A Queimadura é toda lesão provocada pelo contato direto...
Cateteres
Veja alguns dos nossos principais assuntos relacionados à Cateteres em geral.
Acessos Vasculares: Enxerto VS Fístula Arteriovenosa
Os pacientes renais dialíticos podem obter acessos vasculares, para a realização de hemodiálise em seu tratamento a longo prazo. E neste caso pode ser realizado um enxertoarteriovenoso ou uma fístula arteriovenosa.
A Fístula Arteriovenosa com ENXERTO
Um enxerto arteriovenoso é ligação de uma veia a uma artéria, utilizando um tubo de plástico macio. Após o enxerto ter cicatrizado, a hemodiálise pode ser realizada. O enxerto permite o aumento do fluxo sanguíneo, permitindo melhor filtração do sangue.
Enxertos tendem a necessitar de cuidados e manutenção. Cuidar bem do acesso pode diminuir os riscos de complicações como infecção e tromboses.
A Fístula Arteriovenosa DIREITA
A fístula arteriovenosa para hemodiálise é uma conexão direta de uma artéria a uma veia. Este é o tipo preferido de acesso, porque uma vez que a fístula amadurece e se torna maior e mais forte, pode durar muitos anos. Depois da fístula ser criada, cirurgicamente, devemos esperar a sua cicatrização a amadurecimento para a sua utilização. Esse período dura em média 30 dias.
As Vantagens
Menor risco de infecção do que os enxertos ou cateteres;
Menor tendência a coagular do que o enxerto ou cateteres;
Permite uma maior circulação de sangue, aumentando a eficácia da hemodiálise;
Reduz o tempo de tratamento;
Alta durabilidade;
Menor custo.
Cuidados
Limpeza: A limpeza é a principal forma de manter seu acesso longe da infecção.
Mantenha-se atento aos sinais como dor, sensibilidade, inchaço ou vermelhidão ao redor da área da fístula. Se você tiver febre, consulte o seu médico. O uso de antibióticos para uma infecção, quando precoce, pode tratar e manter seu acesso duradouro.
O Fluxo Sanguíneo Irrestrito
Qualquer restrição do fluxo sanguíneo pode causar coagulação.
Aqui estão algumas dicas para ajudar a manter o sangue fluindo sem restrições:
Evite roupas apertadas ou joias que possam colocar pressão sobre sua área de acesso;
Não transportar malas, bolsas ou qualquer tipo de item pesado sobre sua área de acesso;
Não deixe ninguém colocar um manguito de pressão sanguínea em seu braço de acesso – tem a sua pressão arterial medida do seu braço não acesso;
Não colher exames de sangue do membro onde está o seu acesso;
Não durma com o seu braço de acesso sob sua cabeça ou travesseiro;
Verifique o pulso em seu acesso diariamente.
O Frêmito
A vibração do sangue passando por seu braço é chamado de “frêmito”. Você deve verificá-lo várias vezes ao dia. Se o “frêmito” muda ou para, pode ser indicativo de obstrução do seu acesso.
Procurar imediatamente seu médico para avaliar sua fístula, pois o tratamento precoce pode salvar o seu acesso.
Referência:
Toregeani JF, Kimura CJ, Rocha AST, Volpiani GG, Bortoncello Â, Shirasu K, et al.. Avaliação da maturação das fístulas arteriovenosas para hemodiálise pelo eco-Doppler colorido. J vasc bras [Internet]. 2008Sep;7(3):203–13. Available from: https://doi.org/10.1590/S1677-54492008000300005
Sonda Retal
A sonda retal é indicada para aliviar a tensão provocada por gases e líquidos no intestino grosso. Utilizável também para retirada de conteúdo fecal através do reto.
Indicação de Uso
Constipação intestinal;
Preparo e realização de procedimento diagnóstico, ou terapêutico, como exames contrastados retossigmoidoscopia, colonoscopia e enema medicamentoso;
Drenagem de fezes.
Numerações (fr)
Uso infantil: 04, 06, 08;
Uso adulto: 10, 12, 14, 16, 18, 20, 22, 24, 26, 28, 30 e 32.
Ler a prescrição: data, nome do paciente, medicação, dose via de administração;
Higienizar as mãos;
Separar a medicação na quantidade (volume) prescrito;
Levar o material na bandeja até o leito do paciente;
Informar ao paciente o procedimento que será realizado, assim como sua função;
Promover a privacidade do paciente utilizado biombos se necessário;
Calçar luvas de procedimentos;
Proteger o colchão com lençol impermeável e lençol móvel;
Acomodar a comadre próximo ao paciente;
Lubrificar a ponta da sonda retal com vaselina gel ou xilocaína gel;
Colocar o paciente em decúbito lateral esquerdo com a perna esquerda estendida e direita fletida (posição dês SIMS);
Entre abrir as nádegas com papel higiênico;
Introduzir a sonda retal no ânus, aproximadamente 5 a10 cm utilizando gaze 7,5×7,5;
Firmar a sonda com uma mão e com a outra adaptar o frasco da solução indicada na extremidade da sonda retal;
Introduzir toda solução lentamente;
Retirar a sonda suavemente;
Orientar o paciente para reter a solução o quanto puder;
Proporcionar seu fechamento mecânico apertando suavemente as duas partes das nádegas de forma que a solução não retorne de imediato;
Posicionar a comadre sob o paciente, ou fralda descartável, o tempo necessário para esvaziamento intestinal;
Observar o resultado do clister;
Desprezar o conteúdo da comadre no vaso sanitário;
Retirar luvas de procedimento;
Colocar novas luvas de procedimento;
Fazer higiene externa do paciente;
Auxiliar o paciente a recolocar suas roupas;
Posicionar o paciente confortavelmente;
Retirar luvas de procedimento;
Lavar as mãos;
Checar medicação prescrita;
Registrar o procedimento, bem como seu resultado.
