Classificação BI-RADS

A classificação BI-RADS (Breast Imaging Reporting and Data System) é um sistema padronizado utilizado em exames de imagem das mamas, como mamografias e ultrassonografias. Ela auxilia os radiologistas a descrever os achados encontrados nos exames e a comunicar os resultados aos médicos e pacientes de forma clara e concisa.

Objetivo principal do BI-RADS

  • Padronizar a comunicação: Garantir que todos os radiologistas utilizem a mesma linguagem ao descrever os achados nos exames de imagem das mamas.
  • Avaliar o risco: Classificar as lesões encontradas em categorias que reflitam o risco de câncer de mama.
  • Orientar o manejo clínico: Auxiliar os médicos a decidir sobre os próximos passos, como a necessidade de exames complementares ou biópsia.

As categorias do BI-RADS variam de 0 a 6 e representam o seguinte:

  • BI-RADS 0: Indeterminado: O exame não foi conclusivo e são necessários exames complementares para uma avaliação mais precisa.
  • BI-RADS 1: Negativo: Não foram encontradas alterações sugestivas de câncer.
  • BI-RADS 2: Benigno: A lesão encontrada é altamente provável de ser benigna e não requer acompanhamento adicional, a menos que haja mudanças clínicas.
  • BI-RADS 3: Provavelmente benigno: A lesão tem características benignas, mas recomenda-se um acompanhamento regular com exames de imagem.
  • BI-RADS 4: Suspeito: A lesão é suspeita de malignidade e uma biópsia é recomendada para confirmar o diagnóstico.
  • BI-RADS 5: Altamente sugestivo de malignidade: A lesão tem características altamente sugestivas de câncer e a biópsia é fortemente recomendada.
  • BI-RADS 6: Malignidade confirmada por biópsia: A biópsia confirmou a presença de câncer.

Como interpretar os resultados do BI-RADS

A classificação BI-RADS não é um diagnóstico definitivo, mas sim uma ferramenta para auxiliar na avaliação do risco de câncer de mama. É importante lembrar que:

  • BI-RADS 0 e 1: Geralmente não indicam a necessidade de biópsia, mas podem exigir exames complementares.
  • BI-RADS 2 e 3: Geralmente indicam um baixo risco de câncer, mas o acompanhamento regular é recomendado.
  • BI-RADS 4 e 5: Indicam um alto risco de câncer e a biópsia é fortemente recomendada.
  • BI-RADS 6: Confirma o diagnóstico de câncer de mama.

Fatores que influenciam a classificação BI-RADS

  • Características da lesão: Tamanho, forma, margens, densidade, calcificações.
  • Densidade da mama: Mamas densas podem dificultar a visualização de algumas lesões.
  • Histórico familiar e fatores de risco: Idade, histórico familiar de câncer de mama, etc.

A importância do BI-RADS

O BI-RADS é uma ferramenta fundamental para a detecção precoce do câncer de mama. Ao padronizar a comunicação entre os profissionais de saúde, ele permite um diagnóstico mais preciso e um tratamento mais eficaz.

Referências:

  1. Vieira, A. V., & Toigo, F. T.. (2002). Classificação BI-RADS™: categorização de 4.968 mamografias. Radiologia Brasileira, 35(4), 205–208. https://doi.org/10.1590/S0100-39842002000400005
  2. Godinho, E. R., & Koch, H. A.. (2004). Breast imaging reporting and data system (BI-RADS™): como tem sido utilizado?. Radiologia Brasileira, 37(6), 413–417. https://doi.org/10.1590/S0100-39842004000600006

Escala Venous International Assessment Revised (VIA-R)

A Escala Venous International Assessment (VIA) é um instrumento utilizado na área da saúde para avaliar a dificuldade em estabelecer um acesso venoso periférico em pacientes. Em outras palavras, ela serve para classificar as condições das veias de um paciente e prever a facilidade ou dificuldade em inserir um cateter para a administração de medicamentos ou coleta de sangue.

Escala Venous International Assessment Revised (VIA-R)

A Escala Venous International Assessment Revised (VIA-R) é uma versão adaptada e aprimorada da Escala VIA, desenvolvida especificamente para a língua portuguesa do Brasil.

Ela serve como um instrumento fundamental para avaliar a dificuldade em estabelecer um acesso venoso periférico em pacientes, ou seja, a facilidade de inserir uma agulha ou cateter em uma veia para fins de administração de medicamentos, coleta de sangue ou outros procedimentos.

Por que a VIA-R é importante?

  • Padronização: A escala oferece um método padronizado para avaliar as condições das veias de um paciente.
  • Previsão de dificuldades: Permite prever a dificuldade do procedimento e escolher a técnica mais adequada.
  • Prevenção de complicações: Ajuda a identificar pacientes com maior risco de complicações, como flebite ou extravasamento de medicamentos.
  • Melhora da qualidade do cuidado: Contribui para a tomada de decisões mais seguras e eficazes.

