A Filariose Linfática ou Filaríase é uma doença parasitária, também conhecida como Elefantíase, causada por um nematódeo, Wuchereria bancrofti, que vive no sistema linfático dos indivíduos infectados, apresentando diversas manifestações clínicas. A doença ocorre através da picada de um mosquito infectado, que transmite as larvas do parasita para o ser humano.
Como se manifesta?
Através dos edemas (acúmulo anormal de líquido) de membros, seios e bolsa escrotal, que podem levar a pessoa à incapacidade.
Em casos mais graves, algumas complicações podem surgir. O parasita bloqueia os vasos linfáticos, afetando a circulação do indivíduo.
E os Sintomas?
Os sintomas mais comuns da Filariose Linfática são:
- acúmulo anormal de líquido (edema) nos membros, seios e bolsa escrotal;
- aumento do testículo (hidrocele);
- crescimento ou inchaço exagerado dos membros, seios e bolsa escrotal.
Como é feito o Diagnóstico?
Deve ser bem específico e detalhado, para descartar a hipótese de outras doenças. Os testes laboratoriais que comprovam a presença do verme parasita causador da doença são:
- exame direto em lâmina;
- hemoscopia positiva;
- testes imunológicos, especialmente apoiados em cartões ICT;
- ultrassonografia, que pode demonstrar a presença de filarias nos canais linfáticos.
Como Ocorre a Transmissão?
Se dá basicamente pela picada do mosquito Culex quiquefasciatus (pernilongo ou muriçoca) infectado com larvas do parasita. Após a penetração na pele, por meio da picada do mosquito, as larvas infectantes migram para região dos linfonodos (gânglios), onde se desenvolvem até a fase adulta.
Havendo o desenvolvimento de parasitos de ambos os sexos, haverá também a reprodução deles, com eliminação de grande número de microfilárias para a corrente sangüínea, o que propiciará a infecção de novos mosquitos, iniciando-se um novo ciclo de transmissão.
Como é tratado?
Orienta-se que devido à Filariose Linfática estar em vias de eliminação no Brasil, seja realizada a identificação morfológica do parasito (classificação da espécie filarial) antes do tratamento específico com a Dietilcarbamazina. O procedimento de identificação morfológica se dá por meio do encaminhamento de material biológico para o Laboratório do Serviço de Referência Nacional em Filarioses (SRNF) no Instituto Aggeu Magalhaes (IAM) Fiocruz/Pernambuco.
A droga de escolha é a Dietilcarbamazina (DEC) na forma de comprimidos de 50mg da droga ativa. Sua administração é por via oral e apresenta rápida absorção e baixa toxicidade. Esta droga tem efeito micro e macro filaricida, com redução rápida e profunda da densidade das microfilárias no sangue.
Alguns Cuidados de Enfermagem
- Estimular o paciente a participar do programa de tratamento;
- Higiene diária do membro afetado com água e sabão comum, objetivando a prevenção e a cura das portas de entrada, principalmente as interdigitais;
- Tratamento tópico das lesões com cremes antibióticos e/ou antifúgicos pode ser necessário, principalmente em pacientes com doença mais avançada;
- Medidas de melhoramento do retorno linfático e venoso que incluem a fisioterapia ativa e a drenagem postural (noturna e diurna);
- A importância o uso de compressas frias no local afetado até o desaparecimento da dor, o repouso, a elevação do membro afetado e a antibioticoterapia sistêmica (oral ou parenteral, dependendo da severidade do quadro clínico), principalmente nas primeiras 48 horas após o início do quadro agudo.
Você precisa fazer login para comentar.