Algumas Observações
A solução deve estar com a temperatura em torno de 30ºC a 35ºC, pois o calor estimula os reflexos nervosos da mucosa intestinal;
Não deverá ser forçada a introdução da sonda retal, nos casos em que for evidenciada a resistência a sua progressão;
Se a resistência for de material fecal, aguardar para que seja amolecido para se continuar com a progressão da sonda, se a resistência se mantiver, pode ser que haja presença de um fecaloma ou tumor. Nesses casos o procedimento deverá ser interrompido e feito o registro necessário;
Em adultos introduzir a sonda retal 7,5 a 10,0cm e, em crianças introduzir a sonda retal 4 a 7cm.
Referências:
ARCHER, E. Procedimentos e protocolos. Vol.2. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006
Cateter de Tenckhoff
O Cateter de Tenckhoff é um material apropriado e flexível que é colocado no abdome do paciente para realização da diálise peritoneal. Por este cateter, o líquido de diálise peritoneal será infundido e drenado.
A colocação do cateter é feita por meio de um pequeno procedimento cirúrgico, por cirurgião geral e com anestesia local.
A diálise peritoneal é uma técnica de substituição da função renal alternativa à hemodiálise. Geralmente, é utilizada no quinto estágio da insuficiência renal crônica, isto é na fase mais avançada dessa insuficiência.
Nas situações de insuficiência renal aguda grave é muito rara a sua utilização, encontrando-se bem definido o papel da hemodiálise e de técnicas dialíticas contínuas como a hemofiltração venovenosa nessas situações agudas.
Uma das grandes vantagens da diálise peritoneal prende-se com o fato de se tratar de uma técnica ambulatória, geralmente domiciliária.
Se o doente se encontrar dependente de uma terceira pessoa, a técnica pode ser executada por um cuidador (Diálise Peritoneal Assistida) no próprio domicílio ou em Lares ou Unidades de Cuidados Continuados.
A diálise peritoneal contínua ambulatória (DPCA) é a variante mais utilizada dessa técnica. O paciente executa 3 a 4 trocas (passagens) manuais durante o dia. A diálise peritoneal automática é efetuada com recurso a uma cicladora. O doente é conectado a essa máquina durante a noite.
O Cateter HeRO(Hemodialisis Reliable Outflow) Graft é um enxerto de acesso para hemodiálise subcutâneo em pacientes que apresentam fístulas ou enxertos falhos ou que são dependentes de cateter devido ao bloqueio das veias que levam ao coração, podendo permanecer por longo prazo (o cateter deve ser trocado caso haja uma infecção ou ocorra um entupimento dele).
Indicação de Uso
Ele é indicado para pacientes com dificuldade na confecção de fístulas (comunicação de uma veia com uma artéria) no braço e até mesmo para aqueles que já perderam vias de acesso para diálise. Além de outras indicações como:
Salvamento uma fístula em falha devido a estenose venosa central;
Salvamento um enxerto AV com falha devido a estenose venosa central;
Conversão de um paciente dependente de cateter;
Pacientes incapazes de atingir as taxas de fluxo sanguíneo prescritas por seu médico.
Características
Esse tipo de cateter é composto por um stent siliconado e uma prótese de tripla camada que permite o desvio do sangue de uma artéria do braço para uma veia próxima ao coração, sendo o dispositivo implantado totalmente abaixo da pele.
O HeRO Graft é classificado pelo FDA (Food and Drug Administration) dos Estados Unidos como um enxerto, mas difere de um enxerto vascular convencional, pois não possui anastomose venosa.
Referências:
Initial Experience and Outcome of a New Hemodialysis Access Device for Catheter-Dependent Patients.Howard E. Katzman, Robert B. McLafferty, John R. Ross, Marc H. Glickman, Eric K. Peden and Jeffrey H. Lawson. JVS, Journal of Vascular Surgery, September 2009 Volume 50, Issue 3, Pages 600-607.e1
O Cateter Arterial é importante durante o tratamento intensivo de pacientes críticos, pois atua como acesso vascular arterial para o monitoramento preciso da pressão sanguínea em anestesia ou medicina interna, através das artérias radial, braquial e femoral, controlando, assim, as funções cardíacas, circulatórias e pulmonares.
Com este Cateter, também é possível colher sangue arterial para gasometria e outros exames laboratoriais que exigem o mesmo.
Algumas Observações:
Manter o curativo do orifício de saída sempre seco;
O cateter deve permanecer imóvel;
Jamais force a infusão em um cateter obstruído. A obstrução pode ser resultante de coágulo ou precipitação de substâncias. Para evitar a obstrução, mantenha o cateter heparinizado ou irrigado e confira as substâncias antes de infundi-las;
Técnicas rigorosamente assépticas devem ser usadas durante o procedimento de implantação e manutenção do cateter;
A utilização do cateter é de curto prazo, até 29 dias.
Punção Intraóssea
A punção intraóssea (IO) é um procedimento emergencial que permite a administração da maioria dos medicamentos utilizados em emergências quando não se consegue um acesso venoso periférico, principalmente em casos de hemorragia e em situações de trauma.
A via intraóssea pode ser usada com segurança em diferentes locais de punção, em pacientes adultos e crianças, com um risco muito baixo de complicações, sendo a mais comum o derramamento de fluidos.
Essa via de administração pode ser usada para lactentes, crianças ou adultos, quando não for possível estabelecer um acesso venoso de emergência nos primeiros dois minutos após o atendimento inicial no caso de parada cardiorrespiratória.
