Antígeno Prostático Específico (PSA)

O antígeno prostático específico (PSA) é um exame usado principalmente para rastreamento do câncer de próstata em homens assintomáticos. É também um dos primeiros exames realizados em homens que apresentam sintomas que podem ser causados ​​pelo câncer de próstata.

Como funciona?

O PSA no sangue é medido em unidades de nanogramas por mililitro (ng/ml). A chance de um homem ter câncer de próstata aumenta à medida que o nível de seu PSA aumenta, mas não há um ponto de corte definido que possa ter certeza se ele tem (ou não) a doença.

Muitos médicos usam um ponto de corte para o PSA de 4 ng/ml ou superior para decidir se um homem pode precisar de mais exames, enquanto outros recomendam um nível mais baixo, a partir de 2,5 ou 3 ng/ml.

  • A maioria dos homens sem câncer de próstata tem níveis de PSA inferiores a 4 ng/ml de sangue. Ainda assim, um nível abaixo desse valor não é uma garantia de que um homem não tenha câncer.
  • Homens com níveis de PSA entre 4 ng/ml e 10 ng/ml, têm uma chance de 25% de ter a doença.
  • Se o PSA for superior a 10, a chance de ter câncer de próstata é superior a 50%.

Se o nível do PSA for alto, o homem precisará fazer outros exames para verificar a possibilidade de estar com câncer de próstata.

O PSA também pode ser útil após o diagnóstico do câncer de próstata:

  • Em homens diagnosticados com câncer de próstata, o PSA pode ser usado em conjunto com os achados do exame físico e do estadiamento da doença para decidir se são necessários outros exames, como tomografia computadorizada ou cintilografia óssea.
  • O PSA é parte do estadiamento e ajuda a determinar se a doença ainda está confinada à próstata. Se o nível do PSA é muito alto, a doença provavelmente está disseminada, o que ajudará na escolha das melhores opções terapêuticas para o paciente. .
  • O PSA também é uma parte importante do monitoramento do câncer de próstata durante e após o tratamento.

Referências:

  1. American Cancer Society

Infecção Hospitalar VS Comunitária

A Portaria 2.616/98 traz diretrizes e normas para o controle das infecções hospitalares. Em seu anexo II, conceitos e critérios para o diagnóstico das infecções classificando-as em comunitárias ou hospitalares.

Infecção Comunitária

É a infecção constatada ou em incubação no ato de admissão do paciente, desde que não relacionada com internação anterior no mesmo hospital. São também comunitárias:

  • As infecções associadas a complicações ou extensão da infecção já presente na admissão, a menos que haja troca de microrganismo ou sinais ou sintomas fortemente sugestivo da aquisição de nova infecção;
  • Infecção em recém-nascido, cuja aquisição por via transplacentária é conhecida ou foi comprovada e que tornou-se evidente logo após o nascimento (ex: Herpes simples, toxoplasmose, rubéola, citomegalovirose, sífilis e AIDS). Adicionalmente, são também consideradas comunitárias todas as infecções de recém-nascidos associadas com bolsa rota superior a 24 horas.

Infecção Hospitalar

É qualquer infecção adquirida após a internação do paciente e que se manifesta durante a internação ou mesmo após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares. Usa-se como critérios gerais:

  • Quando na mesma topografia em que foi diagnosticada infecção comunitária for isolado um germe diferente, seguido do agravamento das condições clínicas do paciente, o caso deverá ser considerado como hospitalar;
  • Quando se desconhecer o período de incubação do microrganismo e não houver evidência clínica e/ou dado laboratorial de infecção no momento da admissão, considera-se infecção hospitalar toda manifestação clínica de infecção que se apresentar 72 horas após a admissão;
  • As infecções no recém-nascido são hospitalares, com exceção das transmitidas de forma transplacentária e aquelas associadas a bolsa rota superior a 24 horas.

Observações

  • Também são consideradas hospitalares aquelas infecções manifestadas antes de se completar 72 horas da internação, quando associadas a procedimentos invasivos diagnósticos e/ou terapêuticos, realizados previamente.
  • Tempo ou período de incubação de uma doença infeciosa é o intervalo de tempo que transcorre entre a exposição a um agente infecioso e a aparição do primeiro sinal ou sintoma da doença de que se trate.

Referências:

  1. Slides de Controle de Infecção Hospitalar:  http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/aula_NNISS.pdf
  2. Manual Básico de Controle de Infecção Hospitalar: http://www.cvs.saude.sp.gov.br/pdf/CIHCadernoA.pdf
  3. Portaria 2.616/98:  http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1998/prt2616_12_05_1998.html

Dispositivo de Assistência Ventricular (VAD)

O Dispositivo de Assistência Ventricular (do inglês “ventricular assist device”, VAD) é um dispositivo para auxiliar a circulação, que assume parcial ou completamente a função de uma câmara defeituosa do coração.

A função dos VADs é diferente da de marca-passos cardíacos artificiais. Alguns são para uso a curto prazo, geralmente para pacientes em recuperação de infarto do miocárdio e para pacientes em recuperação de cirurgia cardíaca.

Alguns são para uso a longo prazo (meses, anos ou por toda a vida), normalmente para os pacientes que sofrem de insuficiência cardíaca congestiva avançada.

Diferenças entre suas funções

VADs são diferentes de corações artificiais, que são projetados para assumir todas as funções cardíacas, e geralmente requerem a remoção do coração do paciente. Além disso, VADs são projetados para auxiliar o ventrículo direito (do inglês right ventricular assist device, RVAD) ou ventrículo esquerdo (do inglês left ventricular assist device, LVAD), ou para auxiliar ambos (BiVAD).

