Ciclo de Krebs

O Ciclo de Krebs, também conhecido como Ciclo dos Ácidos Tricarboxílicos e Ciclo do Ácido Cítrico, refere-se a uma série de reações anfibólica, ou seja, anabólica e catabólica, com objetivo de produzir energia para as células. Essa é uma das três etapas do processo de respiração celular.

Nas eucariontes, o Ciclo de Krebs ocorre em grande parte na matriz da mitocôndria, já nos organismos procariontes esse etapa acontece no citoplasma. Essas reações são parte do metabolismo dos organismos aeróbicos – que utilizam oxigênio na respiração celular.

Respiração celular

Na perspectiva da bioquímica, a respiração celular é momento em que acontecem reações de quebra das ligações entre as moléculas gerando energia, a qual é aproveitada pelas células para realização de atividades vitais ao organismo.

Na respiração aeróbica, utilizada pela maioria dos seres vivos, é realizada a quebra da glicose, gerada na fotossíntese pelos organismos produtores e adquirida por meio da alimentação pelos consumidores. Esse processo pode ser resumido na equação abaixo:

C6H12O6 + 6 O2 –> 6 CO2 + 6 H2O + Energia

Mas não se engane com essa pequena equação. O processo de respiração celular é bastante complexo e há participação de várias enzimas e coenzimas, que realizam sucessivas oxidações da glicose.

Tudo isso é realizado em três etapas: a Glicólise, o Ciclo de Krebs e a Fosforilação Oxidativa ou Cadeia Respiratória, que levam à produção de gás carbônico, água e moléculas de adenosina trisfofato (ATP).

Fases do Ciclo de Krebs

O ciclo de Krebs é um circuito fechado, isto é, a molécula formada na última fase será utilizada na primeira. Veja abaixo o resumo dessas reações:

  • Primeira etapa: o acetilcoenzima A (acetil CoA), gerado na glicólise, se liga a uma molécula com quatro carbonos denominada de oxaloacetato, liberando o grupo CoA e gerando uma molécula com seis carbonos chamada de citrato.
  • Segunda etapa: o citrato é convertido no isômero isocitrato. Na verdade, essa fase ainda subdivide-se em duas: a remoção (2a) e a adição (2b) de uma molécula de água. Por isso é comum um Ciclo de Krebs com nove fases.
  • Terceira etapa: o isocitrato que foi gerado passa por oxidação e gera uma molécula de dióxido de carbono, restando então uma molécula com cinco carbonos chamada de alfacetoglutarato. Nessa etapa, a nicotinamida adenina dinucleotídeo (NAD+) é reduzida e gera a NADH.
  • Quarta etapa: essa etapa é semelhante a anterior, porém o alfacetoglutarato sofre oxidação e o NAD+ é reduzido à NADH, fornecendo uma molécula de dióxido de carbono. A molécula que sobrou com quatro carbonos se liga à Coenzima A, gerando a succinol CoA.
  • Quinta etapa: o CoA do succinil CoA é substituído por um grupo de fosfato, que logo após é movido para o difosfato de adenosina (ADP) para formar o trifosfato de adenosina (ATP).
  • Algumas células utilizam a guanosina disfofato (GDP) no lugar da AD, formando como produto a guanosina trifosfato (GTP). A molécula de quatro carbonos formada nessa etapa é chamada de succinato.
  • Sexta etapa: consequentemente, o succinato gera mais uma molécula de quatro carbonos chamada de fumarato. Nessa reação, dois átomos de hidrogênio são transportados para FAD, gerando FADH2.
  • O FADH2 pode transferir seus elétrons imediatamente para a cadeia transportadora, pois a enzima que atua nessa etapa está localizada na membrana interna da mitocôndria.
  • Sétima etapa: nessa etapa, água é adicionada à molécula de fumarato que, consequentemente, é transformada em outra molécula de quatro carbonos denominada de malato.
  • Oitava etapa: dando fim ao ciclo de Krebs, o oxaloacetato, o composto de quatro carbonos inicial, é regenerado através da oxidação do malato. Além disso, uma nova molécula de NAD+ é reduzida para NADH. Um novo ciclo recomeça.
Referências:
  1. Junqueira, L. C. & Carneiro, J. Biologia Celular e Molecular. 9ª Edição. Editora Guanabara Koogan. 338 páginas. 2012.
  2. Guyton, A.C. & Hall, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª Edição. Editora Elsevier. 1115 páginas. 2006

Sistema Condutor do Coração

O coração é um órgão do sistema cardiovascular e gera seus próprios impulsos elétricos que cursam um trajeto próprio, especialmente desenhado para ajudar na distribuição de um potencial de ação através do músculo cardíaco.

Os nós e redes das células “especializadas” do coração constituem o sistema de condução cardíaca. Os componentes deste sistema são os nós sinoatrial e aurículo-ventricular, o feixe aurículo-ventricular, com os seus ramos esquerdo e direito e o plexo subendocárdico das células de condução ventricular (fibras de Purkinje).

