Anestesia

Anestesia

A Anestesia significa perda de todas as modalidades de sensação, quer seja o sentido da dor, tato, temperatura ou posição.

Os diferentes tipos de anestesias se dividem em dois grandes grupos: a anestesia de consciência (geral) e as de partes do corpo (sendo as loco regional: local, tissular, plexular, troncular, epidural e raquianestésica).

Uma classificação frequentemente usada para a assistência anestésica é a seguinte:

Anestesia geral

A anestesia geral pode ser entendida como um estado reversível de ausência de percepção dolorosa, relaxamento muscular, depressão neurovegetativa e inconsciência, resultante da ação de uma ou mais drogas no sistema nervoso. São administrados por vias endovenosas e inalatória preferencialmente devida a relação efeito-doze e o tempo de curso de efeito são mais previsíveis. Outras vias podem ser usadas, como a anestesia geral retal.

Anestesia geral por inalação

Os anestésicos líquidos podem ser administrados pela mistura de vapores com oxigênio ou óxido nitroso-oxigênio e, então, fazer o paciente inalar a mistura. O vapor é administrado ao paciente por meio de um tubo ou máscara.

A técnica endotraqueal para administração de anestésico consiste na introdução de um tubo endotraqueal ou da máscara laríngea de borracha macia ou plástico, dentro da traqueia (tubo) ou laringe (máscara laríngea), com a ajuda de um endoscópio óptico de fibra flexível, ou também pela exposição da laringe com um laringoscópio ou pela introdução do tubo cegamente. O tubo pode ser inserido tanto pelo nariz quanto pela boca (a ML somente pela boca). Quanto o tubo encontra-se no local, o mesmo isola os pulmões do esôfago de forma que, se o paciente vomita, nenhum conteúdo do estômago entra nos pulmões.

São exemplos de anestésicos líquidos voláteis o alotano, tricloetileno, metoxiflurano, enflurano e cevoflurano) e gases (óxido nitroso e ciclopropano – combinado com oxigênio). O que determina a profundidade da anestesia é a concentração do anestésico no cérebro.

Anestesia geral endovenosa

Pode ser produzida pela injeção intravenosa de várias drogas. Tem a vantagem de não ser explosiva, agradável para o paciente, ação rápida, fácil de dosar, não requer aparelhagem e é muito fácil de administrar, porém, não há meio de removê-la do organismo (tiopental sódico, etomidato, acetamina, diazepínicos, propofol e methoexital sódico).

Anestesia local

Caracteriza-se pela administração de anestésico local nas imediações dos axônios. Sua ação é de estabilizar a membrana do axônio impedindo a despolarização e consequente propagação do impulso elétrico. Pode ser classificada em: local propriamente dita regional e espinhal.

Anestesia local pode ser tópica (mucosa do nariz, boca, árvore traqueobrônquica, esôfago e trato geniturinário) ou por infiltração (injeção de anestésico nos tecidos nos quais deve passar a incisão).

Anestesia regional

O agente anestésico é injetado nos nervos ou ao redor deles, de modo a anestesiar a área por eles inervada. As áreas mais comumente utilizadas são: bloqueio do plexo (plexo branquial); anestesia paravertebral (parede abdominal e vísceras); bloqueio transacral (períneo e baixo abdômen);

Anestesia espinhal

Epidural ou peridural – injeção de anestésico no canal medular no espaço ao redor da dura-máter.

Raquianestesia – é obtida pela punção lombar e, no mesmo ato, injeta-se a solução de anestésico no líquido cefalorraquidiano, no espaço subaracnóideo. Outras medicações são utilizadas como coadjuvantes no ato anestésico. É o caso do miorrelaxantes utilizados para facilitar a intubação e oferecer condições cirúrgicas ideais em planos menos profundos que a anestesia geral.

Dividem-se em três grupos: relaxantes musculares despolarizantes (succinilcolina), relaxantes musculares não despolarizantes (antagonistas da acetilcolina) que podem ser divididos enquanto duração de ação em intermediários (atracurium) e de longa duração (pancurônio). São utilizadas também antagonistas dos hipnoanalgésicos como a nalorfina e neurolépticos como a clorpromazina.

A regressão do ato anestésico se inicia na sala de operação paralela à eliminação ou biotransformação dos agentes anestésicos tratando-se assim do processo de recuperação a consciência. Esta se processa em três fases e quatro estágios clínicos.

Fases:

– Imediata (minutos): o paciente apresenta volta à consciência, existe presença de reflexo das vias aéreas superiores e movimentação;
– Intermediárias (minutos/horas);
– Tardia (normalidade motora e sensorial): deve-se julgar o desempenho do paciente entre 24 e 48 horas após a anestesia porque alguns efeitos indesejáveis podem persistir por este período.