O tipo de assistência ventricular dispositivo aplicado depende do tipo de male cardíaco. O LVAD é o mais utilizado, visto que o lado direito do coração, muitas vezes, é capaz de exercer suas funções.

No entanto, se a resistência da artéria pulmonar, torna-se necessário também o uso do RVAD. Se ambos os ventrículos demandam auxílio, um BiVAD é normalmente escolhido, em vez do uso conjunto de LVAD e RVAD.

Normalmente, a longo prazo, a VAD é usada como ponte para transplante (do inglês bridge to transplantation, BTT), de modo a manter o paciente vivo durante a espera por um transplante de coração, até mesmo fora do hospital, em alguns casos.

Em alguns casos VAD também são usados como terapia de destinação (DT). Neste caso, o paciente não deve se submeter a um transplante de coração e um VAD será utilizado para o resto de sua vida.

Referências:

  1. Birks, EJ; Tansley, PD; Hardy, J; et al. (2006). «Left Ventricular Assist Device and Drug Therapy for the Reversal of Heart Failure». New England Journal of Medicine. 355 (18): 1873–1884. PMID 17079761. doi:10.1056/NEJMoa053063
  2. First VentrAssist Heart Recovery Featured on National TV”. Ventracor.com. 19 October 2006.

Atropina Sublingual e a Sialorreia

A sialorreia é caracterizada pelo excesso de salivação ou pela incapacidade de conter a saliva na boca, causando efeitos negativos importantes na saúde e na qualidade de vida do indivíduo, pois afeta a higiene, a nutrição, o sono, a fala e pode gerar estigma.

Esse é um sintoma comum em doenças neurológicas, como a paralisia cerebral e em pacientes com sequelas decorrentes de acidente vascular cerebral.

Existem diversas formas de controle da sialorreia descritas na literatura, como terapia medicamentosa, aplicação de toxina botulínica, radioterapia e procedimentos cirúrgicos.

Contudo, algumas dessas abordagens podem não ser viáveis em alguns casos e o ideal é que se opte, sempre que possível, por formas de tratamento menos invasivas.

O uso da Atropina para o tratamento de Sialorreia Intensa

No Brasil, a atropina pode ser encontrada em duas formas farmacêuticas: como solução injetável, que tem como uma das indicações o uso como pré-anestésico para reduzir a produção de saliva, e na forma de colírio, que é utilizada em exames e tratamentos oftalmológicos.

Na prática clínica, há relatos de que o uso do colírio de atropina também ocorre de modo off-label por via sublingual, com o objetivo de controlar a sialorreia, pois promove a inibição local das secreções.

Os estudos disponíveis sobre a eficácia da atropina no tratamento da sialorreia são escassos e apresentam limitações importantes, sendo que muitas vezes não fica claro qual foi a forma farmacêutica da atropina avaliada no estudo.

Ainda assim, esses estudos fornecem evidências que podem ser úteis ao se considerar o uso sublingual da atropina no tratamento da sialorreia.

As evidências disponíveis até o momento não nos permitem afirmar que o uso da atropina por via sublingual é eficaz no tratamento da sialorreia.

Na maioria dos casos, o benefício da atropina na redução da saliva é temporário ou os efeitos adversos (boca excessivamente seca, constipação e retenção urinária) inviabilizam a continuidade do uso.

É importante ressaltar ainda que a utilização do colírio oftalmológico por via sublingual pode aumentar as chances de erros de medicação, como a administração por via incorreta e erros de dose.

Tendo em vista a escassez de tratamentos para a sialorreia, é importante considerar que alguns pacientes podem se beneficiar com o uso desse medicamento nessas condições, no entanto, é necessário que a relação entre potenciais riscos e benefícios dessa alternativa terapêutica seja avaliada individualmente, de maneira rigorosa e contínua.

Referências:

  1. Hall JE. Funções secretoras do trato alimentar. No Hall JE, ed. Guyton & Hall Textbook of Medical Physiology, 12ª ed. Filadélfia: SaundersElsevier; 2011. pp. 773-776
  2. Rius JM, Llobet LB, Soler EL, Farré M. Salivary Secretory Disorders, Inducing Drugs, and Clinical Management. Int J Med Sci. 2015; 12(10):811-824. Acesso 2020 julho 30. DOI:10.7150/ijms.12912
  3. De Simone GG, Eisenchlas JH, Junin M, Pereyra F, Brizuela R. Atropine drops for drooling: a randomized controlled trial. Palliative medicine. 2006;20(7):665-71.
  4. Scully C, Limeres J, Gleeson M, Tomás I, Diz P. Drooling. J Oral Pathol Med. 2009;38 (4): 321-7.
  5. Hyson HC, Johnson AM, Jog MS. Sublingual atropine for sialorrhea secondary to parkinsonism: a pilot study. Movement disorders: official journal of the Movement Disorder Society. 2002;17(6):1318-20.
  6. Atropion. Responsável técnico: Eliza Yukie Saito. São Paulo: Blau Farmacêutica S.A., 2018. Bula de medicamento.
  7. Atropina: colirio. Responsável técnico: Dra. Elizabeth Mesquita. São Paulo: Allergan Produtos Farmacêuticos Ltda, 1979. Bula de medicamento.
  8. Silva PC, Gomes MO, Dallarmi. Drug and off-label use. Visão Acadêmica, Curitiba, v.12, n.2, p. 65-73, Jul./Dez./2011. Acesso 2020 julho 30. DOI: http://dx.doi.org/10.5380/acd.v12i2.25221
  9. Norderyd J , Graf J, Marcusson A , Nilsson K , Sjöstrand E, Steinwall G, Ärleskog E , Bågesund M. Sublingual administration of atropine eyedrops in children with excessive drooling – a pilot study. Int J Paediatr Dent. 2017; 27 (1): 22-29. Acesso 2020 agosto 14. DOI: https://doi.org/10.1111/ipd.12219
  10. Leung JG, Schak KM. Potential problems surrounding the use of sublingually administered ophthalmic atropine for sialorrhea. Schizophreniaresearch. 2017;185:202-3.