O ritmo de pacemaker do coração é gerado ao nível deste sistema, sendo influenciado por nervos e transmitido especificamente das aurículas até aos ventrículos e, a partir daí, a toda a musculatura.

Nó sinoatrial

O nó sinoatrial é o marcapasso do coração, e está localizado superior ao sulco terminal do átrio (aurícula) direito, próximo à abertura da veia cava superior. Esse feixe de tecido nervoso propaga os impulsos elétricos e portanto governa o ritmo sinusal de minuto a minuto.

Se esse nó falhar, o nó atrioventricular (aurículo-ventricular) possui a capacidade de assumir o papel de marcapasso.

Nó atrioventricular (aurículo-ventricular)

O nó atrioventricular (aurículo-ventricular) também está localizado no átrio direito, em um nível que o dispõe póstero-inferiormente ao septo interatrial (interauricular) e próximo à cúspide septal da valva (válvula) tricúspide.

Ele recebe e continua os potenciais de ação produzidos pelo nó sinoatrial e em alguns casos pode mesmo propagar alguns potenciais de ação próprios. Essa área cobre os átrios (aurículas) do coração, assim como faz o nó sinoatrial.

Feixe de His

O feixe de His é uma coleção de fibras nervosas que se encontram no septo interatrial (interauricular). Eles encaminham os impulsos elétricos do nó atrioventricular e os enviam para os ramos direito e esquerdo. Os ramos direito e esquerdo são um acúmulo contínuo de nervos que inervam os ventrículos e o septo interventricular do coração.

O lado direito possui um único feixe que atinge o ápice do ventrículo direito antes de se curvar sobre si mesmo e voltar ao longo do lado direito do coração.

O lado esquerdo possui uma divisão anterior e posterior. A divisão anterior cursa ao longo do ventrículo direito através de sua parede anterossuperior, enquanto a divisão posterior se comporta da mesma forma que o ramo direito e circula ao redor do lado esquerdo do coração após atingir seu ápice.

Fibras de Purkinje

Os feixes terminais de tecido nervoso são conhecidos como fibras de Purkinje, e essas são responsáveis por garantir que cada pequeno grupo de células é atingido pelo estímulo elétrico, de forma que uma contração muscular máxima possa ocorrer.

O sistema de condução do coração controla o ritmo cardíaco, porém, ele sofre influência da inervação parassimpatica e simpática. Leia o artigo abaixo para compreender melhor como isso acontece.

Referências:

  1. Frank H. Netter, MD, Atlas of Human Anatomy, Fifth Edition, Saunders – Elsevier, Chapter 3 Thorax, Subchapter 22 Heart, Guide Thorax: Heart Page 114.
  2. Ramin Assadi, MD, Richards A. Lange, MD. Conduction system of the Heart. Emedicine. November 6, 2013.
  3. Cardiology teaching package. University of Nottingham. 

Acesso Venoso Central: Locais Preferenciais na Região Cervical

Quando um paciente necessita de uma Canulação Venoso Central, é importante que o médico conheça a anatomia fundamental para o sucesso do procedimento que, por ser invasivo, pode causar muitas complicações para o paciente.

Locais de Preferência

Para realizar o acesso venoso central, é preciso considerar algumas variáveis: o estado clínico do paciente, e sua própria habilidade e experiência em realizar esse procedimento. Os locais de maior preferência para o acesso são:

1º: V. Jugular interna direita

2º: V. Jugular interna esquerda

Nas veias jugulares, há menor risco de complicações por pneumotórax, hidrotórax e hemotórax, já que estão mais distantes da pleura. Entretanto, porque pescoço é um local de maior mobilidade, há maior risco de perda do cateter por tração acidental.

Além disso, caso o paciente esteja hipovolêmico, as jugulares tendem a colabar, dificultando o acesso.

3º: Vv. subclávias direita e esquerda

As veias subclávias não colabam se o paciente estiver hipovolêmico, e a região é um local de menor mobilidade por parte do paciente, tornando mais difícil a perda acidental dos cateteres.

Entretanto, é um local de maior risco de complicações que podem ser muito graves para a vida do paciente, principalmente quando o médico tem pouca experiência com o procedimento. Exemplo disso são os riscos de pneumotórax, hidrotórax e hemotórax.

É preciso dar preferência para a subclávia direita, porque o ducto torácico drena para a subclávia esquerda, e sua punção pode causar quilotórax (derramamento da linfa entre os espaços pleurais).

É importante lembrar que o músculo esternocleidomastóideo recobre as veias jugulares, e ele vai ter uma inserção clavicular, e outra esternal.

Escolha do Sítio de Punção

  • A escolha deve levar em conta a condição clinica do paciente, a experiência do médico e a indicação do acesso;
  • Preferencialmente, utiliza-se o sítio da veia jugular interna (VJI) ou veia subclávia (VSC) por menor chance de contaminação e infecção associada ao cateter quando comparada a veia femoral (VFe); Estudos recentes têm demonstrado que a chance de infecção do cateter está muito mais relacionada aos cuidados diários do que ao sítio propriamente dito; porém, na prática, existe essa preferência que foi descrita;
  • Quando se opta por VJI ou VSC, é preferencial a escolha do lado direito, visto que a cúpula pleural é mais baixa, o que reduz a chance de pneumotórax, e devido ao fato do ducto torácico desembocar na VSC esquerda, com menos risco de quilotórax.