Critérios de Avaliação e Graus da VIA-R

A VIA-R classifica o acesso venoso em 5 graus, considerando fatores como o número de punções anteriores, o calibre do cateter ideal e a facilidade de realizar a punção:

Escala VIA-R (Venous International Assessment – Revised)
Escala VIA Possíveis (sítios) de punção
(no mínimo)
Calibre do cateter
(no mínimo)
Risco de extravasamento Desempenho da punção venosa Terapia Intravenosa –
Medicamentos e Soluções
Grau I 6 18 G Remoto Muito fácil Infusão rápida e sem resistência
Grau II 4 20 G Baixo Fácil Infusão com resistência
Grau III 3 22 G Moderado Nem fácil nem difícil Tendência à infusão prolongada –
risco para flebite
Grau IV 1 24 G Alto Difícil Alto risco para flebite
Grau V 0 Sem possibilidades reais Muito alto Muito difícil Muito alto risco para flebite

Interpretação dos Graus:

  • Grau I: Veias em boas condições, com poucas punções e facilidade para a inserção do cateter.
  • Grau II: Veias com algumas punções, podendo apresentar maior dificuldade na inserção do cateter e maior risco de complicações.
  • Grau III: Veias com múltiplas punções, dificultando a inserção do cateter e aumentando o risco de complicações.
  • Grau IV: Veias com muitas punções ou ausentes, impossibilitando a inserção de cateteres periféricos.

O que diferencia a VIA-R da VIA original?

A VIA-R foi adaptada culturalmente para o contexto brasileiro, tornando a escala mais precisa e relevante para a prática clínica no país. Além disso, a VIA-R inclui informações mais detalhadas e claras, facilitando a compreensão e aplicação da escala por profissionais de saúde.

Referência:

  1. Lopes, M., Torre-Montero, J. C. de . la ., Peterlini, M. A. S., & Pedreira, M. da L. G.. (2022). Validation of the Brazilian Portuguese version of the Venous International Assessment Scale and proposal of revision. Revista Brasileira De Enfermagem, 75(5), e20220100. https://doi.org/10.1590/0034-7167-2022-0100
  2. COREN-SP

Escore APACHE II

O escore APACHE II (Acute Physiology and Chronic Health Evaluation II) é um sistema de classificação amplamente utilizado em unidades de terapia intensiva (UTIs) para avaliar a gravidade da doença em pacientes criticamente doentes. Ele permite estimar a probabilidade de morte hospitalar e auxiliar na tomada de decisões clínicas.

Como o APACHE II Funciona?

O escore APACHE II atribui pontos com base em diversos parâmetros fisiológicos, laboratoriais e condições crônicas do paciente. Esses pontos são somados, resultando em um escore final que se correlaciona com a gravidade da doença e o risco de morte.

Critérios de Coleta para o Cálculo do APACHE II

A coleta dos dados para o cálculo do APACHE II envolve a avaliação de diversos sistemas orgânicos e a realização de exames laboratoriais. Os principais critérios incluem:

  • Dados demográficos: idade, sexo.
  • Sinais vitais: temperatura, frequência cardíaca, frequência respiratória, pressão arterial média.
  • Exames laboratoriais: níveis séricos de sódio, potássio, ureia, creatinina, glicose, hematócrito, leucócitos.
  • Função neurológica: nível de consciência, presença de déficits neurológicos.
  • Função respiratória: necessidade de ventilação mecânica, uso de oxigênio suplementar, PaO2/FiO2.
  • Função cardiovascular: presença de arritmias, uso de drogas vasoativas, pressão arterial sistólica.
  • Função renal: taxa de filtração glomerular estimada (TFGe).
  • Condições crônicas: doenças pré-existentes como diabetes, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), insuficiência cardíaca, etc.

É importante ressaltar que o cálculo do APACHE II deve ser realizado por profissionais de saúde qualificados e com experiência em terapia intensiva, pois exige conhecimento técnico e interpretação dos dados.

Utilidades do Escore APACHE II

  • Estimação do risco de morte: permite prever a probabilidade de óbito hospitalar, auxiliando no planejamento terapêutico.
  • Comparação de grupos de pacientes: possibilita comparar a gravidade de diferentes grupos de pacientes, como aqueles submetidos a diferentes tratamentos.
  • Avaliação da qualidade da assistência: pode ser utilizado para avaliar a qualidade da assistência prestada em unidades de terapia intensiva.
  • Alocação de recursos: ajuda na alocação de recursos, como leitos de UTI e pessoal especializado.

Limitações do Escore APACHE II

Apesar de ser uma ferramenta valiosa, o APACHE II apresenta algumas limitações:

  • Heterogeneidade dos pacientes: a gravidade da doença pode variar significativamente entre os pacientes, mesmo com o mesmo escore APACHE II.
  • Mudanças ao longo do tempo: o estado clínico do paciente pode mudar rapidamente, tornando o escore APACHE II obtido no momento da admissão menos preciso para prever o desfecho a longo prazo.
  • Não considera todos os fatores: o APACHE II não considera todos os fatores que podem influenciar o prognóstico do paciente, como comorbidades complexas e respostas individuais ao tratamento.

A importância dos enfermeiros no cálculo do APACHE II

Os enfermeiros desempenham um papel crucial na coleta de dados para o cálculo do APACHE II. Isso porque eles são os profissionais que estão em contato mais próximo com o paciente, realizando a monitorização contínua dos sinais vitais, avaliações físicas e acompanhamento dos exames laboratoriais.

Por que os enfermeiros devem conhecer o APACHE II?

  • Melhor compreensão da gravidade do paciente: Ao participar do cálculo do APACHE II, os enfermeiros adquirem uma visão mais clara da gravidade da condição clínica do paciente, o que os ajuda a priorizar os cuidados.
  • Planejamento da assistência: O escore APACHE II auxilia no planejamento da assistência, permitindo que os enfermeiros antecipam as necessidades do paciente e ajustam os cuidados de acordo com a gravidade da doença.
  • Comunicação com a equipe multiprofissional: O conhecimento do APACHE II facilita a comunicação com outros membros da equipe, como médicos e fisioterapeutas, permitindo uma abordagem mais integrada e eficaz.
  • Avaliação da evolução do paciente: Ao calcular o APACHE II periodicamente, os enfermeiros podem acompanhar a evolução do paciente e identificar sinais de melhora ou deterioração.