Locais para Punção
Crianças
Superfície antero-medial da tíbia proximal, 2,5 cm abaixo da tuberosidade tibial;
Tíbia e fêmur distais. A tíbia distal é preferível por ter uma cobertura fina de córtex ósseo e por possibilitar acesso mais difícil, porque o osso está bem protegido por músculo e gordura;
A inserção no esterno não é recomendável para crianças, devido ao risco de perfuração;
Nunca introduzir uma agulha intraóssea nas placas epifisárias de uma criança.
Adultos
Crista ilíaca ou esterno (com exceção do segmento anteroposterior, no qual a agulha poderia penetrar por completo);
Extremidade distal do rádio, a metáfise proximal do úmero e uma região situada 3 a 4 cm antes da extremidade distal do maléolo lateral ou medial;
A agulha também pode ser introduzida no processo estiloide da ulna, na epífise distal do segundo metacarpo, na epífise distal do primeiro metatarso, na tíbia ou no fêmur distal.
Enfermeiro pode ser habilitado para realizar punção intraóssea!
O COFEN aprovou a Resolução 648/2020, que dispõe sobre a normatização, capacitação e atuação do enfermeiro na realização da punção intraóssea em situações de urgência e emergência pré e intra-hospitalares.
A normativa, proposta pela Comissão Nacional de Urgência e Emergência, busca trazer mais segurança no procedimento, crucial para salvar a vida de pacientes graves.
Observação
Recomenda-se a antissepsia do local com gluconato de clorexidina a 0,5%, iodopovidona a 10% ou álcool a 70%;
Utilizar cobertura estéril de fixação e não ultrapassar impreterivelmente, o período máximo de 24h com uso da via intraóssea, buscando um novo acesso após estabilização do paciente.
Referências:
LANE, John Cook and GUIMARAES, Hélio Penna. Acesso venoso pela via intraóssea em urgências médicas. Rev. bras. ter. intensiva [online]. 2008, vol.20, n.1, pp. 63-67.
Ricardo Américo Ribeiro de; MELO, Clayton Lima; DANTAS, Raquel Batista and DELFIM, Luciana Valverde Vieira. Acesso vascular por via intraóssea em emergências pediátricas. Rev. bras. ter. intensiva [online]. 2012, vol.24, n.4, pp. 407-414.
EUA. Suporte Avançado de Vida Cardiovascular. American Heart Association. Manual do Profissional, 2011.
Cateteres Venosos Periféricos: As diferenças entre SCALP e ABBOCATH
Scalp e cateter jelco são dois dos materiais mais utilizados em hospitais nos procedimentos de acesso venoso periférico. A técnica consiste na introdução de um dispositivo em uma veia periférica com o objetivo de tirar uma amostra de sangue, administrar drogas via endovenosa ou realizar reposição volêmica e de hemoderivados.
O Cateter Venoso Periférico Agulhado “Scalp”
Popularmente conhecido como Butterfly, o scalp agulhado borboleta é um dispositivo de infusão intravenoso que deve ficar menos tempo no acesso venoso do paciente do que os cateteres venosos. Esse scalp é composto de agulhas nos calibres 19G, 21G, 23G, 25G e 27G, que ficam acopladas a uma mangueira extensora conectada a uma seringa. A desvantagem dos Scalps é que não permitem que o paciente dobre o braço para evitar que o equipamento saia do lugar.
Popularmente conhecido como “Abbocath”, os cateteres venosos periféricos flexíveis proporcionam maior conforto e segurança aos pacientes e aos profissionais. Eles são recomendados na utilização por períodos prolongados ou que exijam a administração de medicamentos com maior risco de causar inflamações nas veias ou lesões na pele do paciente. E também no caso de extravasamento, quando podem causar contaminação do profissional, como no caso das medicações quimioterápicas.
A agulha é confeccionada em aço inoxidável com bisel trifacetado com a finalidade de perfurar a pele até chegar ao acesso venoso, preservando a integridade do cilindro, evitando que ele se dobre ou se quebre até chegar ao vaso. Ele é confeccionado de polímero policloreto de vinila (FEP (Teflon®) ou Vialon), ou polímero poliuretano (PU), ambos flexíveis, de calibres 14G, 16G, 20G,22G,24G e 26G.
Em uma das extremidades possui um conector 6% luer onde se observa o retorno sanguíneo e promove a conexão com a seringa, equipo, multivias, etc. para que se inicie a infusão. Há também opção com dispositivo de segurança, um mecanismo que recobre a ponta da agulha após a utilização, evitando acidente ocupacional.
Agora, qual é a diferença na aplicação destes cateteres na prática?
Os cateteres venosos periféricos flexíveis “abbocath” são utilizados nos procedimentos intermitentes de fluidos, quando há a necessidade de se manter o acesso no paciente por um tempo prolongado (de 48 a 72 horas).
É ideal para administrar medicamentos com maior risco de causar danos aos vasos e à pele do paciente ou inflamações, e também em casos em que possa ocorrer a contaminação do profissional de saúde, como sessões de quimioterapia.
Os cateteres venosos periféricos agulhados “scalp” devem ser utilizados para infusão de curta duração (em torno de 24 horas), de baixo volume, quando não há necessidade de manter o acesso no paciente.
Pode ser usado para administração de medicamentos “in bolus” ou “flush”, e para pacientes com veias muito finas e comprometidas, como terapia de dose única, administração de medicamento IV em bolus ou para coleta de sangue.
Referência:
PHILLIPS, D.L. Manual de Terapia Intravenosa. 2ºed.Porto Alegre: Artmed,2001.
Cateter de Fogarty
O Cateter de Embolectomia Arterial, tipo “Fogarty”, é indicado para a remoção de trombos e êmbolos arteriais.