Estágios clínicos:

1º estágio: o paciente responde a estímulo doloroso;
2º estágio: ocorre abertura dos olhos ao comando verbal;
3º estágio: o paciente responde à pergunta simples;
4º estágio: apresenta boa orientação no tempo e no espaço;

Outra classificação quanto as condições físicas, desenvolvida pela ASA – American Society of Anesthesiologists para avaliação da gravidade das disfunções fisiológicas e anormalidades anatômicas é dada por:

 ASA 1: paciente sadio;
ASA 2: paciente com doença sistêmica leve;
ASA 3: paciente com doença sistêmica severa;
ASA 4: paciente com doença sistêmica severa que é um constante risco para a vida;
ASA 5: moribundo que não se espera sobreviver sem a cirurgia;
ASA 6: paciente com morte cerebral declarada cujos órgãos estão sendo removidos para doação;

CRITÉRIOS DE ALTA DA SRPA (SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICA) E OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Os critérios de alta são de responsabilidade intransferível do Anestesiologista. Para tal julgamento o anestesiologista associará critérios clínico específicos com os dados objetivos tirados da ficha de recuperação pós-anestésica.  Os critérios clínicos incluem:

  • Padrão respiratório normal;
  • Frequência respiratória adequada;
  • Ausência de sonolência ou confusão mental;
  • Sinais vitais estabilizados;
  • Capacidade para manter as vias aéreas;
  • Saturação de 02 Sp02 95%;
  1. A permanência da paciente na SRPA limitar-se-á a sua recuperação pós-anestésica, sendo imediatamente transferida após receber alta.
  2. A enfermagem providenciará acomodação para a paciente de alta da SRPA.
  3. Após a alta a paciente poderá ter destinos diferentes: poderá ir para residência, ir para enfermaria, ir para uma unidade intermediária, ser internada na UTI.

AVALIAÇÃO PERMANENTE

Após a avaliação inicial e o devido registro na ficha de avaliação a enfermagem manterá observação contínua sobre a paciente com registro a cada 10min nos primeiros 30min, cada 15min nos 30min seguintes, a cada 30min na 2ª hora, e posteriormente de hora em hora. Este registro não deve ser um procedimento isolado, mas englobar uma atitude capaz de antecipar e corrigir problemas potenciais antes que eles criem uma situação perigosa e possivelmente irreversível. Quando surgirem dúvidas e/ou complicações a enfermagem deve chamar por ajuda médica imediatamente. Em situações de extremo, deverá ser acionado um alarme indicando que ajuda médica é imediatamente requerida na SRPA.

A ordem das observações deve ser a seguinte:

  • Cor;
  • Funções respiratórias;
  • Função cardiovascular;
  • Nível de consciência;
  • Perdas sanguíneas.

Colóides: A Albumina Humana

Albumina Humana

Antes de tudo temos que entender o que são Coloides e que a Albumina está presente no plasma do nosso sangue. Quando ocorre uma diminuição no volume do plasma o médico prescreve a Albumina de forma adicional, pois ela tem o poder de aumentar o volume do plasma e consequentemente o do sangue total, sendo um Expansor de Volume Plasmático.  

Os coloides nada mais são as soluções de alto peso molecular capazes de exercer pressão oncótica. Além de restaurar a volemia, o coloide ideal deveria ter um impacto favorável na modulação do processo inflamatório da sepse, tais como a permeabilidade capilar aumentada, a formação de edema tissular, a disfunção do controle vasomotor, assim como as alterações reológicas causadas pelas anormalidades de ativação e aderência dos neutrófilos.

Para que serve a Albumina Humana? 

Tem como indicação para o tratamento de uma variedade de condições, nas quais podemos citar:

  • Choque devido a perda de sangue no corpo (Hipovolemia),
  • Queimaduras,
  • Albumina baixa (Hipoalbuminemia),
  • Baixos níveis de proteína (Hipoproteinemia) devido a alguma cirurgia ou insuficiência hepática,
  • Síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA),
  • Nefrose (lesão degenerativa no rim),
  • Diálise renal,
  • Aumento da bilirrubina em bebês (Hiperbilirrubinemia neonatal),
  • Insuficiência hepática aguda,
  • Doença hemolítica do recém-nascido e
  • Como um medicamento adicional na cirurgia de by-pass cardiopulmonar, (Ponte).

Pode ser usada para várias condições, conforme determinado pelo médico.

Como a Albumina Humana Age?

Mantém a pressão coloidal osmótica (ou oncótica) no plasma. A Albumina Humana é responsável por 70% a 80% da pressão osmótica do plasma normal, que regula o volume de sangue em circulação e aumenta temporariamente o volume de sangue.

Quem não deve usar a Albumina Humana?

A albumina está contraindicada em pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula, com problemas no coração e volume de sangue anormal, em pacientes com varizes no esôfago, anemia grave, desidratação, edema pulmonar, com tendência para sangramentos sem causa aparente e ausência de urina.

O uso de deste medicamento também não deve ser feito na gravidez ou durante a amamentação, sem a orientação médica.

Atenção!

Este remédio deve ser administrado diretamente na veia e, por isso, só deve ser utilizado por um profissional de saúde no hospital. A dose geralmente varia de acordo com o problema a tratar e o peso do paciente.

