Curativo à Vácuo ou Pressão Negativa

A terapia a vácuo é uma tecnologia não invasiva, indicada ao tratamento de feridas, que favorece a cicatrização.  A técnica é realizada por curativos de Terapia por Pressão Negativa (TPN), que utiliza uma espuma de poliuretano, ajustada ao tamanho e profundidade de lesão, e a cobre com um filme transparente permeável ao vapor e com aderência sobre a esponja, gerando uma vedação.

Conectado a um tubo aspirador que o liga a um aparelho eletrônico (bomba portátil), é aplicada sobre esse sistema uma pressão uma pressão sub-atmosférica entre 5 e 125 mmHg, igualmente distribuída sobre toda a ferida, o que vai beneficiar na junção das bordas da lesão, na redução do edema, na circulação local e, consequentemente, na cicatrização mais rápida da ferida, já que todos os fluídos que contribuíam para o crescimento de micro-organismos são aspirados, removidos.

Objetivos

Desde 1990, quando foi criada, a terapia a vácuo possui os mesmos objetivos, que se resumem sempre na mais rápida cicatrização de feridas e, consequentemente, desospitalização do paciente. Para isso, ela age nas seguintes particularidades:

  • Estimulando o crescimento do tecido de granulação, característico e indispensável no processo cicatricial
  • Atraindo as bordas da ferida uma à outra
  • Removendo exsudato e secreções da ferida (quando existem)
  • Aumentando o fluxo sanguíneo e, consequentemente, o transporte de oxigênio
  • Preparando o leito da lesão para o fechamento

Indicações

Como toda intervenção médica, a escolha para a melhor intervenção ao paciente vem sempre do especialista. Em casos de ferida, enfermeiros também estão aptos na melhor escolha de tratamento, e o uso ou não da terapia a vácuo vai depender sempre da avaliação da ferida, gravidade da lesão, origem e local acometido. Mas, alguns casos específicos são geralmente indicados ao uso desta tecnologia:

  • enxertos de pele
  • deiscência de sutura
  • estase de linfa nos vasos e linfedema
  • Lesão por pressão
  • atrofia muscular, hipotrofia e espasmos musculares
  • queimaduras
  • síndrome de Fournier
  • fasceíte necrotizante
  • lipodistrofia
  • feridas diabéticas, incluindo o pé diabético
  • feridas traumáticas
  • infecções
  • úlceras tróficas
  • distonia vascular

Benefícios

• Maior rapidez na cicatrização
• Diminuição no tempo de internação
• Redução na demanda de assistência direta (enfermagem)
• Menos trocas de curativo
• Uso de materiais comuns às unidades de saúde
• Custos reduzidos, se comparado as demais opções de tratamento
• Método simples, prático e de fácil aplicação
• Maior conforto ao paciente: menos odor e vazamento
• Melhor qualidade de vida ao paciente

Alguns Cuidados de Enfermagem

  • Detectar fatores de riscos para infecção.
  • Verificar se há sinais localizados de infecção nos locais, nas incisões cirúrgicas, suturas ou feridas.
  • Avaliar e registrar as condições da pele e atentar para inflamação e secreção.
  • Verificar se há sinais e sintomas de sepse (infecção sistêmica): febre, calafrios, sudorese, alterações do nível de consciência.
  • Obter amostras adequadas de tecidos ou líquidos para exame, cultura e antibiograma.

Referência:

  1. repositorio.unilab.edu.br/jspui/handle/123456789/1393

Esponja Hemostática

As Esponjas Hemostáticas estancam o fluxo de sangue e podem ser completamente reabsorvidas pelo organismo durante o processo de cicatrização. Feito de material com colágeno (gelatina) liofilizado de origem porcina, reabsorvível, altamente porosa, com ação hemostática e cicatrizante.

Indicações

  • Procedimentos cirúrgicos odontológicos (como extração dental convencional, remoção de dentes inclusos ou impactados, remoção de cistos e tumores, biópsias etc.)
  • Obtenção de hemostasia local, principalmente quando o controle do sangramento por ligadura ou procedimentos convencionais é ineficaz ou impraticável
  • Mantém o coágulo sanguíneo nas lojas cirúrgicas, protegendo o leito das feridas e acelerando o processo de cicatrização, prevenindo, assim, complicações pós-operatórias.

