A Máscara Não Reinalante é um dispositivo muito utilizado em salas de emergência e UTI, onde a princípio compõem por uma máscara facial com duas portas de exalações, uma delas contendo uma válvula unidirecional.
Conectada à máscara, há uma bolsa reservatório flexível com uma válvula unidirecional entre a bolsa e a máscara, e uma extensão de O2.
A FiO2 varia de 60 a 100%, com fluxo mínimo de 6L/min e com fluxo máximo de 15 l/min.
A Desvantagem
Alguns estudos relatam que o paciente pode reinalar o ar expirado, o que não faz jus ao seu nome. Além de que, não costuma ficar perfeitamente acoplada à face do paciente, portanto, é comum que não alcance uma FiO2 de 100%, ainda mais que a utilização prolongada pode ser desconfortável devido ao peso do equipamento sob o paciente e a vedação necessária, ou seja, muitas vezes pode lesionar o rosto do paciente.
Alguns Cuidados de Enfermagem
- Separar máscara facial de tamanho adequado para o paciente;
- Monitorizar (oxímetro de pulso) e avaliar paciente;
- Checar funcionamento da rede de oxigênio;
- Acoplar umidificador de gases no fluxômetro de O2 previamente instalado na rede de gases;
- Acoplar a máscara facial no paciente, envolvendo a boca e o nariz, e ajustar elástico ao redor da cabeça e clipe metálico no nariz;
- Ajustar fluxo de O2 de modo que os valores de SpO2 sejam satisfatórios;
- Certificar-se pela avaliação do paciente de que houve melhora do quadro;
- Registrar no prontuário o início do suporte;
Quanto aos cuidados com o Dispositivo
- A máscara de reservatório é de uso individual e descartável;
- Certificar-se de que o equipamento esteja completo e em perfeito estado para sua utilização;
- Manter fluxo mínimo de 6 l/min, para evitar o colabamento do reservatório;
- Realizar o desmame da oxigenoterapia adequadamente, reduzindo gradativamente o fluxo de oxigênio ofertado;
- Atenção contínua a sinais de toxicidade pelo uso prolongado e/ou em altas concentrações de oxigênio;
- Na persistência de baixos níveis de SpO2 e/ou dispneia, comunicar a equipe médica e considerar a necessidade de outro sistema ou de suporte ventilatório;
- Em caso de intercorrência clínica, comunicar a equipe médica, e registrar o ocorrido em prontuário;
- Em caso de não funcionamento adequado do equipamento, cancelar o procedimento e solicitar troca e/ou reposição do mesmo.
Referências:
- Pebmed
- COSTA, A. P. B. M.; PERES, D.B. Aerossolterapia e oxigenoterapia em pediatria e neonatologia. In: Profisio Pediátrica e Neonatal: cardiorrespiratória e terapia intensiva, 2012, 1(1):107-151.
- LEAL, A.G.C.; SILVA, R.J.; ANDRADE, L.B. Aerossolterapia em pediatria e em neonatologia. In: Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva;
- MARTINS, J.A.; e org. PROFISIO Programa de Atualização em Fisioterapia Pediátrica e Neonatal: Cardiorrespiratória e Terapia Intensiva: Ciclo 3. v. 1. Porto Alegre: Artmed/Panamericana; 2014. p. 9-28.
- PRADO, C.; VALE, L. A. Fisioterapia neonatal e pediátrica. REBELO, C. M.; HADDAD, L. B. Oxigenoterapia e ventilação manual. Barueri, SP : Manole, 2012.
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- REIS, L.F.F. Uso terapêutico do oxigênio em terapia intensiva. In: Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva; DIAS, C.M.; MARTINS, J.A. (Org.). PROFISIO Programa de Atualização em Fisioterapia em Terapia Intensiva Adulto: Ciclo4. Porto Alegre: Artmed/Panamericana; 2014. p. 69-96. (Sistema de Educação em Saúde Continuada a Distância, v. 3).
- SARMENTO, G. J. V. Fisioterapia respiratória em pediatria e neonatologia. Barueri, SP: Manole, 2007.
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