Notícias da Enfermagem

Cofen normatiza realização de sutura simples por enfermeiros

Mais uma prerrogativa da profissão foi normatizada. Desta vez, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) publicou a Resolução 731, de 13 de novembro de 2023, que regulamenta a realização de suturas simples por enfermeiras e enfermeiros. O documento autoriza que o profissional realize sutura simples, em pequenas lesões em ferimentos superficiais de pele, anexos e mucosas e […]

Bandeja para Curativo Simples

Para que serve?

É o tratamento utilizado para promover a cicatrização da ferida, proporcionando um meio adequado para esse processo, tendo como objetivo evitar ou diminuir os riscos de complicações decorrentes do comprometimento da integridade tecidual e facilitar o processo de cicatrização, proporcionar conforto ao paciente e proteger a ferida.

Indicado quando se deseja promover a cicatrização e/ou proteção de uma ferida.

Executor:

Equipe de Enfermagem

Materiais Necessários

  • Soluções e coberturas determinadas de acordo com a avaliação individualizada da ferida;
  • Cuba rim;
  • Fita adesiva;
  • Tesoura para corte da fita adesiva;
  • Atadura, se necessário;
  • Luvas de procedimentos;
  • Luvas estéreis;
  • Gaze estéril;
  • Compressa cirúrgica, se necessário;
  • Bandeja de curativo (Uma Pinça Kocher, Uma Pinça Kelly, uma pinça dente de rato e uma pinça anatômica);
  • Solução Fisiológica a 0,9%.

Etapas do Procedimento

1. Lavar as mãos;
2. Explicar para o cliente o procedimento;
3. Reunir os materiais necessários;
4. Obedecendo aos princípios de assepsia, abrir o pacote de curativo, colocar as pinças com as partes que serão manuseadas na parte de fora do campo e as gazes sobre o campo;
4. Retirar o curativo anterior com as pinças dente de rato e Kelly;
5. Remover o curativo anterior, utilizando solução fisiológica, se houver aderência;
6. Desprezar o curativo retirado no saco de lixo e as pinças dente de rato e kelly na cuba rim;
7. Inspecionar cuidadosamente a ferida e o tecido adjacente;
8. Fazer dobradura da gaze com o auxílio das pinças Kocher e anatômica e umedecê-las com solução fisiológica;
9. Se for uma ferida limpa, limpá-la com movimento de dentro para fora, quando for infectada, de fora para dentro;
10. Aplicar a solução e/ou cobertura indicada, de acordo com a tipologia da ferida;
11. Fixar o curativo, com fita adesiva.

Observações

  • Em feridas abertas não é recomendado curativo seco, deve-se umidificá-lo com soro fisiológico a 0,9% e secar somente as bordas da ferida;
  • Não se deve utilizar solução fria para limpar a ferida ou deixá-la exposta por períodos prolongados, pois isso pode baixar a temperatura da superfície em vários graus;
  • Curativos encharcados ou vazando favorecem o movimento de bactérias, devendo ser trocados imediatamente;
  • Em cliente com dois ou mais curativos realizar primeiro o limpo e depois o contaminado, cada qual com seu material de curativo estéril;
  • Quando a ferida se encontra com tecido de granulação, é contraindicada a limpeza da ferida pela fricção da gaze, pois esse tecido é muito sensível e a fricção pode lesá-lo, nesse caso é recomendado irrigar a ferida com solução fisiológica.
  • Facilitar o processo de cicatrização da ferida, promover conforto ao cliente e evitar complicações oriundas do comprometimento da integridade tecidual.

Referências:

  1. MOZACHI, N. O hospital: manual do ambiente hospitalar. 3 Ed. Curitiba: Manual Real. 2009.832p.
  2. POSSO, M. B. S. Semiologia e semiotécnica de enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2004.

Conheça os Tipos de Estetoscópio!

Você já reparou que há tipos diferentes de estetoscópios que são vendidos no mercado?

Mas quais são as diferenças básicas nelas?

  • No esteto duplo possui auscultador duplo, podendo variar a ausculta entre sons de alta e baixa frequência. Basta girar a cabeça do auscultador para alterar a ausculta entre alta frequência (diafragma) e baixa frequência (sino)!;
  • No esteto simples possui auscultador simples, sendo assim, a ausculta é de um menor espectro de sons;
  • No esteto master possui uma única membrana flexível que alterna entre sons de alta e baixa frequência conforme o auscultador é pressionado;
  • No esteto rappaport é conhecido pela sua versatilidade, possui auscultador duplo e dois tubos, além de acompanhar vários acessórios (diafragmas, sinos e olivas) para conversão em diferentes formas de uso.

