A aspirina é fundamental no tratamento de pacientes com...
Drenos
Veja alguns dos nossos principais assuntos relacionados à Drenos.
Redivac: O frasco de drenagem removível
O Dreno Redivac é um tubo fino de plástico (PVC) que é colocado no espaço (cavidade) criado quando o tecido é removido durante uma cirurgia.
É usado para coletar de sangue e fluidos após uma cirurgia. O cirurgião coloca drenos nas feridas operatórias com frascos de drenagem (a vácuo) para remover o excesso de líquido produzido em um local de uma cirurgia. Os drenos podem permanecer por vários dias, no entanto, o paciente poderá ir para casa com o(s) dreno(s) instalado(s). E o paciente pode trocar os frascos em casa, quando estiverem cheios.
Tempo de Permanência
O tempo que o dreno permanece no local depende da quantidade de líquido drenado.
Se a drenagem for de 50 ml ou menos em um período de 24 horas, então um profissional de saúde pode remover o dreno.
De outra forma, o dreno geralmente será removido dentro de sete dias após a cirurgia. O cirurgião irá especificar isso em sua nota de operação que pode pedir ao seu enfermeiro para verificar antes de ir para casa.
Quando o frasco de Redivac deve ser trocado?
O frasco precisa ser trocado quando:
Se o frasco estiver mais da metade cheia;
Se o indicador de vácuo verde estiver completamente expandido, indicando que não há sucção restante OU;
Se a extensão tiver se desconectado.
Quando o paciente deve procurar atendimento médico?
O paciente deve procurar atendimento médico se ocorrer uma das seguintes situações:
A quantidade de drenagem aumenta significativamente (mais de 100ml do dia anterior);
A drenagem não está fluindo para fora;
A drenagem fica turva, vermelha brilhante, com mau cheiro ou pus;
Se tiver uma uma temperatura elevada de mais de 38°C;
Sua pele ao redor da área do tubo de drenagem fica vermelha, inchada ou dolorida;
Os pontos ao redor do tubo de drenagem afrouxam ou se o tubo de drenagem escorregar;
– Se o tubo de drenagem escorregar, coloque uma gaze limpa sobre o local de drenagem e coloque um curativo sobre ele para manter a gaze no lugar.
Alguns cuidados
Lembre-se de levar o frasco para onde for;
Tente evitar que o tubo fique preso em alguma coisa;
Certifique-se sempre de que o tubo não fica dobrado;
Use roupas soltas para permitir a tubulação. Algumas pessoas acharam útil prender o saco que contém o garrafa de drenagem em um cinto em volta da cintura ou carregue-a na pequena bolsa fornecida;
Ao dormir, coloque o dreno na vertical no chão ao lado você. Isso impedirá que você role para a garrafa de drenagem quando dormindo;
O frasco pode ficar pesado, o que às vezes pode ser inconveniente e restritivo. No entanto, não mudaríamos o frasco, a menos que ela fique muito cheia. Isto porque pode
aumentar o risco de infecção quando o selo estéril é rompido da ferida para o frasco de drenagem;
Verifique se o vácuo do frasco está presente verificando o sanfona verde no topo da garrafa.
A drenagem torácica é o procedimento indicado quando se deseja evacuar o conteúdo aéreo ou líquido anômalo da cavidade pleural.
Existem 3 tipos de sistema de mecanismo de drenagem, de acordo com cada tipo de situação:
Drenagem Passiva
É o processo de drenagem mais comumente utilizado.
Esse tipo de drenagem se faz devido à força gravitacional e à existência de uma pressão positiva intrapulmonar, que expulsa o conteúdo intrapleural para o frasco coletor.
Após o posicionamento do dreno na cavidade da pleura, sua extremidade deverá estar mergulhada em recipiente que contenha líquido suficiente para mantê-la submersa, formando o chamado selo d ‘ água.
