O Coronavírus-SUS, aplicativo oficial do Governo Federal do Brasil, disponível para smartphones com Android e iPhone (iOS), pode avisar se você esteve em contato com pessoas diagnosticadas com COVID-19.
Para oferecer essa informação, o app conta com a tecnologia “API Exposure Notification” ou Sistema de Notificações de Exposição, desenvolvida em conjunto pelo Google e pela Apple, para os seus sistemas móveis.
O app do Ministério da Saúde passa, então, a alertar em até 24 horas quando uma pessoa testada positivo para o novo coronavírus esteve próxima a outro usuário.
O contato deve acontecer por pelo menos 5 minutos e as pessoas devem ter ficado a uma distância de 1,5 metro a 2 metros com smartphones que possuam o aplicativo e habilitado para receber notificação de exposição. Atualmente, o app está presente em 10 milhões celulares no País.
No Brasil, apenas o Ministério da Saúde tem licença para usar o recurso. A função presente no app alerta, em até 24h, se pessoas que testaram positivo para a doença estiveram próximas a você, nos últimos 14 dias.
Como é Validado?

Para que a API seja eficaz, aqueles testados positivo para a Covid-19 devem inserir a informação no aplicativo. No entanto, é importante dizer que a inserção do dado é feita de maneira voluntária e anônima.
Para isso, o usuário deverá acessar o site validacovid.org.br, onde o usuário terá acesso a um token, que validará o exame feito, seja ele PCR ou sorológico. A sequência numérica deverá ser digitada no local indicado no aplicativo.
Para evitar informações falsas, antes de gerar o token, o Ministério da Saúde fará o cruzamento entre o exame informado pela pessoa e os registros integrados da plataforma de vigilância (e-SUS Notifica) e da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), ambos integrados e que reúnem informações dos pacientes com Covid-19 no Brasil.
O token garante ao usuário segurança e privacidade de seus dados. As informações de contágio são enviadas criptografadas e dados como nome, localização, CPF ou outro que exponha a identidade o usuário não são armazenadas
A notificação de contato é enviada apenas pelo Ministério da Saúde. O usuário receberá a informação de que teve possível contato com alguém que testou positivo para Covid-19 nas últimas horas. A notificação vai alertar que se trata de uma medida de prevenção e que não necessariamente a pessoa terá a doença, mas que é preciso ficar atenta aos sintomas, como febre, tosse, dor de garganta e/ou coriza, falta de ar, e reforçar as medidas de higiene. Caso o usuário apresente algum sintoma nos próximos 14 dias, deve procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo.
O Bluetooth de baixa energia não coleta informações como geolocalização e, por isso, não revela onde as pessoas estão. A API também não coleta dados pessoais, como nome e CPF.
A pessoa receberá notificação se teve contato com alguém contaminado ou testado positivo para Covid-19 nos últimos 14 dias. Não é divulgado para a pessoa informações de onde ou quando o contato foi feito para evitar possíveis identificações. Todos os dados são criptografados e salvos localmente no smartphone e só ficam disponíveis na ferramenta durante o período de 14 dias.
Segundo o setor governamental responsável pela saúde, o uso da técnica de rastreamento de casos positivos da doença é um fator que pode ajudar na transição da população de volta à vida cotidiana. Além disso, a medida representa uma estratégia para o gerenciamento de risco de novos surtos da enfermidade.
Como o aplicativo Coronavírus-SUS funciona?
De acordo com o Ministério da Saúde, o Sistema de Notificação de Exposição não coleta informações pessoais — como nome, CPF e número de celular — do usuário e nem dados de geolocalização. Sendo assim, como o app não rastreia a pessoa testada como positivo para a COVID-19 e nem a pessoa que recebe a notificação da possível exposição à doença, pressupõe-se a segurança das identidades de quem usa a plataforma.
Bluetooth sempre ativado
Um código gerado aleatoriamente é atribuído a cada dispositivo e, para fins de privacidade, esse código muda a cada 15 minutos. Quando smartphones com o app baixado se aproximam fisicamente, os códigos são “trocados” via Bluetooth Low Energy e as informações são armazenadas no cache do seu aparelho.
Uma chave de diagnóstico (que não contém dados pessoais) é criada quando um usuário tem seu exame positivo para a doença validado e constando no app. O Coronavírus-SUS analisa regularmente os códigos no servidor, comparando-os com as chaves salvas no seu dispositivo. Com isso, é possível indicar se você foi exposto ao risco de infecção.
Com o envio criptografado de dados, via bluetooth de baixa energia, o aplicativo identifica contatos a uma distância de 1,5 a 2 metros e por um tempo mínimo de cinco minutos, entre aparelhos que tenham o Coronavírus-SUS instalado. Além disso, é necessário que a ferramenta de notificação de exposição esteja ativada.
Para que o app esteja em pleno funcionamento é necessário, então:
- Ferramenta de notificação de exposição ativada;
- Bluetooth do seu aparelho sempre ativado;
Por fim, caso o usuário entre em contato com uma pessoa contaminada pelo sars-CoV-2, uma notificação será enviada pelo Ministério da Saúde. Na mensagem, será informado que essa é uma medida de prevenção. Dessa forma, deve-se reforçar a higiene pessoal e ficar atento ao possível aparecimento de sintomas característicos da doença — como dor de garganta, febre, tosse e falta de ar.
Ao tocar na opção “Possível exposição”, na tela principal do app, você pode conferir um “histórico” dos alertas de provável risco de contágio, nos últimos 14 dias.
Informação confiável e combate às Fake News
O aplicativo também reúne artigos com dicas — o que você precisa saber e fazer para eliminar o vírus de forma eficaz — e notícias de portais oficiais. Você pode conferir instruções de como se prevenir e como evitar a transmissão do agente causador da doença, por exemplo. Essa é uma forma de combater notícias falsas e de entregar informações corretas à população.
Vale destacar que a comunicação com os usuários é feita exclusivamente pelo app. Ou seja, deve-se desconfiar de e-mails, SMS e qualquer outro tipo de interação, principalmente se informações pessoais forem solicitadas.
Com informações de: Ministério da Saúde e Coronavírus-SUS
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