A Terapia Intravenosa é intervenção essencial e realizada com frequência em instituições de saúde, portanto, faz-se necessária a inserção de um cateter em uma veia.
Embora o uso dos cateteres intravenosos esteja associado a diversos benefícios terapêuticos, podem relacionar-se ao desenvolvimento de complicações locais e sistêmicas, tais como extravasamento, infiltração, hematoma, flebite e infecções.
A flebite é uma das complicações locais mais frequentes e graves relacionadas ao uso destes cateteres. Estima-se que cerca de 30 a 70% dos pacientes que tenham recebido terapia intravenosa, desenvolveram algum grau de flebite.
É recomendado que escalas de avaliação sejam usadas pela equipe de enfermagem, como instrumento que norteie a aferição dos graus de flebite, objetivando estabelecer um padrão de uniformidade entre os profissionais responsáveis pela terapia.
A Escala de Maddox
A escala de Maddox é um exemplo de parâmetro norteador para identificação de flebite, pois gradua a severidade de flebite de acordo com o número de sinais presentes e a sua intensidade e extensão.
Quanto ao grau de gravidade, pode ser classificado como:
- 0 ausência de reação;
- 1+ sensibilidade ao toque sobre o acesso;
- 2+ dor contínua sem eritema;
- 3+ dor contínua, com eritema e edema, veia dura palpável a menos de 8cm acima do local do acesso;
- 4+ dor contínua, com eritema e edema, veia dura palpável a mais de 8cm acima do local do acesso;
- 5+ trombose venosa aparente.
Todos os sinais de 4+, mais fluxo venoso = 0, que pode ter sido interrompido devido à trombose.
Observa-se, assim, a crescente preocupação dos profissionais quanto à construção e validação de indicadores, objetivando auferir a qualidade da assistência, que sejam passíveis de comparabilidade nos âmbitos intra e extra-institucional e que reflitam os diferentes contextos de sua prática profissional.
Referência:
Maddox RR, Rush DR, Rapp RP, Foster TS, Mazella V. McKean HE. Double-blind study to investigate methods to prevent cephalothin-induced phlebitis. American Journal of Hospital Pharmacology. 1977;34(1):29–34. [PubMed].
Veja também:
https://enfermagemilustrada.com/flebite-2/
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