A extremidade imersa no líquido funciona como válvula unidirecional (selo d’água), que durante a expiração permite a passagem do produto drenado para o frasco coletor, porém durante a inspiração impede o retorno desse drenado por se elevar uma coluna de água que estabiliza a diferença de pressão entre o frasco coletor e a pressão intrapleural.
Drenagem Ativa
Na drenagem ativa ou por pressão negativa, é aplicada, ao sistema de drenagem, uma pressão inferior à existente na cavidade torácica, por meio da conexão a um sistema de aspiração contínua com o objetivo de forçar o movimento do líquido e do ar, contidos na cavidade pleural, em direção ao frasco coletor.
A pressão aplicada deve ser entre (-20 e -30 cmH2O), não excedendo esses valores devido ao risco de aspiração de tecido pulmonar e lesões.
A válvula de Heimlich é um sistema de válvula unidirecional usado por cirurgiões torácicos em várias situações. O dispositivo é considerado seguro e não é fator impeditivo para a alta hospitalar.
É flexível e previne o retorno de gases e fluídos para dentro do espaço pleural. A válvula mede menos de 13 cm (5 inches) de comprimento e facilita a deambulação do paciente.
Tem diversas indicações e pode substituir o sistema tradicional de drenagem com selo d ‘água. O sistema funciona em qualquer posição e dispensa clampeamento.
Prevenindo riscos e complicações
A drenagem torácica é uma técnica invasiva e não é isenta de riscos e complicações.
Durante o procedimento de inserção do dreno de tórax podem ocorrer dor, sangramento devido à ruptura de algum vaso, perfuração do pulmão e formação de enfisema subcutâneo.
A inserção em situação de emergência ou em movimento (ex: ambulância) pode ser um desafio, a depender da habilidade do médico executor e do posicionamento do paciente.
Importante assegurar a reexpansão do pulmão. Caso isto não ocorra após a drenagem, a aspiração contínua controlada (com pressão negativa de até 20 cm de água) pode ser necessária, juntamente com a fisioterapia respiratória
Não se deve clampear os drenos habitualmente. Particularmente em casos de fístula aérea, o clampeamento pode levar à piora do pneumotórax e até à situação de pneumotórax hipertensivo.
A retirada do dreno torácico deve ser feita com a garantia de ausência de fístula aérea, baixo volume líquido de drenagem (menor ou igual a 100ml/dia) e total expansão pulmonar.
É conveniente manter a drenagem por pelo menos 24 horas após a última evidência de escape de ar pelo dreno antes de retirá-lo.
O controle radiológico periódico permite avaliar a expansão pulmonar adequada.
A avaliação da função pulmonar e da condição clínica do paciente são determinantes da avaliação da terapêutica instituída.
Referências:
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.Diretriz Pneumotórax. 2006. Vol. 32. Supl 4. jornaldepneumologia.com.br/content-supp/76
Drenagem Torácica, p.129-138. In: Cuidando do paciente crítico: procedimentos especializados/editores Sandra Cristine da Silva, Patrícia da Silva Pires, Cândida Márcia de Brito. São Paulo: Editora Atheneu, 2013.
Gogakos et al. Ann Transl Med. 2015 Mar; 3(4):54. doi: 10.3978/j.issn.2305-5839.2015.03.25.
Dreno de Blake
O Dreno de Blake é um dispositivo de silicone para a drenagem de fluidos no período pós-operatório. Possui canais de fluxo ao longo de seu corpo, que diminuem a possibilidade de obstrução e possibilitam uma drenagem mais eficiente.
O seu centro sólido proporciona uma maior resistência às tensões, evitando assim a obstrução.
Indicação
O Dreno de Blake é indicado para drenagem corporal no período pós-operatório onde fluidos tendem a se acumular e aumentar o risco de infecção.
Excelente indicação onde há necessidade de um maior contato com o tecido que necessita de drenagem, pois possibilita uma drenagem mais rápida e eficaz.
