Bandeja para Instalação de Dieta Enteral (BIC)

Para que serve?

A nutrição enteral é crucial para pacientes que não podem se alimentar pela boca. Para garantir a administração segura e eficaz da dieta por sistema de infusão contínua, a montagem da bandeja exige atenção e cuidado.

Executor:

Auxiliar ou Técnico de Enfermagem sob supervisão do Enfermeiro.

Materiais Necessários

  • Frasco com a dieta enteral;
  • Bomba de infusão contínua (BIC);
  • 01 seringa estéril de 20mL;
  • 01 gorro ou touca;
  • 01 máscara cirúrgica;
  •  01 par de luvas de procedimento;
  • 01 Capote descartável;
  • 01 copo descartável com 40mL de água potável;
  • Álcool líquido a 70%;
  • Álcool gel a 70%.

Etapas do Procedimento

1. Consultar a prescrição médica da dieta enteral;
2. Verificar sinais de intolerância a TNE, tais como: distensão abdominal, náuseas, vômitos, pirose, enjoo, prisão de ventre; mensurando volume residual gástrico em pacientes críticos nos horários;
3. Verificar se a cabeceira da cama está, no mínimo, a 30° se não houver contraindicação; sehouver deixar em 15°;
4. Higienizar as mãos, conforme orientação da CCIH;
5. Paramentar-se com EPIs: máscara, touca, gorro e capote;
6. Calçar luvas de procedimento nos horários de verificação do volume residual gástrico;
7. Verificar o VRG antes de instalar a dieta;
8. Lavar a sonda enteral com 40mL de água potável;
9. Conferir o rótulo da dieta disponível no frasco (nome, data, volume, hora, validade, via de administração);
10. Preparar o material (em mesa e bandeja previamente desinfectada com álcool líquidoa 70%, utilizando movimento unidirecional, repetir por três vezes e aguardar a secagem espontânea);
11. Levar a dieta e todo o material para a mesa de cabeceira;
12. Conferir a identificação do paciente;
13. Explicar o procedimento a ser realizado e orientar o paciente e/ou o familiar, sobre a importância do procedimento
14. Higienizar as mãos;
15. Abrir, de forma asséptica, o frasco da dieta, retirando a tampa protetora e expondo o local de inserção do equipo;
16. Remover o frasco vazio da dieta que encontra-se acoplado ao equipo da bomba, observando para não contaminar o introdutor do equipo; desprezar o frasco na lixeira de lixo infectante;
17. Adaptar o equipo de BIC no novo frasco da dieta enteral, observando a técnica asséptica;
18. Retirar as luvas;
19. Higienizar as mãos;
20. Programar a bomba de infusão, considerando o volume da dieta de acordo coma tabela de gotejamento das dietas enterais em BIC, observando o tempo de infusão;
21. Higienizar as mãos;
22. Checar a dieta na prescrição médica;
23. Registrar, no balanço hídrico, os 40mL de água utilizados na lavagem da sonda em local separado do volume da dieta;
24. Registrar, no balanço hídrico, o volume infundido da dieta, após o término, conforme o valor expresso na bomba;
25. Registrar o Volume Residual Gástrico (VRG) no balanço hídrico, mesmo que seja zero.

Observações

  • Consultar a prescrição da EMTN de vazão da dieta enteral por BIC.
  • A dieta não deve ser suspensa caso ocorra diarreia.
  • Se o paciente apresentar diarreia, a nutricionista e o médico devem ser comunicados, pois a dieta é apenas uma das possíveis causas de diarreia e, muitas vezes, esta poderá ser corrigida sem prejuízo nutricional paraopaciente.
  • Qualquer mudança, suspensão, inclusão ou modificação da dieta, deve ser comunicada ao setor de EMTN, no período noturno comunicar à copeira de plantão.
  • A utilização de bomba de infusão para a administração de nutrição enteral é indicada em pacientes críticos, acamados e com diarreia.
  • Após envase a dieta enteral não deverá ficar exposta à temperatura ambiente por mais de quatro horas.

Referências:

  1. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC Nº 503, de 27deMaiode 2021. Dispõe sobre os requisitos mínimos exigidos para a Terapia de Nutrição Enteral. Brasília: 2021.
  2. BRASIL. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução nº 453/2004. Norma Técnicaparaatuação da equipe de enfermagem em terapia nutricional. Brasília: 2014.
  3. HERMANN, A. P.; CRUZ, E. D. A. Enfermagem em nutrição enteral: investigação doconhecimento e da prática assistencial em hospital de ensino. Cogitare Enfermagem, [s. l.], v. 13, n. 4, p. 520-525, 2008.
  4. HOSPITAL SÃO PAULO. Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina. Hospital Universitário da UNIFESP. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO: administraçãodedieta enteral. São Paulo: Hospital São Paulo, 2017.
  5. KNOBEL, E. Terapia Intensiva Nutrição. São Paulo: Atheneu, 2005.
  6. 6. MATSUBA, C. S. T.; SERPA, L. F.; CIOSAK, S. I. Terapia Nutricional Enteral e Parenteral: Consenso de Boas Práticas de Enfermagem. São Paulo: Martiari, 2014.
  7. MATSUBA, C. S. T.; MAGNONI, D. Enfermagem em Terapia Nutricional. São Paulo: Sarvier, 2009.
  8. SOCIEDADE BRASILEIRA DE NUTRIÇÃO PARENTERAL E ENTERAL. Diretriz BRASPENde Enfermagem em Terapia Nutricional Oral, Enteral e Parenteral. Braspen Journal, SãoPaulo, v.36, n. 3, p. 2-62, 2021. Disponível em: https://www.braspen.org/_files/ugd/66b28c_8ff5068bd2574851b9d61a73c3d6babf.pdf.
  9. WAITZBERG, D. L. Nutrição Oral, Enteral e Parenteral na Prática Clínica. São Paulo: Editora Ateneu, 2000.
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