Desafios e considerações

  • Carga de trabalho: A coleta de dados para o cálculo do APACHE II pode aumentar a carga de trabalho dos enfermeiros, especialmente em unidades com alta demanda.
  • Treinamento: É fundamental que os enfermeiros recebam treinamento adequado para a coleta correta dos dados e o cálculo do escore APACHE II.
  • Atualização: O escore APACHE II pode ser complexo e sujeito a atualizações. É importante que os enfermeiros estejam sempre atualizados sobre as últimas versões e modificações.

Referências:

  1. COREN-SP
  2. Freitas, Eliane Regina Ferreira Sernache de; Perfil e gravidade dos pacientes das unidades de terapia intensiva: aplicação prospectiva do escore APACHE II. Rev. Latino-Am. Enfermagem [Internet]. mai-jun 2010. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rlae/a/G4GDSjjJfFRfvHy76XGRtXw/?format=pdf&lang=pt  

Escala de Elpo

A Escala ELPO (Escala de Avaliação de Risco para o Desenvolvimento de Lesões Decorrentes do Posicionamento Cirúrgico) é uma ferramenta essencial utilizada por profissionais de saúde para identificar o risco de um paciente desenvolver lesões causadas pelo posicionamento durante uma cirurgia.

Essa escala considera diversos fatores que podem influenciar a susceptibilidade do paciente a essas lesões.

Como funciona a escala ELPO?

A ELPO avalia sete itens principais, cada um com cinco subitens que representam diferentes níveis de risco. A pontuação total varia de 7 a 35 pontos, sendo que quanto maior o escore, maior o risco de o paciente desenvolver complicações.

Item Subitens (1 a 5 pontos)
Tipo de Posição Posições neutra, semi-sentada, Trendelenburg, Fowler, prona, litotomia, outras
Tempo de Cirurgia Menor que 60 minutos, 60-120 minutos, 120-180 minutos, 180-240 minutos, maior que 240 minutos
Tipo de Anestesia Local, regional, geral
Superfície de Suporte Colchonete de espuma, colchonete de gel, mesa de operação, coxim especial, outros
Posição dos Membros Membros superiores e inferiores em posição neutra, membros superiores abduzidos, membros inferiores elevados, membros cruzados, outras
Comorbidades Ausência, leves, moderadas, graves
Idade do Paciente Menor que 60 anos, 60-70 anos, 70-80 anos, 80-90 anos, maior que 90 anos

Interpretação dos Resultados

  • Escore baixo: Indica menor risco de lesões.
  • Escore alto: Sinaliza maior risco de complicações relacionadas ao posicionamento cirúrgico.

Importância da Escala ELPO

  • Prevenção de lesões: Ao identificar os pacientes com maior risco, a equipe médica pode tomar medidas preventivas para minimizar as chances de lesões.
  • Melhora da qualidade do cuidado: A utilização da ELPO contribui para um cuidado mais seguro e eficaz.
  • Auxílio na tomada de decisão: A escala auxilia os profissionais de saúde na escolha das melhores práticas para cada paciente.

Observações

  • A ELPO é uma ferramenta valiosa, mas não substitui a avaliação clínica individualizada do paciente.
  • A interpretação dos resultados da escala deve ser realizada em conjunto com outros fatores clínicos.
  • A ELPO pode ser adaptada para diferentes contextos e necessidades.

A escala ELPO é um instrumento simples e eficaz para avaliar o risco de lesões causadas pelo posicionamento cirúrgico. Ao utilizar essa ferramenta, os profissionais de saúde podem contribuir para a segurança e o bem-estar dos pacientes durante o procedimento cirúrgico.

Referências:

  1. COFEN
  2. Lopes, C. M. de M., Haas, V. J., Dantas, R. A. S., Oliveira, C. G. de ., & Galvão, C. M.. (2016). Assessment scale of risk for surgical positioning injuries. Revista Latino-americana De Enfermagem, 24, e2704. https://doi.org/10.1590/1518-8345.0644.2704

Escala ASIA

A escala da ASIA surgiu em 1984 incorporando a escala Frankel, classificando a lesão entre A e E, definindo 10 (dez) pares de músculos principais a serem avaliados, e criando um índice motor (motor score), mas ainda sem incorporar o índice sensitivo.

Ela recebe esse nome pelo fato de ter sido desenvolvida pela Associação Norte Americana de Lesão Medular (American Spinal Injury Association – ASIA).

A escala sofreu revisões subsequentes (1992 e 2002). Em 1992, a escala incorporou o índice sensitivo ao índice motor, produzindo as escalas motora e sensitiva.

A Escala

As classificações são:

A = Lesão completa. Não existe função motora e sensitiva nos segmentos medulares abaixo da lesão, incluindo os segmentos sacrais;

B = Lesão Incompleta. Sensibilidade (total ou parcialmente) preservada com extensão através dos segmentos sacrais S4-S5, sem função motora abaixo do nível neurológico;

C = Lesão Incompleta. Função motora preservada abaixo do nível da lesão com a maior parte dos músculos-chave abaixo do nível neurológico apresentando um grau de força muscular menor que 3;

D = Lesão Incompleta. Função motora preservada abaixo do nível da lesão com a maior parte dos músculos-chave abaixo do nível neurológico apresentando um grau de força muscular maior ou igual a 3;

E = Função Normal. Função motora e sensitiva normais.