Albumina Humana Vs Albumina Suplementar

Albumina Humana é composta de proteína plasmática obtida a partir do plasma de doadores, sendo sintetizada pelo fígado. Já a Albumina Suplementar, encontrada em muitos dos suplementos alimentares, é derivada da clara do ovo, sendo considerada uma proteína de alto valor biológico por conta do seu perfil de aminoácidos. Portanto, a Albumina Humana não deve ser usada para aumentar a massa muscular, nesses casos é recomendado usar os suplementos de albumina.

Cuidados de Enfermagem na Administração da Albumina

– Atentar principalmente e pedir orientação quanto à marca da Albumina Humana utilizada, pois alguns fabricantes orientam a conservação da medicação quando não está em uso em geladeira, sendo assim, há outras marcas que necessariamente não são conservadas sob refrigeração, tomando cuidado para perdas indesejáveis do fármaco.
– Não deve ser misturada com outros medicamentos, sangue total e unidades de glóbulos vermelhos;
– Depois de aberto o frasco, deve ser utilizado nas 3 horas seguintes.
– Vigiar possíveis reações alérgicas.

Eletrólitos: Cloreto de Potássio (KCL)

Cloreto de Potássio

Antes de entender para que serve o Cloreto de Potássio,  é necessário entender alguns princípios. O Potássio é o principal eletrólito intracelular. Cerca de 98% do potássio que temos está dentro das células. Apenas 2% está fora, e essa concentração de potássio no soro varia de 3,5 a 5,0 mEq/l.

  • Esse eletrólito move-se para dentro e fora das células através da atuação da bomba de sódio e potássio. Chamamos de Hipopotassemia ou Hipocalemia e Hiperpotassemia ou Hipercalemia os desequilíbrios associados a esse cátion, no qual pequenas alterações já são significativas!
  • Influencia a  condutividade elétrica tanto do músculo esquelético quanto cardíaco. A alteração na concentração de potássio modifica o ritmo e a excitabilidade do miocárdio.

O Cloreto de Potássio (KCL), é um medicamento utilizado no tratamento das doenças causadas pela falta de potássio no sangue, é também usado para prevenir e tratar coágulos sanguíneos associados a doenças cardíacas, aos ataques cardíacos e às substituições coração/válvula. Além dessas funções, o cloreto de potássio auxilia na prevenção e tratamento da coagulação do sangue dentro dos pulmões.

A prescrição do cloreto de potássio é necessária na reposição do potássio, nos casos em que ocorre uma eliminação, em níveis muito grandes, do mineral em nosso organismo, como na ocorrência de hipopotassemia ou hipocalemia, alcalose metabólica e intoxicações digitálicas.

Os principais desequilíbrios do potássio podem ocorrer no pós operatório e as situações de vômitos sequentes, diarreia infantil, hipercorticoidismo, corticoterapia, tiazidoterapia, administração parenteral prolongada de cloreto de sódio/glicose, impregnação digitálica, miastenia grave, asma brônquica, síndrome de Mériere e urticária crônica, nas quais podem levar à insuficiência do potássio.

Em todos os casos, o cloreto de potássio é o medicamento mais utilizado pelos médicos na reposição dos níveis de potássio necessários ao organismo. Ele também é usado para a hidratação de pacientes em que a perda do mineral representa risco elevado, como pacientes cirróticos ou digitalizados.

Mas o que é o Cloreto de Potássio?

O cloreto de potássio é um composto químico formado pelo Potássio e o Cloro. O cloro, unido ao Sódio e ao Potássio, mantém o controle osmótico regulando a quantidade de água no organismo e atua nas funções do sistema nervoso e contração muscular. O Potássio, junto com o Sódio, age na contração muscular, na condução nervosa e no equilíbrio de fluidos no organismo.

É um medicamento do tipo eletrólito, que substitui o mineral potássio perdido por motivos involuntários. Os eletrólitos tem por função, manter os níveis de hidratação orgânica e também os múltiplos processos elétricos e químicos executados pelo seu corpo. O cloreto de potássio elevará o nível de potássio no organismo para que haja o correto funcionamento dos músculos, coração e de outros órgãos.

Formas de Apresentação do Cloreto de Potássio

O Cloreto de Potássio é encontrado em ampolas injetáveis, drágeas, comprimidos efervescentes, xarope ou suplementos alimentares.

O tratamento usual é realizado da baixa de potássio no sangue é por reposição oral ou com a inserção, na dieta do paciente, de alimentos ricos em potássio. Em casos mais graves, uma suplementação venosa pode ser necessária no sentido de se obter um resultado mais rápido e eficaz.

O cloreto de potássio é encontrado também em suplementos alimentares e no sal light em substituição ao cloreto de sódio (sal de cozinha). O sal light vem sendo associado à promoção de corações mais saudáveis e ao equilíbrio das funções orgânicas.

Quais são os benefícios do Cloreto de Potássio?

