Teoria de Madeleine Leininger

A Teoria da Diversidade e Universalidade do Cuidado Cultural de Madeleine Leininger é uma teoria de enfermagem que busca compreender e respeitar as diferenças e semelhanças culturais entre os indivíduos, grupos e comunidades.

Segundo Leininger, o cuidado cultural é a essência e o objetivo central da enfermagem, pois é através dele que se pode promover a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas.

A teoria propõe que o enfermeiro deve conhecer os valores, crenças, práticas e modos de vida dos seus clientes, bem como as suas necessidades, expectativas e percepções sobre o cuidado. Assim, o enfermeiro pode planejar e implementar intervenções de cuidado culturalmente congruentes, que respeitem a diversidade e a universalidade do cuidado cultural.

A teoria também enfatiza a importância da pesquisa transcultural para o desenvolvimento do conhecimento de enfermagem e a melhoria da prática profissional.

A teoria de Leininger

A teoria de Leininger, é focada em fornecer cuidados que estejam em harmonia com as crenças, práticas e valores culturais de um paciente. Na década de 1960, ela cunhou a frase “cuidado culturalmente congruente”, que é o objetivo principal da enfermagem transcultural. Alguns dos princípios básicos da enfermagem transcultural incluem uma compreensão do seguinte:

Diversidade e universalidade do cuidado cultural, que se refere às diferenças e semelhanças entre diferentes culturas.

Dimensões da estrutura cultural e social, que inclui fatores que incluem religião, estruturas sociais e economia que diferenciam as culturas.

Preservação ou manutenção do cuidado cultural, que se relaciona com atividades de cuidado de enfermagem que auxiliam culturas específicas a reterem os valores culturais centrais relacionados à saúde.

APLICAÇÃO INTERDISCIPLINAR DA TDUCC

Ao longo dos anos, a teorista tem revelado à comunidade científica que a TDUCC pode e deve ser aplicada nas diversas disciplinas da enfermagem. Tal fato, é notório quando evidenciamos a aplicação da teoria na administração de enfermagem, educação, pesquisa e saúde mental.

A Proposta

1. usar de forma mais explícita os conhecimentos da enfermagem cultural em todas as áreas clínicas de enfermagem;
2. desenvolver mais estudos e avaliar os benefícios do cuidado culturalmente competente;
3. promover e usar as políticas, princípios, paradigmas e perspectivas teóricas da enfermagem transcultural para guiar as decisões e ações da enfermagem;
4. a necessidade de especialistas em enfermagem transcultural impactar o conhecimento da enfermagem transcultural na mídia, nas agências governamentais, dentre outros;
5. conduzir pesquisas criativas para descobrir outras culturas ainda pouco conhecidas;
6. abordar questões éticas, morais e legais relacionadas à diversas culturas;
7. estabelecer colaboração de educação, pesquisa e prática multi e interdisciplinares mantendo o foco distinto de cada disciplina;
8. disseminar o conhecimento da enfermagem cultural em publicações internacionais;
9. a necessidade de estabelecer fundos para a educação e pesquisa transcultural e
10. a necessidade de estabelecer uma rede global de enfermagem transcultural.

Referência:

  1. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-413295

20 de Maio: Dia Nacional do Técnico e Auxiliar de Enfermagem

20 de Maio, esta data homenageia todos os profissionais que se dedicam a cuidar da saúde das pessoas, auxiliando os demais profissionais do ramo, como os médicos e enfermeiros.

O Dia Nacional do Técnico e Auxiliar de Enfermagem foi instituído a partir da resolução nº 294, de 15 de outubro de 2004, e definido pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN).

No Brasil, o Dia do Técnico em Enfermagem fecha a “Semana da Enfermagem”, que começa em 12 de maio, com a celebração do Dia Internacional da Enfermagem.

Durante esta data, os profissionais de enfermagem participam de palestras, cursos e workshops que ajudam a discutir os principais assuntos relacionados aos seus trabalhos.

A diferença entre um técnico de enfermagem e um enfermeiro é que este último precisa fazer um curso de ensino superior em Enfermagem, enquanto que o técnico está apto a exercer o seu trabalho a partir de um curso técnico de enfermagem.

Homenagem ao Dia do Técnico em Enfermagem

Dedicação, empenho e amor… Essas três características são essenciais para moldar um excelente profissional! Obrigado por ser um exemplo de profissional para todos nós.

Não são enfermeiros, mas sim anjos da guarda! Obrigado por todo o carinho e esforço em salvar vidas diariamente! Feliz Dia do Técnico em Enfermagem!