Tal escala permite aos profissionais da área de Saúde classificar a lesão medular dentro de uma extensa variedade de tipos, auxiliando-os a determinar o prognóstico e o estado atual dos pacientes.

Referências:

  1. NEVES, Marco Antonio Orsini et al. Escalas clínicas e funcionais no gerenciamento de indivíduos com Lesões Traumáticas da Medula Espinhal. Revista neurociências, v. 15, n. 3, p. 234–239-234–239, 2007.
  2. https://www.scielo.br/j/tce/a/BBQdWD5VzJqbmZ4vPGP6dbQ/?format=pdf&lang=pt

Escore de Alerta Precoce MEWS

O Escore MEWS (Modified Early Warning Score) ou Escore de Alerta Precoce Modificado é uma ferramenta utilizada para identificar precocemente pacientes em risco de deterioração clínica.

Pontuações e parâmetros

Ele é baseado na avaliação de cinco parâmetros fisiológicos simples:

  • Nível de consciência:
    • Alerta: 0 pontos
    • Confuso: 1 ponto
    • Responde à dor: 2 pontos
    • Inconsciente: 3 pontos
  • Frequência cardíaca (batimentos por minuto):
    • ≤ 40: 3 pontos
    • 41-50: 2 pontos
    • 51-100: 1 ponto
    • 101-110: 0 pontos
    • 111-120: 1 ponto
    • 120: 2 pontos
  • Frequência respiratória (incursões por minuto):
    • < 9: 3 pontos
    • 9-14: 2 pontos
    • 15-20: 1 ponto
    • 21-29: 2 pontos
    • ≥ 30: 3 pontos
  • Pressão arterial sistólica (mmHg):
    • ≤ 70: 3 pontos
    • 71-80: 2 pontos
    • 81-100: 1 ponto
    • 101-199: 0 pontos
    • 200: 2 pontos
  • Temperatura (°C):
    • ≤ 35: 2 pontos
    • 35,1-36,9: 1 ponto
    • ≥ 37: 2 pontos

Como calcular o Escore MEWS

  1. Meça e anote os cinco parâmetros fisiológicos do paciente.
  2. Atribua a cada parâmetro a pontuação correspondente, de acordo com a tabela acima.
  3. Some as pontuações de todos os parâmetros para obter o Escore MEWS total.

Interpretação do Escore MEWS

  • Escore 0-2: Baixo risco de deterioração clínica. O paciente deve ser reavaliado a cada 6 horas.
  • Escore 3-4: Risco moderado de deterioração clínica. O paciente deve ser reavaliado a cada 4 horas e comunicado ao enfermeiro.
  • Escore ≥ 5: Alto risco de deterioração clínica. O paciente deve ser reavaliado a cada 2 horas, comunicado ao enfermeiro e considerado para intervenções imediatas, como avaliação médica e possível transferência para a UTI.

Importante:

  • O Escore MEWS deve ser utilizado em conjunto com a avaliação clínica do paciente.
  • O paciente deve ser reavaliado sempre que houver alteração no seu estado clínico, mesmo que o Escore MEWS esteja baixo.
  • O Escore MEWS é apenas uma ferramenta de triagem e não deve ser utilizado como único critério para tomar decisões clínicas.

Referências:

  1. Ministério da Educação
  2. COREN-SP
  3. INTS

Escala CHEOPS

A Escala de CHEOPS (Children’s Hospital of Eastern Ontario Pain Scale) é um instrumento de avaliação do comportamento de crianças em situações de dor, especialmente no pós-operatório.

A Escala

Ela consiste em seis itens: choro, expressão facial, verbalização, movimento dos braços, movimento das pernas e consolabilidade.

Cada item recebe uma pontuação de 1 a 3 ou de 1 a 4, dependendo da intensidade do comportamento observado.

A pontuação total varia de 4 a 13, sendo que quanto maior o valor, maior a dor da criança.

A Escala de CHEOPS é considerada uma ferramenta válida, confiável e sensível para medir a dor em crianças de 1 a 7 anos de idade, que podem ou não se comunicar verbalmente.

Ela pode ser aplicada por profissionais de saúde treinados ou pelos pais ou cuidadores da criança.

Referência:

  1. Correia, L. L., & Linhares, M. B. M.. (2008). Avaliação do comportamento de crianças em situações de dor: revisão da literatura. Jornal De Pediatria, 84(6), 477–486. https://doi.org/10.1590/S0021-75572008000700003

Classificação ASA

A classificação ASA (American Society of Anesthesiologists) é realizada na prática clínica desde 1941.

Ela é uma classificação do estado físico, sendo utilizada na caracterização dos pacientes que irão à uma cirurgia e/ou utilizarão anestesia para cálculo do risco cirúrgico.

Se trata de uma métrica utilizada em todas áreas de saúde, tendo uma classificação ASA para dentistas e até mesmo para médicos-veterinários.

É considerada a análise a respeito das seguintes informações:

  • condições de saúde;
  • tratamentos;
  • comportamento do paciente;
  • doenças crônicas.

Atualmente é dividida em seis classificações, que aumentam conforme a proporção dos riscos na cirurgia.