O consumo do cloreto de potássio com a função de elevar a taxa de concentração do mineral ao nível sérico (do sangue), tem sido associada à diminuição da pressão sanguínea e da mortandade por acidente vascular cerebral (AVC).

No caso dos atletas, o uso do cloreto de potássio é considerado benéfico porque, ao agir nos processos de dilatação dos vasos sanguíneos, consequentemente aumenta o fluxo do sangue, o que é bastante útil na contração muscular. Porém, o uso de suplementos que contenham cloreto de potássio sem um acompanhamento profissional, pode levar a um desequilíbrio hidroeletrolítico.

Além desses benefícios, o cloreto de potássio regula o açúcar do sangue, melhora o funcionamento do sangue no organismo, diminui a ansiedade e auxilia no processo metabólico de vários nutrientes.

Contraindicações do Cloreto de Potássio

O Cloreto de Potássio não deve ser utilizado:

  • Na presença da doença de Addison quando descompensada, hipercalemia de qualquer origem, insuficiência renal grave, nefropatia com perda de potássio, anemia falciforme, desidratação aguda em fase hipovolêmica, diarreia grave, choque térmico, paralisia familiar periódica. O cloreto de potássio não de ser usado.
  • Em forma de sal, o cloreto de potássio, apesar de representar uma forma simples e barata de suplementação do mineral e a redução da quantidade de sódio na dieta, ele não é recomendado aos pacientes portadores de doenças renais. Nesses casos, o baixo desempenho dos rins gera acúmulo de potássio podendo causar problemas cardíacos.

Para pacientes que estejam recebendo diuréticos poupadores de potássio como a espirolactona e aqueles que apresentam bloqueio cardíaco agudo ou completo, a relação risco/benefício do uso do cloreto de potássio deve ser levada em consideração.

Ainda não se tem registro de contra indicações na utilização do cloreto de potássio em mulheres grávidas, se ele pode causar algum dano ao feto ou mesmo alterar a capacidade reprodutiva. Também não se tem conhecimento se ele é assimilado pelo leite materno.

Porém, o medicamento não deve ser utilizado, em hipótese alguma por mulheres grávidas, sem a avaliação de um médico, pois, segundo o fabricante, ainda não foram realizados estudos de avaliação do nível de risco no uso do cloreto de potássio por mulheres grávidas.

Super Dosagem: O Cloreto de Potássio pode ser letal!

O cloreto de potássio é letal mesmo se ingerido numa única dose de aproximadamente 5 gramas. Para que os músculos sejam “acionados”, os neurotransmissores, como a acetilcolina, ativam a reação que contrai o músculo. Esta ativação envolve uma troca de íons de cálcio por potássio nas células, e finalmente a liberação da energia química do ATP na contração muscular. O excesso de íons potássio atrapalha o processo, paralisando o músculo. Esta paralisia se dá em todos os músculos, no caso de ingestão ou injeção, principalmente no músculo mais ativo, o músculo cardíaco, causando parada cardíaca e morte.

Cuidados de Enfermagem com distúrbios do Potássio

  • Confirmar com o enfermeiro ou médico a velocidade com que as drogas instituídas para o tratamento devem ser infundidas! 
  • Não coletar amostra de sangue no mesmo membro em que estejam sendo administrados eletrólitos para reposição.
  • Realizar dupla checagem para as drogas de alta alerta;
  • Avaliar evolução dos sinais e sintomas;
  • Analisar necessidade de manter monitorização cardíaca contínua;
  • Verificar ritmo cardíaco!

Obs: não podemos esquecer que tão importante quanto verificar a frequência cardíaca é verificar se o pulso está arrítmico ou rítmico! E aparelhos digitais não nos dão esta informação, fique atento!

 

Farmacologia: Medicamentos Termolábeis também precisam de cuidados

Medicamentos Termolábeis

Farmacologia: Anti-hipertensivos

Anti-hipertensivos

Pode-se dizer que a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma constante no contexto hospitalar. Em pronto atendimento, crises hipertensivas são recorrentes. Nas unidades de internação, esta é sem dúvida uma das comorbidades mais presentes.

O pico hipertensivo é usualmente assintomático, mas deve ser preocupante, pois apesar de não haver manifestações, a pressão alta pode ocasionar lesões irreversíveis aos órgãos alvos e levar a complicações durante a internação, tais como ocorrência de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) ou Acidente Vascular Encefálico (AVE).

Por isso é tão importante que a equipe de enfermagem domine este assunto e entenda o por quê de priorizar alguns cuidados de enfermagem aos clientes hipertensos que são imprescindíveis para segurança do paciente.

A crise hipertensiva é uma emergência clínica caracterizada pela elevação rápida e sintomática da pressão arterial, com risco de deterioração de órgão-alvo. Os principais sintomas são:

  • Dores de Cabeça;
  • Alterações de Visão;
  • Pernas Inchadas;
  • Taquicardia.