Algumas Características

  • Esponja hemostática farmacêutica pura: feita 100% de colágeno (gelatina) porcino liofilizado.
  • Absorve 40-50 vezes seu próprio peso em sangue total.
  • Produto multifuncional: controle do sangramento, estabilização do coágulo sanguíneo, preenchimento dos espaços gerados nas cirurgias, aceleração do processo de cicatrização e proteção do leito da ferida cirúrgica.
  • Possibilita ótima visualização do campo cirúrgico.
  • Reabsorvível: é completamente reabsorvido pelo organismo em 15 dias.
  • Biocompatível: material atóxico e não pirogênico, sem riscos de intolerância ou contra indicações.
  • Pode ser aplicada seca ou saturada com solução salina estéril ou com antibióticos.
  • Versátil para uso diário: pode ser facilmente reduzida em tamanho a qualquer formato requerido.
  • Reduz o tempo da intervenção cirúrgica.
  • Prática, segura e confiável.
  • Esterilizada por raios gama.

Como é utilizado?

  • Depois do procedimento cirúrgico (como extração dental convencional, remoção de dentes inclusos ou impactados, remoção de cistos e tumores, biópsias etc.), deve ser cortado no tamanho desejado (espessura, comprimento e largura) e utilizado na menor quantidade necessária para obtenção da hemostasia;
  • Pode ser comprimido e aplicado seco à superfície hemorrágica;
  • Manter a esponja no local com pressão moderada até que seja obtida a hemostasia (10 a 15 segundos). Em geral, a esponja de gelatina estanca a hemorragia na primeira tentativa, caso contrário, deve-se fazer uma aplicação adicional utilizando-se novos pedaços de esponja. Estancada a hemorragia, os pedaços da esponja devem ser deixados no local, caso contrário a hemorragia poderá recomeçar;
  • É suturado a ferida cirúrgica mantendo o a esponja hemostática.

Esponja Para Banho no Leito

O Mercado Hospitalar sempre inova com tecnologias que facilitam o cuidado ao paciente, acamado em âmbito hospitalar e domiciliar.

Atualmente, há produtos com tecnologias inovadoras ao banho do paciente, que permitem a facilidade e a não utilização de produtos pessoais convencionais, oferecendo suporte com produtos próprios e com Ph correto para a pele do paciente.

E a Esponja para Banho no leito é uma dessas inovações.

Ela é impregnada com gel dermatológico pH 5.5, que ao entrar em contato com água, o mesmo se desprende formando espuma.

Indicação de Uso

Indicada para higienização pessoal em várias condições, a esponja de banho possui ênfase em pacientes acamados ou com restrição de mobilidade. Esta característica permite ao profissional de saúde oferecer o banho no leito com maior praticidade e agilidade, reduzindo o tempo gasto para o banho.

esponja de banho para acamados limpa, hidrata, suaviza e ativa a circulação, eliminam células mortas, evita contágio por bactérias e fungos, evita a desidratação da pele, sendo indicado para qualquer tipo de pele.

Outras Indicações:

  • Para higiene pessoal, facilita o banho de pessoas acamadas ou com restrição de mobilidade;
  • Duas esponjas são suficientes para o banho: uma para a região genitoanal e outra para o restante do corpo.

Do que é confeccionada?

  • Confeccionada em poliéster, macia, altamente absorvente e isenta de impurezas;
  • Cada unidade mede aproximadamente 18cm x 12cm e 0,5cm de espessura;
  • pH: 5.5

Como utilizar estas esponjas?

Deve umedecer parcialmente a esponja com água morna, retirar o excesso de água, ensaboar a pele do paciente suavemente, enxaguar ou retirar o excesso de espuma com uma toalha, conforme necessidade, secar.

Alguns cuidados:

  • Verifique a integridade da embalagem antes de usar. Não utilizar se a embalagem estiver violada, danificada ou molhada;
  • Inspecione a esponja antes do uso. Se apresentar algum tipo de dano, rasgo, sujidade não utilizar;
  • Produto de uso único, descartar após o uso. O descarte deve seguir as normas de biossegurança para lixo hospitalar;
  • Este produto se destina à higiene corporal. Indicada para todos os tipos de pele;
  • Em caso de irritação da pele, suspender o uso;
  • Não utilizar em feridas com tecido vitalizado. Não utilizar em mucosa;
  • A esponja reage com a água liberando o sabonete formando espuma;
  • Use quantidades reduzidas de água para não liberar todo o sabonete de uma só vez;
  • Avalie atentamente a região a ser higienizada para decidir pelo enxague ou não;
  • O enxague é se necessário. Podendo ser removido o excesso de espuma com uma toalha úmida e posterior secagem com uma toalha seca;
  • Fazer a higienização da pele com delicadeza e suavidade, não é necessário aplicar força ou pressão para remover qualquer sujidade;
  • A esponja deve ser trocada entre a lavagem da cabeça, dos membros, tronco e genitais;
  • Considerar o uso de EPI adequado para o procedimento de higienização corporal;
  • Não há contraindicações conhecidas.

Veja também:

Glossário de Terminologias e Termos Técnicos na Enfermagem

Referência:

  1. Kolplast