Essa classificação é realizada antes do procedimento, seja em caso de cirurgia ou de anestesia, fazendo parte da avaliação pré-anestésica realizada por um médico anestesiologista.

Avaliação pré-anestésica

Essa avaliação é uma consulta efetuada quando o paciente precisa receber algum tipo de anestesia, sendo local ou geral.

Nessa avaliação, o profissional de saúde faz perguntas ao paciente para se informar das suas condições físicas e psicológicas.

É necessário para buscar todas informações clínicas sobre o paciente, como por exemplo:

  • Se o paciente conta com doenças pré-existentes;
  • Alergias;
  • Se utiliza algum medicamento, e caso sim, qual e sua dose diária;
  • Se já se submeteu a cirurgia onde foi necessário a utilização de anestesia, seja local ou geral;
  • Qual cirurgia o paciente irá realizar e/ou será submetido.

Com base nessas informações, o profissional da saúde poderá fazer a classificação ASA do paciente e também verificar quais cuidados ele deverá tomar antes, durante e após o procedimento.

Além disso, é analisado qual o tipo de anestesia que será aplicado:

Tipos de anestesia

Assim como citado anteriormente, há dois tipos de anestesia.

A anestesia local, que garante um bloqueio temporário das terminações nervosas do paciente, alterando as sensações dele sem alterar a consciência.

E a anestesia geral, que seda a pessoa profundamente, onde o paciente perde a consciência, sensibilidade e também reflexos do corpo.

É realizada em cirurgias para que o paciente não sinta dor e desconforto durante o procedimento, não sendo recomendado caso não seja necessário.

A anestesia geral pode ser aplicada através:

  • Da veia: conta com efeito imediato ao paciente.
  • De uma máscara: a anestesia é inalada, chegando na circulação sanguínea pelos pulmões.

As durações sempre são determinadas pelo anestesista, que decidirá o tipo, dose e também a quantidade do medicamento anestésico aplicado.

Por fim, por meio da avaliação é possível medir o risco cirúrgico do paciente.

Risco cirúrgico

O protocolo de risco cirúrgico é feito para reduzir os riscos de mortalidade do paciente, aumentando as chances de sucesso da cirurgia.

Esse risco pode ser formado por classificações, como a classificação ASA e também por exames físicos e/ou testes de apoio.

Trata-se de um cálculo formado com base na avaliação clínica e também laboratorial, recomendando ou não a cirurgia.

Toda operação cirúrgica conta com riscos, e por conta disso cada caso deve ser analisado com base nos fatores citados acima (avaliação pré-anestésica) e outros.

Algumas doenças têm potencial de aumentar o trauma operatório ou impactar na recuperação do paciente, como por exemplo:

  • doenças crônicas;
  • histórico familiar;
  • natureza da cirurgia;
  • falta de nutrientes.

Assim, é tomada a decisão de realizar a cirurgia ou não, pois caso o risco se iguale ou supere ao benefício que a cirurgia trará, a recomendação é não realizar o procedimento.

Um exemplo comum é a cirurgia em pessoas com mais de 70 anos de idade, pois dependendo do caso, pode ser que a cirurgia não traga tantos benefícios quanto o risco, uma vez que o estado de saúde pode estar fragilizado.

Com o estado de saúde assim, a cirurgia é recomendada em poucos casos, pois ela sobrecarrega os sistemas do organismo, em especial o aparelho cardiovascular (coração e vasos sanguíneos).

Em casos como o de idosos, é necessário que o aparelho cardiovascular seja forte para não colapsar durante a cirurgia.

Quando a saúde está fragilizada, é comum que a cirurgia possa causar:

  • sequelas;
  • complicações a saúde;
  • demora para a recuperação;
  • óbito;
  • entre outros.

Por conta disso são realizados os diversos testes e classificações, que também determinaram se a avaliação será ampla (com exames e diagnósticos por imagem) ou não.

Qual a importância da classificação ASA?

A ASA é uma das classificações mais bem aceitas pela comunidade científica. Ela observa a fisiologia do paciente com relação a anestesia que será utilizada e a cirurgia.

A sua importância maior está no bem-estar do paciente, pois com a classificação é possível assegurar quase sempre o sucesso da garantia.

Assim como dito anteriormente, essa classificação possui seis categorias, confira elas:

Classificação ASA I

Se trata do grupo de pessoas que estão saudáveis, não havendo nenhum desses distúrbios:

  • orgânico;
  • fisiológico;
  • bioquímico;
  • psiquiátrico.

Ou seja, pacientes 100% saudáveis, que não fumam e que não fazem uso de grandes quantidades de álcool.

Casos como um paciente com hérnias ou fraturas são aceitos nesta classificação.

Pacientes com classificação ASA I não precisam de diagnósticos de imagem ou exames laboratoriais, devido ao seu excelente estado de saúde .

Somente a anamnese e a avaliação clínica já bastam para seguir com o procedimento cirúrgico.

Nessa classificação, a mortalidade perioperatória é de 0,06 a 0,08%.

Classificação ASA II

Essa classificação engloba pacientes que contam com doenças sistêmicas leves a moderados, que normalmente não estão relacionados a cirurgia.

Essas doenças não prejudicam ou afetam as funcionalidades do organismo e nessa classificação é possível aplicar a pacientes:

  • fumantes;
  • grávidas;
  • com diabetes;
  • com doença pulmonar leve;
  • que ingerem bebidas alcoólica socialmente;
  • com doença cardíaca leve.