Patologias de Urgência e Emergência

Mesmo com todos os cuidados e precauções, é possível que ocorra algum episódio clínico com você ou com alguém da sua família que necessite de cuidados de urgência e emergência. E diante de situações como essa, é importante que você saiba como agir corretamente.

Diferenças entre Urgência e Emergência

Urgência e Emergência: Conceitos Básicos

Patologias ou Situações de Urgência e Emergência

Situações de Emergência

Quando a pessoa necessita de assistência médica imediata, pois há risco potencial de morte, ela deve ser encaminhada ao plantão hospitalar:

  • Corte profundo;
  • Acidente de origem elétrica;
  • Picada ou mordida de animais peçonhentos;
  • Queimaduras;
  • Afogamentos;
  • Hemorragia;
  • Infarto do miocárdio;
  • Dificuldade respiratória;
  • Derrames (AVE/AVE), perda de função e/ou dormência nos braços e pernas;
  • Inconsciência/desmaio;
  • Intoxicação por alimento ou medicamento;
  • Hematêmese, hematúria ou enterorragia/melena;
  • Grave reação alérgica;
  • Febre alta permanente;
  • Convulsões, dores intensas no peito, abdômen, cabeça e outros;
  • Agressões físicas;
  • Acidentes de carro, moto, atropelamento e quedas.

Situações de Urgência

Pode ser entendida como uma situação clínica ou cirúrgica, sem risco de morte iminente, mas que, se não for tratada, pode evoluir para complicações mais graves, sendo necessário, assim como a emergência, o encaminhamento para o plantão hospitalar:

  • Fraturas;
  • Luxações;
  • Torções;
  • Asma brônquica em crise;
  • Feridas lácero-contusas (causadas pela compressão ou tração dos tecidos) sem grandes hemorragias;
  • Transtornos psiquiátricos;
  • Dor abdominal de moderada intensidade;
  • Retenção urinária em pacientes idosos;
  • Febre maior que 38 graus há pelo menos 48h que melhora com antitérmicos mas retorna antes de completarem-se 4h da tomada do antitérmico;
  • Mais de um episódio de vômito em até 12h.

Referência:

  1. ABCMED, 2020. Urgências e emergências médicas mais comuns. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/1382073/urgencias-e-emergencias-medicas-mais-comuns.htm&gt;. Acesso em: 4 out. 2021.

Neuroestimulador Medular

A Neuroestimulação Medular consiste em aplicar estímulos sobre a medular espinhal para interromper os sinais de dor transmitidos da medula para o cérebro.

Um tratamento comprovadamente seguro e eficaz para controle de dor crônica no pescoço, coluna torácica e lombar, braços, mãos, pernas e pés, que podem se originar por distúrbios de nervos, por problemas na coluna, distrofia simpático-reflexa, cirurgias prévias para outras doenças, entre outros.

Como funciona?

Um sistema chamado neuroestimulador medular é implantado no paciente. Este sistema utiliza um eletrodo sobre a medula, ligado a um dispositivo semelhante a um marca-passo, que entrega estímulos leves sobre a medula que bloqueiam os impulsos de dor que seriam transmitidos ao cérebro.

De acordo com a literatura, o índice de melhora significativa da dor ocorre em 70 a 80% dos pacientes corretamente selecionados e submetidos a esta técnica.

Considerando que estes pacientes não haviam melhorado com nenhum outro tipo de tratamento anterior, pode-se dizer que a neuroestimulação medular apresenta alto índice de resolubilidade.

Benefícios

  • Redução significativa e duradoura da dor na região;
  • Melhora na capacidade da realização de atividades diárias;
  • Redução do uso de medicações para dor;
  • O tratamento é reversível e não causa lesão de estruturas neurológicas. Assim, o mesmo pode ser desligado ou removido se necessário;
  • O paciente recebe um controle remoto e pode ajustar a intensidade do estímulo de acordo com a sua dor. Este aumento de estímulo é seguro, pois é previamente ajustado pelo médico assistente.
  • Não impede que outros tipos de tratamento para dor possam ser feitos concomitantemente, se requeridos.

Indicações de Uso

A neuroestimulação medular para tratamento da dor crônica só está indicada para os casos que não obtiveram melhora com outros tipos de tratamentos disponíveis, tais como: medicações, fisioterapia, acupuntura, hidroterapia, entre outros.

Se há outro tipo de cirurgia que pode ser realizada para melhorar os sintomas, este procedimento deve ser tentado antes da neuroestimulação medular.

Outras indicações

Neuropatia periférica/Dor neuropática

Doenças ou lesões que acometem os nervos periféricos podem gerar uma dor intensa, tipo queimação no trajeto de um ou mais nervos.

Síndrome pós-laminectomia

Pacientes com dor na região da coluna e nas pernas ou braços, que não melhoraram ou até pioraram com uma cirurgia prévia na coluna, podem ser portadores da síndrome pós-laminectomia.

