O que é a Salinização?
É a prática de irrigação sob pressão positiva em períodos regulares dos dispositivos vasculares com solução salina.
Tem como objetivos manter a permeabilidade, garantir a infusão de todo o medicamento que possa ter ficado no sistema, evitar o retorno sanguíneo e prevenir complicações decorrentes da incompatibilidade de medicamentos e soluções.
As suas Indicações
- Antes e após a cada administração de medicamentos;
- Após a administração de sangue e derivados;
- Quando converter de infusão continua para intermitente;
- A cada 12 horas quando o dispositivo não for usado;
Você deve orientar ao paciente sobre o procedimento, solicitando sua cooperação!
Como fazer uma salinização?
- Realizar a higienização das mãos;
- Separar o material necessário: seringa (10 ml), agulha para aspiração (40×12), frasconetes de solução fisiológica a 0,9% de 10 ml, gaze umedecida com clorexidina alcoólica;
- Aspirar a solução fisiológica a 0,9% na seringa de 10 ml;
- Fazer a desinfecção da(s) via(s) com gaze umedecida com clorexidina alcoólica;
- Aspirar o dispositivo para confirmar o fluxo do cateter;
- Administrar um volume mínimo de ao menos 2 (duas) vezes o volume da capacidade do cateter (priming);
- Cada lúmen deverá ser lavado independente do uso;
- Fazer a desinfecção da via após o procedimento com gaze umedecida com clorexidina alcoólica;
- Fechar as vias com oclusores (tampinhas) estéreis;
- Desprezar o material utilizado em local apropriado.
Que riscos podem ocasionar?
- Rompimento (fratura) do cateter;
- Infiltração no tecido subjacente.
Alguns Cuidados Especiais:
- Atentar para o volume final em 24h da solução de salinização para pacientes em restrição hídrica;
- Para prevenção de danos no dispositivo o tamanho da seringa usada deverá estar de acordo com as recomendações, pois seringas com menos de 10 ml podem facilmente gerar pressões capazes de romper o cateter;
- Aspirar o sangue com pressão no cateter, confirmar retorno de sangue para segurança da permeabilidade do dispositivo, antes de administrar medicamentos e soluções;
- Se encontrar resistência no dispositivo ou ausência de refluxo de sangue quando aspirado, o “flushing” não deverá ser realizado!
Deve registrar:
- Realizar o registro com informações referentes ao procedimento, volume de solução utilizada, avaliação de fluxo e refluxo sanguíneo, avaliação das condições gerais do paciente e relato do curativo.
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