Desse modo, é possível diagnosticar com base em doenças que não afetam as funcionalidades do organismo e prosseguir a próxima classificação.

Nessa classificação, a mortalidade perioperatória é de 0,27 a 0,40%.

Classificação ASA III

No ASA III são classificados pacientes com distúrbios sistêmicos mais graves, que podem estar relacionados a cirurgia ou não.

Essas doenças podem prejudicar ou limitar algumas funcionalidades do organismo, como por exemplo:

  • marca-passo cardíaco implantado;
  • paciente com histórico de infarto;
  • diabetes mal controlada;
  • hipertensão mal controlada;
  • entre outros.

É necessário examinar o histórico do paciente para verificar se ele não se encaixa nessa classificação.

Nessa classificação, a mortalidade perioperatória é de 1,8 a 4,3%.

Classificação ASA IV

Se trata de pacientes com distúrbios sistêmicos graves, que comprometem o risco de vida constante, com ou sem cirurgia.

Em seguida, confira alguns exemplos de pacientes que encaixam nessa classificação ASA:

  • pacientes com acidente vascular cerebral (AVC);
  • isquemia cerebral;
  • isquemia miocárdica;
  • pacientes com infarto recente;
  • insuficiência respiratória aguda;
  • insuficiência cardíaca crônica (ICC);
  • doença renal grave;
  • entre outros.

Nessa classificação, a mortalidade perioperatória é de 7,8 à 23%.

Classificação ASA V

É a classificação que indica que o paciente não terá esperança de sobrevida caso não passe por uma cirurgia urgentemente.

Ou seja, a cirurgia é seu último recurso.

Nessa classificação, a mortalidade perioperatória é de 9,4% a 51%.

ASA VI

Se trata de pacientes com morte cerebral declarada, em que os órgãos irão ser retirados para a doação.

Nessa classificação, a mortalidade perioperatória é de 100%.

Após a classificação, o que é feito

Junto a classificação ASA, são realizados alguns cuidados de pré-anestesia para garantir o bem-estar do paciente, como por exemplo:

Cuidados pré-anestesia

Antes mesmo do procedimento cirúrgico, alguns cuidados são realizados para que a anestesia seja recebida de maneira eficaz.

É recomendado o jejum de 6 horas para sólidos e 8 horas quando houver uma refeição com muito alimento ou caso o alimento ingerido seja gorduroso.

Para líquidos, é recomendado 6 horas para leite não-humano ou fórmula, enquanto para leite materno o período corresponde a 4 horas.

Líquidos claros, sem grãos ou água é necessário um período de jejum de no mínimo 2 horas.

Além disso, é necessário a remoção de peças dentárias móveis, como:

  • dentaduras;
  • pivôs;
  • pontes.

O aconselhamento ao paciente no dia da cirurgia a respeito de não usar cosméticos como maquiagem e também acessórios, como:

  • relógios;
  • pulseiras;
  • brincos;
  • anéis;
  • entre outros.

Por fim, sempre deixar claro ao paciente que é necessário evitar o consumo de bebidas alcoólicas alguns dias antes da cirurgia e também evitar o fumo.

Tudo isso deve ser realizado após a classificação ASA para assegurar o bem-estar do paciente antes, durante e após o procedimento.

Conclusão

Com base na classificação ASA, é possível saber quais os procedimentos devem ser tomados, no caso de uma cirurgia.

Pacientes classificados com ASA I e II são considerados de baixo risco, enquanto os pacientes com ASA III e IV são de alto risco.

Logo após, temos o ASA V, e quem foi classificado com esse nível já necessita da cirurgia para sobreviver, enquanto o VI é doador de órgãos.

Desse modo, são tomadas decisões junto ao procedimento que será realizado, que também influencia no risco cirúrgico.

É comum que alguns procedimentos possam ter mais riscos cirúrgicos cardíacos, independente do paciente, como por exemplo:

As cirurgias de emergência, urgência ou vasculares têm alto risco, com um índice maior que 5%.

Aneurismas da aorta abdominal, correção endovascular ou cirurgias na região da cabeça, pescoço, próstata, ortopédica e intratorácicas contam com um risco de 1 a 5%.

Enquanto isso, endoscopias, cirurgia de catarata, das mamas ou outros procedimentos superficiais têm risco menor que 1%.

Com esses itens analisados, é possível realizar ou não a cirurgia, garantindo o bem-estar do paciente acima de tudo.

Referência:

  1. Abouleish AE, Leib ML, Cohen NH. ASA provides examples to each ASA physical status class. ASA Monitor 2015; 79:38-9 http://monitor.pubs.asahq.org/article.aspx?articleid=2434536 

Escala de DINI

A Escala de DINI Tem como objetivo medir a complexidade dos cuidados de enfermagem em pacientes internados em uma unidade clínica pediátrica por meio de um Instrumento de Classificação de Pacientes Pediátricos (ICPP).

A escala de Dini abrange onze áreas do cuidado com o paciente e as pontuações vão de 1 a 4 e são de acordo com a gradação da complexidade assistencial. Com a escala de Dini o enfermeiro avalia a complexidade do paciente para implementar o devido cuidado, classificados em Cuidados Mínimos, Cuidados Intermediários e Cuidados de Alta Dependência.

A Escala

A escala de Dini abrange onze áreas do cuidado com o paciente, sendo elas: atividade; intervalo de aferição de controles; oxigenação; terapêutica medicamentosa; integridade cutâneo mucosa; alimentação e hidratação; eliminações; higiene corporal; mobilidade e deambulação; participação do acompanhante e rede de apoio e suporte.

