Seja para prevenir doenças, para confirmar um diagnóstico, ou simplesmente para permitir a realização de atividades físicas sem riscos à saúde, o eletrocardiograma é um dos exames mais usados atualmente para checar o estado do coração. Esse exame verifica qualquer tipo de problema aparente e mostra ao médico qual é o melhor caminho a ser tomado nas mais variadas circunstâncias.
No entanto, são poucas as pessoas que fazem o eletrocardiograma, pensando que ele só deve ser prescrito em casos graves ou específicos, o que não é verdade.
O que é o Eletrocardiograma?
O eletrocardiograma é um exame que visa registrar a atividade elétrica do coração toda vez que este realiza um batimento, usando, para isso, uma série de eletrodos, pás e peras que são espalhados pelo corpo.
Esses eletrodos estão ligados a um aparelho, responsável por traduzir toda a atividade em um papel “termossensível”. A partir disso, o médico pode analisar os registros gráficos e avaliar o estado cardíaco do paciente de forma apurada.
O Técnico de Enfermagem pode realizar o exame de Eletrocardiograma (ECG)?
Temos um Parecer em nosso respaldo, o Parecer nº 29/2014- COREN/MS!
O exame de Eletrocardiograma (ECG), por ser considerado um exame simples, não invasivo, fácil e repetitivo, não apresentando objeções de ser realizado (pode ser realizado) por um Auxiliar ou Técnico de Enfermagem, esses profissionais têm a capacidade de realizar a colocação de eletrodos e manuseio do aparelho.
Não é uma função privativa do Enfermeiro, porém, é necessário que haja a supervisão de um Enfermeiro(a) na unidade, pois ele é o profissional que tem conhecimento técnico científico para analisar e identificar qualquer alteração fisiológica, assim se houver alguma intercorrência no decorrer do exame, esse técnico de enfermagem pode solicitar a presença do enfermeiro do setor. No entanto, a análise do exame e o laudo eletrocardiográfico são da competência do profissional médico.
Sabendo que o Enfermeiro também deverá registrar tudo em prontuário, mediante a Resolução Cofen nº 358, de 15 de outubro de 2009, que dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem.
Portanto, é favorável de que a realização do exame de eletrocardiograma (ECG), seja, realizado por qualquer um dos membros da Equipe de Enfermagem, desde que seja capacitado e treinado (Auxiliar ou Técnico de enfermagem, Enfermeiro), tendo em vista que não é privativo de nenhum profissional!
Quando o eletrocardiograma deve ser feito?
O eletrocardiograma é solicitado tanto para a confirmação de um diagnóstico quanto para verificar, preventivamente, algum tipo de doença cardiovascular, visto que essa é a principal causa de morte de indivíduos adultos.
A arritmia e a desfibrilação, por exemplo, são disfunções cardíacas que podem ser verificadas por meio do exame. No entanto, doenças como hipotireoidismo e AVC (Acidente Vascular Cerebral) também costumam ser constatadas, mesmo envolvendo outras áreas do organismo. Isso prova que o exame, além de eficaz, é bem abrangente.
Como fazer um eletrocardiograma?
Preparando o paciente adequadamente
O primeiro passo para o eletrocardiograma é a preparação do paciente, que deve estar ciente que o exame é seguro, livre de riscos e rápido — desde que paciente colabore.
Para a realização do exame, é necessário colocar os eletrodos em pontos específicos do corpo. Se o paciente apresentar muitos pelos nesses locais, será necessário uma tricotomia (depilação), para que o eletrodo se fixe corretamente e não haja interferências.
Retirando toda a roupa, joias e qualquer adorno que estiver no corpo, o paciente deverá ser colocado de barriga pra cima, estando pronto para a sucessão do procedimento. O paciente deverá estar em repouso, por isso, é importante que movimentos bruscos sejam evitados 10 minutos antes do exame.
Posicionando os eletrodos de forma correta
Os eletrodos são fixados a partir de um gel colante, mas antes disso, é necessário que se passe álcool desengordurante na pele, a fim de retirar parte da camada córnea, garantindo máxima eficácia para o exame.
Os eletrodos são colocados seguindo dois tipos de derivação, chamadas precordiais e periféricos. Os precordiais serão colocados sob o peito, enquanto os periféricos serão posicionados nos membros do paciente.
Os eletrodos precordiais são classificados como eletrodos V, e possuem determinados locais de atuação. Vejam quais são:
- V-1: quarto espaço intercostal (entre as costelas), na margem direita do esterno. Possui cor vermelha.
- V-2: quarto espaço intercostal, na margem esquerda do esterno. Possui cor amarela.
- V-3: entre V-2 e V-4. No entanto, deve-se colocar V-4 primeiro. Possui cor verde.
- V-4: quinto espaço intercostal na linha média clavicular esquerda. Possui cor marrom.
- V-5: quinto espaço intercostal, situado na axilar anterior esquerda. Possui cor preta.
- V-6: quinto espaço intercostal, situado na axilar média esquerda. Possui cor roxa.
Para iniciar a colocação, deve-se contar os espaços entre as costelas a partir da clavícula direita.
Os eletrodos periféricos são mais simples de ser colocados, basta lembrar da ordem vermelho-amarelo-preto-verde. Veja:
- Eletrodo RA: braço direito. Tem a cor vermelha.
- Eletrodo LA: braço esquerdo. Tem a cor amarela.
- Eletrodo RL: tornozelo direito. Tem a cor preta.
- Eletrodo LL: tornozelo esquerdo. Tem a cor verde.
O eletrocardiograma é um exame extremamente eficaz e possibilita o indivíduo descobrir uma série de distúrbios ou doenças que podem afetar o seu coração. Afinal, o quanto antes o problema for analisado, mais rápido ele poderá ser resolvido.
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