento da amamentação seja a causa dos ferimentos nos mamilos e ingurgitamento mamário. Uma vez feridos, os mamilos se tornam uma porta de entrada para os microrganismos que podem causar a mastite.

Os sintomas da mastite são: regiões da mama endurecidas, vermelhidão, sensibilidade, dor e inchaço das mamas, seguidos por febre, calafrios, mal-estar, prostração e astenia.

Dependendo do grau da infecção, o médico especialista irá prescrever o tratamento mais adequado. Geralmente há a prescrição de massagens locais para estimular a produção de ocitocina e facilitar a fluidificação do leite. Seguida às massagens, a mãe deverá fazer a ordenha, ingerir muito líquido e manter repouso. Em alguns casos o médico pode prescrever o uso de antitérmicos, analgésicos e antibióticos compatíveis com a amamentação.

Os médicos recomendam que a mãe não pare de amamentar durante a mastite, mesmo se fizer o uso de algum medicamento prescrito. A presença de toxinas dos medicamentos no leite é mínima e não interfere na saúde do bebê. A interrupção das mamadas durante o tratamento pode levar à formação de abcessos, causando problemas psicofisiológicos para a mãe e para o bebê.

A melhor forma de evitar esse tipo de inflamação é segurar o bebê da maneira correta, para que ele consiga sugar maior quantidade de leite sem causar ferimentos nos mamilos, nem ingurgitamento mamário.

Sinais e Sintomas

  • Dor e sensação de febre no peito durante a amamentação (geralmente essa infecção só afeta um seio);
  • Desconforto ou dor na mama;
  • Inchaço do seio;
  • Sensação de febre no seio;
  • Vermelhidão na área afetada (com frequência em formado de meia-lua);
  • Sensação de cansaço ou fadiga;
  • Febre e calafrios.

Cuidados de Enfermagem

Materiais necessários:

  • Bomba para ordenha se necessário;
  • Compressas.
  1. Orientar a mãe a amamentar com maior frequência, iniciar o aleitamento pela mama afetada;
  2. Orientar a boa “pega” do bebê;
  3. Massagear o seio durante a amamentação, da área bloqueada em direção ao mamilo;
  4. Se haver alguma impossibilidade de amamentar, orientar ordenha manual ou utilizar a bomba para ordenha;
  5. Orientar nutrição e hidratação adequadas;
  6. Orientar o companheiro ou acompanhante quanto a importância de um período adequado de descanso da mãe;
  7. Oferecer suporte emocional;
  8. Aplicação de calor local, antes da amamentação, seja por banho morno ou compressas;
  9. Aplicação de compressas frias, após a amamentação ou ordenha, para aliviar a dor e o edema mamário;
  10. Antibioticoterapia e analgesia conforme prescrição médica.

Algumas observações:

  • A produção de leite pode estar afetada na mama comprometida, com diminuição do volume secretado durante vários dias;
  • O sabor do leite materno costuma alterar-se, tornando-se mais salgado, o que pode ocasionar rejeição do leite pela criança. Orienta-se a manutenção da amamentação, já que o esvaziamento adequado da mama, preferencialmente por intermédio de sucção pelo bebê, é o componente mais importante do tratamento;
  • Medidas de prevenção da mastite são as mesmas do ingurgitamento mamário, do bloqueio de ductos lactíferos e das fissuras, bem como seu manejo precoce antes de complicações mais graves.

Referências:

  1. ACADEMY OS BREASTFEEDING PROTOCOL COMITTEE (ABM). Clinical protocol: Mastitis. Breastfeeding Medicine, USA, v.3, n.3, p.177-180, 2014. In: VIDUEDO, A.F.S. Mastite lactacional: registro em evidências. Ribeirão Preto, 2014, p. 29.
  2. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria sw Atebção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. – Brasília: Ministério da Saúde, 2011. v.4.: il. – ( Série A. Normas e Manuais Técnicas).
  3. __________. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança : aleitamento materno e alimentação complementar / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 2. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2015. 184 p. : il. – (Cadernos de Atenção Básica ; n. 23. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf.

O Aleitamento Materno e seus tipos

Aleitamento Materno

O leite materno é importante para o crescimento e desenvolvimento da criança, trazendo benefícios para a vida toda.

O aleitamento materno possibilita a formação de uma ligação afetiva entre mãe-filho, através do contato físico, o que facilita a união entre eles. A criança pode começar a mamar logo após o nascimento ainda na sala de parto, só trazendo vantagens para a mãe e recém-nascido.