As pontuações vão de 1 a 4 e são de acordo com a gradação da complexidade assistencial, assim, quanto mais próximo do número 4, o paciente apresenta um maior grau de dependência.

A partir da somatória dos pontos, obtêm-se a classificação do cuidado, os quais podem ser: maior que 38 pontos – intensivos; de 30 a 37 pontos – semi-intensivos; 24 a 30 pontos – alta dependência; 18 a 23 pontos – intermediários e de 11 a 17 pontos – mínimos.

Baseado nisso, o enfermeiro analisa as demandas do paciente no ambiente hospitalar, estrutura a assistência essencial para o manejo e executa os serviços necessários.

DINI – INSTRUMENTO DE CLASSIFICAÇÃO DE PACIENTES PEDIÁTRICOS

INTERVENÇÕES TERAPÊUTICAS PONTUAÇÃO
ATIVIDADE: Possibilidade de manutenção de atividades compatíveis com a idade de desenvolvimento, exercitando as habilidades pertinentes a cada idade e interagindo com acompanhante, equipe ou com outras crian as ara sorrir, brincar, conversar, etc.
Desenvolvimento de atividades compatíveis com a faixa etária 1  
Sonolento 2  
Hipoativo ou Hiperativo ou Déficit no desenvolvimento 3  
Inconsciente ou sedado ou coma vigil 4  
INTERVALO DE AFERIÇAO DE CONTROLES: Necessidade de observação e controle de dados como sinais vitais, ressão venosa central, licemia ca ilar, balan hídrico
6/6 horas 1  
4/4 horas 2  
2/2 horas 3  
Intervalo menor 2 horas 4  
OXIGENAÇÃO: Capacidade da criança ou adolescente manter a permeabilidade de vias aéreas, ventila ao e oxi ena ão normais
Respiração espontânea, sem necessidade de oxigenoterapia ou de desobstrução de vias aéreas 1  
Respiração espontânea com necessidade de desobstrução de vias aéreas por instilação de soro 2  
Respiração espontânea com necessidade de desobstrução de vias aéreas por aspiração de secreções elou necessidade de oxigenoterapia 3  
Ventilação Mecânica (Não Invasiva ou Invasiva)                                                        4

TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA: Necessidade da criança ou adolescente receber medicações prescritas

 
Não necessita de medicamentos 1  
Necessidades de medicamentos por via tópica, inalatória, ocular elou oral 2  
Necessidades de medicamentos por sondas ou via parenteral (subcutânea, intramuscular ou intravenoso 3  
Uso de fármacos vasoativos elou hemoderivados elou quimioterápicos 4  
INTEGRIDADE CUTÂNEO MUCOSA: Necessidade de manutenção ou restauração da integridade cutaneomucosa
Pele íntegra sem alteração da cor em toda a área corpórea 1  
Necessidade de curativo superficial, de pequeno porte 2  
Presença de hiperemia (pontos de pressão ou períneo) ou sinais flogísticos em qualquer local da superfície corpórea que necessite de curativo de médio porte 3  
Presença de lesão com deiscência ou secreção com necessidade de curativo de grande porte 4  
ALIMENTAÇÃO E HIDRATAÇÃO: Capacidade da criança ou adolescente ingerir alimentos sozinho, com auxílio, or sondas ou via arenteral
Via oral de forma independente ou seio materno exclusivo 1  
Via oral com auxílio e paciente colaborativo 2  
Sondas (gástrica, enteral ou gastrostomia) 3  
Nutrição parenteral OU via oral com paciente apresentando dificuldade de deglutição ou risco para aspiração 4  
  ELIMINAÇÕES: Capacidade da criança ou adolescente apresentar eliminações urinária e intestinal sozinha, elou necessidade de uso de sondas
  Vaso sanitário sem auxílio 1  
  Vaso sanitário com auxílio 2  
  Fraldas (necessidade de um profissional para a troca) ou sonda vesical de demora 3  
  Sonda vesical de alívio ou estomas ou uso de comadre ou urinol ou fraldas (necessidade de dois rofissionais ara a troca) 4  
  HIGIENE CORPORAL: Capacidade da criança ou adolescente realizar, necessitar de auxílio ou de ender totalmente ara a hi iene cor oral.
  Banho de aspersão sem auxílio 1  
  Banho de as ersão com auxílio 2  
  Banho de imersão ou banho em cadeira 3  
  Banho no leito ou na incubadora ou necessidade de mais de um profissional da 4 enferma em ara a realização de qualquer banho

MOBILIDADE E DEAMBULAÇÃO: Capacidade da criança ou adolescente de mobilizar voluntariamente o corpo ou seguimentos corporais

  Deambulação sem auxílio 1  
  Repouso no leito mobiliza-se sem auxílio 2  
  Repouso no leito, mobiliza-se com auxílio ou deambula com auxílio 3  
  Restrito no leito, totalmente dependente para mudança de decúbito                                                         4  
  PARTICIPAÇÃO DO ACOMPANHANTE: Desempenho do acompanhante para realizar cuidados e atender necessidades da criança ou adolescente
  Acompanhante reconhece as necessidades físicas e emocionais do paciente ponto ediátrico e conse ue atendê-las. 1  
  Acompanhante buscando informações para atender necessidades físicas e emocionais do aciente ediátrico 2  
  Acompanhante tem dificuldade em reconhecer algumas necessidades físicas e emocionais do aciente ediátrico, e é resistente a buscar auxílio e a mudan as 3  
  Acompanhante parece não estar atento nem se interessar quanto às 04 pontos necessidades físicas e emocionais do aciente ediátrico elou desacom anhado 4  
 