Origem do nome
A intervenção em pacientes com Oclusão Arterial Aguda ou Isquemia Aguda de Extremidade provocada por embolia foi realizada pela primeira vez em 1895, e por muito tempo usaram-se técnicas de lavagem ou irrigação retrógrada da artéria.
O desenvolvimento do cateter de embolectomia por Thomas Fogarty, em 1963, representou uma revolução para a resolução desse tipo de problema, uma vez que a recuperação do êmbolo se tornou um procedimento cirúrgico de pequena monta, na maior parte das vezes.
Como é utilizado o Cateter
Em pacientes com suspeita de embolia e pulso femoral ausente ipsilateral, a melhor conduta é a exposição da bifurcação da artéria femoral e a realização da tromboembolectomia com cateter Fogarty. Como refinamento da técnica, passa-se um fio guia pela lesão e o cateter Fogarty é passado através deste fio guia, com controle por radioscopia.
Com isso, torna-se possível visualizar as três artérias da perna e, quando possível, realizar a tromboembolectomia de forma seletiva e controlada.
Após a remoção do coágulo, realiza-se a arteriografia para confirmar se a tromboembolectomia foi eficaz e para guiar o tratamento subsequente, se houver obstrução no inflow ou outflow.
Referência:
FOGARTY, T. J.; DAILY, P. O.; SHUMWAY, N. E.; KRIPPAEHNE, W. Experience with balloon catheter technic for arterial embolectomy. American Journal of Surgery, Belle Mead, v. 122, no. 2, p. 231–237, 1971. doi: 10.1016/0002-9610(71)90323-0.
SpeediCath® Navi: Para Homens com Disfunção Miccional
Disfunções miccionais são alterações no ato de urinar. Podem ter origem neurológica (como em pacientes para ou tetraplégicos), e também com bexiga neurogênica , e não neurológicas (incontinência urinária de esforço, bexiga hiperativa, capacidade vesical reduzida por doenças crônicas, como tuberculose).
E a Empresa Coloplastlança um novo dispositivo, o cateter hidrofílico SpeediCath® Navi, que eleva o padrão de cuidado da bexiga no Brasil.
O Auto-Cateterismo Intermitente
As técnicas de cateterismo vesical intermitente podem variar de acordo com o julgamento clínico, com a disponibilidade de recursos, sempre levando em consideração a indicação individualizada. Dentre as intervenções pertinentes, destacam-se o cateterismo intermitente estéril, realizado por meio de um cateter de uso único estéril manipulado com técnica estéril e cateterismo intermitente limpo, realizado por meio de técnica e material não-estéreis.
Tipos e características dos cateteres utilizados (hidrofílicos, impregnados com antibióticos e cateteres convencionais, ou seja não revestidos como os de silicone, látex ou PVC), também variam consideravelmente, o que aumenta a complexidade de seleção de produtos e análise comparativa da sua eficácia.
E o cateter hidrofílico SpeediCath® Navi foi introduzido com o objetivo de facilitar a técnica de cateterismo vesical intermitente domiciliar, melhorar o conforto do paciente e reduzir as complicações associadas ao mesmo.
Ele se caracteriza por apresentar uma camada de polímero com alta afinidade pela água e que forma uma superfície deslizante, facilitando a entrada do cateter na uretra, sendo demonstrado que a utilização do mesmo proporciona menor risco de infecção urinária.
O mercado brasileiro masculino de usuários de cateter intermitente inclui pessoas com bexiga neurogênica(entre os que têm lesão medular, 80% são homens), portadores de esclerose múltipla e espinha bífida, entre outras disfunções.
Eles devem usar um cateter descartável sempre que vão esvaziar a bexiga. Desta forma, é um produto de necessidade íntima, para uso frequente (de quatro a seis vezes ao dia, em torno de duas mil vezes ao ano), essencial e imprescindível para uma boa qualidade de vida.
Características do SpeediCath® Navi
Com uma ponta flexível em formato de gota, em conjunto com a flexibilidade do cateter, o SpeediCath® Navi proporciona uma inserção e retirada simples e gradual pelas irregularidades da uretra masculina. A ponta flexível se mantém sempre no centro da uretra, evitando falsos trajetos. Ele possui também um guia de inserção que facilita a navegação e permite um cateterismo higiênico, pois não há toque no cateter, diminuindo o risco de contaminação e de infecção urinária em até 54%¹.
O SpeediCath® Navi é o mais novo integrante do portfólio SpeediCath, família de cateteres intermitentes da Coloplast que possuem revestimento hidrofílico e são prontos para o uso, não exigindo preparo prévio (como adição de água ou de gel lubrificante). Seu revestimento hidrofílico único e uniforme reduz as chances de trauma uretral em até 55%², atendendo a uma demanda dos mercados em desenvolvimento: facilitar o treinamento, minimizar a complexidade do cateterismo e proporcionar maior adesão ao tratamento, com melhorias na qualidade de vida.
“É um mercado emergente com novos padrões de saúde”, explica o urologista Dr. José Carlos Truzzi. Ele reforça que a tendência é que os cateteres convencionais — sem qualquer tecnologia e que precisam de gel ou água para serem utilizados — sejam pouco a pouco substituídos pelo SpeediCath Navi: “Ambos têm um corpo mais flexível, o que facilita na adaptação. Além disso, a praticidade de ser pronto para o uso e ter a ponta flexível para auxílio na inserção trazem um conforto que, depois de conhecer o Navi, o usuário geralmente não vai mais querer voltar para o cateter convencional”. Truzzi ressalta ainda que, ao reduzir o risco de complicações e manter uma rotina saudável de gestão da bexiga, o SpeediCath Navi estabelece um padrão ouro no tratamento de disfunções miccionais.