Como exemplo de uso temos: cirurgias plásticas, cardíacas, transplantes, grandes cirurgias abdominais, cirurgias bariátricas e cirurgias em geral.
A Válvula de Heimlich foi descrita para substituir os sistemas de drenagem sob selo d’água, sendo projetada para evitar o refluxo de fluidos e ar para o paciente.
Disponível com e sem saco coletor pré-conectado, é indicado principalmente para procedimentos de cirurgia torácica, como por exemplo o pneumotórax.
Vantagens
Henry Heimlich, em 1968, idealizou um dispositivo para substituir os sistemas de drenagem sob selo d’água convencionalmente utilizados, apresentando vantagens, tais como:
Conferir maior mobilidade ao paciente;
Não necessitar de pinçamento durante o transporte;
E oferecer maior segurança e facilidade de higienização.
Propôs, então, uma válvula, de pequenas dimensões, que permite a passagem de fluido ou ar em uma única direção, evitando o refluxo para a cavidade pleural.
Além dessas vantagens, seria de fácil utilização e entendimento pela equipe médica, de enfermagem e, inclusive, pelo próprio paciente.
O sistema também mantém-se funcionando, independentemente de sua posição ou nível, tornando a drenagem pleural mais confiável.
O Enfermeiro e a Válvula de Heimlich
Quanto a competência do Enfermeiro em reconectar nova válvula de Heimlich por desconexão da anterior, por solicitação médica:
A troca da válvula de Heimlich pode ser feita pelo Enfermeiro se o mesmo tiver recebido capacitação para tal procedimento e com a prescrição do médico.
Conforme a Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica, a incidência de pneumotórax espontâneo primário é de cerca de 6 a 10 casos por 100 mil habitantes por ano.
A doença incide predominantemente em homens, mais altos e mais magros, com idade entre 20 e 40 anos.
Quase sempre é unilateral, um pouco mais frequente à direita. É mais comum nos fumantes devido à inflamação das vias aéreas, sendo proporcional ao número de cigarros por dia. A incidência do pneumotórax espontâneo secundário é semelhante à do primário, sendo mais frequente em pacientes acima dos 60 anos de idade.
O Dreno
O dreno de Wayne é um cateter fino, do tipo pig tail, utilizado em conjunto com a válvula de Heimlich, para drenagem de pneumotórax de diferentes etiologias. Este sistema, foi idealizado para substituir os drenos com selo d’água, constitui-se de uma válvula unidirecional, que funciona em qualquer altura que esteja posicionado, é menos doloroso e mais confortável para o paciente.
Diversos estudos compararam a eficácia do tratamento de pneumotórax entre tubos de pequenos calibres versus tubos de calibres maiores e o resultado mostrou que drenos em pigtail são tão efetivos quanto os drenos torácicos de maior calibre e proporcionam uma maior tolerância para os pacientes, maior mobilidade, menos dor e uma técnica de inserção menos invasiva.
Beyruti et.al. realizaram um estudo no qual avaliaram a eficácia de um sistema unidirecional (válvula de Heimlich), e puderem concluir que a válvula de Heimlich mostrou-se eficiente na resolução do pneumotórax de diferentes etiologias, a sua manipulação foi mais simples e rápida do que a drenagem em selo d´água.
Além disso, a boa tolerância referida pela maioria absoluta (94,8%) dos pacientes é fator que determina maior precocidade de alta hospitalar, bem como incentiva o tratamento ambulatorial do pneumotórax
A Coleta do líquido de dreno de tórax pela Equipe de Enfermagem
Existe a ORIENTAÇÃO FUNDAMENTADA Nº 029/2016, no qual questiona “Solicitação de esclarecimentos quanto a competência do Enfermeiro para a coleta de líquido de dreno de tórax, para exames laboratoriais pela torneirinha do dreno de Wayne com seringa“, onde conclui-se que:
“O enfermeiro tem como função a manutenção e curativo deste tipo de dreno, e uma vez que o dreno de Wayne já vem com a torneirinha e não dispõe de selo d’água, desde que o Enfermeiro tenha recebido orientação/treinamento sobre o procedimento, faça uma desinfecção adequada da torneirinha e use técnica estéril, ele pode colher material para laboratório conectando a seringa à torneirinha do dreno, com a prescrição do médico”.
