Acidentes vasculares cerebrais isquêmicos (AVCi) cardioembólicos são responsáveis por aproximadamente 15% de todos os AVCis.
Definição
Pelos critérios TOAST (Trial of Org 10172) de classificação etiológica dos AVCi, um infarto cerebral é considerado cardioembólico quando oclusões arteriais intracranianas decorrem de um êmbolo que teve origem cardíaca.
As possíveis fontes emboligênicas cardíacas são divididas em alto risco e médio risco, dependendo de suas propensões relativas à embolia.
Coexistência de AVCi e Doença Coronariana
O prognóstico precoce e tardio de pacientes com AVCi é criticamente influenciado pela coexistência de doença coronariana. Infarto agudo do miocárdio (IAM) e morte súbita são as principais causas de óbitos em pacientes com doença cerebrovascular a longo prazo.
O manejo clínico da fase aguda do AVCi cardioembólico segue os princípios gerais do tratamento do AVCi. No entanto, o conhecimento das suas peculiaridades clínicas permite um diagnóstico precoce de cardioembolia e a realização de procedimentos de trombólise com atenção a algumas particularidades como a maior chance de reperfusão e de sangramento e o risco da não recanalização arterial em pacientes com êmbolos contendo cálcio.
O tratamento intra-hospitalar após o procedimento trombolítico no AVCI cardioembólico é fundamental na evolução desses pacientes e deve ser feito por equipes multidisciplinares, sendo a participação do cardiologista integrado à equipe de neurologia de muita importância, uma vez que a estabilização do quadro cardíaco pode evitar a recorrência de eventos embólicos.
Referência:
- Reis, Lígia Silva. Acidente Vascular Cerebral Cardioembólico: fibrilhação auricular e terapêutica antitrombótica. Diss. Universidade da Beira Interior, 2011.
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