Na fase de pré-lançamento, a Coloplast ofereceu o SpeediCath® Navi a 150 usuários brasileiros para avaliar a aceitação do produto. Os números confirmam que ele cumpre a função de facilitar o uso e de ser mais suave no trajeto para a bexiga, estando alinhado às necessidades do mercado nacional: 95% consideraram fácil de usar; 95% confirmaram que esta facilidade inclui um manejo higiênico, sendo mais seguro para a saúde do usuário; 96% recomendariam o SpeediCath Navi e 70% concordam que a flexibilidade da ponta e do próprio cateter trazem a sensação de ser um produto mais gentil na utilização.
Quem quiser conhecer o mais novo cateter hidrofílico da Coloplast, pode solicitar uma amostra grátis com cinco unidades do SpeediCath Navi por meio do site http://bit.ly/amostrasgratisnavi.
Lançado em 2019 no exterior (Espanha, Japão, Coreia do Sul, África do Sul, Arábia Saudita, República Tcheca e Emirados Árabes), a Coloplast, empresa dinamarquesa no Brasil desde 1999 e líder de mercado em 140 países, traz o SpeediCath Navi depois de extensas pesquisas com usuários e profissionais de saúde do Brasil e outros quatro países semelhantes ao nosso no uso de produtos de necessidades íntimas. “O cateter hidrofílico SpeediCath Navi está alinhado à missão da Coloplast de oferecer produtos e serviços que melhoram a vida de pessoas com condições médicas muito íntimas. Além disso, somos pioneiros e líderes no mercado de Continência e, através da educação de profissionais de saúde, usuários e acesso às evidências, tecnologia e inovação em saúde, buscamos elevar o padrão de tratamento da bexiga no Brasil”, ressalta Luiz Tavares, diretor geral da Coloplast.
Saiba mais sobre o Cateterismo Intermitente Domiciliar neste link.
Gastrostomia (GTT) e jejunostomia (JJT) são procedimentos cirúrgicos para a fixação de uma sonda alimentar. Um orifício criado artificialmente na altura do estômago (gastrostomia) ou na altura do jejuno (jejunostomia), objetivando uma comunicação entre a cavidade do estômago e a parede do abdômen.
Este orifício cria uma ligação direta do meio interno com o meio externo do paciente.
A cirurgia é realizada em pacientes que perderam, temporária ou definitivamente, a capacidade de deglutir os alimentos, tanto em conseqüência de lesões cerebrais graves quanto em transtornos do trato gastrointestinal superior.
Na literatura são descritas, atualmente, três técnicas de gastrostomia: gastrostomia percutânea por fluoroscopia, gastrostomia endoscópica percutânea (PEG) e gastrostomia cirúrgica.
Gastrostomia Cirúrgica
O procedimento cirúrgico é feito por meio de uma laparotomia no estômago, sendo que, o cateter é colocado na área avascular entre a pequena e a grande curvatura, sendo a bolsa e o cateter fixados por sutura. Externamente, o cateter irá se localizar na altura do hipocôndrio esquerdo.
Gastrostomia Endoscópica Percutânea
É realizada por meio de uma incisão no abdômen e inserção da cânula com a introdução de um fio não absorvível por intermédio da cânula, enquanto o outro médico observa pelo endoscópio que foi passado no trato gastrointestinal superior, usa o laço desse aparelho para segurar o final da sutura e guiá-lo através da boca do paciente.
Os Tipos de Gastrostomia
Gastrostomias Operatórias Temporárias
Tipo Stamm
Dentre as gastrostomias operatórias a de Stamm é a mais utilizada, bem-sucedida, simples rápida e fácil.
Apresenta fechamento espontâneo dois a três dias após a retirada do cateter. De modo geral não causa grandes deformidades no estômago, mantendo, portanto, preservados os contornos anatômicos e o volume gástrico, não interferindo nas operações gástricas ou abdominais subsequentes. O procedimento é realizado com o paciente em decúbito dorsal, através de pequena incisão mediana supra umbilical.
Outras como transversa e subcostal esquerda também podem ser utilizadas. O local da gastrostomia corresponde a superfície anterior do estômago, próximo a grande curvatura, entre o corpo e o antro gástrico.
Introduz-se, então, o cateter através de uma pequena abertura previamente realizada no corpo do estômago, dentro de uma sutura em bolsa (fio inabsorvível 2-0 ou 3-0). Após a confirmação da posição adequada do cateter, através da aspiração de conteúdo gástrico, amarra-se a sutura e faz-se mais outras duas ou três, de forma que, a sutura posterior promova a invaginação da anterior, formando, assim, o trajeto seroso.
A partir daí, faz-se uma contra-abertura, situada cerca de 3 a 5 cm da laparotomia, para exteriorização do cateter. Após a exteriorização do cateter, realiza-se a fixação (gastropexia) apropriada da parede gástrica anterior ao peritônio parietal adjacente ao orifício da contra-abertura.
Essa fixação é feita por quatro pontos simples (norte, sul, leste, oeste), tentando assim, evitar extravasamento de secreção gástrica na cavidade peritoneal. Finalmente, fixa-se o cateter à pele e fecha-se a laparotomia por planos.
Tipo Witzel
É uma modificação da técnica de Stamm, constituindo na construção de um trajeto seroso mais longo. A posição do paciente e a via de acesso à cavidade abdominal é a mesma da técnica anterior. O cateter é introduzido no lume gástrico e fixado por somente uma sutura em bolsa.
