Escala de Braden

A Escala de Braden é um recurso utilizado nas UTIs para medir o risco dos pacientes críticos de desenvolverem lesões por pressão.

A partir desse registro, enfermeiros conseguem aplicar medidas preventivas e promover um tratamento mais eficaz.

De acordo com os resultados desta avaliação, profissionais de saúde conseguem identificar os pacientes em risco e aplicar medidas preventivas para evitar o desenvolvimento das lesões por pressão.

Embora existam outros recursos disponíveis, como as escalas de Norton e Waterlow, a de Braden é a mais conhecida e utilizada no Brasil.

Como é utilizado?

A escala de Braden utiliza seis parâmetros para avaliação do paciente.

Confira a descrição de cada um deles:

  1. Percepção sensorial: relacionada ao desconforto, habilidade de responder à pressão;
  2. Umidade: nível ao qual a pele é exposta à umidade;
  3. Atividade: grau de atividade física;
  4. Mobilidade: capacidade de alterar a posição do corpo;
  5. Nutrição: padrão de alimentação;
  6. Fricção e Cisalhamento: Fricção é quando a pele se move contra a superfície de suporte; Cisalhamento a pele, tecidos profundos e a proeminência óssea deslizam uma sobre a outra.

Essas características são avaliadas e pontuadas de 1 a 4, sendo que quanto menor é a pontuação maior o risco do paciente.

Todos os fatores somados devem resultar em um número entre 6 e 23 e, partir deste resultado, o enfermeiro poderá classificar o risco dos pacientes e implementar as estratégias.

Vale lembrar que quanto maior é a pontuação, menor é o risco.

Ou seja, um paciente cuja soma da avaliação totalizar 23, não apresenta risco de desenvolver LP. Já quem apresentar a pontuação mínima, 6, é classificado como paciente com risco severo de lesão por pressão.

A Classificação de Risco de Acordo com a Escala de Braden

A pontuação obtida na Escala de Braden vai direcionar as estratégias preventivas a serem adotadas pelo profissional de saúde.

Abaixo seguem algumas medidas preventivas que devem ser implementadas de acordo com o risco identificado:

  • Risco baixo (15 a 18 pontos): 
    • Avaliação da pele sobre proeminências ósseas e abaixo de dispositivos médicos;
    • Hidratação da pele;
    • Gerenciamento da umidade;
    • Acompanhamento nutricional;
    • Observar alterações na condição clínica e no risco do paciente.
  • Risco moderado (13 a 14 pontos): 
    • Avaliação da pele sobre proeminências ósseas e abaixo de dispositivos médicos;
    • Hidratação da pele;
    • Reposicionamento do paciente seguindo o cronograma estabelecido;
    • Uso de uma superfície de suporte adequada (colchão viscoelástico, pneumático)
    • Aplicação de coberturas borders nas proeminências ósseas em risco;
    • Elevação dos calcâneos associado a cobertura para prevenção;
    • Gerenciamento da umidade;
    • Acompanhamento nutricional;
    • Observar alterações na condição clínica e no risco do paciente.
  • Risco alto (10 a 12 pontos):
    • Avaliação da pele sobre proeminências ósseas e abaixo de dispositivos médicos;
    • Hidratação da pele;
    • Reposicionamento do paciente seguindo o cronograma estabelecido;
    • Uso de uma superfície de suporte adequada (colchão viscoelástico, pneumático)
    • Aplicação de coberturas borders nas proeminências ósseas em risco;
    • Elevação dos calcâneos associado a cobertura para prevenção;
    • Gerenciamento da umidade;
    • Acompanhamento nutricional;
    • Observar alterações na condição clínica e no risco do paciente.
  • Risco muito alto (≤ 9 pontos): 
    • Avaliação da pele sobre proeminências ósseas e abaixo de dispositivos médicos;
    • Hidratação da pele;
    • Reposicionamento do paciente seguindo o cronograma estabelecido;
    • Uso de uma superfície de suporte adequada (colchão viscoelástico, pneumático)
    • Aplicação de coberturas borders nas proeminências ósseas em risco;
    • Elevação dos calcâneos associado a cobertura para prevenção;
    • Gerenciamento da umidade;
    • Acompanhamento nutricional;
    • Observar alterações na condição clínica e no risco do paciente.

Evite as Lesões de Pressão com estes cuidados!

Referências:

  1. MAIA, J. A.; SANTOS, N. DE S. DOS; SILVA, R. DE L. A eficácia da escala de braden na úlcera por pressão em pacientes adultos hospitalizados. Revista Enfermagem Atual In Derme, v. 79, n. 17, 8 abr. 2019.
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