Se não há outras cirurgias que podem ser realizadas na região da doença primária da coluna (hérnia de disco, artrodese da coluna, vertebroplastia, entre outras) para aliviar os sintomas, o implante de um neuroestimulador medular pode trazer benefícios.

Dor regional complexa tipo I (conhecida também como distrofia simpático-reflexa)

É um distúrbio que afeta um ou mais membros do corpo humano (como braços e pernas), decorrente de uma lesão de nervo ou tecido ao redor da região afetada. A dor é tipo queimação e, muitas vezes, está associada a um inchaço (edema) da região, sudorese, mudança da cor e/ou temperatura.

Nestes casos, o implante de um neuroestimulador medular passa a ser o tratamento de escolha, visto que os demais tratamentos disponíveis são pouco efetivos para controlar esta doença.

Angina cardíaca refratária

Pacientes com dor de origem cardíaca, que já foram tratados com outras opções convencionais (colocação de stents, cirurgia cardíaca, medicamentos) e, mesmo assim, não apresentam controle da dor.

Nestes casos, a neuroestimulação medular pode agir no controle da dor e também providenciar a dilatação adicional das artérias coronarianas, melhorando a perfusão cardíaca.

Referências:

  1. Teixeira M.J. Neuroestimulação no Tratamento da Dor. In Aguiar P.H.P. Tratado de Técnica Operatória em Neurocirurgia. Ateneu 2009.

Salinização: Técnica de Turbilhonamento

Os cuidados de enfermagem para evitar a perda e obstrução dos cateteres venosos centrais, para que isso ocorra, é necessária a realização de flush turbilhonado entre as medicações, enfatizando que o protocolo institucional pontua que deve ser realizado antes e após a administração de medicações.

Em se tratando de cateter mantido com soroterapia prescrita pelo médico, ainda assim é necessário realizar o turbilhonamento, conforme orientações do protocolo institucional, para que, com a pressão exercida, seja feita uma limpeza no lúmen do dispositivo.

Ressalta-se que a técnica de turbilhonamento deve ser realizada para qualquer cateter e não apenas para aqueles com risco de obstrução.

Como é feito?

A técnica de turbilhonamento ou técnica pulsátil consiste em injetar a solução fisiológica, utilizando uma seringa de 10ml e exercendo pressão positiva a cada 1 ml seguida de pausa rápida, tornando o fluxo pulsátil.

Após isso, deverá clampear a(s) via(s), operando ligeira pressão no êmbolo da seringa antes de desconectá-la do sistema.

Segundo estudos, é a melhor maneira para se realizar uma “limpeza” interna do cateter.

Com relação ao profissional que pode realizar a desobstrução de Cateteres Centrais, a literatura não pontua o enfermeiro como profissional incumbido desse cuidado, pois mostra que a equipe de enfermagem deve ser capaz de identificar a obstrução e iniciar a manobra de desobstrução do cateter ocluído o mais rápido possível.

Contudo, em se tratando de um acesso de caráter central e que demanda cuidado mais complexo, é oportuno que o enfermeiro o manipule, visto que a lei do exercício profissional de enfermagem enfatiza que é privativo do enfermeiro aqueles cuidados que exijam maior complexidade técnica e conhecimentos de base científica, além da capacidade de tomar decisões imediatas.

Cuidados de Enfermagem

  • Realizar turbilhonamento antes e após a administração de medicações endovenosas;
  • Quando houver soroterapia prescrita pelo médico, não é necessário realizar o turbilhonamento de 6/6 horas;
  • Para cateteres de curta e média permanência, realizar o turbilhonamento de 6/6 horas, ou conforme orientação da enfermeira;
  • Realizar turbilhonamento apenas se cateter venoso central apresentar risco de obstrução.

Regra dos 30 Minutos: Administração de Medicamentos no horário adequado

Na assistência hospitalar, atrasos ou omissões de doses podem ocorrer em todas as etapas do processo de utilização de medicamentos. Eles estão entre os erros de medicação mais notificados.

Embora sejam ocorrências que aparentam ter gravidade potencial reduzida, elas são importantes, seja pela sua elevada frequência ou por colocar pacientes em situações de risco.

Além disso, quando envolvem alguns medicamentos ou condições de saúde críticas, erros desse tipo podem evoluir com danos graves ou fatais como, por exemplo, a omissão ou atraso na administração de antimicrobianos em pacientes com sepse ou de anticoagulantes em pacientes com embolia pulmonar ou infarto agudo do miocárdio.

Erros por atrasos

Os erros por atraso ou omissão de doses de um medicamento podem estar relacionados a diversas situações, tais como:

  • ausência de conciliação medicamentosa envolvendo falhas ou mesmo ausência de avaliação dos medicamentos em uso pelo paciente;
  • não prescrição de medicamentos necessários ao paciente em situações específicas, como a necessidade de substituir, interromper ou reiniciar um medicamento no pré ou pós-operatório;
  • erros na transcrição e atrasos na validação da prescrição; indisponibilidade do medicamento prescrito na instituição ou sistema de saúde;
  • transferência do paciente para outras unidades; ausência do paciente no leito devido à realização de procedimentos ou exames no mesmo horário da administração do medicamento;
  • alta hospitalar sem informações adequadas sobre o tratamento.

Além disso, uma situação comum que pode provocar esses erros é o dimensionamento inadequado da equipe de enfermagem, fazendo com que os profissionais tenham um número excessivo de pacientes para cuidar, o que pode contribuir para limitar e prejudicar a qualidade da assistência.