A seguinte ordem de opção na escolha do sítio de punção é sugerida, levando-se em conta a facilidade da técnica e o menor risco de complicações:

  • Veia Jugular Interna (VJI);
  • Veia Subclávia (VSC);
  • Veia Jugular Externa (VJE).

Punção da Veia Jugular Interna

Vantagens

  • Menor risco de complicações;
  • Local mais facilmente compressível e de mais fácil acesso em caso de controle cirúrgico de complicações;
  • Pode-se puncionar em discrasias sanguíneas moderadas;
  • Mais facilmente canulada durante PCR.

Desvantagens

  • Punção difícil em pessoas com pescoço curto e/ou obesos;
  • Anatomia da VJI é variável;
  • Na hipovolemia, a VJI tende a colabar;
  • Local de mobilidade, o que dificulta a manutenção de curativo seco e estéril;
  • Evitar em pacientes traqueostomizados, devido ao maior risco de infecção de cateter.

Contraindicações

  • Discrasias sanguíneas graves;
  • Cirurgia de carótida ipsilateral;
  • Tumores cervicais ou intravasculares com invasão para o átrio direito.

Complicações comuns

  • Punção acidental da carótida (mais comum);
  • Punção acidental da traqueia e lesão do nervo laríngeo recorrente;
  • Embolia aérea, trombose, flebite e pneumotórax;
  • Lesão cardíaca pelo cateter.

Punção da Veia Subclávia

Vantagens

  • Menor risco de complicações;
  • Muitas relações anatômicas e fixas;
  • Menor chance de perda de acesso;
  • Menor risco de infeção do sítio de punção;
  • Não colaba no choque hipovolêmico.

Desvantagens

  • Necessidade de prática para evitar complicações;
  • Difícil compressão, no caso de acidentes arteriais;
  • Alto risco de complicações graves.

Contraindicações

  • Discrasias sanguíneas de qualquer grau;
  • Pacientes com DPOC;
  • Trauma clavicular, cirurgias prévias no local ou deformidades;
  • Durante PCR.

Complicações comuns

  • Punção acidental da artéria subclávia, hematomas e sangramentos;
  • Má posição do cateter, ou introdução excessiva;
  • Embolia aérea, trombose, flebite e pneumotórax;
  • Lesão cardíaca pelo cateter.

Como é localizado?

Para obter acesso nas veias jugulares, é preciso palpar a cabeça esternal, e desenhar uma linha imaginária seguindo o trajeto do músculo.

Depois, é preciso desenhar outra linha imaginária, dessa vez seguindo o trajeto da clavícula.

Em seguida, o desenho de uma bissetriz entre essas duas linhas imaginárias vai ser feita, e o trajeto dessa bissetriz vai indicar o local onde deve ocorrer a punção com a agulha.

Por fim, a realização da punção deve ser feita em um ângulo de 30º graus, com a ponta da agulha apontando para o mamilo ipsilateral.

Referências:

  1. AMATO, A. C. M. Procedimentos médicos: técnica e tática. 2. ed. Rio de Janeiro: Roca, 2016.
  2. https://www.auladeanatomia.com/sistemas/383/sistema-venoso

Dissecção de Aorta

Uma dissecção da aorta ocorre quando uma lesão na camada mais interna da aorta permite a passagem de sangue entre as camadas da parede da aorta, forçando a separação dessas camadas.

Na maior parte dos casos está associada a dor súbita e intensa no peito ou nas costas, muitas vezes descrita como dilacerante.

A dissecção da aorta é mais comum entre pessoas com antecedentes de hipertensão arterial, doenças dos tecidos conjuntivos que enfraqueçam as paredes arteriais, como a síndrome de Marfan e a síndrome de Ehlers-Danlos, válvula aórtica bicúspide e antecedentes de cirurgia cardíaca.

Etiologia

O fator de risco mais comum para a dissecção aórtica é a hipertensão arterial, presente em 76,6% dos pacientes, especialmente história de controle inadequado da PA.

Aterosclerose, tabagismo, coarctação da aorta, valva aórtica bicúspide, doenças inflamatórias vasculares autoimunes (p. ex., arterite de Takayasu) ou infecciosas (p. ex., aortite sifilítica) são outros predisponentes.

Além disso, história patológica prévia ou antecedentes familiares de doenças genéticas que resultam em alterações no tecido conectivo (p. ex., Marfan, Ehlers-Danlos) estão presentes em até 19% dos pacientes.

A dissecção de aorta também pode ser uma complicação de intoxicações agudas catecolaminérgicas (p. ex., cocaína, anfetaminas e derivados).