A partir daí, deita-se o cateter sobre a parede gástrica seguindo o eixo longitudinal do estômago e, a parede anterior é pregueada sobre o cateter através de uma sutura seromuscular com 4 a 8 cm de extensão. Exterioriza-se o cateter por contra-abertura, fixa-se a parede gástrica anterior ao peritôneo parietal como na técnica de Stamm e fecha-se a laparotomia por planos.
Embora idealizada para reduzir o extravasamento que ocorria na técnica de Stamm, a técnica de Witzel não trouxe vantagem satisfatória, ao contrário, sendo referido até maior propensão ao extravasamento em torno do cateter. Alem disso, apresenta o tempo operatório mais longo e maior deformação gástrica.
Gastrostomias Operatórias Permanentes
As gastrostomias permanentes apresentam grandes desvantagens, tais como, a operação ser mais delicada e trabalhosa, além disso, o tubo gástrico é construído por procedimentos que causam maior deformidade gástrica, redução do volume e maior riscos de complicações pós-operatórias.
Em virtude dessas complicações e do aprimoramento de novas técnicas, as gastrostomias permanentes são raramente indicadas.
Sendo assim, as técnicas serão apenas citadas:
Gastrostomia tipo Depage Janeway;
Gastrostomia tipo Beck-Carrel-Jianu;
Gastrostomia tipo Patton;
Gastrostomia tipo Spivack-Watsuji.
Gastrostomia Endoscópica Percutânea (GEP)
A GEP quando comparada com a gastrostomia operatória apresenta algumas vantagens:
rapidez de execução,
menor tempo de hospitalização,
menor custo,
evita a laparotomia
dispensa anestesia geral na maioria dos pacientes.
As Indicações e contra-indicações
As indicações da GEP são as mesmas de qualquer técnica de gastrostomia, porém, ela se destaca por ser o método de eleição para alimentação enteral prolongada.
Além das contra-indicações comuns a qualquer técnica de gastrostomia a GEP possui algumas contra-indicações especificas absolutas (impossibilidade de realizar a endoscopia, incapacidade de realizar a aposição do estômago na parede abdominal devido a interposição de vísceras intra-abdominais (fígado, baço) e relativas (pacientes soropositivos e oncológicos, obstrução da faringe e esôfago, presença de fístula gástrica ou duodenal, CA de estômago, hipertensão portal com varizes de esôfago, refluxo gastro-esofágico severo e úlcera gastro-entérica).
Complicações
As complicações da GEP estão relacionadas ao procedimento endoscópico (pneumonia de aspiração, perfuração e laceração do esôfago) e à técnica percutânea (infecção no local da saída do cateter, hemorragia no local da gastrostomia, lesão da parede posterior do estômago, peritonite, fístula cólica e gastrocólica e lesão de órgãos adjacentes).
Método de Tração
Paciente em decúbito dorsal e sedado, faz-se a anti-sepsia da parede anterior do abdome com PVPI degermante.
Inicia-se então o procedimento endoscópico, fazendo primeiramente os exames do lume esofágico, gástrico e duodenal em busca de anormalidades que contra-indiquem a técnica. Uma vez o endoscópio situado no lume gástrico faz-se a distensão do estômago através da insuflação de ar.
Direciona-se, então, a luz do endoscópio para a parede anterior do estômago. Com a redução da iluminação do centro cirúrgico a luz do aparelho pode ser vista através das paredes gástrica e abdominal. O melhor local de gastrostomia é o ponto de transiluminação máxima, definido pela observação de uma imagem luminosa circular nítida.
Essa imagem já fornece indícios da inexistência de vísceras abdominais interpostas entre o estômago e a parede anterior do abdome. Porém, para aumentar a segurança na escolha do local da gastrostomia realiza-se também a palpação do abdome com apenas um dedo, sendo que, a observação endoscópica da denteação na parede anterior do estômago é também indicativa de adequada aposição da parede gástrica na abdominal.
Com o local escolhido, realiza-se a infiltração da pele com anestésico local e, faz-se uma incisão de cerca de 0,5 a 1,0 cm de comprimento. A seguir, introduz-se uma agulha com cânula de plástico até o interior do estômago.
Retira-se a agulha e introduz um fio de náilon pela cânula que vai ser preso pelo endoscópio e puxado através do esôfago e da boca juntamente com o aparelho de endoscopia. A extremidade do fio que sai pela boca é amarrada firmemente ao tubo de gastrostomia, o qual é deslocado até o interior do estômago, por tração da extremidade oposta do fio, que sai pelo local da punção na parede abdominal. Quando o tubo atinge a cânula de plástico, observa-se uma leve resistência.
A partir daí o endoscópio é reintroduzido e, sob orientação do endoscopista, o tubo de gastrostomia é colocado na posição adequada. Após a confirmação da posição correta do tubo e ausência de hemorragia o endoscópio é retirado.
O tubo de gastrostomia apresenta um anel de silicone a poucos centímetros da sua extremidade distal, o qual serve para orientação e fixação do tubo na parede gástrica.
Para evitar a reintrodução do endoscópio, indica-se a colocação de quatro marcas de tinta de um centímetro de intervalo na extremidade distal do tubo, acima do anel de silicone. Essas marcas serviriam para orientação do posicionamento adequado do anel na parede gástrica.
A seguir, através de um fixador externo, o tubo gástrico é mantido sob leve tração, assegurando a aposição da parede gástrica à parede abdominal até que ocorra a formação de aderências firmes.
Método de Introdução
O procedimento é idêntico ao método de tração quanto ao preparo do paciente, o procedimento endoscópico, a escolha do local da gastrostomia, a técnica de punção percutânea do estômago e a introdução do fio guia no lume gástrico. A partir daí, retira-se à cânula de plástico e mantém-se o fio guia no local.