O pico hipertensivo é definido pela pressão arterial igual ou maior que 160 x 100 mmHg, caracterizado por ser assintomático. Diferente da crise hipertensiva, não é uma emergência clínica, mas exige cuidados da equipe de enfermagem.

Cuidados de Enfermagem ao paciente hipertenso

Para começar,  quando falamos em hipertensão, o principal cuidado de enfermagem relacionado é a aferição dos sinais vitais.

A cada hora, 2/2h, 4/4h, 6/6h ou mesmo a cada 8h, cabe ao enfermeiro avaliar qual a necessidade de cada paciente e direcionar sua equipe. Quando pensamos em respaldo legal e direcionamento da assistência não podemos deixar de falar da SAE (Sistematização da Assistência de Enfermagem), e nesse aspecto uma das prescrições de enfermagem importante é a verificação dos sinais vitais.

Aos enfermeiros cabe lembrar da importância de prescrever sim a frequência de aferição dos sinais vitais, sempre que for necessário uma frequência diferente da rotina. E aos auxiliares e técnicos de enfermagem, cabe lembrar que é imprescindível que realize a aferição dos sinais vitais conforme a rotina ou prescrição de enfermagem, mas que também é imprescindível que comunique o enfermeiro imediatamente ao detectar qualquer alteração, pois é o enfermeiro que tem respaldo para avaliar e decidir a conduta.

Este cuidado deve ser realizado no início do plantão, antes de qualquer cuidado, como o banho,  encaminhamento para exames, administração de medicações, enfim, é a prioridade do início do plantão.

Porque por exemplo, um paciente pode apresentar PA de valores extremamente elevados como 220 x 120 mmHg e estar assintomático, não sendo indicado nesse caso submetê-lo a nenhum esforço físico, como deambular, antes da diminuição dos níveis pressóricos, evitando assim quaisquer riscos ao paciente.

A PA  e a FC devem ser aferidos antes da administração de qualquer anti-hipertensivo! E em alguns casos, após também.

De acordo com o art 30 da resolução  COFEN n. 11 2007, é proibido administrar medicamentos sem conhecer a ação da droga e sem certificar-se dos riscos.

 

Confira abaixo os anti-hipertensivos mais utilizados no hospital, sua ação e os principais efeitos colaterais.

  • Losartana, Valsartana, Omelsartana: bloqueiam os receptores de Angiotensina II, um potente vasoconstritor, impedindo sua ação.

Efeitos colaterais: Dispepsia (sensação de má digestão), câimbras, diarreia, cefaleia, hiperpotassemia.

  • Hidroclorotiazida, Clortalidona, Furosemida, Espironolactona: são diuréticos, diminuem a pressão arterial ao reduzir o volume de sangue circulante (volemia)

Classificação de acordo com a classe medicamentosa:

– Diuréticos de alça: furosemida

– Diuréticos tiazídicos: hidroclorotiazida e clortalidona

– Diuréticos poupadores de potássio: espironolactona

Efeitos Colaterais: irritação gástrica, náuseas, vômito, desequilíbrios hidro-eletrolíticos, hiperglicemia, hipotensão ortostática.

  • Benazepril, Captopril, Enalapril: são bloqueadores de ECA (enzima conversora da angiotensina), impedem que ocorra vasoconstrição e retenção de sódio.

Efeitos colaterais: tosse seca, hipotensão ortostática, fadiga, cefaleia, nefrotoxicidade, hiperpotassemia, angioedema.

  • Atenolol, Bisoprolol, Metoprolol, Propranolol: inibem a reação cardíaca à estimulação do nervo simpático bloqueando os receptores beta. Diminuem a força de contração e a frequência cardíaca.

Efeitos colaterais: bradicardia, vasoconstrição periférica, broncoespasmo

A frequência cardíaca deve ser verificada antes da administração dessas medicações. Não deve ser administrado se FC menor que 60 bpm.

  • Anlodipino, Nifedipina, Verapamil, Diltiazem: são bloqueadores do canal de cálcio, resultam em vasodilatação periférica.

Efeitos colaterais: hipotensão e síncope, edema.

  • Clonidina, Metildopa, Guanabenzo: são agonistas Alfa-2 de Ação Central, agem estimulando os receptores Alfa-2 no sistema nervoso central, resulta em redução da estimulação simpática e consequente diminuição da frequência cardíaca e da resistência vascular periférica.

Efeitos colaterais: sonolência, tontura, boca seca, escurecimento da cor da urina (não é prejudicial), depressão, dermatite de contato (10-15% desenvolvem). Também pode ocasionar alteração do teste direto de Coombs, até 20% dos pacientes desenvolvem falso positivo, porém menos de 0,2% desenvolveram anemia hemolítica.

  • Hidralazina: é um vasodilatador, provoca relaxamento direto na musculatura lisa arteriolar.

Efeitos Colaterais: tontura, torpor, formigamento nas pernas, hipotensão ortostática, taquicardia, congestão nasal, febre, calafrios, dor articular e muscular, erupções na pele.