Principais Causas

Principais causas de dissecção de aorta

Hipertensão arterial sistêmica Desordens do tecido conectivo: Síndrome de Ehlers-danlos, Doença de Marfan, Síndrome de Turner
Aterosclerose Tabagismo
Doença cística medial da aorta  Aortite
Iatrogenia Aterosclerose
Aneurisma aórtico torácico Trauma
Coarctação da aorta Hipervolemia (gravidez)
Estenose aórtica congênita Doença policística renal
Feocromocitoma Síndrome de Sheehan
Síndrome de Cushing Usuários de crack, cocaína e anfetaminas  (hipertensão arterial grave e abrupta)

Fisiopatologia

Na maioria dos pacientes, observa-se uma ruptura na camada íntima da aorta e consequente formação de falsa luz, cuja extensão varia. A penetração do sangue, sob alta pressão na camada média, divide-a em duas, formando uma falsa luz.

Esta laceração da parede aórtica pode ter menos que 1mm de espessura ou até mesmo envolver todo o diâmetro da aorta, resultando em oclusão total da luz verdadeira pela falsa luz.

Em 70% dos casos, a laceração da íntima, provável origem da dissecção, é observada na porção ascendente do arco aórtico a cerca de 10cm da valva aórtica. A alta frequência verificada nessa localização pode estar relacionada com o grande estresse hemodinâmico a que essa porção da aorta está submetida.

O processo de dissecção sofre constante pressão exercida pela coluna de sangue na parede da artéria, podendo causar extensão variável da dissecção e prosseguir em direção à valva, produzindo distorção das comissuras aórticas e consequente insuficiência aórtica.

A principal complicação e causa de óbito da DAA não-tratada é a ruptura da aorta, que pode ocorrer para o pericárdio, o mediastino, a cavidade pleural esquerda ou o retroperitônio.

É pouco mais comum em homens, principalmente em torno da quinta década de vida.

Apesar da baixa frequência das síndromes aórticas agudas (SAA), incidências de 15 casos por milhão de habitante/ano, elas representam condições associadas a alta mortalidade e muitos casos são diagnosticados apenas na autópsia, pois simulam várias outras doenças.

Epidemiologia

A dissecção de aorta representa de 80 a 90% dos casos de SAA, seguida do hematoma intrarnural (10 a 20%) e úlcera aterosclerótica penetrante de aorta (2 a 7% dos casos). Sendo que a dissecção do tipo A é mais frequente (67% dos casos) do que a do tipo B.

Classificação

Quanto ao tempo do inicio dos sintomas, a dissecção de aorta é classificada em:

  • Hiperaguda (< 24 h).
  • Aguda (2-7 dias).
  • Subaguda (8-30 dias).
  • Crônica (> 30 dias).
Classificação da Dissecção de aorta
Aguda Até 2 semanas (mortalidade de 60-70%)
Subaguda 2-4 semanas
Crônica Mais do que 4 semanas

A dissecção de aorta é divida segundo a classificação de Stanford em:

  • Tipo A: quando há acometimento da aorta ascendente.
  • Tipo B: quando a aorta ascendente não é atingida.

A classificação de De Bakey também é importante e é divida em três tipos:

  1. tipo I: com origem na aorta ascendente, estendendo-se pelo menos até o arco aórtico;
  2. tipo II: quando se restringe à aorta ascendente;
  3. tipo III: com origem na aorta descendente.

Diagnóstico

O diagnóstico depende, inicialmente, da suspeita clínica, seguida da confirmação por exame de imagem acurado e rápido.

A radiografia de tórax e o eletrocardiograma (ECG) devem ser realizados, apesar da sua inespecificidade.

Os achados que podem ser encontrados no Raio X são: alargamento da silhueta aórtica, sinal do cálcio e derrame pleural esquerdo. O ECG apesar de inespecífico serve para denunciar a possível existência de IAM.

A Ressonância Magnética (RM) é o exame mais acurado, entretanto, possui contra-indicação relativa em paciente instável, devido ao longo período de tempo para sua realização, e por ser método de menos disponibilidade.

A aortografia é menos utilizada como exame inicial, requer equipe especializada para a sua realização e representa procedimento invasivo. A Tomografia Computadorizada (TC) é método acurado, rápido, disponível na maioria das unidades de emergência, por isso mesmo, o mais usado como primeira escolha.

Diagnóstico diferencial

Os principais diagnósticos diferenciais na sala de emergência são:

  • Síndromes isquêmicas ou cerebrais agudas;
  • Aneurismas de aorta não dissecantes;
  • Pericardites;
  • Endocardite infecciosa;
  • Tromboembolismo pulmonar;
  • Pneumotórax hipertensivo;
  • Ruptura de esôfago;
  • Tumor de mediastino;

Tratamento e Cuidados

  • Suporte clínico: monitorização, oxigênio, acesso venoso e coleta de sangue

Beta-bloqueador: a meta é reduzir a frequência cardíaca para 55 – 65 bpm

  • Metoprolol 5mg IV em 3-5 minutos

Redução da PA

  • PA sistólica próxima de 100-120 mmHg
  • Nitroprussiato de sódio: inciar em 0,3-0,5 microgramas/kg/min com aumentos de 0,5 microgramas/kg/min a cada 3-5 min