A criação da “Regra dos 30 minutos”

Até 2008, para que os hospitais dos Estados Unidos recebessem os pagamentos devidos, o Centers for Medicare & Medicaid Services (CMS) orientava os auditores hospitalares a verificar se os medicamentos eram administrados em até 30 minutos antes ou após o horário aprazado.

Essa orientação ficou conhecida como “Regra dos 30 minutos” e se aplicava todos os medicamentos, sem diferenciação entre medicamentos de tempo crítico ou aqueles considerados menos complexos, como suplementos vitamínicos diários.

A Dificuldade de execução

No entanto, em uma pesquisa realizada com 18 mil enfermeiros, os autores observaram que as mudanças ocorridas nos métodos de administração de medicamentos, a complexidade dos cuidados, o número de medicamentos prescritos por paciente e o número de pacientes por enfermeiro tornavam a “Regra dos 30 minutos” de difícil execução.

Muitos enfermeiros relataram, nessa pesquisa, que a grande pressão para administrar medicamentos conforme a regra favorecia a ocorrência de erros. Assim, a “Regra dos 30 minutos” passou a ser considerada insegura, exceto quando a administração dentro deste intervalo de tempo se fazia essencial sob a perspectiva clínica.

A definição e a atualização

Para definir o horário de administração de um medicamento deve-se considerar a complexidade da indicação para a qual foi prescrito, a situação clínica, as necessidades do paciente que o recebe, bem como as características químicas e farmacológicas específicas do medicamento.

Suas propriedades químicas, mecanismo de ação e indicação terapêutica determinam como ele deve ser administrado, se é necessário respeitar o horário exato da prescrição, ou se é possível administrá-lo dentro de uma janela de tempo segura em torno do horário em que foi prescrito sem comprometer a segurança do paciente e o efeito terapêutico desejado, e qual a extensão dessa janela de tempo caso ela seja adequada.

Com base nessa realidade, a “Regra dos 30 minutos” foi atualizada e hoje são utilizadas as seguintes definições:

Medicamentos Programados

Incluem aqueles cujas doses devem ser administradas de acordo com um ciclo de frequência padrão e repetidas (ex.: uma, duas, três ou quatro vezes ao dia; diariamente; semanalmente; mensalmente). Eles podem ser programados conforme um tempo crítico ou não crítico.

Medicamentos programados de tempo crítico

São aqueles cujo aprazamento da administração no horário prescrito deve ser seguido rigorosamente. A administração desses medicamentos fora do intervalo de 30 minutos, antes ou depois do horário prescrito, pode causar danos ao paciente.

Medicamentos programados de tempo não crítico

São aqueles cuja antecipação ou atraso na administração, desde que respeitado um intervalo específico de 1 ou 2 horas, não apresentam potencial de causar danos ao paciente.

Os medicamentos programados NÃO INCLUEM:

  • doses que devem ser administradas imediatamente;
  • primeira dose ou dose de ataque;
  • doses únicas;
  • doses com horário predefinido (ex.: antimicrobiano profilático administrado em um dado tempo antes da primeira incisão cirúrgica);
  • medicamentos administrados para preparo do paciente para realização de algum procedimento (ex.: sedação pré-procedimento);
  • medicamentos de uso concomitante ou sequencial (ex.: medicamentos administrados antes da quimioterapia e medicamentos quimioterápicos; n-acetilcisteína e contraste iodado);
  • medicamentos administrados em horários específicos para garantir “pico” de concentração plasmática ou níveis séricos adequados;
  • medicamentos administrados conforme a condição clínica do paciente (ex.: conforme pressão arterial ou glicemia) ou prescritos “se necessário”;
  • medicamentos utilizados em estudos clínicos ou farmacocinéticos.

Orientações para administração de medicamentos programados

É recomendado que as instituições:

  • desenvolver uma lista dos medicamentos programados de ‘tempo crítico’, específica para o perfil da instituição, incluindo aqueles que são críticos em função de indicação ou diagnóstico específicos;
  • estabelecer diretrizes que facilitem a revisão da prescrição, a dispensação e administração de medicamentos de tempo crítico. Os registros realizados nessas etapas devem alertar às equipes que esses medicamentos requerem especial atenção para o cumprimento do horário aprazado, conforme as orientações vigentes para medicamentos programados de tempo crítico;
  • definir prazos específicos para administração de primeiras doses e doses de ataque para medicamentos, como antimicrobianos, anticoagulantes, antiepiléticos, entre outros, em que a situação clínica ou o diagnóstico é crítico.
Tipos de Medicamentos Programados Orientações para a administração no horário adequado
Medicamentos programados de tempo crítico
Devem constar em listagem individualizada definida pela instituição e incluir pelo menos os itens descritos a seguir.
• Medicamentos em esquema de administração mais frequente do que a cada 4 horas.
Opioides de horário fixo utilizados para manejo de dor crônica ou em cuidados paliativos (flutuações no intervalo de administração podem ocasionar crise de dor desnecessária).
Imunossupressores utilizados para prevenção da rejeição de transplantes de órgãos ou tratamento da miastenia grave.
• Medicamentos que devem ser administrados respeitando-se um intervalo de tempo em relação a outros medicamentos para prevenção de interação medicamentosa (ex.: antiácidos e fluoroquinolonas).
• Medicamentos que necessitam ser administrados dentro de um período específico em relação às refeições (ex.: bolus de insulinas de correção; alendronato).
• Medicamentos considerados de tempo crítico quando usados para uma indicação ou diagnóstico específico.
 