  • Nitroprussiato de sódio: é um potente vasodilatador, age diretamente na musculatura lisa dos vasos sanguíneos, produz dilatação arterial e venosa. É usado em pacientes com crise hipertensiva grave súbita e naqueles com insuficiência cardíaca refratária.

Cuidados de Enfermagem na administração de Nitroprussiato de Sódio:

– Manter monitor multiparamétricos. Registre PA e FC de acordo com a frequência estabelecida pelo seu enfermeiro ou pelo médico.

– Diluir em solução glicosada de 5%.

– Infundir APENAS EM BOMBA DE INFUSÃO- BIC.

–  Nunca realizar infusão do nipride em injeção endovenosa diretamente (“bolus”).

– Fotossensibilidade: o frasco do soro bem como a extensão do equipo e do conector deverão ser revestidos com material radiopaco, pois o medicamento é sensível à luz.

– A troca da solução contendo nipride deverá ser realizada a cada 6 horas.

Notas importantes:

√ Os efeitos colaterais são comuns no início do tratamento. É importante informa-los ao paciente, orienta-los a comunicar o médico na ocorrência e estimular a continuidade do tratamento, pois muitos efeitos colaterais tendem a desaparecer  após as primeiras semanas.

√ Se for adicionado a prescrição médica uma medicação que o paciente não fazia uso anteriormente fique atento e comunique a enfermeira se observar a ocorrência de algum efeito colateral.


Referências bibliográficas:

  • Smeltzer SC, Bare BG, Hinkle JL, Cheever KH. Histórico e cuidados aos pacientes com hipertensão. In: Smeltzer SC, Bare BG, Hinkle JL, Cheever KH, Brunner& Suddart: tratado de enfermagem médico-cirúrgica.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2011.p. 892- 904.
  • Clayton BD, Stock YN. Medicamentos utilizados para tratar a hipertensão. In: Clayton BD, Stock YN: Farmacologia na prática de enfermagem. Rio de Janeiro: Elsevier; 2012. p. 367-396.
  • Franco RJS. Crise hipertensiva: definição, epidemiologia e abordagem diagnóstica. Rev Bras Hipertensao [periódico on line]. 2002; 9: 340-345.

Farmacologia: Antiarrítmicos

Antiarrítmicos

As fibras cardíacas tem, em sua maioria, a capacidade de se contraírem ritmicamente, resultando no funcionamento da bomba cardíaca, pois o “marcapasso” conhecido também como Nodo Sino-Atrial, no átrio direito, gera diminutos impulsos elétricos no músculo adjacente, determinando a contração dos átrios e bombeando o sangue para dentro dos ventrículos. Qualquer desvio da ordenação sequencial normal é considerado um desvio do ritmo e chamado arritmia.

Os Antiarrítmicos são constituídos por quatro grupos de fármacos utilizados no tratamento das arritmias do coração.

A arritmia cardíaca é uma doença que, se não tratada, leva à a morte. Os batimentos irregulares produzem turbulência no sangue, que facilita a formação de trombos. Estes podem embolizar e provocar infartos coronários e AVCs.

Os antiarrítmicos funcionam inibindo a propagação de batimentos cardíacos imediatamente subsequentes, e diminuindo a taxa de contracção e excitabilidade cardíacas.

Classificação

Segundo a classificação de Vaughan Williams de 1970, a mais frequentemente utilizada hoje, distinguem-se quatro classes de antiarrítmicos:

Antiarrítmicos da classe I -A classe I consiste nos farmacos que bloqueiam os canais de sódio (Na+) nas membranas dos miócitos (células musculares cardíacas).
– Antiarrítmicos da classe II –É constituida por antagonistas adrenérgicos beta que atuam nos receptores cardíacos do sistema simpático, reduzindo a atividade cardíaca.
– Antiarrítmicos da classe III –São fármacos que bloqueiam os canais de potássio (K+) membranares dos miócitos, prolongando o potencial de ação e portanto a contração dos miócitos condutores.
– Antiarrítmicos da classe IV– Bloqueiam os canais de cálcio (Ca2+) das membranas dos miócitos.

Apresentações:

– Quinidina (Quínicardine) – cpr. 200mg.
– Procainamida (Ritmonorm) – cpr. 300mg
– Verapamil (Dilacoron) – amp. 2ml/5mg – cpr. 80mg – drg. lib. Contr. 120mg e 240mg
– Amiodarona (Ancoron) – amp. 150mg/3ml – cpr. 100mg e 200mg
– Lidocaina (Xylocaína) – fr.amp. 20mI sol. a 1 % e 2%
– Propranolol (Inderal) – cpr. 10mg; 40mg e 80mg

Importante – As lesões adversas da lidocaína afetam principalmente o SNC e incluem sonolência, desorientação, confusão mental, perturbações visuais, raramente, convulsões e coma.