  REDE DE APOIO E SUPORTE: Apoio com o qual a criança pode contar durante sua permanência no hospital
  Presença de uma pessoa de confiança acompanhando-o durante todo o tempo 1  
  Presença de uma pessoa de confiança acompanhando-o por mais de 12 horas ao dia 2
  Presença de uma pessoa de confiança acompanhando-o durante menos de 12 horas ao dia 3
  Desacompanhado 4

Referências:

  1. Dini AP,Guirardello EB. Sistema de Classificação de paciente pediátrico: Aperfeiçoamento de um instrumento . Rev Esc Enferm USP 2014; 48(5):787-93
  2. https://www.scielo.br/j/reeusp/a/y5DLN5SVpFQHcnc5qL43WTt/?format=pdf&lang=pt

Escala Rancho los Amigos

A escala de Rancho Los Amigos é uma ferramenta que avalia o nível de consciência e função cognitiva de pacientes que sofreram traumatismo crânio encefálico (TCE).

Ela foi desenvolvida em 1972 no Rancho Los Amigos Medical Center na Califórnia e possui oito níveis de funcionamento cognitivo, que vão desde a ausência de resposta até a resposta intencional e apropriada.

A escala ajuda a equipe de reabilitação a planejar o tratamento adequado e acompanhar a evolução do paciente, mas não prediz as consequências da lesão. A escala é baseada nas observações comportamentais do paciente em relação aos estímulos externos.

A Escala

  • I – SEM RESPOSTA – O paciente parece estar em sono profundo e está completamente não-reativo a qualquer estímulo.
  • II – RESPOSTA GENERALIZADA – O paciente reage inconsciente e despropositadamente aos estímulos, de modo inespecífico. As respostas são limitadas e frequentemente as mesmas, independentemente do estímulo apresentado.
  • III – RESPOSTA LOCALIZADA – O paciente reage especificamente, mas inconscientemente aos estímulos. As respostas estão diretamente relacionadas ao tipo de estímulo apresentado. Pode seguir comandos simples num modo inconsciente e retardado, como fechar os olhos ou apertar a mão.
  • IV – CONFUSÃO-AGITADO – O paciente está em um estado intensificado de atividade. O comportamento é bizarro e despropositado, relativamente ao ambiente imediato. Não discrimina entre pessoas ou objetos; é incapaz de cooperar diretamente com esforços do tratamento. Frequentemente as verbalizações são incoerentes e/ou inadequadas ao ambiente; pode estar presente a confabulação. A atenção geral ao ambiente é muito breve; frequentemente inexiste a atenção seletiva. O paciente não possui lembranças a curto e a longo prazo.
  • V – CONFUSO-INADEQUADO – O paciente é capaz de responder a comandos simples de modo bastante consistente. Contudo, com a crescente complexidade dos comandos, ou com a ausência de qualquer estrutura, as respostas são despropositadas, aleatórias ou fragmentadas. Demonstra atenção geral ao ambiente, mas é altamente desatento, e não tem a capacidade de focalizar a atenção em uma tarefa específica. Com estrutura, pode ser capaz de conversar num nível automático social por breves períodos de tempo. Frequentemente a verbalização é inadequada e confabulatória. A memória está gravemente prejudicada; frequentemente exibe um uso inadequado dos objetos; pode desempenhar tarefas prévia e estruturalmente aprendidas, mas é incapaz de aprender novas informações.
  • VI – CONFUSO-APROPRIADO – O paciente exibe um comportamento dirigido para as metas, mas é dependente de informações ou orientações externas. Acompanha orientações simples consistentemente, e exibe transferência para problemas reaprendidos, mas apropriados para a situação; as memórias passadas revelam maior profundidade e detalhes que a memória recente.
  • VII – AUTOMÁTICO-APROPRIADO – O paciente parece apropriado e orientado nas instalações hospitalares e domiciliares; passa pela rotina diária automaticamente, mas frequentemente assemelhando-se a um robô, com confusão mínima ou ausente, e tem recordações superficiais das atividades. Revela transferência para novos aprendizados, mas numa velocidade reduzida. Com estrutura, é capaz de iniciar atividades sociais ou recreativas; o julgamento permanece prejudicado.
  • VIII- PROPOSITAL-APROPRIADO – O paciente é capaz de lembrar-se e integrar eventos passados e recentes, e percebe e reage ao ambiente. Exibe transferências para novos aprendizados, e não necessita de supervisão, uma vez que tenham sido aprendidas as atividades. Pode continuar a exibir uma capacidade diminuída relativamente às capacidades pré-morbidez, raciocínio abstrato, tolerância ao estresse, e julgamento em emergência ou circunstâncias peculiares.

Os escores Rancho los Amigos são usados ​​por profissionais de saúde para comunicação padronizada sobre o estado do paciente e podem ser usados ​​por fisiatras , fisioterapeutas , terapeutas ocupacionais , terapeutas recreativos e fonoaudiólogos como base para o planejamento do tratamento.

Referência:

  1. Centro Nacional de Reabilitação Rancho Los Amigos. (1 de março de 2011). Os Níveis Rancho de Funcionamento Cognitivo em https://web.archive.org/web/20110514024558/http://rancho.org/Research_RanchoLevels.aspx