 

 

 

Administrar na hora exata indicada ou dentro de 30 minutos antes ou após o horário aprazado.

Medicamentos programados de tempo não crítico
Medicamentos de administração diária, semanal e mensal Administrar dentro de 2 horas antes ou após o horário aprazado
Medicamentos prescritos com frequência maior do que uma vez ao dia, mas menor do que seis vezes ao dia (a cada 4 horas). Administrar dentro de 1 hora antes ou após o horário aprazado.

Referências:

  1. Institute for Safe Medication Practices Canada. Aggregate Analysis of Dose Omission Incidents Reported as Causing Harm. ISMP Canada Safety Bulletin [Internet]. 2013 Mar 27; 13(2):1-7. Disponível em: https://www.ismp-canada.org/ download/safetyBulletins/2013/ISMPCSB2013-02_Dose_Omission_Incidents.pdf
  2. National Patient Safety Agency (NPSA). Safety in Doses – Improving the use of medicines in the NHS. National Reporting and Learning Service [Internet]. 2007. Disponível em: http://www.nrls.npsa.nhs.uk/EasySiteWeb/getresource.axd?AssetID=61626&type=full&amp;
  3. Instituto para el Uso Seguro de los Medicamentos. Prevención de errores por omisión o retraso de la medicación. Boletín Recomendaciones para la prevención de errores de medicación [Internet]. 2015 Dez; (41). Disponível em: http://www.ismp-espana.org/ficheros/Bolet%C3%ADn%2041%20%28Diciembre%202015%29.pdf
  4. National Patient Safety Agency (NPSA). Rapid Response Report NPSA/2010/RRR009: Reducing harm from omitted and delayed medicines in hospital. National Reporting and Learning Service [Internet]. 2010 Fev 24. Disponível em: http://www.nrls.npsa.nhs.uk/resources/type/alerts/?entryid45=66720
  5. Stokowski LA. Timely Medication Administration Guidelines for Nurses: Fewer Wrong-Time Errors? Medscape: Medscape Nurses [Internet]. 2012 Out 16. 07]. Disponível em: http://www.medscape.com/viewarticle/772501_3
  6. Institute for Safe Medication Practices. Guidelines for timely medication administration Response to the CMS “30-minute rule”. Acute Care ISMP Medication Safety Alert! [Internet]. 2011 Jan 13. Disponível em: http://www.ismp.org/Newsletters/acutecare/articles/20110113.asp
  7. Centers for Medicare & Medicaid Services. State Operations Manual – Appendix A – Survey Protocol, Regulations and Interpretive Guidelines for Hospitals [Internet]. 2007 Maio 30. Disponível em: https://www.cms.gov/Regulations-andGuidance/Guidance/Manuals/downloads/som107ap_a_hospitals.pdf
  8. Institute for Safe Medication Practices. Timely Administration of Scheduled Medications. ISMP Acute Care Guidelines [Internet]. 2011. Disponível em: http://www.ismp.org/tools/guidelines/acutecare/tasm.pdf
  9. Oliveira RC, Camargo AEB, Cassiani SHB. Estratégias para prevenção de erros na medicação no setor de emergência. Rev Bras Enferm. 2005 Ago; 58(4):399-404.

Que Medicamento é Esse?: Cloridrato de Amiodarona

cloridrato de amiodarona é um antiarrítmico, com a finalidade de regularizar as alterações dos batimentos cardíacos (arritmias), o que pode ocorrer em alguns quadros clínicos.

Como Funciona?

Cloridrato de Amiodarona inibe a conversão periférica de tiroxina (T4) em triiodotiroxina (T3) e pode causar alterações bioquímicas isoladas (aumento do nível sérico de T4 livre, com leve redução ou mesmo nível normal de T3 livre), em pacientes clinicamente eutireoidianos (função normal da tireoide).