Martin, K., Emil, S., Zavalkoff, S., Lo,A.,Ganey, M., Baird, R., Gaudreault, J., Mandel, R., Perreault, T., Pharand, A. (2013). Transitioning from stiff chest tubes to soft pleural catheters: prospective assessment of a practice change. Europeam Journal Pediatric Surgery, 23:389-393. Doi:10.1055/s-0033-1333641.
Lin, C., Lin, W., Chand, J. (2011) Comparison of pigtail cateter with chest tube for drainage of parapneumonic effusion in children. Pediatrics and neonatology 52,337-341. Doi:10.1016/j.pedneo.2011.08.007.
Beuruti, R., Villiger, L., Campos, J., Silva, R., Fernandez, A., Jatene, F. (2002). A válvula de Heimlich no tratamento do pneumotórax. J. Pneumol. 28(3).
ORIENTAÇÃO FUNDAMENTADA Nº 029/2016
Dreno de Kehr
O dreno de Kehr é introduzido nas vias biliares extra-hepáticas, recomendado para a drenagem externa, descompressão ou após anastomose biliar, como prótese modeladora, devendo ser fixado por meio de pontos na parede duodenal lateral ao dreno, tanto quanto na pele, impedindo sua saída espontânea.
A Principal finalidade é determinar ou criar um percurso artificial, com menor resistência, entre uma cavidade/ferida e o meio externo, pelo qual as secreções possam ser exteriorizadas, percorrendo uma trajetória mais curta.
Características
O dreno de Kehr é constituído de duas hastes tubulares, sendo uma vertical com 30 centímetros e outra haste horizontal com 10 centímetros, a qual se une à porção mediana da haste vertical, conferindo-lhe a forma de “T”, sendo que seu uso repousa nas indicações médicas, considerando as possíveis vantagens e desvantagens ou complicações, lembrando que o mesmo é indicado para drenar a via biliar principal.
Ressalta-se que para o dreno cumprir a finalidade mestra para a qual foi inserido, são necessários cuidados para se obter os benefícios de sua utilização desde a sua colocação até a sua retirada.
O seu uso na Colangiografia
A Colangiografia permite a visualização do caminho da bile, partindo do fígado até o duodeno, sendo possível identificar eventuais obstruções dos canais por onde a bile passa, assim como possíveis lesões, estenose ou dilatação destes dutos.
O paciente é sedado para evitar qualquer desconforto, sendo utilizado um tubo fino e flexível que porta uma microcâmera na extremidade, ou seja, um endoscópio, que introduzido por via oral possibilita a visualização da papila por onde os dutos biliares, pancreáticos e do fígado fluem para o duodeno.
Por meio deste tubo que é injetado o contraste radiológico. No caso da colangiografia intra-operatória, o contraste é administrado diretamente na árvore biliar, sendo que durante o procedimento cirúrgico de remoção da vesícula são realizadas imagens radiográficas diversas que permitem a visualização dos dutos biliares.
Os Tipos de Colangiografia
Quanto aos tipos de colangiografia, destaca-se dos tipos endovenosa ou intravenosa, consiste em aplicar um contraste na corrente sanguínea, para ser eliminado pela bile, com o intuito de obter
imagens em postura anteroposterior (AP) com encerramento do exame a critério médico, assim sendo:
Colangiografia pré-operatória
Na colangiografia pré-operatória com administração de contraste iodado, pode ser realizada por via transcística, onde o ducto cístico é cateterizado e injetado contraste iodado diretamente no ducto biliar principal, geralmente o colédoco, por uma agulha ou dreno de Kehr, neste caso para diagnóstico de coledocolitíase residual.