Cuidados de Enfermagem referentes aos Antiarrítmicos:

– Controle de pulso e pressão antes e após a administração do medicamento. A pressão arterial deve ser controlada com o paciente na posição deitada e em pé, devido à hipotensão postural.
– Observar as reações colaterais e sinais de intoxicação. Comunicar o medica ou o enfermeiro; aplicar medicamento sintomático, conforme a prescrição.
– A administração de antiarrítmicos por via parenteral deve ser feita com o paciente monitorizado. Durante o uso de antiarrítmicos, e feito controle e avaliação, através do eletrocardiograma.
– Quando a droga for administrada por meio de infusão venosa, devem-se usar microgotas, com controle rigoroso do gotejamento;
– Observar quadro de confusão mental; se necessário, colocar o paciente em cama com grades e restringi-lo ao leito;
– Deixar o material de ressuscitação em local acessível.

Farmacologia: Digitálicos

Digitálicos

Utilizados na insuficiência cardíaca, onde, por alguma razão o coração não está fazendo o sangue circular em um fluxo satisfatório, levando a um acúmulo de sangue nas veias, nas câmaras do coração e dos pulmões. A ação mais importante dos digitálicos no coração é o fortalecimento da sua musculatura. As fibras digitalizadas se contraem com maior vigor e possibilitam ao coração esvaziar-se cada vez melhor. O resultado é o aumento do volume de sangue impulsionado a cada contração do ventrículo.

Efeitos:

– Aumento do débito cardíaco;
– Redução da pressão venosa;
– Diurese;
– Redução do edema.

Reações Adversas:

– Anorexia e diarreia;
– Náuseas, vômitos e perturbações visuais;
– Confusão mental
– Cefaléia, fadiga e tontura.

Quando estas reações ocorrem, a dose deve ser diminuída ou interrompida por alguns dias. Uma dose letal de digitálico causa morte por parada cardíaca.

Especialidades Disponíveis:

– Lanatosídeo C (Cedilanide) – amp. 2ml com 0,2rng/ml
– Digoxina e Lanoxin – cpr. de 25mg

Cuidados de enfermagem:

– Observar a dose – doses acumulativas;
– Antes de administrar verificar o pulso, se este estiver abaixo de 60, comunicar o enfermeiro ou o médico responsável do setor;
– Quando EV aplicar lentamente;
– Observar efeitos tóxicos (anorexia, náuseas, cefaleia e confusão mental).

Farmacologia: Efeitos Gerais dos Medicamentos

Farmacologia

Os efeitos de uma droga de ação generalizada podem ser agrupados em: estimulante, deprimente, cumulativo, anti-infeccioso, antagônico e sinérgico. A escolha do método e da via de administração depende de alguns parâmetros: rapidez desejada para início da ação, natureza e quantidade a ser administrada e das condições do paciente.

estimulante: quando aumenta a função das células de um órgão ou sistema. Ex.: cafeína (aumenta as funções do córtex cerebral) etc.;
⦁ deprimente: quando diminui a função das células de um órgão ou sistema. Ex.: morfina (deprime o centro respiratório) etc.;
cumulativo: quando a eliminação de medicamentos é mais lenta do que sua absorção, e sua concentração vai aumentando no organismo. Se a administração for contínua, há um efeito cumulativo. Ex.: digitalina;
antiinfeccioso: quando o medicamento é capaz de destruir os germes responsáveis por uma infecção. Ex.: sulfanilarnida;
antagônico: quando as substâncias administradas possuem efeitos contrários. Ex.: pilocarpina e atropina;
sinérgico: quando as substâncias medicamentosas são ministradas juntas e uma reforça a ação da outra, aumentando sua potência e reduzindo seus efeitos.
Ex.: aspirina e cafeína.

Reconstituição Vs. Diluição: As Diferenças

Reconstituição

Reconstituição X Diluição: Esses dois termos geram confusão na maioria das pessoas e são erroneamente utilizados como sinônimos por alguns fabricantes e pela literatura farmacêutica.
No entanto, embora descrevam processos semelhantes representam objetivos diferentes, a reconstituição consiste em retornar um medicamento da forma de pó (liofilizados) para sua forma original líquida.
Para isso, adiciona-se diluentes como água estéril, cloreto de sódio 0,9% e glicose 5% ao recipiente com o pó medicamentoso seguindo as instruções do fabricante até que se obtenha o medicamento recomendado para uso.
Já a diluição tem como objetivo alterar a concentração de um medicamento já em estado líquido, seja esse uma solução, uma suspensão ou um pó reconstituído. Os diluentes usados geralmente são os mesmos.

Antibióticos e os Cuidados de Enfermagem

Antibióticos

Os Antibióticos são substâncias de origem natural ou sintética que exercem função antimicrobiana, ou seja, impedem o desenvolvimento ou matam micro-organismos patogênicos. Fazem parte dos grupos dos agentes anti-infecciosos. Podem ser produzidos por agentes vivos, como cogumelo e bactérias, ou ser elaborados sinteticamente. Agem predominantemente sobre as bactérias gran positivas e negativas, individualmente ou em ambas ao mesmo tempo. Ao atuar em ambos (Gran + ou -) é chamada de antibiótico de amplo espectro.

