Insuficiência Respiratória Aguda (IRA)

Insuficiência Respiratória

Em Geral, a insuficiência respiratória resulta de uma falha de troca gasosa pelo sistema respiratório, o que significa que o oxigênio ou o dióxido de carbono arterial, ou ambos, não podem ser mantidos em seus níveis normais. Um decréscimo de oxigênio transportado no sangue é conhecido como hipoxemia e um aumento nos níveis de dióxido de carbono é chamado de hipercapnia.

A insuficiência respiratória pode ser classificada como Crônica ou Aguda. A Crônica é a falência respiratória  que surge nos pacientes com doença pulmonar  crônica, surge em período de meses ou  anos.

E a Aguda é quando há a falência respiratória  que surge nos pacientes cujos pulmões eram estrutural e funcionalmente normais, na qual ocorre rapidamente.

QUAIS SÃOS AS CAUSAS?

A insuficiência respiratória é causada por doenças ou condições que dificultam a respiração. Esses distúrbios podem afetar diretamente os pulmões ou os músculos, nervos, ossos ou tecidos envolvidos na respiração. Nessas condições, os pulmões não podem mover-se facilmente e/ou os tecidos orgânicos pertinentes não estão aptos para angariar a dose normal de oxigênio e remover o dióxido de carbono do sangue. Isto pode ocorrer por danos aos tecidos e costelas em torno dos pulmões, problemas com a coluna, drogas ou overdose de álcool, doenças e condições agudas ou crônicas do pulmão.

Assim, normalmente a insuficiência respiratória é causada por um desequilíbrio entre a ventilação e a perfusão. Ou seja, o volume de ar que entra e sai dos pulmões não é combinado com o fluxo de sangue para os pulmões.

A FISIOPATOLOGIA

A deficiência de oxigênio pode acontecer porque:

– O oxigênio ambiente esteja baixo como, por exemplo, em grandes altitudes.
– Porque haja um desequilíbrio ventilação-perfusão, em que partes do pulmão recebem o oxigênio normal, mas não a quantidade de sangue suficiente para absorvê-lo como, por exemplo, na embolia pulmonar.
– Porque haja hipoventilação alveolar como, por exemplo, na doença neuromuscular aguda.
– Se houver problema de difusão, em que o oxigênio não pode entrar nos capilares devido à doença do parênquima, por exemplo, na pneumonia.
– Por haver um shunt arteriovenoso, em que o sangue oxigenado se mistura com sangue não-oxigenado.
– O aumento da resistência das vias respiratórias como na doença pulmonar obstrutiva crônica, asma, asfixia, etc.
– Menor esforço respiratório, por efeito de drogas, lesão do tronco cerebral, obesidade extrema.
– Diminuição na área do pulmão disponível para a troca de gases, tal como na bronquite crônica.
– Problemas neuromusculares como, por exemplo, síndrome de Guillain-Barré e doença do neurônio motor.
– Deformações da coluna como cifoescoliose, espondilite anquilosante ou tórax instável.

SINAIS E SINTOMAS

Os principais sinais e sintomas da insuficiência respiratória dependem da causa subjacente e dos níveis de oxigênio e dióxido de carbono no sangue. Um baixo nível de oxigênio no sangue pode dispnéia. Se o nível de oxigênio é muito baixo, também pode causar cianose na pele, lábios e unhas. Um nível elevado de dióxido de carbono pode causar tauipinéia  e confusão mental. Algumas pessoas com esse problema podem tornar-se sonolentas ou mesmo perder a consciência. Também podem desenvolver arritmias ou batimentos cardíacos irregulares.

TRATAMENTO

É necessário o tratamento da causa subjacente. Sintomaticamente, pode precisar ser feita entubação endotraqueal e ventilação mecânica. Se a falha respiratória resultar de uma overdose de drogas sedativas, tais como opioides ou benzodiazepínicos, o antídoto apropriado deve ser usado. A pressão positiva contínua nas vias aéreas deve ser utilizada mesmo antes de transportar o paciente para um hospital.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM PACIENTES EM (IR)

– Oxigenoterapia;
– Manter decúbito elevado 45º graus para maior expansão torácica;
– Manter oxímetro de pulso e monitorização cardíaca se necessário;
– Avaliar sinais vitais de 4/4h;
– Avaliar nível de consciência;
– Suporte psicossocial;
– Suporte nutricional, caso paciente seja entubado, o Enfermeiro deverá instalar uma SNE para dar suplemento nutricional ao paciente impossibilitado de auto-alimentação.

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