Após a dilatação do trajeto da pele até o lume gástrico com um dilatador cônico, o tubo de gastrostomia é introduzido, com o auxilio do fio guia e o seu posicionamento é confirmado pelo endoscópio. Insufla-se o balão do tubo gástrico e traciona-o contra a parede abdominal para que ocorra a aposição das paredes. O endoscópio é retirado e o tubo de gastrostomia é mantido sob leve tensão, mediante fixador externo.
A grande vantagem do método de introdução em relação ao de tração é a ausência de contaminação oral do cateter gástrico, evitando a contaminação do trajeto cutâneo durante a inserção. Porém, como desvantagem, tem sido referido o deslocamento do estômago durante o processo de dilatação do trajeto ou de inserção do tubo gástrico, com potencial para o extravasamento intraperitonial do conteúdo gástrico.
Além disso, tem-se observado maior incidência de fístulas no local da punção com desenvolvimento de peritonite generalizada ou de abscessos intra-abdominais. Enfim, recomenda-se o uso da técnica de tração por ser mais segura.
Gastrostomia Radiológica Percutânea (GRP)
Inicialmente, faz-se o cateterismo nasogástrico para dilatação gástrica com cerca de 500 a 1000 mL de ar. Pode ser necessário ultra-sonografia para excluir a interposição de vísceras entre o estômago e a parede abdominal.
Com o paciente em decúbito dorsal, procede-se a assepsia e anti-sepsia da parede abdominal e o local da punção é infiltrado com anestésico local. Após pequena incisão no local da anestesia, introduz-se um trocarte através da parede abdominal até o lume gástrico.
Com o auxílio do trocarte o tubo de gastrostomia é introduzido e a sua posição correta é confirmada por instilação de meio de contraste no interior do estômago. A seguir o balão é insuflado e o trocarte é retirado. Esse tipo de gastrostomia torna-se necessária à presença do aparelho de fluoroscopia na sala de operação.
Na prática essa técnica de gastrostomia é pouco utilizada, sendo considerada como alternativa para pacientes com obstrução do esôfago ou com outras contra-indicações de gastroscopia ou de GEP.
Gastrostomia Laparoscópica
Esse tipo de gastrostomia segue os mesmos princípios da gastrostomia operatória sendo que o único fator que mudou foi a via de acesso a cavidade abdominal. É a técnica de escolha para pacientes com contra-indicações da GEP.
As vantagens do procedimento laparoscópico incluem a visualização intra-abdominal direta, a redução do tempo operatório, recuperação mais rápida, melhor resultado estético e menor incidência de complicações consequentes à incisão abdominal.
Além disso outra grande vantagem é o fato de em pacientes com refluxo gastroesofágico grave, o procedimento anti-refluxo pode ser realizado concomitante à gastrostomia.
Quem realiza a troca dos Dispositivos da Gastrostomia?
São realizadas através de uma cirurgia, porém as trocas dos dispositivos de GASTROSTOMIAS podem ser realizados no ambiente domiciliar, pelo profissional Enfermeiro capacitado e treinado. As JEJUNOSTOMIAS apenas no Hospital pelo médico. São trocadas em média a cada seis meses ou quando apresentam problema, seja com o dispositivo ou com o orifício no paciente.
Tipos de Dispositivos (Sondas) para Gastrostomia/Jejunostomia
Tipo Botão
Um botão gástrico é uma sonda de silicone transparente que se coloca através da pele do abdómen até ao estômago. Serve para alimentar a criança, dar a medicação e descomprimir o estômago.
É um dispositivo desenhado para maior conforto e mobilidade do doente. Existem diferentes tamanhos que se adaptam ao doente à medida que este vai crescendo. Antes de colocar o botão gástrico, deve-se colocar uma gastrostomia endoscópica percutânea (PEG), que será mais tarde substituída pelo botão.
Embora o sistema não seja exatamente o mesmo, tem a mesma função. A PEG não é uma técnica definitiva, mas sim transitória.
O botão gástrico é composto por três partes:
A porção extragástrica, na qual se encontra a válvula para encher o balão e o orifício no qual se conectam as sondas de alimentação e a medicação com uma tampa para encerrar;
A porção intraparietal, que é o canal que conecta a parte externa do botão com o balão interno;
A porção intragástrica, na qual se encontra o balão e a saída da alimentação.
Tipo Balão
A Sonda Tipo Balão é constituída por um tubo de silicone que apresenta em sua ponta distal um balão de silicone para fixação interna e um dispositivo em forma de disco para fixação externa.
Indicada para administração de alimentação e/ou medicação através de uma fístula gástrica estabelecida.
Ela é composta por:
Sonda com Linha Radiopaca (permite a visualização radiográfica);
Ponta aberta;
Dois orifícios laterais;
Anel de fixação a 01 cm da pele;
Graduada a cada cm em toda extensão;
Vias com tampa que asseguram o fechamento da sonda;
Acompanha extensão em PVC de 20 cm;
100% Silicone (Grau Medico).
Sonda Tipo Gastro-Jejunal
A Sonda tipo Gastro-Jejunal é indicada para nutrição jejunal e descompressão gástrica concomitante (duplo lúmen), fabricada em silicone grau médico, em seu comprimento apresenta listra radiopaca. Marcas de centímetros estão descritas ao longo do tubo. Internamente fixada por balão de silicone inflável e externamente por anel de segurança em silicone. Entradas individuais para alimentação e descompressão. Alça para endoscópio na extremidade distal.
É composta:
Fabricada em silicone médico hospitalar;
Possui anel de fixação externa SECUR-LOK;
Conector universal para passagem de alimentação jejunal;
Porta para descompressão gástrica;
Portas de saída gástricas e jejunais múltiplas;
Contrapeso em tungstênio na porção jejunal;
Ponta distal afunilada;
Faixa radiopaca.
