É sempre difícil para toda a equipe de saúde falarmos sobre a morte.
Porém, a família e o paciente ficam desorientadas.
Portanto, cabe a Enfermagem proporcionar conforto ao paciente e compreensão a família.
O cliente em fase terminal
As pessoas enfrentam a morte de várias maneiras. Segundo alguns estudos pode-se esboçar em cinco estágios as reações emocionais de uma pessoa enfrentar a morte:
Negação: age como se nada estivesse acontecido e se recusa a aceitar o fato da perda. O profissional de saúde deve respeitar porem ter o cuidado de não estimular, compactuar ou reforçar a negação.
Raiva: o paciente já assimilou seu diagnóstico e prognóstico, mas se revolta por ter sido escolhido. Tenta arranjar um culpado por sua condenação. Nesta fase deve-se tentar compreender o momento emocional do paciente, dando espaço para que ele expresse seus sentimentos, não tomando as explosões de humor como agressões pessoais.
Barganha: tentativa de negociar o prazo de sua morte, através de promessas e orações. A pessoa já aceita o fato mas tenta adiá-lo. Deve-se respeitar e ajudar o paciente.
Depressão: aceita o fim próximo, fazendo uma revisão da vida, mostrando-se quieto e pensativo. E um instrumento na preparação da perda iminente, facilitando o estado de aceitação. Neste momento, as pessoas que o acompanham devem procurar ficar próximas e em silêncio.
Aceitação: a pessoa espera a evolução natural de sua doença. Poderá ter alguma esperança de sobreviver, mas não há angústia e sim paz e tranquilidade. Procura terminar o que deixou pela metade, fazer suas despedidas e se preparar para morrer.
Preparo do corpo após a morte
Material Necessário:
-Pacote de curativo;
-Algodão
-Ataduras
-Esparadrapo
-Etiquetas de identificação
-Hamper
-Lençol comum ou saco mortuário
-Biombo
-Vestimenta (conforme a rotina do hospital)
Técnica de preparo do corpo:
- Cercar o leito com biombo;
- Calcar luvas de procedimento;
- Colocar o corpo em posição anatômica;
- Fechar os olhos do paciente;
- Colocar próteses dentárias (caso existam);
- Sustentar a mandíbula com ataduras para manter a boca fechada;
- Retirar colcha e colocar no hamper;
- Despir o morto;
- Retirar cateter venoso, sondas e cânulas (caso existam);
- Tamponar os orifícios naturais do corpo;
- Proceder a higienização do corpo;
- Trocar curativos (se necessário);
- Colocar etiqueta de identificação no tórax anterior;
- Vestir o corpo (de acordo com a rotina do hospital);
- Amarrar os pés e as mãos usando ataduras;
- Virar o morto em decúbito lateral;
- Retirar os lençol, traçados e oleado;
- Envolver o corpo com lençol ou saco mortuário;
- Colocar outra etiqueta do lado de fora do lençol ou saco mortuário na altura do tórax;
- Transportar o corpo para o necrotério ou mortuário (de acordo com a rotina do hospital);
- Lavar e guardar material permanente utilizado;
- Proceder a limpeza da unidade;
- Encaminhar os pertences do morto (de acordo com a rotina do hospital);
- Retirar luvas;
- Lavar as mãos;
- Fazer as anotações no prontuário e o registro de enfermagem.
Não esquecer, em hipótese alguma, de anotar o horário do óbito e o nome do médico que atestou o óbito.
IMPORTANTE: O corpo humano merece respeito e dignidade de uma pessoa viva.
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