Os Efeitos Colaterais

Comprimido

  • Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento);
  • Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento);
  • Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento);
  • Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento);
  • Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento);
  • Reação desconhecida (frequência não conhecida).
Reação Adversa Frequência
Distúrbios sanguíneos e do sistema linfático
Anemia hemolítica, anemia aplástica e trombocitopenia Muito raro
Neutropenia, agranulocitose Desconhecida
Distúrbios cardíacos
Bradicardia geralmente moderada e dose dependente Comum
Aparecimento ou piora da arritmia, seguida, às vezes, por parada cardíaca Incomum
Alterações da condução (bloqueio sinoatrial e atrio-ventricular de vários graus) Incomum
Bradicardia acentuada ou parada sinusal em pacientes com disfunção do nódulo sinusal e/ou em pacientes idosos Muito raro
Torsade de pointes Desconhecida
Lesões, envenenamento e complicações processuais
Disfunção primária do enxerto após transplante cardíaco Desconhecida
Distúrbios endócrinos
Hipotireoidismo Comum
Hipertireoidismo, algumas vezes fatal Comum
Síndrome de secreção inapropriada do hormônio antidiurético (SIADH) Muito raro
Distúrbios oftálmicos
Microdepósitos na córnea, geralmente limitados à área subpupilar. Eles podem ser associados com a percepção de halos coloridos, sob luz intensa ou de visão turva. Os microdepósitos na córnea consistem em depósitos de complexos lipídicos e são reversíveis algum tempo após a suspensão do tratamento Muito comum
Neuropatia ótica / neurite, que pode progredir para a cegueira Muito raro
Distúrbios gastrintestinais
Distúrbios gastrintestinais benignos (náuseas, vômitos, disgeusia) podem ocorrer em decorrência da dose de ataque e desaparecem com a redução da dose Muito comum
Pancreatite/pancreatite aguda, boca seca, constipação Desconhecida
Distúrbios gerais
Granuloma, incluindo granuloma de medula óssea Desconhecida
Distúrbios hepato-biliares
Aumento isolado das transaminases séricas, que são normalmente moderados (1,5 a 3 vezes o valor normal) no início da terapia. Os níveis podem retornar ao normal com redução da dose ou mesmo espontaneamente Muito comum
Distúrbios hepáticos agudos com aumento das transaminases séricas e/ou icterícia, incluindo insuficiência hepática, que às vezes pode ser fatal Comum
Doença hepática crônica (pseudo hepatite alcoólica, cirrose), às vezes fatal Muito raro
Distúrbios do sistema imunológico
Edema angioneurótico (Edema de Quincke). Reações anafiláticas/anafilactoides incluindo choque Desconhecida
Aumento do nível sérico de creatinina Muito raro
Distúrbios do metabolismo e nutrição
Diminuição do apetite Desconhecida
Distúrbios musculoesquelético e do tecido conjuntivo
Síndrome lúpus-like Desconhecida
Distúrbios do sistema nervoso
Tremor extra-piramidal, pesadelos e distúrbios do sono Comum
Neuropatia periférica sensorimotor e/ou miopatia são geralmente reversíveis com a descontinuação do tratamento Incomum
Ataxia cerebelar, hipertensão intracraniana benigna (pseudo tumor cerebral), cefaleia Muito raro
Parkinsonismo, parosmia Desconhecida
Distúrbios psiquiátricos
Estado confusional/delírio, alucinação Desconhecida
Distúrbios mamários e do sistema reprodutivo
Epididimites, disfunção erétil Muito raro
Diminuição da libido Desconhecida
Distúrbios respiratórios, torácicos e no mediastino
Toxicidade pulmonar (pneumonite alveolar/ intersticial ou fibrose, pleurite, bronquiolite obliterante com pneumonia em organização) às vezes fatal Comum
Hemorragia pulmonar Desconhecida
Broncoespasmo em pacientes com insuficiência respiratória severa, especialmente em pacientes asmáticos. Síndrome de angústia respiratória aguda do adulto, algumas vezes fatal, geralmente no período pós-cirúrgico imediato (possível interação com elevadas concentrações de oxigênio) Muito raro
Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos
Fotossensibilidade Muito comum
Pigmentação grisácea ou azulada da pele no caso de utilização prolongada ou de altas doses diárias. Com a interrupção do tratamento essa pigmentação desaparece lentamente Comum
Eritema durante o uso de radioterapia, “rash” cutâneos, normalmente inespecíficos, dermatite esfoliativa, alopecia Muito raro
Eczema, urticária, reações cutâneas severas às vezes fatais incluindo necrólise epidérmica tóxica/síndrome de Stevens-Johnson, dermatite bolhosa e reação medicamentosa com eosinofilia e sintomas sistêmicos Desconhecida
Distúrbios vasculares
Vasculite Muito raro

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Injetável

As seguintes definições de frequência são usadas:

  • Muito comum (≥10%);
  • Comum (≥ 1 e < 10%);
  • Incomum (≥ 0,1 e < 1%);
  • Raro (≥ 0,01 e < 0,1%);
  • Muito raro (<0,01%);
  • Frequência desconhecida (não pode ser estimada pelos dados disponíveis).
Reação Adversa Frequência
Distúrbios sanguíneos e do sistema linfático
Neutropenia, agranulocitose Desconhecida
Distúrbios cardíacos
Bradicardia geralmente moderada Comum
Aparecimento ou piora da arritmia, seguida, às vezes, por parada cardíaca Muito raro
Bradicardia acentuada, parada sinusal que pode determinar a descontinuidade do tratamento com Cloridrato de Amiodarona, principalmente nos pacientes com disfunção do nódulo sinusal e em pacientes idosos Muito raro
Torsade de pointes Desconhecida
Distúrbios endócrinos
Hipotireoidismo Desconhecida
Síndrome de secreção inapropriada do hormônio antidiurético (SIADH) Muito raro
Distúrbios oftálmicos
Neuropatia ótica / neurite, que pode progredir para a cegueira Desconhecida
Distúrbios gastrintestinais
Náusea Muito comum
Pancreatite/pancreatite aguda Desconhecida
Distúrbios gerais e condições no local da administração
Reações no local da aplicação, tais como: dor, eritema, edema, necrose, extravasamento, infiltração, inflamação, endurecimento, tromboflebite, flebite, celulite, infecção e modificação na pigmentação Comum
Distúrbios hepato-biliares
Aumento isolado das transaminases séricas, que são normalmente moderados (1,5 a 3 vezes o valor normal) no início da terapia. Os níveis podem retornar ao normal com redução da dose ou mesmo espontaneamente Muito raro
Distúrbios hepáticos agudos com aumento das transaminases séricas e/ou icterícia, incluindo insuficiência hepática, que às vezes pode ser fatal Muito raro
Distúrbios do sistema imunológico
Choque anafilático Muito raro
Edema angioneurótico (Edema de Quincke) Desconhecida
Distúrbios musculoesquelético e do tecido conjuntivo
Dor nas costas Desconhecida
Distúrbios do sistema nervoso
Hipertensão intracraniana benigna (pseudo tumor cerebral), cefaleia Muito raro
Distúrbios psiquiátricos
Estado confusional/delírio, alucinação Desconhecida
Distúrbios mamários e do sistema reprodutivo
Diminuição da libido Desconhecida
Distúrbios respiratórios, torácicos e no mediastino
Pneumonite intersticial ou fibrose, às vezes fatal, complicações respiratórias severas (síndrome de angústia respiratória aguda no adulto) às vezes fatais Muito raro
Broncoespasmo em pacientes com insuficiência respiratória severa, especialmente em pacientes asmáticos Muito raro
Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos
Transpiração Muito raro
Eczema, urticária, reações cutâneas severas às vezes fatais incluindo necrólise epidérmica tóxica/síndrome de Stevens-Johnson, dermatite bolhosa e reação medicamentosa com eosinofilia e sintomas sistêmicos Desconhecida
Distúrbios vasculares
Queda da pressão sanguínea, geralmente moderada e transitória. Foram relatados casos de hipotensão severa ou colapso após administração de superdose ou injeção muito rápida Comum
Rubor quente Muito raro