Os médicos podem escolher um antibiótico para tratar uma determinada infecção baseando-se na suposição sobre o tipo de bactéria que mais provavelmente é responsável pelo quadro. Além disso, a bactéria infectante é rotineiramente identificada em laboratório, o que auxilia o médico na escolha de um antibiótico. Contudo, os resultados desses exames geralmente levam um a dois dias para ficarem prontos e, por essa razão, eles não podem ser utilizados para guiar a escolha inicial. Mesmo quando uma bactéria é identificada e a sua sensibilidade aos antibióticos é determinada em laboratório, a escolha de um antibiótico não é simples. As sensibilidades observadas em laboratório nem sempre são as mesmas que aquelas do indivíduo infectado.

A eficácia do tratamento depende de fatores como o quão bem a droga é absorvida pela corrente sanguínea, o quanto da droga atinge diferentes líquidos corpóreos e o quão rapidamente o organismo elimina a droga. Além disso, a escolha de um antibiótico deve levar em conta a natureza e a gravidade da doença, os efeitos colaterais da droga, a possibilidade de alergias ou de outras reações medicamentosas graves e o custo da medicação.

Algumas vezes, há necessidade de combinações de antibióticos para o tratamento de infecções graves, particularmente quando a sensibilidade das bactérias aos antibióticos não é conhecida. Às vezes, dois antibióticos têm um efeito mais potente que apenas um e essas combinações podem ser utilizadas no tratamento de infecções causadas por bactérias de difícil erradicação (p.ex., por Pseudomonas).

Principais tipos de Antibióticos

– Grupo das penicilinas – as penicilinas são sólidos cristalizados, brancos ou amarelados, inodoros. Encontrados nas formas  F- G – k- 0- V. Indicados Nas infecções graves produzidas por microorganismos gran+; pré-operatório em paciente com alterações valvulares cardíacas, pacientes submetidos a tratamento com corticosteróide. Vias e administração Oral, IM ou EV.

–  Penicilina G Cristalina – (sódica ou potássica)- sódica hidrossolúvel, de ação rápida utilizada principalmente por via endovenosa, com dose de 4 a 6 horas. É excretada pelo rim, seu tempo de validade após a diluição e na temperatura ambiente é de 6 horas;

– Penicilina G Procaína – é lentamente absorvida e eliminada, sendo administrada exclusivamente por via intramuscular. As doses podem ser repetidas após 6 horas. Apresentação wicillin. Indicação tratamento de blenorragia.

– Penicilina G benzantina – de ação prolongada, e lentamente absorvida, indicada exclusivamente por via intramuscular. Indicada para tratamento de Sífilis e Febre Reumática;

– Penicilina Combinadas – despacilina: contém 30.000u de procaína e 100.000 de potássio;

– Penicilina: Semi-Sintéticas – penicilina V: Pen-ve-oral; ampicilina, amoxil, amoxamil;  carbenicilina; Pyopen, cloxacilina; bactopen; dicloxacicilina; declocil.

CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS

– ANTIBIÓTICOS-BACTERICIDAS: São antibióticos que destroem as bactérias:

  • Penicilinas;
  • Cefalosporinas;
  • Aminiglicosídeos;
  • Polimixina;
  • Rifampicinas;
  • Vancomicinas.

– ANTIBIÓTICOS BACTERIOSTÁTICOS: São antibióticos que inibem o crescimento de bactérias:

  • Macrolídeos;
  • Lincosamidas;
  • Poliênicos;
  • Largo aspectro.

AÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS

Prejudicam a formação da parede celular das bactérias: as bactérias se rompem devido a penetração de líquidos através da parede celular.

Ex: penicilina, ampicilina, amoxicilina.

– Interfere na síntese de cromossomos: interfere na produção de novos cromossomos. Ex: ciprofloxacino.

– Bloqueiam a síntese das proteínas: Impedem a formação de proteínas necessária para formação de novas células. Ex: tetraciclinas, gentamicina, azitromicina e eritromicina.

EFEITOS COLATERAIS DOS ANTIBIÓTICOS

  • Aumentam a resistência a micro-organismo;
  • Discrasia sanguínea;
  • Edema angioneurótica;
  • Reações cutâneas graves;
  • Choque anafilático.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

  • Controle de sinais vitais;
  • Observar rigorosamente a dose prescrita, aparecimento de reações cutâneas; história de alergia ao medicamento;
  • Administrar antibióticos prescritos por via endovenosa, diluídos adequadamente para evitar flebite. A administração por via intramuscular deve ser profunda, para diminuir a dor e facilitar a absorção;
  • Estimular a hidratação (ingestão de líquidos), pois grande parte dos antibióticos é de eliminação renal;
  • As penicilinas não cristalinas devem ser aplicadas com agulhas 30×8 ou 30×9;
  • Oferecer antibióticos por via oral acompanhados de água ou após as refeições, para se evitar irritação gástrica.

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