Vitiligo é uma doença não-contagiosa em que ocorre a perda da pigmentação natural da pele. Sua etiologia ainda não é bem compreendida, embora o fator autoimune pareça ser importante. Contudo, estresse físico, emocional, e ansiedade são fatores comuns no desencadeamento ou agravamento da doença. Patologicamente, o vitiligo caracteriza-se pela redução no número ou função dos melanócitos, células localizadas na epiderme responsáveis pela produção do pigmento cutâneo — a melanina. A doença pode surgir em qualquer idade, sendo mais comum em duas faixas etárias: 10 a 15 anos e 20 a 40 anos.
Essa despigmentação ocorre geralmente em forma de manchas brancas (hipocromia) de diversos tamanhos e com destruição focal ou difusa. Pode ocorrer em qualquer segmento da pele, inclusive na retina (olhos). Os locais mais comuns são a face, mãos e genitais. Os pelos localizados nas manchas de vitiligo se tornam esbranquiçados. O local atingido fica bastante sensível ao sol, podendo ocorrer sérias queimaduras caso exposto ao sol sem protetor, conferindo um risco para o desenvolvimento de câncer de pele.
Há 3 teorias principais para porque ocorre o vitiligo:
- As células pigmentares são lesadas por células nervosas;
- Reação imunológica autoimune contra as células pigmentares (o corpo destruiria o seu próprio tecido, que é percebido como estranho);
- Teoria autotóxica – as células pigmentares são autodestrutivas;
Outras hipóteses sugerem que o vitiligo possa ser devido:
- À deficiência de um fator de crescimento melanócito não identificado;
- Um defeito intrínseco da estrutura e função do retículo endoplasmático rugoso em melanócitos de vitiligo;
- Anormalidades em um suposto receptor de melatonina ou melanócitos;
- Uma quebra da defesa contra radicais livres na epiderme;
- Um déficit na produção de biopterina que possa levar à biossíntese desregulada de catecolaminas;
- Uma perda de melanócitos devida a melanocitorragia;
- Uma desregulação do apoptose melanocítica;
- Uma infecção viral (Citomegalovírus – CMV).
O Apoio Psicossocial e os Tratamentos
As pessoas acometidas pelo vitiligo em geral, sofrem impactos psicossociais que desequilibram o organismo, trazendo alterações físicas, emocionais e sociais. É notório a importância da equipe de enfermagem na assistência psicoterapêutica e equilíbrio emocional.
O tratamento do vitiligo pode ser realizado com esteroides utilizados com o objetivo de remover as manchas brancas, porém não são muito eficientes. Outra forma de tratamento, essa mais agressiva, é o tratamento químico usado para remover todo o pigmento da pessoa, deixando assim a pele uniforme.
Podem ser utilizados ainda a foto quimioterapia com componentes psoralênicos e subsequente exposição à radiação UVA (PUVA), a terapia oral com metoxipsoralen na dose de 0,4mg/kg de peso, a terapia tópica com metoxipsoralen na concentração de 0,1%, a terapia combinada, com a retirada da epiderme associada à indução de bolhas para introdução do enxerto associada à Puva terapia, assim como os corticoides tópicos usados como terapia adjuvante à Puva.
Podemos ainda destacar a terapia cirúrgica, a micropigmentação, pseudocatalase, helioterapia, radiação ultravioleta B, extrato de placenta humana, Kellin (Kuva), fenilalanina tópica e sistêmica, antioxidantes, imunomoduladores e a despigmentação.
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