Morfina: dose de 2-4 mg IV

  • Os avanços do tratamento da dissecção da aorta promoveram a diminuição da sua morbimortalidade. Os pacientes com suspeita de dissecção aórtica aguda devem ser encaminhados a uma unidade de terapia intensiva o mais rápido possível para monitorização contínua e tratamento adequado
  • O tratamento clínico precisa ser iniciado imediatamente, antes mesmo de se confirmar o diagnóstico. Ele será baseado no tratamento da dor e no controle do duplo produto (pressão arterial e frequência cardíaca) para tentar diminuir a chance de progressão da dissecção e a ocorrência de complicações.
  • A frequência cardíaca, na fase aguda, deve ser mantida entre 55 e 65 bpm e a Pressão Arterial Sistólica (PAS) entre 100 e 120 mmHg. A analgesia é fundamental, pois promove a redução dos tônus adrenérgicos, que pode contribuir para a progressão da dissecção. A morfina e seus derivados são os agentes de escolha.
  • Os betabloqueadores, IV, são os medicamentos de escolha. Propanolol (1 mg em bolus, seguido de 3mg/h), labetalol (20 a 80 mg em bolus a cada 10 minutos ou em infusão contínua de 2mg/minuto) e esmolol podem ser usados.
  • Na sua contra-indicação absoluta pode-se, com menor benefício, usar o nitroprussiato de sódio que deve ser associado nas situações em que o controle da pressão arterial sistêmica for insuficiente com as doses plenas de beta-bloqueadores. A dose inicial é de 0,25 a 0,5 mcg/kg/min. Ele não deve ser usado sem um betabloqueador, uma vez que seu uso isolado induz à ativação reflexa do sistema nervoso simpático com maior estresse na parede vascular

A terapia definitiva deve ser iniciada após essa abordagem inicial. A intervenção cirúrgica imediata está indicada sempre que a dissecção aórtica envolver a aorta ascendente.

A dissecção aguda confinada à aorta descendente tende a evoluir bem com a terapia clínica, entretanto, a cirurgia ou o tratamento endovascular também está indicado, quando ocorrer uma complicação grave.

Os objetivos da cirurgia definitiva incluem a abordagem do local acometido e a obliteração da entrada do falso lúmen, com a interposição de enxerto vascular.

Prognóstico

A sobrevida em 10 anos dos pacientes que recebem alta hospitalar varia de 30% a 88%, sendo semelhante na dissecção tipo A e B. Em uma análise, as maiores causas de óbito a longo prazo foram AVE, ruptura de novos aneurismas, IAM e insuficiência cardíaca

Referências

  1. Hagan PG, Nienaber CA, Isselbacher EM, et al. The International Registry of Acute Aortic Dissection (IRAD). New insights into an old disease. JAMA. 2000;283:897-903.
  2. AMARAL, LF;SALGADO, G. Dissecção aórtica aguda. Revista do Hospital Universitário Pedro Ernesto, UERJ, dez. 2008.
  3. Almeida, MA, et al.  Dissecção aguda de aorta. Revista Médica de Minas Gerais. 18 (3 supl 4), p 20-24. 2008
  4. Livro Emergências Clínicas- Abordagem Prática Herlon et al. 12ª edição Ed Manole. Capítulo 17
  5. Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro. Dissecção Aguda de Aorta. Revista da SOCERJ. Jul. 2003

Biotipologia

Os seres humanos apresentam a característica de ter uma grande variabilidade corporal, elas podem ser do tipo Extremo e do tipo Médio. As do tipo extremo são Longilíneos e Brevilíneos, a do tipo médio é Mediolíneos/normolíneos.

Segundo Dangelo & Fattini (2007), os Longilíneos tem a característica de serem magros, geralmente altos, membros longos comparados a altura dos ombros.

Os Brevilíneos geralmente são baixos, pescoço curto e membros pequenos em relação a altura dos ombros e tronco mais largo que os outros tipos.

Os Mediolíneos/normolíneos tem a característica de transição entre os outros dois tipos.

Nepomuceno (2009) menciona algumas características de cada Biótipo:

Longilíneo:

  • Pescoço longo e delgado,Tórax afilado
  • Membros alongados com franco predomínio sobre o tronco
  • Musculatura delgada e panículo adiposo pouco desenvolvido
  • Tendência para estatura elevada

Mediolíneo:

  • Equilíbrio entre os membros e o tronco
  • Desenvolvimento harmônico da musculatura e distribuição adiposa

Brevilíneo

  • Pescoço curto e grosso, Tórax alargado e volumoso
  • Membros curtos em relação ao tronco
  • Musculatura desenvolvida e panículo adiposo espesso
  • Tendência para baixa estatura

Referências:

  1. ALBUQUERQUE JR., Durval Muniz de. A invenção do Nordeste e outras artes. São Paulo: Cortez. 2001.
  2. BERARDINELLI, Waldemar. Biotipologia: constituição, temperamento, caracter. 3.ed. modificada e aumentada. Rio de Janeiro: Francisco Alves. 1936.
  3. BERARDINELLI, Waldemar. Noções de biotipologia: constituição, temperamento, caracter. Rio de Janeiro: Francisco Alves. 1933.
  4. BLAKE, Stanley E. The vigorous core of our nationality: race and regional identity in northeastern Brazil. Pittsburg: University of Pittsburg Press. 2011

Membros Superiores e Inferiores

“Paciente mantendo AVP em MSD? ou em MSE? Ou em MMSS?”…

Aliás, é sempre bom não decorar e sim entender a estrutura anatômica, principalmente dos membros, pois muitas vezes dispositivos, curativos, feridas, traumas, estão localizados nestes membros!

Os Membros Superiores (MMSS)

Os membros são divididos em superiores (braços, antebraços, ombros e mãos) e inferiores (quadril, coxas, pernas e pés).

Assim, eles permitem que o corpo se movimente, ou seja, eles são responsáveis pela mobilidade, sustentação e equilíbrio.

São divididas em:

  • Braços: O corpo humano é formado por dois braços (esquerdo e direito), sendo o úmero o único osso presente nesses membros.
  • Antebraços: Localizados entre os cotovelos e os punhos, os antebraços são formados por dois ossos: rádio e a ulna (cúbito).
  • Ombros: Os ombros, chamados também de cintura escapular, são formados por dois ossos: a clavícula e a escápula.
  • Mãos: O corpo humano é formado por duas mãos, constituídas de 5 dedos cada. Os ossos da mão são: ossos do carpo (oito ossos), ossos do metacarpo (cinco ossos) e ossos do dedo ou falange (três ossos).

Os Membros Inferiores (MMII)

Os membros inferiores são:

  • Quadril: O quadril (pelve, bacia ou cintura pélvica) é o local de transição entre a região do tronco e dos membros inferiores. É formado pelos ossos: ílio, ísquio, sacro, púbis; e nas mulheres essa estrutura é mais larga a fim de facilitar no parto.
  • Coxas: As coxas estão localizadas acima dos joelhos e atuam na sustentação do corpo. Elas são formadas pelo maior osso do corpo humano: o fêmur.
  • Pernas: as pernas possuem a função de sustentação do corpo e estão localizadas entre os joelhos e os tornozelos. Elas são formadas pelos ossos: tíbia e fíbula.
  • Pés: O corpo humano é composto por dois pés, sendo que cada um deles possui 26 ossos, a saber: tarsos (07 ossos), metatarsos (05 ossos) e os ossos dos pés ou falanges (14 ossos).

Algumas Curiosidades

  • Os membros inferiores são considerados maiores, mais fortes e mais resistentes, na medida em que atuam na sustentação, locomoção e no equilíbrio do corpo.
  • Os membros inferiores são formados por 30 ossos de cada lado, dos quais 26 estão localizados em cada pé.
  • O osso mais longo do corpo é o fêmur, o osso da coxa da perna.

Referência:

1. “Membros Superiores e Inferiores” em Só Biologia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2020. Consultado em 26/05/2020 às 10:55. Disponível na Internet em https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/sistemaesqueletico4.php

Os Dermátomos

Dermátomo é uma palavra grega que significa literalmente “corte de pele”. Um dermátomo é uma área da pele que é inervada por fibras nervosas que se originam de um único gânglio nervoso dorsal. Cada dermátomo é nomeado de acordo com o nervo espinal que o inerva.

Os processos patológicos, principalmente infeções víricas, que ocorrem em certos nervos espinhais ou nos seus gânglios frequentemente manifestam-se como lesões cutâneas na área do dermátomo respetivo, pelo que estar familiarizado com a localização dos dermátomos específicos ajuda a diagnosticar a condição facilmente.

Fatos importantes sobre os dermátomos
Dermátomos do tórax, pescoço e extremidade superior

C2 – Protuberância occipital

C3 – Fossa supraclavicular

C4 – Articulação acromioclavicular

C5 – Fossa antecubital lateral

C6 – Polegar

C7 – Dedo médio

C8 – Dedo mínimo

T1 – Fossa antecubital medial

T2 – Ápice da axila

Dermátomos da pelve e extremidade inferior

L1 – Parte antero-superior da coxa

L2 – Parte anterior média da coxa

L3 – Côndilo femoral medial

L4 – Maléolo medial

L5 – Dorso da terceira articulação metacarpal

S1 – Calcanhar lateral

S2 – Fossa poplítea

S3 – Tuberosidade isquiática

S5 – Área perianal

Dermátomos da face

V1 Nervo oftálmico – Parte superior da face

V2 Nervo maxilar – Parte média da face

V3 Nervo mandibular – Parte inferior da face

Nota clínica Infeção Herpes Zoster

Entendendo o processo do Dermátomo

A medula espinhal possui trinta e um segmentos, cada um com seu próprio par bilateral anterior e posterior de raízes nervosas, que inervam as estruturas anatômicas com fibras motoras e sensitivas. O significado clínico de um dermátomo é que, quando um caso dermatológico se apresenta limitado a um único dermátomo, um rash cutâneo por exemplo, os sintomas clínicos podem indicar envolvimento patológico da raiz nervosa relacionada.