 

👩🏻‍⚕️ 👨🏻‍⚕️ “O Branco, o Macacão, a Roupa Privativa, são os uniformes, que nós, profissionais auxiliares e técnicos de enfermagem, vestimos para ir a “luta”.

A luta pelos fracos, pelos oprimidos, pelos enfermos, pelos que estão incapacitados de lutar e que precisam que alguém lute por eles.

Lutar para enfrentar um sistema injusto, escala de trabalho pesado, salários baixos e fazer o máximo para dar uma boa assistência aos pacientes.

Devemos ser lembrados não somente por um dia do ano, mas sim todos os outros 364 dias que ali estamos à disposição da população.”

🎉Parabéns à todos os profissionais de nível médio na Enfermagem, que são os verdadeiros heróis na base da assistência!🎉

E uma curiosidade!

Para fechar a semana da Enfermagem, o dia 20 de maio foi instituído também devido ao falecimento de Anna Néri, pioneira da profissão no Brasil.

12 de Maio – Dia Internacional da ENFERMAGEM

A Semana da enfermagem inicia-se em 12 de maio, Nascimento de Florence Nightingale, e encerra-se no dia 20 de maio com o falecimento de Ana Nery. Neste ano, curiosamente é o bicentenário de Florence.

Não é ao acaso que a semana da enfermagem inicia com a data do nascimento, uma vida nova, folha em branco a ser escrita diariamente e se encerra com a data de falecimento, da irmã morte.

Afinal o que sempre ficará marcado será a vida que tivemos, nosso legado, as nossas histórias e experiências, fixando nossa existência na memória de quem deixamos.

Celebrar a Semana da Enfermagem este ano, é celebrar a Vida de mulheres inovadoras, científicas, despojadas e acima de tudo humanas.

A história da enfermagem é encarnada na vida e na história de cada mulher com maestria e leveza de quem quer cuidar do outro, cuidar com atenção, carinho, empatia, ciência e sabedoria.

Celebrar a Semana da Enfermagem com o caos desses dias sombrios é acreditar na esperança que dias melhores virão.

Celebrar a Semana da Enfermagem no Ano Internacional da Enfermagem, diante de um inimigo sem precedentes, é cunhar nossa jornada na Grande História da Humanidade.

A cada dia, a cada plantão, hoje com a maioria de mulheres, fazemos história, a minha, a sua, a nossa, a da Enfermagem.

Alicerçamos nosso saber e nossa técnica naquelas que estão dispostas a ultrapassar os limites do conhecimento, do aprendizado, da tecnologia e até mesmo da geografia que nos separa.

Estarmos nessa Semana da Enfermagem longe uns dos outros é para mostrar que podemos ser a enfermagem mais comprometida de todos os tempos, pois estamos pelo e por quem amamos.

Ser Enfermagem nessa semana é acreditar no Cuidar, aquele que hoje necessita distância, porém com o coração unido nessa grande ciência e arte chamada ENFERMAGEM.

Uma Semana da Enfermagem com muitas experiências para quem está na linha de frente, e para quem tem a oportunidade de observar, pois não cometerão os mesmos erros quando acontecer novamente esse caos.

E lembrem-se, a Enfermagem não recua e não se intimida, ela é a nossa VIDA.

Parabéns Enfermagem!!

Se cuidem.

Christiane Ribeiro,

CEO da
Enfermagem Ilustrada/Experiências de um Técnico de Enfermagem

Fatos que talvez não saiba sobre a Florence Nightingale

Pouca gente se lembra de seu nome fora da área que está ligada intimamente a ela, mas o fato é que todo mundo já teve a vida em algum momento entregue aos cuidados de um profissional da enfermagem.

Hoje nós vamos conhecer um pouco mais sobre Florence Nightingale, a mulher que é considerada por muitos como sendo a verdadeira mãe da chamada enfermagem moderna.

De Origem Rica

Nascida no Grão-ducado da Toscana, em 12 de maio de 1820, Florence Nightingale recebeu seu nome em homenagem à cidade em que nasceu: a bela e histórica Florença.

Rebelde e brilhante, Florence rapidamente se voltou contra os moldes da sociedade em que vivia, que dizia que mulheres de seu status social deveriam ser apenas esposas dedicadas e nada mais.

Pois ela logo jogou tudo para o alto para buscar na caridade, mais precisamente na enfermagem, a sua verdadeira vocação, que fez dela uma das mulheres mais fortes e icônicas de todos os tempos.