Colangiografia pós-operatória
A colangiografia pós-operatória por dreno em “T” ou dreno de Kehr é realizada em situações nas quais ocorrem abordagem cirúrgica da via biliar principal, sendo necessária a descompressão da via biliar, diminuindo o risco de fístulas, além de moldar a via biliar no local abordado, prevenindo eventual estenose.
Geralmente a colangiografia é realizada no sétimo dia pós-operatório, período onde se espera ter ocorrido a cicatrização do colédoco e bloqueio em torno do dreno. Antes de iniciar o exame deve ser realizada a assepsia do dreno e a retirada do ar, com o intuito de evitar uma possível pseudo-imagem ou imagem falsa, se possível observar o refluxo da bile, assim que o refluxo da bile atravessar todo o cateter, conecta-se uma seringa com contraste iodado.
A indicação
O procedimento mais indicado para a colangiografia pelo tubo de Kehr é a fluoroscopia, porém quando são realizados em aparelhos de Raios-X convencionais, sem imagem de TV, a procedência deverá contemplar três etapas, iniciando com a injeção de 3 a 5 mililitros de contraste iodado e radiografar as vias biliares, aguardar cerca de três minutos, para que o contraste se encaminhe para o duodeno e radiografar novamente as vias biliares, finalizando com a injeção do restante do contraste, cerca de dez ml e radiografar as vias biliares.
Principais complicações
Sobre as possíveis intercorrências e complicações relacionadas ao uso do dreno de Kehr, após a exploração cirúrgica do colédoco em usuários com afecções benignas, estão relacionadas com a formação de coleções biliares localizadas ou difusas, com consequente extravasamento de bile em torno do dreno, ou após o escape parcial ou total do tubo em “T” do interior da via biliar. Portanto, este procedimento, não é isento de complicações, porém os benefícios frente a determinadas situações justificam a sua utilização.
Contra-indicações
Sobre as contra-indicações para este tipo de procedimento, compreendem os casos de hipersensibilidade ao contraste iodado, infecção aguda do sistema biliar e altos níveis de creatinina e/ou uréia.
O seu uso na Colecistectomia
O tratamento cirúrgico tem o objetivo de proporcionar para você o alívio de seus sintomas por meio da remoção da principal causa, que neste caso é a vesícula biliar. Então a colecistectomia, nada mais é que a retirada da vesícula biliar cirurgicamente.
Colecistecomia Convencional
Colecistectomia convencional É a remoção da vesícula biliar através de um corte abdominal, é popularmente conhecida como “técnica aberta”. Esta intervenção é indicada nos casos de inflamação da vesícula.
Colecistectomia laparoscópica
É conhecida como “cirurgia por vídeo”, realizada através de um pequeno corte na cicatriz umbilical. Podem ser realizados diversos outros cortes pequenos ao longo do abdômen para a introdução de outros instrumentos cirúrgicos.
O abdômen é insuflado com um gás, para que o cirurgião consiga enxergar as estruturas abdominais. Um dos instrumentos cirúrgicos utilizado é o laparoscópio.
Ele possui uma câmera que passa a imagem para um visor que fica dentro da sala de cirurgia. Com isso, o cirurgião consegue enxergar dentro do abdômen. As duas técnicas cirúrgicas têm a mesma finalidade, porém só são realizadas de maneiras diferentes, de acordo com a necessidade apresentada pela condição clínica do paciente.
Assistência de Enfermagem
A assistência ao usuário que necessita do dreno, exige que o grupo profissional o prepare física e emocionalmente para o procedimento, visando um processo de reabilitação adequado.
A ferida de contra-abertura é classificada como drenante, a qual se trata de uma abertura cirúrgica, com presença de drenagem e exteriorizada por um conduto especial, o dreno.
