A transfusão sanguínea é um procedimento essencial para salvar vidas, mas requer cuidados específicos para garantir a segurança do paciente. A prática dos 7 Certos da Transfusão é fundamental para evitar erros e garantir a eficácia do tratamento.
Neste artigo, vamos detalhar cada um desses certos e sua importância.
1. Paciente Certo
- Identificação precisa: É essencial confirmar a identidade do paciente por meio de dois métodos de identificação, como nome completo e data de nascimento, antes de iniciar a transfusão.
- Compatibilidade sanguínea: O grupo sanguíneo e o fator Rh do paciente devem ser compatíveis com o hemocomponente a ser transfundido.
2. Hemocomponente Certo
- Tipo de hemocomponente: O hemocomponente a ser transfundido (concentrado de hemácias, plaquetas, plasma fresco congelado, etc.) deve estar de acordo com a prescrição médica e a necessidade clínica do paciente.
- Compatibilidade individual: Além da compatibilidade ABO e Rh, outros testes podem ser necessários para garantir a compatibilidade individual do paciente com o hemocomponente.
3. Volume Certo
- Cálculo preciso: O volume de hemocomponente a ser transfundido deve ser calculado com base no peso do paciente, na indicação clínica e na concentração do hemocomponente.
- Taxa de infusão: A taxa de infusão deve ser adequada para evitar sobrecarga circulatória e outras complicações.
4. Via Certa
- Acesso venoso adequado: A transfusão deve ser realizada por via venosa, preferencialmente por um cateter de calibre adequado.
- Local de infusão: A veia escolhida para a infusão deve ser adequada e livre de complicações, como flebite ou infiltração.
5. Tempo de Infusão Certo
- Respeito aos protocolos: O tempo de infusão de cada hemocomponente deve seguir os protocolos estabelecidos, variando de acordo com o tipo de hemocomponente e a condição clínica do paciente.
- Monitoramento contínuo: O paciente deve ser monitorado durante toda a transfusão para identificar qualquer reação adversa.
6. Monitoramento Certo
- Sinais vitais: A pressão arterial, frequência cardíaca, temperatura e saturação de oxigênio devem ser monitorados antes, durante e após a transfusão.
- Reações transfusionais: É fundamental estar atento a sinais de reações transfusionais, como febre, calafrios, urticária, dor torácica e dispneia.
7. Registro Certo
- Documentação completa: Todos os detalhes da transfusão, incluindo o tipo de hemocomponente, volume transfundido, tempo de infusão, reações adversas e assinatura do profissional responsável, devem ser registrados no prontuário do paciente.
A importância de seguir os 7 Certos da Transfusão
Ao seguir rigorosamente os 7 Certos da Transfusão, é possível reduzir significativamente o risco de erros e complicações relacionadas à transfusão sanguínea, garantindo a segurança e o bem-estar do paciente.
Outras medidas importantes
Além dos 7 Certos, outras medidas são importantes para garantir a segurança da transfusão, como:
- Treinamento dos profissionais: Todos os profissionais envolvidos na transfusão devem receber treinamento adequado.
- Verificação dupla: A verificação dupla dos componentes sanguíneos antes da transfusão é fundamental.
- Hemovigilância: A hemovigilância é um sistema de monitoramento contínuo da segurança da transfusão, que permite identificar e investigar eventos adversos.
A transfusão sanguínea é um procedimento complexo que exige atenção e cuidado. Ao seguir os 7 Certos da Transfusão e adotar as medidas de segurança recomendadas, é possível garantir a eficácia do tratamento e minimizar os riscos para o paciente.
Referências:
- HEMOCENTRO DE BRASÍLIA. Cartilha de transfusão segura. Brasília: Hemocentro de Brasília, 2021. Disponível em: <https://www.hemocentro.df.gov.br/wp-content/uploads/2021/04/cartilha-transfusao-segura-032021.pdf>.
- Biblioteca Virtual em Saúde