A decisão difícil

Depois de perceber que o trabalho de enfermeira era feito por mulheres ajudantes, em sua maioria cozinheiras sem preparou ou até mesmo prostitutas que recebiam a tarefa como punição, Florence decidiu-se por se tornar ela própria uma enfermeira.

Ela se mostrou muito preocupada com a situação do tratamento médico que era dispensado às pessoas mais pobres, que quase sempre ficavam em segundo plano dentro dos hospitais.

Com isto, ela comunicou sua família que iria se tornar enfermeira, o que causou extrema raiva e também muito ressentimento, especialmente por parte de sua mãe, que não entendeu a decisão nobre de sua filha.

Trabalho importante

Foi em dezembro de 1846, em virtude da morte de um mendigo dentro de uma enfermaria de Londres, que Florence se tornou defensora pública dos pobres e das melhorias nas condições de tratamento médico para eles.

Com isto, ela conseguiu o apoio do ilustre presidente do Comitê de Lei para os Pobres (Poor Law Board), Charles Villiers, conseguindo mudar a legislação, que culminou na chamada Reforma das Leis dos Pobres.

Guerra da Criméia

No entanto, foi durante a Guerra da Criméia, que Florence Nightingale teve seu papel mais decisivo e que a tornou mais famosa.

Neste conflito, as notícias sobre as más condições de tratamento para os feridos chegaram até a Inglaterra, e Florence rapidamente formou uma equipe de 38 voluntárias para ir até o front.

Rapidamente, ela se tornou a figura mais importante e famosa da Era Vitoriana, retornando à Inglaterra como heroína, e entrando para a História como a mãe da enfermagem moderna.

Livro

Para explicar a eficácia e eficiência de seus métodos de uma forma clara aos que não entendiam as percentagens, foi pioneira utilizando um gráfico – Diagrama Polar de Área – , o precursor do que hoje conhecemos como gráfico na forma de  pizza.  Em 1858, usando a sua experiência na guerra da Criméia publica “Notas sobre Enfermagem (Notes on Nursing)”, um livro que lança as bases definitivas da enfermagem moderna, abordando a recuperação dos pacientes e introduzindo novos conceitos. Dois anos depois, fundou a primeira escola de enfermagem do mundo no Hospital St.Thomas, em Londres, que funciona até hoje, atualmente como parte do King’s College.

Cruz Vermelha

Foi uma pessoa muito à frente de seu tempo e virou um exemplo para outras mulheres, se impondo numa sociedade preconceituosa. Somente quando ficou totalmente cega, já no fim da vida, é que parou de trabalhar. O texto do juramento da profissão da enfermagem é de sua autoria e o Dia Internacional da Enfermagem é comemorado no mundo inteiro no seu aniversário. O francês Henry Dunant reconheceu que sofreu influência das ideias e do trabalho de Florence para a criação da Cruz Vermelha, entidade que presta serviços humanitários em todo o mundo, principalmente em áreas de conflito.

Em 1912, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha instituiu a medalha Florence Nightingale concedida a cada dois anos para enfermeiros, técnicos de enfermagem ou auxiliares de enfermagem que se destacam na profissão.  Em 1859, Florence foi eleita o primeiro membro feminino da Royal Statistical Society e,  logo depois, ela se tornou um membro honorário da  Associação Americana de Estatística. Em 1883, a Rainha Vitória concedeu-lhe a Cruz Vermelha Real, e em 1907, foi a  primeira mulher a receber a Ordem do Mérito.

Florence Nightingale morreu em 13 de agosto de 1910, aos noventa anos de idade. A família recusou o jazigo na famosa Abadia de Westminster, onde estão enterrados reis, rainhas e celebridades ingleses, e Florence foi enterrada no cemitério da Igreja de St. Margaret em Hampshire. Em frente ao Hospital St.Thomas,em Londres existe o Museu Florence Nightingale, criado em 2010, ano do centenário de sua morte . Nele há  objetos pessoais, livros e  réplicas de roupas, filmes, fotos da famosa enfermeira e de sua obra.

Ordem de Mérito e a Cruz Vermelha Real

Para esclarecer a opinião pública, e mobilizá-la em seu favor, em 1858, Florence escreveu dois livros: “Administração Hospitalar do Exército” e “Comentários sobre Questões Relativas à Saúde”. Com as contribuições necessárias, as reformas foram realizadas e um hospital foi construído. Com o trabalho reconhecido, em 1883, Florence recebeu da rainha Vitória, a Cruz Vermelha Real, e em 1901, se tornou a primeira mulher a receber a Ordem do Mérito.

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