Antes de adquirir o seu, saiba exatamente o tipo que necessita!

Fluidoterapia e suas indicações (Tipos de Soro)

A fluidoterapia ou “Tipos de Soros” é considerada um tratamento de suporte, tendo como principais objetivos expandir a volemia, corrigir desequilíbrios hídricos e eletrolíticos, suplementar calorias e nutrientes, auxiliar no tratamento da doença primária.

Entretanto é importante que a doença primária seja diagnosticada e tratada adequadamente.

Água corporal

A água é a substância mais abundante nos seres vivos, todas as reações químicas do organismo são realizadas em meio aquoso.

A água corporal total representa de 60 a 70% do peso corporal.

Destes 60%, 2/3 (40%) está localizado no espaço intracelular e 1/3 (20%) no espaço extracelular, que inclui plasma e espaço intersticial.

A água ingressa no organismo através dos alimentos e da água ingerida e é eliminada por pele, pulmões, rins e intestino. Mesmo que ocorram variações no consumo e perda de água e eletrólitos no organismo, as concentrações destes nos diferentes compartimentos, é mantida de forma relativamente constante.

Componentes da fluidoterapia

Depois de realizar a avaliação clínica e laboratorial do paciente, pode-se classificar o tipo e porcentagem de desidratação que este apresenta. Então parte-se para a escolha do tipo de fluido a ser utilizado.

A fluidoterapia compreende três etapas: reanimação, reidratação e manutenção. A reanimação normalmente é necessária em casos de emergência, onde se devem repor perdas ocorridas devido a uma patologia existente.

Um exemplo são pacientes em choque que necessitam de rápida administração de grande volume de fluido, a fim de expandir o espaço intravascular e corrigir o déficit de perfusão. Outro exemplo são pacientes com vômito e diarréia severa.

A reidratação é a etapa de reposição, onde se necessita repor a volemia, repor perdas dos compartimentos intra e extracelular.

A etapa de manutenção é utilizada em casos de pacientes com hidratação normal, mas que são incapazes de ingerir volume de água adequado para manter o equilíbrio dos fluidos.

Tipos de fluidos

Ringer com lactato

É uma solução isotônica, cristalóide, com composição semelhante ao LEC, pH 6,5, utilizada para reposição.

Tem características alcalinizantes, uma vez que o lactato sofre biotransformação hepática em bicarbonato, sendo indicado para acidoses metabólicas.

Por conter cálcio é contra-indicada para pacientes hipercalcêmicos, assim como não é indicada para pacientes hepatopatas.

Não deve ser administrada junto com hemoderivados, no mesmo cateter intravenoso, para evitar precipitação do cálcio com o anticoagulante.

Ringer Simples

Possui características semelhantes ao ringer lactato, porém não contém lactato, é utilizada para reposição.

Contém mais cloreto e mais cálcio que outras soluções, tornando-a levemente acidificantes (pH 5,5).

É uma solução de emprego ideal nas alcaloses metabólicas. É uma solução cristalóide, isotônica.

Solução NaCl a 0,9%

É uma solução cristalóide, isotônica, utilizada para reposição, não é uma solução balanceada, pois contém apenas sódio, cloro e água.

É acidificadora, sendo indicada para pacientes com alcalose, hipoadrenocorticismo (por aumentar reposição de sódio), insuficiência renal oligúrica ou anúrica (pois evita retenção de potássio) e hipercalcemia (pois não contém cálcio).

Solução de glicose a 5% em NaCl a 0,9%

Também é chamada de solução glicofisiológica, solução cristalóide utilizada para reposição. Possui composição semelhante à solução de NaCl a 0,9%.

Apresenta, porém maior osmolaridade e pH 4,0.

Solução de glicose a 5%

É uma solução que contém glicose em água.

É utilizado para administração de medicamentos dissolvidos ou diluídos através de acessos venosos ou como nutriente energético, uma vez que a glicose é uma fonte de energia facilmente absorvida pelas células.

Existe nas vertentes isotônica (5 ou 5.5%, em massa, isto é, 5 ou 5.5g/100ml de glicose)hipotônica (2.5%) e hipertônica (10%).

Referência:

Wikipedia

Veja também:

 

Glossário de Terminologias e Termos Técnicos na Enfermagem

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