O usuário deve ser avaliado frequentemente e receber cuidados específicos. Dentre as possíveis complicações da drenagem, destacam os efeitos orgânicos em resposta ao corpo estranho, como erosão em vasos, aparecimento de fístulas, hemorragias, dentre outros, aumentando, nestes casos, a possibilidade de infecção. Também podem ocorrer problemas mecânicos, como a perda do
dreno por deslocamento, obstrução do dreno, resultando na perda de sua função, assim como podem surgir transtornos fisiológicos devido a perda de líquidos.
A permanência do dreno depende do tipo de cirurgia realizada, no caso das colecistectomias combinadas à coledocotomias com drenagem à Kehr, onde este período é dado por indicação médica. Devem ser aplicadas ações que visem prevenir o deslocamento e facilitar a evolução do processo de cicatrização, após a retirada do dreno.
Referências:
ALBUQUERQUE, Roberto. Clínica Cirúrgica. Montes Claros: Centro de Ciências Biológicas da Saúde – CCBS, 2012
ALVES, José Galvão. Emergências em Gastrenterologia. Rio de Janeiro: Rubio, 2009.
AMATO, Alexandre Campos Moraes. Procedimentos Médicos: técnica e tática. São Paulo: Roca, 2008.
BRESCANI, Cláudio; GAMA-RODRIGUES, Joaquim; VERROTI, Maurício; COSER, Roger. ColangiografiaIntra-Operatória: Custos e Tempo gastos na sua realização durante a Colecistectomia Laparoscópica. Revista Sobracil. Ano 04 nº 7 – Maio, 2001. 1-4.
CESARETTI, Isabel Umbelina Ribeiro; SAAD, Sarhan Sydney. Drenos Laminares e Tubulares em Cirurgia Abdominal: Fundamentos Básicos e Assistência. Acta Paul. Enf. v. 15, n. 3, jul/set., 2002. 97-106.
Dreno de Redon
O dreno de Redon, às vezes chamado apenas de Redon, é um tubo em material flexível, composto de plástico ou de silicone, e perfurado por diversas aberturas em uma parte da sua parede.
Após uma intervenção cirúrgica, principalmente em cirurgias como por exemplo de Artroplastias, Artrodeses em geral, a parte perfurada é colocada no nível da região onde foi feita a cirurgia e é destinada a assegurar uma drenagem dos materiais por aspiração, por meio de drenagem por sistema fechada e a vácuo, como dreno de Portovack, Blake ou Jackson Pratt
Essas secreções drenadas podem ser sangue, pus, bactérias, líquidos diversos. O dreno de Redon possui também o papel de favorizar a cicatrização do local operado e prevenir todas as infecções.
Geralmente estes drenos são grandes, com comprimento de 50 centímetros, tendo 15 cm destes destinado à área perfurada, permitindo a total drenagem assim diminuindo a obstrução interna, com linha de contraste radio-opaco, sendo visualizada em exames de raio-x, e com o material confeccionado com PVC, com tamanhos entre 8 e 18 CH.
O principal objetivo deste dreno é de aspirar as serosidades e o sangue, de modo a secar a ferida operatória.
Referência:
von Roth P, Perka C, Dirschedl K, Mayr HO, Ensthaler L, Preininger B, et al. Use of Redon drains in primary total hip arthroplasty has no clinically relevant benefits. Orthopedics. 2012;35(11):e1592-5.
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Dreno de Abramson
O Dreno de Abramson faz parte do sistema de drenagem de abcessos, denominado “Cárter”.
Um dreno de “cárter” é uma ferramenta médica usada para extrair líquidos. Esse instrumento de drenagem de fluidos também é conhecido como “sistema de poço”, ou “bomba de sucção” (termo livre traduzido do inglês “suction pump”), e consiste em um pequeno tubo dentro de um grande.
Um dreno de cárter pode extrair fluídos de uma cavidade através de um tubo, permitindo que o ar entre na cavidade para substituir os fluídos. Esse movimento de fluidos é possível através da sucção.