Sonda Tipo PEG
A Sonda tipo PEG é um método simples e seguro para administração de nutrição enteral prolongada em pacientes com trato gastrointestinal funcionante, incapazes de receber aporte nutricional suficiente por via oral.
É composta por:
Silicone grau médico;
Suporte interno desenvolvido para reduzir acidentes com retiradas não intencionais;
Conexão universal para alimentação;
Adaptador 90° para completo conforto do paciente;
Linha radiopaca ao longo do tubo;
Suporte interno radiopaco.
Os Cuidados de Enfermagem
Cuidados com o Botton: Cuidados do estoma
Limpar diariamente a zona ao redor do botão com água tépida, sabão, esponja ou gaze, com movimentos circulares de dentro para fora;
Secar cuidadosamente a zona. Pode ser útil usar um bastão de algodão;
Comprovar que a zona ao redor do botão não está vermelha ou inflamada. Se detectar alguma complicação, comunicar ao médico;
Cuidados com o botão
Utilização diária do botão:
Dar a volta inteira ao botão cuidadosamente uma vez ao dia;
Comprovar que o tampão de segurança está bem cerrado sempre que não se utilize;
Recomenda-se verificar o volume de água que há dentro do balão uma vez por mês. Para isso, conectar uma seringa à válvula do balão, aspirando a água que está dentro. Se a quantidade for inferior à que se colocou no dia de mudança, encher a seringa com a quantidade de água destilada que falta e introduzir de novo no balão;
A válvula do balão deve manter-se bem limpa par que funcione corretamente;
Utilização esporádica do botão, porque o doente alimenta-se habitualmente pela boca.
Comprovar semanalmente que o botão não está obstruído:
Aspirar por uma extensão o conteúdo gástrico, confirmando assim a sua correta colocação. o Introduzir depois um pequeno volume de água para que permaneça limpo.
Cuidados com as extensões de alimentação
O botão leva dois tipos de extensões para alimentar e dar a medicação ao doente:
Uma mais grossa para os triturados;
Outra mais fina para os líquidos e para a medicação;
Limpeza externa: é necessário limpar todos os dias com água tépida e sabão neutro;
Limpeza interna: depois de cada alimentação, passar água pelas extensões lentamente, até que não fiquem restos de alimento na extensão.
Administrando a Dieta
Recomenda-se que o doente esteja sentado durante a alimentação (mínimo com inclinação de 45º), é conveniente manter esta posição uma hora após a alimentação.
Em caso de não ser possível sentar o doente, dar a alimentação mais devagar.
A administração dos alimentos com seringa não deve ser rápida, o médico ou enfermeira devem informar sobre o volume e o ritmo a dar.
Conectar a extensão do balão fazendo coincidir a faixa preta do balão e girar uma volta da extensão.
A alimentação deve ser administrada à temperatura ambiente. Se estava no frigorífico, deve ser retirada uma hora antes, mas não aquecer os alimentos.
Limpar bem todo o material externo utilizando água e sabão.
Administrando Medicamentos
Limpar a sonda com água antes e depois de dar a medicação:
Os comprimidos podem ser administrados se forem triturados até serem transformados em pó fino e dissolvidos em 5 a 10 ml de água.
Administrar primeiro as fórmulas líquidas e deixar as densas para o final.
Nunca misturar na seringa vários medicamentos.
Os comprimidos de libertação lenta não se podem triturar. Em caso de serem receitados, pedir ao médico que receite um medicamento alternativo.
Cuidados Gerais com a Gastrostomia e Jejunostomia
Higienizar as mãos com água e sabão antes e depois da manipulação;
Higienizar de 02 a 03 vezes ao dia ou quando houver necessidade, sempre ao redor do orifício com água e sabão, secando posteriormente cuidadosamente;
Trocar a gaze que protege a pele ao redor orifício (orifício é onde o dispositivo entra na pele);
Não utilizar óleos ao redor do orifício, pois pode facilitar a saída do dispositivo;
Manter cabeceira elevada sempre no momento que estiver administrando alimentação, água ou medicação, para não provocar enjoos e vômitos;
Após o término da administração, deixar o paciente nesta posição por aproximadamente 40 minutos;
Em caso de enjoos e vômitos suspender a administração e relatar à equipe;
Após a administração de alimentação e medicação realizar uma lavagem com 20 ml de água em jato utilizando a seringa;
Em caso de dificuldade na passagem da alimentação ou medicação, utilizar água em jato com o auxílio de uma seringa, antes de administração da alimentação ou medicação;
Observar o orifício, em caso de vermelhidão, escoriações (pele ralada) e sangramentos avisar a equipe;
Observar presença de Granuloma no orifício (Granuloma é uma inflamação do tecido no nosso organismo);
Em caso de escape do dispositivo de Gastrostomia do orifício, realizar higiene com água fria, manter o paciente deitado de barriga para cima e solicitar o serviço de urgência.
Saiu acidentalmente o Botão Gástrico, em casa! O que fazer?
Se saiu com o balão cheio: esvazia-lo e introduzi-lo pelo estoma e volta a enche-lo com a mesma quantidade do início e ir ao Hospital.
Se saiu por ruptura do balão, voltar a introduzi-lo e ir ao Hospital;
Se não se consegue introduzir o balão, ir rapidamente ao Hospital, para evitar que o estoma se feche;
Existem no mercado sondas de substituição.
Referências:
Cartilha “ORIENTAÇÕES PARA O CUIDADO COM O PACIENTE NO AMBIENTE DOMICILIAR” do Ministério da Saúde;
BVS Atenção Primária em Saúde
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