Alojamento Conjunto

O alojamento conjunto é uma prática que permite que a mãe e o bebê fiquem juntos no mesmo quarto, em tempo integral, desde o nascimento até a alta hospitalar.

Essa prática traz diversos benefícios para a saúde da mulher e do recém-nascido, como o fortalecimento do vínculo afetivo, a promoção do aleitamento materno, a redução do risco de infecção e a educação em saúde.

O alojamento conjunto é uma diretriz do Ministério da Saúde e deve ser seguido por todos os serviços de saúde que realizam partos.

Vantagens

A permanência do recém-nascido sadio com sua mãe, com a prática de ações que configuram o sistema conhecido como “Alojamento Conjunto”, tem por vantagens:

  1. estimular e motivar o aleitamento materno, de acordo com as necessidades da criança, tornando a amamentação mais fisiológica e natural. A amamentação precoce provoca a
    contração do útero e de seus vasos, atuando como profilaxia das hemorragias pós-parto;
  2. favorecer a precocidade, intensidade, assiduidade do aleitamento materno, e sua manutenção por tempo mais prolongado;
  3. fortalecer os laços afetivos entre mãe e filho, através do relacionamento precoce;
  4. permitir a observação constante do recém-nato pela mãe, o que a faz conhecer melhor seu filho e possibilitar a comunicação imediata de qualquer anormalidade;
  5. oferecer condições à enfermagem de promover o treinamento materno, através de demonstrações práticas dos cuidados indispensáveis ao recém-nascido e à puérpera;
  6. manter intercâmbio biopsicossocial entre a mãe, a criança e os demais membros da família;
  7. diminuir o risco de infecção hospitalar;
  8. facilitar o encontro da mãe com o pediatra por ocasião das visitas médicas para o exame do recém-nascido, possibilitando troca de informações entre ambos;
  9. desativar o berçário para recém-nascidos normais, cuja área poderá ser utilizada de acordo com outras necessidades do hospital.

Cuidados

  • preparar o leito da puérpera e do berço do recém-nascido (RN);
  • receber, acolher e acomodar a puérpera e o RN, conferindo pulseiras de identificação (nome, sexo e n° da pulseira) com o prontuário, a caderneta de Saúde da Criança e com a Declaração de Nascidos Vivos (DNV);
  • orientar a puérpera e acompanhante quanto ao funcionamento do sistema de alojamento conjunto e as rotinas do setor;
  • instituir o processo de enfermagem, realizando exame físico clínico e gineco-obstétrico, prescrição de enfermagem e avaliação diária através de evolução de enfermagem;
  • manter vigilância quanto ao tônus uterino e sangramento vaginal;
  • orientar e incentivar quanto ao aleitamento materno, avaliando risco para o desmame precoce.

Referências:

  1. Ministério da Saúde
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