Este dreno triplo lúmen se tornou bem rotineiro na última década como um dreno para multi-funções, pois permite drenagem por transbordamento ou sucção (fechada ou bombeamento), para coleta de culturas ou análise de fluídos, irrigação contínua ou intermitente e administração de medicamentos.
Outras melhorias foram feitas no dreno na busca por dreno cirúrgico ideal. Agora é feito de silicone, possui uma faixa radiopaca, local para sutura, um conector moldado ao triplo lúmen com um tubo de drenagem, porta de irrigação, filtro bacteriano e tampas.
Além disso, o dreno pode ser indicado em pediatria, cirurgias de mama, cirurgias plásticas, cirurgias de cabeça e pescoço entre outros.
Clique aqui para ver um vídeo de exemplo, de como é feito a limpeza com flush de salinização em um sistema de drenagem de abcesso!
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Dreno Tubular Siliconado (Tipo Penrose)
O Dreno Tubular de Silicone (Tipo Penrose) é classificado como dreno tubular gravitacional, ou seja, quando a aplicação de um vácuo baixo é contra-indicada.
Após um procedimento cirúrgico, este tipo de dreno impede que a área acumule o líquido, tal como o sangue, que poderia servir como o meio para que o bactéria cresça dentro. Normalmente usado para promover a drenagem em uma ferida cirúrgica aberta.
Caraterísticas Físicas
100% transparente, biocompatível, o silicone de grau médico ajuda a evitar qualquer trauma durante a inserção e retirada e também resiste à adesão de sangue e fluidos corporais;
Tubo transparente com linha opaca de raio X permite fácil inspeção visual e observação de fluidos;
A Linha Radiopaca Azul confirma o posicionamento exato do dreno no corpo usando raios-X;
Parede interior corrugada para drenagem suficiente da ferida sem obstrução;
Faixa de tamanhos de 5 mm a 14 mm;
Existem tamanhos com 30, 40 ou 50 cm de comprimento para atender a vários requisitos;
Estéril, apenas para uso individual.
Alguns Cuidados de Enfermagem
O Dreno Tubular faz parte do Sistema de Drenagem Aberta (Inclusos o tipo laminar e tubular), e devem ser mantidos ocluídos com bolsa estéril (descartável ou karaya) ou com gaze estéril por 72 horas. Após esse período, a manutenção da bolsa estéril fica a critério médico.
Ao realizar o banho, seja de aspersão ou no leito, os drenos devem permanecer protegidos, para evitar porta de entrada para infecções.
O uso de Alfinetes
Alfinetes de segurança não são recomendados como meio de evitar mobilização dos drenos Penrose por não serem considerados produto para a saúde (PPS), enferrujarem facilmente e propiciarem colonização do local!
Como limpar a região do dreno?
De maneira asséptica, com gaze umedecida com soro fisiológico, limpar o óstio de inserção e depois o dreno;
Limpar as regiões laterais da incisão do dreno, secar a incisão e as laterais com gaze estéril;
Ocluir o dreno mantendo uma camada de gaze entre o dreno e a pele ou quando ocorrer hipersecreção colocar bolsa simples para colostomia.
Referências
COFEN – Conselho Federal de Enfermagem. PARECER Nº 001/2016/ COFEN/ CTLN LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL. SOLICITAÇÃO DE ORIENTAÇÕES SOBRE A COMPÊTENCIA DO ENFERMEIRO NA RETIRADA DO DRENO PLEURAL TUBULAR. Brasília, 2016. Disponível em: <http://www.cofen.gov.br/parecer-no-0012016-cofen-ctln_38023.html>
Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Brasília: Anvisa, 2017.
Smeltzer SC, Bare BG. Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem MédicoCirúrgica. 12 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. vol. I
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Dreno JP (Jackson Pratt)
Os drenos Jackson-Pratt (JP) são utilizados após vários tipos de cirurgia, incluindo as torácicas, pulmonares e mais frequentemente, em intervenções abdominais e pélvicas.