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Quando é Contraindicado?

Comprimido

Cloridrato de Amiodarona é contraindicado nos seguintes casos:

  • Hipersensibilidade conhecida ao iodo, à amiodarona ou a quaisquer componentes da fórmula.

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes:

  • Com bradicardia sinusal, bloqueio sinoatrial e doença do nó sinusal (risco de parada sinusal), distúrbios severos de condução atrioventricular, a menos que o paciente esteja com um marcapasso implantado;
  • Que fazem uso de associação com medicamentos que possam induzir torsade de pointes;
  • Com disfunção da tireoide;
  • Grávidas, exceto em circunstâncias excepcionais;
  • Lactantes.

Categoria de risco na gravidez: D. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Todas estas contraindicações listadas não se aplicam quando a amiodarona é utilizada na sala de emergência em casos de fibrilação ventricular resistente a ressuscitação cardiopulmonar por choque (desfibrilador).

Injetável

O cloridrato de amiodarona é contraindicado nos seguintes casos:

  • Hipersensibilidade conhecida ao iodo, à amiodarona ou a quaisquer componentes da fórmula.

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes:

  • Com bradicardia sinusal, bloqueio sino-atrial e doença do nó sinusal (risco de parada sinusal), distúrbios severos de condução atrioventricular, a menos que o paciente esteja com um marcapasso implantado;
  • Com distúrbios de condução bi ou tri-fasciculares, a menos que o paciente tenha um marcapasso implantado ou esteja em uma unidade assistencial especial e amiodarona seja administrada com retaguarda de marcapasso de demanda;
  • Com hipotensão arterial severa, colapso circulatório;
  • Com hipotensão, insuficiência respiratória severa, miocardiopatia ou insuficiência cardíaca (possível agravamento);
  • Que fazem uso de associação com medicamentos que possam induzir torsade de pointes;
  • Com doença tireoidiana;
  • Gestação, exceto em circunstâncias excepcionais;
  • Lactação.

Categoria de risco na gravidez: D. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Todas estas contraindicações listadas não se aplicam quando a amiodarona é utilizada na sala de emergência em casos de fibrilação ventricular resistente a ressuscitação cardiopulmonar por choque (desfibrilador).

Os Cuidados de Enfermagem

  • Atentar para a forma de apresentação, a dosagem e a via de administração prescritas pelo médico.
  • Nos casos de administração por via endovenosa, diluir em solução fisiológica 0,9% ou em solução glicosada 5%.
  • Orientar o paciente a não deixar o leito, devido ao risco de tontura.

Posições do Bisel

O bisel corresponde à ponta da agulha.

Características

Quando é TRIFACETADO ele tem um desenho, um formato que apresenta três superfícies, 3 facetas ( isso serve para reduzir desconforto e menor dano possível nos tecidos).

Atualmente, há agulha com BISEL PENTAFACETADO, que gera em uma aplicação ainda mais suave e delicada.

Posições do Bisel de Acordo com a via de administração

Para Aspiração de Medicamentos

Bisel voltado para BAIXO para melhor aspiração completa de conteúdo dentro de uma ampola/frasco ampola.

Para Vias Intradermica, Subcutânea e Endovenosa

Bisel voltado para CIMA:

  • No caso da intradermica, para que o medicamento seja injetado formando uma pequena pápula sob a pele;
  • No caso da subcutânea, para melhor absorção de forma lenta;
  • No caso da endovenosa, a fim de seguir o fluxo sanguíneo e não transpassar a veia, assim ocasionando hematomas.

Para Via Intramuscular

Bisel LATERALIZADO, no sentido da fibra muscular e perpendicular à pele ou formando um ângulo 90º, Pois quando o bisel estiver vertical ou contrário da fibra muscular, aumenta as chances de lesão das fibras musculares.

Referências:

  1. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de normas e procedimentos para vacinação. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Disponível em: <http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/11/Manualprocedimentos-vacinacao-web.pdf&gt;
  2. REICHEMBACH, M. T.; MEIER, M. J.; ASCHIDAMINI, I. M. Administração de medicamentos por via subcutânea: convenção ou controvérsia para a enfermagem? Rev Bras Enferm. v. 58, n. 5, p. 602-6, 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reben/v58n5/a19v58n5.pdf&gt;. 
  3. TRALDI, M.C. Fundamentos de enfermagem na assistência primária de saúde. Campinas (SP): Editora Alínea; 2004.
  4. VEIGA, D.A., CROSSETI, M.G.O. Manual de técnicas de enfermagem. 4ª ed. Porto Alegre (RS): Sagra – DC Luzzatto; 1993.