Como Acontece?
Um shunt pulmonar geralmente ocorre quando os alvéolos se enchem de líquido, fazendo com que partes do pulmão não sejam ventiladas embora ainda sejam perfundidas.
Na perfusão, o sangue carregado de oxigênio vai dos pulmões até o lado esquerdo do coração, por meio das veias pulmonares. O coração se encarrega de bombear esse sangue oxigenado para o resto do corpo. O sangue pobre em oxigênio e rico em gás carbônico, por sua vez, é bombeado pela artéria pulmonar, do coração até os pulmões, para que o dióxido de carbono possa ser expelido.
Para que essas trocas gasosas ocorram de forma adequada, há uma relação padrão entre a ventilação e a perfusão. Ou seja, é necessário que haja a circulação sanguínea nos alvéolos, mas é necessário também que haja ventilação na proporção esperada, para que esse sangue chegue oxigenado em níveis satisfatórios ao coração.
O efeito shunt acontece quando essa relação está desequilibrada e a perfusão excede a ventilação, causando hipoxemia, que é a insuficiência de oxigênio no sangue.
As Causas
O efeito shunt pode ter origens diversas, como a presença de líquido nos alvéolos decorrente de uma embolia pulmonar ou mesmo um quadro de insuficiência respiratória.
Shunt intrapulmonar é a principal causa de hipoxemia (oxigênio sanguíneo inadequado) em edema pulmonar e condições como a pneumonia, em que os pulmões tornam-se consolidados. A fração de shunt é a percentagem de sangue posto para fora pelo coração que não é completamente oxigenada. Um pequeno grau de shunt é normal e pode ser descrito como “shunt fisiológico”. Em uma pessoa normal e saudável, o shunt fisiológico raramente é superior a 4%, em condições patológicas, como contusão pulmonar, a fração de shunt é significativamente maior e até mesmo respirar oxigênio a 100% não oxigena completamente o sangue.
Sintomas
Os sintomas mais comuns são aqueles próprios da insuficiência respiratória, como fraqueza, tontura, dores no peito, dificuldade para respirar, alteração dos batimentos cardíacos, entre outros.
Tratamento
O tratamento vai depender do que causou o efeito shunt. Mas em muitos casos, como aqueles em que a origem é uma insuficiência respiratória, a ventilação mecânica será um recurso essencial ao tratamento, justamente porque permite substituir, total ou parcialmente, as funções respiratórias do paciente, enquanto ele, sozinho, não consegue mantê-las. Ao garantir a adequada ventilação pulmonar, o equipamento restabelece os níveis de oxigenação desejados e auxilia a recuperação clínica.
Referências:
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