Após a cirurgia, pode haver a necessidade de realizar uma drenagem no local da cirurgia para retirar fluidos e evitar a formação de coágulos e abcessos. Poder monitorar a drenagem permite que o profissional também fique de olho em qualquer complicação após a cirurgia. Os drenos JP realizam uma lenta sucção dos fluidos no local operado; isso é feito através de um coletor fechado, que cria a sucção quando o ar é expulso do coletor e a tampa é selada. Apesar de promover a cicatrização e a remoção de fluidos, eles não devem ser deixados por grandes períodos de tempo, pois poderão surgir complicações.
O dreno é composto de um sistema de três partes conectado por tubos de cateteres. Os tubos possuem partes achatadas com buracos que coletam os fluidos. Durante a cirurgia, o dreno é costurado dentro da cavidade – cerca de 2,5 cm de profundidade – onde estão os fluidos, geralmente através de pontos. O resto do sistema de tubo fica fora do corpo, conectado ao coletor, que possui uma tampa de sucção anexada a ele. Essa parte deverá ser aberta para esvaziar o coletor.
Ao utilizar o dreno JP, será preciso comprimir o coletor para realizar a sucção e fazer pressão para sugar o fluido da lesão. Ao esvaziar o dreno, o coletor expandirá, já que a tampa de plástico – que mantém o sistema fechado – será removida.
Cuidados Gerais com o Dreno JP
Dependendo da cirurgia realizada, o paciente pode ir para casa com o dreno, tomando os cuidados básicos na manutenção do dreno, assim, evitando possíveis infecções e mal-uso do mesmo, sempre orientando o paciente como fazer o manuseio do esvaziamento e a limpeza da ferida operatória em casa.
Por enquanto sob aos cuidados da enfermagem, será importante verificar se a cicatrização está sendo adequada, monitorando o tipo e a quantidade da drenagem, ficando de olho em sinais de infecção, drenos ou cateteres desalojados, além de realizar os cuidados necessários e esvaziar o coletor a cada 8 a 12 horas (ou pelo tempo recomendado pelo médico).
Como o coletor precisa de sucção adequada para funcionar, será necessário esvaziá-lo quando ele encher mais ou menos até a metade. Lembre-se de anotar qualquer característica anormal do fluido (cor turva, marrom ou de odor desagradável). Ao observar algo diferente, comunicar ao o médico.
Trocar os curativos periodicamente ou quando haver sujidades, em técnica asséptica.
Atentar para as características do fluído
Geralmente, ele terá um pouco de sangue logo após a cirurgia, mas com o passar do tempo, deverá adquirir uma coloração de palha e depois clara, nunca com uma aparência turva ou que contêm pus. Verifique a quantidade de fluido sugada anotada a cada 24 horas. Sempre que o coletor for esvaziado – geralmente a cada 8 a 12 horas –, anote a medida. Com o passar do tempo, a quantidade diminuirá.
Atentar para os possíveis sinais flogísticos
É importante observar e anotar quaisquer características fora do comum na inserção do dreno ou na ferida operatória. Comunique qualquer alteração ou problema que tiver observado:
Vermelhidão nas bordas da incisão;
Pus ou fluido grosso;
Odor desagradável no local onde a cirurgia foi realizada;
Febre maior que 38 °C;
Dores na área da cirurgia;
Prender o Dreno JP nas Roupas
Se o paciente for liberado para casa ainda com o dreno JP, oriente-o a prender o dreno com um pino de segurança e prenda-o através do buraco de plástico na parte superior do coletor Jackson-Pratt. Oriente a usar roupas leves e prender os drenos às roupas, como uma se fosse uma camiseta folgada. Os drenos devem ficar apoiados, para que não enrolem ou sejam puxados. Quando presos às roupas, eles atrapalham menos e deixam o paciente mais à vontade. Pode também tentar usar uma pochete para prender os drenos JP em volta da cintura, mas não os fixe nas calças. Eles serão retirados se o paciente esquecer que estão lá e puxar a calça para baixo.
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