Diapasão: Teste de Rinne e Weber

A Audiologia é a ciência que estuda a audição e os sons. A audição humana é uma função muito complexa e faz parte de um sistema muito especializado de comunicação.

Nos humanos este sistema permite o processamento de eventos acústicos como a fala, tornando possível tanto a comunicação quanto a expressão do pensamento.

Os testes de Weber e Rinne normalmente são feitos em conjunto, complementando-se um ao outro, e são usados para determinar se existe perda auditiva e qual a sua origem.

Estes testes foram chamados desta forma em honra aos seus criadores (Ernst Heinrich Weber e Heinrich Adolf Rinne) os dois mais ou menos na mesma época, meados do séc. XIX.

Teste de Weber

Este teste é feito com um diapasão (o qual vibra entre 256 a 512 Hz normalmente) ao ser batido e é colocado ou no centro do crânio com uma distância igual entre as orelhas ou colocado junto do lábio superior.

O paciente tem então de ver se nota alguma diferença de audição entre os ouvidos. Se o paciente disser que houve com mais intensidade na orelha afetada, então ele tem uma perda auditiva condutiva.

Se ele em vez disso ouvir com mais intensidade na orelha em bom estado, então terá uma perda auditiva neuro-sensorial. Este teste tem uma falha. Se o paciente tiver uma perda de audição semelhante nos dois ouvidos, pode então acusar um falso negativo.

Teste de Rinne

O teste de Rinne é feito como complemento ao teste de Weber. Este também é feito com um diapasão, mas desta vez é colocado no mastoide (parte de trás da orelha) e é posto a vibrar.

O médico então conta quantos segundos o paciente consegue ouvir o som. Quando ele deixar de o ouvir ele afasta da orelha um pouco e aí o paciente irá também informar quando deixar de ouvir o som.

Como o som se propaga melhor pelo ar do que pelos ossos, o som irá demorar mais a desaparecer via aérea.

Se por via aérea o som demorar mais que via óssea (com proporção aproximada de 2:1), então não existe perda auditiva.

Se por via óssea for melhor que aérea, então o paciente tem perda auditiva condutiva.

E por fim, se o paciente ouvir por tempo mais reduzido que normal em ambas as vias, então o paciente tem perda auditiva neuro-sensorial.

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