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Cuidados: O que NÃO DEVE-SE fazer com sua máscara caseira!

Sabemos que o uso da máscara, seja confeccionada de tecido, ou cirúrgica e até as PFF1/PFF2 ou N95 serão tendências daqui em diante, devido à pandemia ocasionada pelo Coronavírus. Tendo esse cenário por base, o Ministério da Saúde passou a orientar o uso de máscaras de pano para quando as pessoas realmente precisarem sair de casa. As pessoas em […]

Máscaras Faciais de Proteção Hospitalar: Principais Dúvidas!

Você sabe diferenciar uma Máscara Cirúrgica de um Respirador (PFF1,PFF2, N95?)

A máscara cirúrgica é uma barreira de uso individual que cobre nariz e boca. É indicada para proteger o Trabalhador da Saúde de infecções por inalação de gotículas transmitidas a curta distância e pela projeção de sangue ou outros fluidos corpóreos que possam atingir suas vias respiratórias. Serve também para minimizar a contaminação do ambiente com secreções respiratórias geradas pelo próprio Trabalhador da Saúde ou pelo paciente em condição de transporte.

É importante destacar que a máscara cirúrgica:

– Não protege adequadamente o usuário em relação a patologias transmitidas por aerossóis, pois, independentemente da sua capacidade de filtração, a vedação no rosto é precária neste tipo de máscara;

– Não é considerada um Equipamento de Proteção Respiratória ou Equipamento de Proteção Individual e, portanto, não está sujeita ao Certificado de Aprovação (CA) do Ministério do Trabalho (NR-6).

O respirador é um Equipamento de Proteção Individual que cobre boca e nariz. Proporciona uma vedação adequada sobre a face do usuário e possui filtro eficiente para retenção dos contaminantes presentes no ambiente de trabalho na forma de aerossóis. O respirador, além de ter capacidade de reter gotículas, apresenta proteção contra aerossóis contendo agentes biológicos, como vírus, bactérias e fungos. Em ambiente hospitalar, para proteção contra aerossóis contendo agentes biológicos, o respirador deve ter um filtro com aprovação mínima PFF2/P2.

Respiradores são purificadores do ar, e seu uso deve seguir as recomendações do programa de proteção respiratória; atendem às normas ABNT e recebem um certificado de aprovação do MTE.

Quais são os principais respiradores PFF encontrados no mercado? E as suas diferenças?

Primeiramente é necessário entender o significado de PFF: Peça Facial Filtrante, ou seja, o corpo do produto é também o meio filtrante responsável por não deixar os contaminantes do ambiente entrarem em contato com o sistema respiratório do usuário.

As máscaras denominadas PFF normalmente são descartáveis, não possuindo nenhum tipo de manutenção. Sendo assim, após a utilização ou quando indicado pelo responsável em SST, o produto deve ser descartado. Estes respiradores são classificados da seguinte maneira:

Eficiência

  • PFF1 – Possuem eficiência mínima de 80% (Penetração máxima de 20%)
  • PFF2 – Possuem eficiência mínima de 94% (Penetração máxima de 6%)
  • PFF3 – Possuem eficiência mínima de 99% (Penetração máxima de 1%)

Resistência ao tipo de aerossol

Os respiradores descartáveis são classificados em 2 tipos de resistência ao aerossol:

Resistentes a aerossóis à base de água. Capazes de reterem partículas sólidas e líquidas à base de água;

Resistentes a aerossóis base de água e oleosos. Capazes de reterem partículas sólidas e líquidas à base de água e oleosas.

Marcações

Sendo assim, os respiradores terão em suas embalagens e produto as seguintes marcações:

PFF1 (S), PFF1 (SL), PFF2 (S), PFF2 (SL), PFF3 (S) ou PFF3 (SL), conforme sua eficiência e resistência ao tipo de aerossol determinado.

Qual a diferença entre o respirador PFF2 e um com certificação N95?

Respiradores com classificação PFF2 seguem a norma brasileira (ABNT/NBR 13698:1996) e a europeia e apresentam eficiência mínima de filtração de 94%, enquanto os respiradores com a classificação N95 seguem a norma americana e apresentam eficiência mínima de filtração de 95%. Portanto, respiradores PFF2 e N95 apresentam níveis de proteção equivalente.

Qual o tempo de vida útil dos respiradores utilizados em ambiente hospitalar?

A vida útil do respirador é variável. Deve ser descartado quando se encontrar danificado, perfurado, com elásticos soltos ou rompidos, quando a respiração do usuário tornar-se difícil, se for contaminado por sangue ou outros fluidos corpóreos, ou se houver deformações na estrutura física que possa prejudicar a vedação facial.

Caso contrário, pode ser guardado e reutilizado de acordo com as normas de controle de infecções hospitalares da instituição (alguns determinam em até 7 dias de uso). Quando utilizado no controle da exposição ocupacional a patógenos transmitidos também por contato, recomenda-se o descarte do produto imediatamente após cada uso. Não deve ser feito nenhum tipo de reparo ou manutenção no produto.

Qual o tempo de vida útil máscaras cirúrgicas utilizadas em ambiente hospitalar?

Conforme alguns fabricantes distinguem, a vida útil é de até 2 horas contínua, sendo necessário realizar uma nova troca de máscara.

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