Os Distúrbios Eletrolíticos possuem grande importância para avaliação clínica do paciente que está em uma UTI, pois os pacientes ali internados encontram-se normalmente descompensados por distúrbios respiratórios ou renais.
O sódio, o potássio, cálcio e o cloro são eletrólitos típicos encontrados no organismo. Esses são componentes essenciais de fluidos corporais, como sangue e urina e, ajudam a regular a distribuição de água ao longo do organismo além de desempenhar um papel importante no equilíbrio ácido básico.
O rim é o órgão mais importante na regulação do volume e da composição dos fluidos corporais, mesmo que outros órgãos como o coração, o fígado, os pulmões e a glândula pituitária ajudem a manter o equilíbrio eletrolítico.
Com a falta e o excesso destes, temos os principais distúrbios, que são a:
– Hiponatremia (onde a concentração de sódio menor que os valores normais padrões);
– Hipernatremia (onde a concentração de sódio é maior que os valores considerados normais);
– Hipopotassemia ou hipocalemia (onde a concentração de potássio é menor que os valores normais padrões);
– Hiperpotassemia ou hipercalemia (onde a concentração de potássio é maior que os valores considerados normais);
– Hipocalcemia (onde a concentração de cálcio é menor que os valores normais padrões);
– Hipercalcemia (onde a concentração de cálcio é maior que os valores considerados normais);
– Hipomagnesemia (onde a concentração de magnésio é menor que os valores normais padrões);
– Hipermagnesemia (onde a concentração de magnésio é maior que os valores considerados normais);
– Hipofosfatemia (onde a concentração de fósforo é menor que os valores normais padrões);
– Hiperfosfatemia (onde a concentração de fósforo é maior que os valores considerados normais);
Como são avaliados os níveis de eletrólitos no paciente?
O médico geralmente solicita uma bateria de exames de sangue em rotina diária, sendo esses para a verificação destes eletrólitos no organismo. Caso há alguma alteração destes, o médico solicita por via de prescrição médica, o que chamamos de “reposição”, que nada mais é um soro composto por estas substâncias que irão repor o eletrólito necessário ao paciente.
Geralmente o médico faz cálculos específicos em cima do peso do paciente, com a quantidade necessária para a reposição daquele eletrólito em questão.
A importância do Cloreto de Potássio (KCL)
O cloreto de potássio é o sal de escolha para repor estoques de potássio eliminados por diuréticos tiazídicos ou de alça, por diarreia intensa e pelo uso de corticosteroides em consequência de doenças das supra-renais ou nas doenças tubulares renais.
A importância do Sulfato de Magnésio (MGSO4)
Sulfato de Magnésio é indicado para reposição dos níveis de magnésio, no tratamento de hipomagnesemia, edema cerebral, eclâmpsia, controle de convulsão em uremia aguda, tetania uterina, controle das arritmias cardíacas e intoxicação e envenenamento por bário, em adultos e crianças.
A importância do Gluconato de Cálcio
O Gluconato de Cálcio é o eletrólito de escolha quando existem alterações eletrocardiográficas ou na parada cardíaca por hiperpotassemia. Atua também como Antiarrítmico, em Arritmia ventricular por IAM, e em taquicardia ventricular.
Muito utilizado em casos de neutralizar overdoses de sulfato de magnésio, pois atua com um antídoto, que é frequentemente administrado a grávidas, ao invés de se prevenir as convulsões profilaticamente (como em pacientes com pré-eclampsia).
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