A Tenda, Capacete ou Hood é um equipamento de acrílico ou de plástico, projetado com o objetivo de aumentar a concentração de oxigênio em torno da cabeça da criança e consequentemente oferecer uma maior concentração de oxigênio inspirado, devendo sempre permitir a saída de CO2 expirado, através da difusão pelas aberturas ou com uso de altos fluxos de gases.
Existem vários modelos de hood, com diferentes tamanhos e formas, os quais são selecionados conforme o peso do recém-nascido.
O hood pequeno é indicado para recém-nascidos com menos de 1000 gramas, o hood médio é indicado para recém-nascidos de 1000 a 3600 gramas, e o hood grande é usado em recém nascidos com mais de 3600 gramas.
Sua Utilização
A partir da década de 60, o hood passou a ser um equipamento de administrar oxigênio suplementar muito utilizado nas unidades de cuidado intensivo, berçários e unidades de internação de pediatria, com eficiência clínica variada, pois o oxigênio, por ser uma droga que melhorava a hipoxemia, apresentava vários efeitos colaterais, devendo ser realizada uma frequente monitorização da concentração de oxigênio, da umidade e da temperatura dentro deste microambiente.
Ainda hoje, quando se deseja valores estáveis de FiO2 e uma fração parcial de oxigênio inspirado (FiO2) acima de 21% e até 90%, os hoods são frequentemente indicados para lactentes, recém-nascidos a termo e prematuros.
As Desvantagens
O uso do hood como sistema fornecedor de oxigênio apresenta algumas desvantagens como a necessidade de um adequado posicionamento do paciente dentro do hood e deste dentro da incubadora, para que receba a concentração de oxigênio prevista.
Outras desvantagens estão associadas à:
- Dificuldade de visualização da face da criança quando se usa elevada umidificação;
- Altos níveis de ruídos devido ao uso de altos fluxos de gases;
- Risco de infecção devido à constante umidade e condensação dos gases principalmente quando é usado por longos períodos; risco teórico de acúmulo de CO2 se o hood estiver todo fechado.
Os Cuidados de Enfermagem
- Higienizar as mãos;
- Instalar o ventilador e o umidificador aquecido (entre 32°- 36°);
- Adequar o fluxo de mistura gasosa aquecida e umidificada na concentração adequada à necessidade do recém-nascido;
- Ajustar o fluxo;
- Colocar a traqueia da saída inspiratória no oxy-hood, tenda ou capacete;
- Aspirar as vias aéreas superiores quando necessário;
- Posicionar o Recém-nascido com ajuda de coxins, acomodando sua cabeça no interior do capacete;
- Lavar as mãos;
- Registrar na evolução
Alguns Pontos Importantes
- O fluxo deverá ser ajustado de acordo com o tamanho do hood, podendo variar de 5l/min. a 15/lmin;
- Quando retirar o recém-nascido do capacete para realização de outras técnicas ou cuidados, manter a traqueia de saída inspiratória de oxigênio próximo a narina.
Referências:
- LAHÓZ, A.L.C. et al. Fisioterapia em UTI pediátrica e neonatal. Baueri; São Paulo: Manole, 2009;
- TAMEZ, R.N.; SILVA, M.J.P. Enfermagem na UTI-neonatal: assistência ao recém-nascido de alto risco. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
- MARTIN, Sandra Haueisen. O uso do hood na oxigenoterapia e o risco de acúmulo de dióxido de carbono. 2003. 109 p. Dissertação (Mestrado). Enfermagem. Escola de Enfermagem da UFMG, Belo Horizonte, 2003;
- PROCIANOY, R. S. Oxigenoterapia inalatória, in: MIYOSHI, M. H.; GUINSBURG, R.; ISRAEL, B. Distúrbios no Período neonatal. São Paulo: Ed. Atheneu, 1998, cap. 37, p. 397-399.
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