Pontos de testes dos dermátomos

Foi desenvolvido um sistema de pontos no corpo observando as regiões dos dermátomos, de forma a que aqueles com acesso direto ao mapa dos dermátomos sejam capazes de localizar a dor e diagnosticar corretamente o nervo que pode estar afetado. Aqui segue uma lista de pontos de testes de dermátomos, organizada pela raiz espinhal que chega a cada um deles, juntamente com uma área aproximada de sua cobertura. A lista passa pelos nervos espinhais em uma direção de cranial para caudal.

Parte superior do corpo

  • C2 – Protuberância occipital
  • C3 – Fossa supraclavicular
  • C4 – Articulação acromioclavicular
  • C5 – Fossa antecubital lateral
  • C6 – Polegar
  • C7 – Dedo médio
  • C8 – Dedo mínimo
  • T1 – Fossa antecubital medial
  • T2 – Ápice da axila

Parte inferior do corpo

  • L1 – Parte ântero-superior da coxa
  • L2 – Parte ânterior média da coxa
  • L3 – Côndilo femoral medial
  • L4 – Maléolo medial
  • L5 – Dorso da terceira articulação metacarpal
  • S1 – Calcanhar lateral
  • S2 – Fossa poplítea
  • S3 – Tuberosidade isquiática
  • S5 – Área perianal

Face

Existem ainda três outros pontos de testes de dermátomos que são inervados pelo nervo trigêmeo (NC V), e não pelas raízes espinhais. As três divisões trigeminais são responsáveis pela inervação da face.

  • V1 Nervo oftálmico – Parte superior da face
  • V2 Nervo maxilar – Parte média da face
  • V3 Nervo mandibular – Parte inferior da face

A Aorta e seus ramos

aorta

A aorta é a principal artéria do corpo humano. Ela sai do ventrículo esquerdo do coração e segue em direção a raiz do pulmão esquerdo. Depois ela passa através do diafragma até chegar ao abdômen e se divide, no nível da quarta vértebra lombar, nas artérias ilíacas direita e esquerda. Delas se nutrem as vísceras pélvicas e os membros inferiores.

Logo após sair do coração, a aorta dá lugar as artérias coronárias, que fornecem sangue para o músculo cardíaco. A partir do arco surgem as artérias subclávias e carótidas, que fornecem sustentação a cabeça e aos braços. No tórax, a parte descendente da aorta dá lugar as artérias intercostais, que se ramificam na parede do corpo.

Na região do abdômen, tem origem a artéria celíaca que se divide em gástrica, hepática e esplênica; as artérias mesentéricas que se vão para os intestinos, as artérias renais que nutrem de sangue os rins, e pequenas ramificações que se dirigem à parede do corpo e aos órgãos de reprodução.

Músculos Extraoculares

Músculos Extraoculares

Os músculos extraoculares são seis músculos que controlam os movimentos do olho. As ações dos músculos extraoculares dependem da posição do olho no momento da contração muscular.

Há seis músculos extraoculares que movem o olho: o reto superior, reto medial, reto inferior e oblíquo inferior (inervados pelo oculomotor ou motor ocular comum, III nervo craniano), o oblíquo superior (inervado pelo troclear, IV nervo craniano) e o reto lateral (inervado pelo abducente, VI nervo craniano). O músculo oblíquo inferior origina-se na porção anterior da órbita. Os outros cinco músculos extrínsecos do olho originam-se no ânulo de Zinn.

Os músculos retos superior e inferior, originando-se no anel de Zinn, dirigem-se anterior e lateralmente, formando um ângulo de 23 graus com o plano sagital, e inserem-se respectivamente na superfície anterossuperior e anteroinferior do olho. Os músculos retos medial e lateral, originando-se no anel de Zinn, dirigem-se anteriormente e inserem-se, respectivamente, na superfície Antero medial e anterolateral do olho.

O músculo oblíquo superior origina-se no ânulo de Zinn e dirige-se anteriormente, junto à parte superior da parede medial da órbita, onde seu tendão passa pela tróclea e muda de direção, direcionando-se posteriormente, inferiormente e lateralmente, inserindo-se no quadrante posterior, superior e lateral do olho. O tendão forma um ângulo de 55 graus com o eixo anteroposterior do olho no plano horizontal quando o olho se encontra na posição primária.

O músculo oblíquo inferior origina-se num tendão situado adjacente à margem inferior e lateral da fossa lacrimal, direciona-se posteriormente e lateralmente inserindo-se no quadrante posterior, inferior e lateral do olho. O eixo do músculo forma um ângulo de 50 graus com o eixo anteroposterior do olho no plano horizontal, quando este se encontra na posição primária.

