Sonda Nasogástrica e Sonda Nasoenteral: As diferenças na Nutrição Enteral

nasogástrica

Nem todo mundo consegue ingerir os alimentos pela boca. Nesse caso, uma opção é a nutrição enteral, que funciona com uma sonda implantada no estômago, no jejuno ou no duodeno. Em forma líquida ou em pó, a alimentação é feita nesse sistema para equilibrar nutrientes, proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas e minerais da dieta.

Esse recurso é muito utilizado por pessoas que precisaram ser hospitalizadas e, após algum procedimento cirúrgico ou tratamento, não podem mais realizar a alimentação na forma convencional.

Para que não haja desequilíbrio orgânico, perda de peso ou infecções, a nutrição correta é fundamental. Por isso, a nutrição enteral é muito importante para manter o equilíbrio e garantir qualidade de vida aos pacientes.

É preciso saber diferenciar o uso dos dois tipos, para casos de drenagem de conteúdo gástrico, infusão de dietas enterais, e até aonde é realizada a sua locação.

Mudança da Resolução no Cofen

Antes, que o procedimento da passagem da sonda nasogástrica realizada por técnicos e auxiliares poderiam ser realizadas, tendo agora diante a RESOLUÇÃO COFEN 619/2019, A lavagem gástrica é um procedimento que visa preparar o aparelho digestivo para exames ou cirurgias, estancar hemorragias gástricas ou esofágicas usando líquidos gelados e remover do estômago conteúdo gástrico excessivo ou nocivo. Para a realização deste procedimento faz-se necessário inicialmente a passagem de uma sonda oro ou nasogástrica de grosso calibre.

Apesar do procedimento de sondagem aparentar ser relativamente simples, esta técnica demanda conhecimento cientifico e habilidade técnica na medida em que não está isento de riscos. As complicações mais comuns são decorrentes da introdução incorreta, do mau posicionamento da sonda, da retirada acidental, do tipo de fixação externa e do tempo de permanência da sonda e incluem escoriações, hiperemias, perfurações no sistema digestivo, infecções nas vias aéreas superiores e inferiores, náuseas, distensão abdominal e obstrução parcial ou total da sonda.

Dentro da equipe de enfermagem, compete ao enfermeiro a realização de procedimento de maior complexidade conforme o disposto na Lei 7498/863. Ainda em relação ao procedimento de sondagem, a RESOLUÇÃO COFEN 619/2019, em seu anexo, estabelece que compete ao enfermeiro estabelecer a via de nutrição enteral, mesma via adotada para o procedimento da lavagem gástrica, sendo assim, competindo ao técnico de enfermagem:

a) Auxiliar ao enfermeiro na execução do procedimento da sondagem oro/nasoenteral;
b) Promover cuidados gerais ao paciente de acordo com a prescrição de enfermagem ou protocolo pré-estabelecido;
c) Comunicar ao Enfermeiro qualquer intercorrência advinda do procedimento;
d) Proceder o registro das ações efetuadas, no prontuário do paciente, de forma clara, precisa e pontual;

Para saber mais sobre a RESOLUÇÃO COFEN 619/2019, acesse este link!

Veja mais em nosso canal Youtube:

Como fazer uma Fixação de Sonda Enteral ou Gástrica?

Fixação de Sonda Naso Enteral/Gástrica

Sondagem Nasogástrica

 

Sonda Nasogástrica X Sonda Nasoenteral: As diferenças na Nutrição Enteral

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Nutrição Enteral (NE)

Nutrição Enteral

A nutrição enteral (NE) refere-se a todo e qualquer alimento com finalidades especiais, como ingestão controlada de nutrientes, isoladamente ou em associação, de composição definida ou estimada, exclusivamente elaborada e formulada para ser administrada por meio de sondas ou via oral, industrializado ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente, visando substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, de acordo com as suas necessidades nutricionais, em ambiente hospitalar, domiciliar ou ambulatorial, objetivando a produção ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas do organismo.

Todos os indivíduos que estão com o trato gastrointestinal íntegro ou que se encontram com suas funções parcialmente preservadas, com redução do apetite ao ponto de não consumirem os nutrientes mínimo necessários para o funcionamento adequado do organismo, ou então, aqueles que estão impossibilitados de se alimentarem através da via oral, devem receber NE.

A NE é feita por meio de uma sonda que chega diretamente ao estômago ou intestino delgado e pode ter diferentes vias de acesso, como:

  • Nasogástrica;
  • Nasoentérica;
  • Faringostomia;
  • Gastrostomia;
  • Jejunostomia.

A forma de escolha da via de acesso fica na dependência de fatores como a duração prevista da NE, o nível de chances de aspiração ou deslocamento da sonda, a presença ou ausência de ingestão e absorção anormais, se há previsão ou não para uma intervenção cirúrgica e também viscosidade e volume da fórmula.

Embora sejam incomuns, complicações podem surgir, como:

  • Obstrução da sonda;
  • Saída ou migração acidental da sonda;
  • Lesões nasais, necrose ou surgimento de abscesso no septo nasal;
  • Esofagite, úlceras esofágicas e estenose;
  • Sinusite;-Rouquidão;
  • Ruptura de vasos no esôfago;
  • Fístula traqueoesofágica;
  • Complicações pulmonares.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

  • Lavagem das mãos antes e após o procedimento;
  • Limpeza com álcool e gaze nas junções da sonda e equipo antes de instalar a dieta;
  • Manter a sonda fixa na pele, com esparadrapo anti-alérgico;
  • Não tracionar a sonda enteral;
  • Observar a marcação ou numeração da sonda diariamente (para garantir que não saiu do lugar);
  • Fornecer a dieta sempre com cabeceira elevada (35 a 45 Graus) ou em posição de fowler;
  • Lavar a sonda com 20 ml de água filtrada após dietas ou medicações;
  • Após as dietas, manter paciente sentado ou com a cabeceira elevada por pelo menos 30 minutos ou a critério médico;
  • Diluir bem as medicações, antes de administrar;
  • Trocar o equipo da dieta 1 vez ao dia (em 24 horas).

Veja também:

A Nutrição Parenteral (NP)

Dietoterapia: Enteral e Parenteral

Nutrição enteral

O objetivo destas duas terapias (Nutrição parenteral e Nutrição enteral) é bastante semelhante. Melhorar ou manter o estado nutricional de pacientes que apresentam ou poderão apresentar desnutrição, em nível celular, manter ou melhorar a respiração celular da mitocôndria, melhorar o prognóstico da doença de base, minimizar complicações que a desnutrição possa causar.

Tudo acontecendo adequadamente, provavelmente, o paciente permanecerá menos tempo internado, disponibilizando mais rapidamente seu leito para outro paciente e assim diminuindo os custos do hospital.

A diferença básica entre as terapias de nutrição parenteral (NP) e enteral (NE) é o tipo de acesso, sendo a primeira através de acesso venoso e a segunda através de sondas ou oral.

Através desta diferença, as dietas possuem características distintas, isto é, a NP deve ser estéril e apirogênica, enquanto que a NE não precisa ser estéril e apirogênica. Possui uma contagem microbiana autorizada e conhecida além de não se permitir a presença de microrganismos patogênicos, como Salmonella sp, Escherichia coli, entre outros.

Esta diferença entre as duas terapias faz com que a NP seja considerada um medicamento venoso e, portanto, de responsabilidade do farmacêutico, sendo a NE considerada uma dieta e assim de responsabilidade do nutricionista.

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