 

O leite materno é livre de impurezas, fresco, disponível na temperatura ideal e facilmente digerido pela criança.Nas primeiras 72 horas após o parto as mamas produzem um leite que é chamado de colostro, é amarelado e grosso, sai em pequenas quantidades. É o que a criança necessita nos primeiros dias de vida, pois contém nutrientes necessários para ela nesta fase.

O colostro também é considerado a primeira vacina do bebê, pois contém anticorpos maternos que vão ajudá-lo a não contrair infecções como sarampo, entre outras, que nesta fase seriam fatais para ele. Também é rico em substâncias que favorecem o crescimento, estimulam o desenvolvimento do intestino do bebê, preparando-o para digerir e absorver o leite maduro, e impedem a absorção de proteínas não digeridas. O colostro é laxativo e auxilia a eliminação do mecônio (primeiras fezes do recém-nascido).

Em uma ou duas semanas, o leite aumenta em quantidade e muda sua aparência e composição. Este é o leite maduro que contém todos os nutrientes necessários para a criança crescer. Ele parece mais ralo que o leite de vaca, o que pode levar a pensar que o leite é fraco. Mas esta aparência aguada é normal, por que ele fornece água suficiente para a criança.

A composição do leite maduro muda durante a mamada. No começo, parece acizentado e aguado, sendo rico em proteína, vitaminas, minerais e água. No fim, parece mais branco do que no começo e contém mais gordura, que vai fornecer energia. A criança necessita tanto do leite do começo quanto do final para poder crescer e desenvolver-se bem. É importante deixar que o bebê pare de mamar espontaneamente, pois se interrompermos a amamentação, podemos fazer com que a criança não receba quantidade suficiente do leite energético.

O aleitamento materno deve ser exclusivo, em livre demanda, até os seis meses de vida, pois o leite fornece tudo que a criança precisa neste período.

Os Tipos de Aleitamento Materno

Aleitamento materno exclusivo – somente LM, direto da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte, sem outros líquidos ou sólidos (gotas ou xaropes – vitaminas, sais de reidratação oral, suplementos minerais ou medicamentos);
Aleitamento materno predominante – além do LM, água ou bebidas à base de água (água adocicada, chás, infusões) e sucos de frutas;
Aleitamento materno complementado – além do LM, qualquer alimento sólido ou semi-sólido com a finalidade de complementá-lo, e não de substituí-lo. Nessa categoria a criança pode receber, além do leite materno, outro tipo de leite, mas este não é considerado alimento complementar;
Aleitamento materno misto ou parcial – quando a criança recebe leite materno e outros tipos de leite.
(WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2007a)

 

Algumas Recomendações da Amamentação pelo Ministério da Saúde

A Amamentação deve ser exclusiva nos 6 primeiros meses, sendo continuada até os 2 anos de idade ou mais.

Regra de Naegele (Cálculo da Data Provável do Parto DPP)

Regra de Naegele

Regra de Naegele é uma forma padronizada de calcular a data provável do parto (DPP) de uma gestante, subtraindo três meses e adicionando sete dias à data da última menstruação (DUM) relatada pela mulher.

O resultado é aproximadamente 280 dias (40 semanas) após o último período menstrual. Outro método consiste em adicionar nove meses e 7 dias à data da última menstruação.

A regra de Naegele recebeu este nome por causa de Franz Karl Naegele (1778–1851), o obstetra alemão que a desenvolveu. Naegele nasceu em 17 de julho de 1778, em Düsseldorf, Alemanha. Em 1806, Naegele se tornou professor e diretor da maternidade de Heidelberg. Sua obra Lehrbuch der Geburtshilfe foi publicada pela primeira vez em 1830 para assistentes de parto e reeditada mais 14 vezes.

Esta regra estima a data provável do parto (DPP) a partir do primeiro dia do último período menstrual da mulher (data da última menstruação – DUM). Deve-se subtrair três meses e adicionar sete dias à DUM, ajustando o ano. O resultado é de aproximadamente 280 dias (40 semanas) após a DUM.

Exemplo:
O primeiro dia do período foi 5 de maio de 2009.
Menos três meses: 5 de fevereiro de 2009.
Mais sete dias: 12 de fevereiro.
Mais um ano: 12 de fevereiro de 2010.

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Regra de Naegele