Curiosidades sobre a Pele Humana

Pele Humana

O corpo humano é uma máquina incrivelmente complexa. Quanto mais estudamos, mais percebemos que não sabemos quase nada sobre ele.

Te convido a viajar no corpo humano para conhecer alguns dos fatores mais importantes sobre a Pele Humana.

– A pele é chamada pelos anatomistas de Cútis.

– A pele é o maior órgão do corpo humano. Em um adulto médio, ela tem 2 metros quadrados de extensão.

– A pele é o mais pesado órgão humano. Em média, ela pesa duas vezes mais do que o cérebro.

– Ela é dividida em três camadas: a epiderme, a derme e a hipoderme. A epiderme é a cama externa da pele (que está em contato com o exterior). Já a derme fica abaixo da epiderme (digamos que é uma espécie de camada intermediária) e a hipoderme é a camada mais profunda.

– A epiderme é praticamente constituída de células mortas. As células novas e vivas são formadas um pouco abaixo dela.

– A pele de uma pessoa saudável renova-se mais ou menos a cada 28 dias.

– Se “trocamos de pele” com frequência, por que a tatuagem não sai com o tempo? A resposta é simples: porque ela é feita nas camadas mais profundas da pele (as agulhas dos tatuadores penetram cerca de 2 milímetros na pele).

– Uma pessoa adulta perde em torno de 15 gramas de pele todos os dias. Boa parte da poeira de uma residência é formada pela pele das pessoas que lá vivem.

– A pele é finíssima, com espessura de 0,4 a 2 milímetros.

– Mais uma: a pele não é uniforme. É mais fina nas pálpebras e mais grossa em áreas como a sola dos pés. Na ponta dos dedos, possui sulcos.

– A pele é praticamente idêntica em todos os grupos étnicos humanos. A diferença é que em alguns ela possui maior quantidade de melanina, se tornando mais escura.

– Os albinos possuem pele e cabelos claros em virtude de uma deficiência genética que provoca a ausência de melanina. Quanto mais branco for a pele da pessoa, maior a probabilidade de que venha a sofrer lesões provocadas por exposição ao Sol.

– Pessoas que consomem alimentos ricos em vitamina D acabam ficando com a pele um pouco mais escura. É o caso dos esquimós que, apesar de viverem em zonas frias, possuem a pele mais escura do que os europeus.

– Sua pele é capaz de liberar mais de 11 litros de suor em um dia muito quente. As únicas partes do seu corpo que não suam são o leito ungueal (aquela parte embaixo das unhas), as margens dos lábios, a ponta do pênis e os tímpanos.

– O cheiro do seu corpo vem de outro tipo de suor, aquele produzido pelas glândulas apócrinas, que estão localizadas principalmente nas axilas e na região genital.

– Esse odor específico é provocado pelas bactérias que temos pelo corpo. Elas comem a gordura que eliminamos pelas glândulas apócrinas. Haja desodorante!

– A caspa é a descamação do couro cabeludo.

– As pintas são resultado da multiplicação excessivas das células que dão cor à pele. Elas normalmente tem 0,5 centímetros de comprimento.

– Verrugas são saliências ásperas e grossas causadas por vírus (o conhecidíssimo HPV). São muito comuns em crianças e surgem principalmente nas mãos e nos pés. Só podem ser retiradas com a ajuda de um médico.

– Sardas são formadas pelo aumento da melanina. Tem origem genética e são comuns em pessoas ruivas. Sardas também surgem pela exposição excessiva ao sol.

– A acne (aumento da secreção de sebo pela glândulas sebáceas) é mais comum na adolescência e atinge mais mulheres do que homens. Aliás, você sabia que até 80% dos danos na pele surgem antes dos 18 anos?

– O que define uma queimadura é a gravidade do ferimento. A queimadura de primeiro grau apenas deixa a pele vermelha. A de segundo grau, forma bolhas. A de terceiro grau atinge as camadas mais profundas da pele. Mas a pior de todas é a de quarto grau, que carboniza a pele e atinge até os ossos.

– Pintas grandes, escuras e com bordas irregulares podem ser câncer de pele. Nesse caso, procure um médico imediatamente.

– O câncer com maior incidência no Brasil é o câncer de pele, com 25% dos casos registrados.

– Existem dois tipos de câncer de pele: o não-melanoma e o melanoma. O não-melanoma tem origem nas células escamosas e basais; o melanoma surge nas células produtoras de melanina.

– O Sol que você toma hoje pode causar danos à pele no futuro. As manchas e até o câncer podem surgir daqui a 10, 20 ou 25 anos. É por esse e outros motivos que os dermatologistas recomendam: use sempre protetor solar.

– As impressões digitais só aparecem nos fetos por volta do terceiro mês de gestação.

–  Ainda sobre as impressões digitais, sabia que é possível nascer sem elas? Duas condições genéticas podem ser responsáveis por essa característica: Síndrome de Naegeli e Dermatopathia Pigmentosa Reticulada.

– A pele humana tem pelo menos cinco tipos diferentes de receptores sensíveis à dor e ao toque.